PMDB e PSDB forçam a mão para fazer o vice do PSB

Do PE247

Apesar da indefinição do governador Eduardo Campos em indicar quem será o escolhido por ele para disputar o Governo de Pernambuco nas próximas eleições, as vagas na chapa majoritária dentro da Frente Popular já estão sendo cobiçadas pelo PSDB e pelo PMDB. Enquanto o PMDB pretende colocar o deputado federal Raul Henry como vice na chapa estadual socialista, o PSDB, que ingressou no governo Campos em janeiro passado, está de olho na vaga do senador Jarbas Vasconcelos, que já confirmou que não disputará a reeleição em outubro.

Na nota enviada à imprensa onde anunciou que não mais iria concorrer à reeleição, Jarbas afirmou que não tentará se reeleger no Senado no próximo pleito, e indicou o Raul Henry para ocupar uma vaga na chapa majoritária. A postulação de Henry como vice já era negociada pelo PMDB junto ao PSB, como uma das alternativas caso o senador desistisse da corrida pela cadeira na Casa Alta.

“A saída de Jarbas (da disputa) foi uma surpresa. Ele tem um currículo impecável e eu, particularmente, não acredito em sua aposentadoria”, afirmou o vereador André Ferreira, ao Diário de Pernambuco. Caso continue na vida pública, o senador deverá migrar para uma candidatura como deputado federal, disputando espaço ao lado do deputado estadual Tony Gel (PMDB), que também deseja concorrer a uma vaga na Câmara Federal. O PMDB também espera conseguir quatro cadeiras na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a partir das candidaturas do ex-prefeito de Abreu e Lima, Flávio Gadêlha, da ex-deputada Miriam Lacerda, de Izabel Urquiza e do próprio André Ferreira.

Apesar das especulações para que o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB) ocupe a vaga de Jarbas no Senado, o PSDB também já realiza movimentações em busca da vaga majoritária. Nesta corrida, o deputado federal Bruno Araújo já afirmou que o nome dele e o do presidente estadual da legenda, deputado federal Sérgio Guerra, estão colocados entre os possíveis candidatos para disputar o mandato. O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (BA), já havia adiantado que a indicação de um tucano na chapa majoritária do PSB era tida como “prioridade” para a legenda.

De acordo com Araújo, as conversas sobre o tema serão realizadas entre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o próprio Eduardo Campos, presidentes nacionais das siglas tucana e socialista, respectivamente, além de serem pré-candidatos à Presidência da República. A indicação de um membro do PSDB dentro das candidaturas da Frente Popular seria feita, segundo o parlamentar, seguindo uma estratégia interna do PSDB, que busca formatar alianças nos estados em que não forem lançados candidatos próprios para disputar o governo.

Os tucanos esperam que, após a desistência da sigla em ter um candidato próprio para disputar o Governo para apoiar a candidatura socialista, o PSB escolha um dos nomes apresentados pelos tucanos para a candidatura ao Senado.

Em meio à pressão dos partidos aliados, Campos terá que se desdobrar para acomodar todas as siglas da Frente Popular em sua chapa visando fazer o seu sucessor. O socialista precisará deixar o cenário pernambucano da melhor maneira possível, uma vez que ele não deverá se dedicar integralmente ao pleito estadual em função da sua candidatura presidencial.

Campos deverá deixar o Governo de Pernambuco em abril para se dedicar à campanha pelo Planalto, quando terá que enfrentar a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, e também o senador tucano Aécio Neves. Entre os nomes cotados para suceder Campos e encabeçar a chapa do PSB em Pernambuco, estão o vice-governador João Lyra (PSB), o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB), além dos secretários estaduais Tadeu Alencar (Casa Civil) e Paulo Câmara (Fazenda).

Tony Gel e Miriam Lacerda participam de encontro regional do PMDB

Recém-filiados ao PMDB, o deputado estadual Tony Gel e a ex-deputada Miriam Lacerda participaram neste domingo (1º) do último encontro regional do partido em 2013, na cidade de Vitória de Santo Antão. O casal de políticos foi apresentado formalmente aos membros da legenda.

O evento também serviu para fazer um balanço do ano e contou com a presença dos principais nomes da sigla no Estado, como o presidente Dorany Sampaio, o secretário-geral e deputado Raul Henry e o senador Jarbas Vasconcelos.

Na ocasião, Tony Gel explicou os motivos de sua desfiliação do DEM. “Sempre fui meio contrário a essa ideia de mudar de partido. Mas, para mim, não mudei de casa, apenas de cômodo. Eu sempre considerei o PMDB a minha casa e, talvez por isso, fui tão bem recebido nesse partido”, explicou o deputado.

Em seu discurso, a ex-deputada Jacilda Urquisa disse que o PMDB ficou mais forte com a filiação de Miriam Lacerda, de quem foi colega na Assembleia Legislativa.

O ‘bolo de rolo’ da sucessão estadual

Do PE247

Faltando menos de um ano para as eleições de 2014, todas as atenções estão voltadas para o quadro político nacional. Entretanto, em Pernambuco, os rumos da política giram em torno do governador Eduardo Campos (PSB), cujas decisões serão fundamentais para definir as movimentações regionais dos principais blocos políticos no Estado. PSB, PT, PTB, PMDB e PSDB, as maiores legendas estaduais, começam a se movimentar com o intuito de definirem se terão candidatura própria ou com quem se aliarão no objetivo de ganhar a corrida rumo ao Palácio do Campo das Princesas.

Com um governo que possui índices de aprovação superiores a 70%, a situação para o PSB poderia ser relativamente tranquila. Poderia, mas não é. Como o governador almeja disputar as eleições para a Presidência da República, ele tem procurado segurar ao máximo o nome do candidato que será indicado para disputar a sua sucessão. Esse “freio de arrumação” momentâneo busca a composição de alianças que possam dar suporte ao projeto nacional do PSB e assegurar uma vitória tranquila no Estado.

Mas o silêncio de Campos em torno de quem será o indicado para disputar a sua sucessão tem deixado muitos socialistas ansiosos. Dentre os vários nomes que, de uma forma ou de outra, já deram início a movimentos para se posicionarem como possíveis escolhidos, estão o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o vice-governador João Lyra, os secretários estaduais Paulo Câmara e Tadeu Alencar e o ex-petista Maurício Rands. Entretanto, Rands já afirmou que não tem a intenção de se candidatar ao governo e que a sua tarefa ao longo das próximas eleições são “funções de retaguarda” dentro da legenda socialista.

Fernando Bezerra Coelho e João Lyra são os nomes mais fortes para encabeçarem a chapa pessebista e tomam caminhos cada vez mais distintos em suas estratégias para viabilizar suas candidaturas. Enquanto o ex-ministro acentua sua experiência executiva – FBC já foi prefeito, deputado e ministro, tendo chegado a declarar em entrevistas que era “o mais apto para o cargo” -, o vice-governador adota uma estratégia mais discreta para contar pontos com Campos e mantém conversas com possíveis aliados dentro e fora do PSB.

Desde que começaram as movimentações para definição das chapas estaduais para o pleito de 2014, apenas uma pesquisa de intenção de voto foi realizada, pelo Instituto Maurício de Nassau, em parceria com o Jornal do Commercio. Nos dados, que só incluíram Bezerra Coelho no campo do PSB, o socialista conta com 11% dos votos. Para fortalecer a candidatura própria e acomodar aliados ou possíveis aliados, várias sondagens estão em curso. Uma delas é oferecer a vice ao deputado federal Raul Henry (PMDB). Essa composição resolveria alguns problemas hoje enfrentados por Campos em nível estadual, além de ter repercussões nos palanques de alguns outros estados.

A recente reaproximação de Campos com o senador peemedebista Jarbas Vasconcelos após anos de afastamento – com direito, inclusive, a elogios do peemedebista à aliança entre PSB e Rede Sustentabilidade – possuem um significado simbólico e um afago a alguns setores do PMDB que não querem que o partido permaneça na base de apoio do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Apesar do firmamento nacional do partido, que deve apoiar o PT na candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição, os peemedebistas devem apoiar os socialistas no pleito estadual de 2014. Do outro lado dessa moeda de troca, estaria o apoio de Campos e do PSB para reeleger o senador Jarbas Vasconcelos. Nem o PMDB e nem o PSB confirmam essa negociação.

Já no núcleo de oposição a Campos, os rumos que devem guiar o PT no quadro estadual vão depender da cizânia que corrói a sigla em Pernambuco desde as eleições municipais de 2012. Um dos caminhos possíveis para a legenda é lançar uma candidatura própria para o Governo do Estado – encabeçada pelo deputado federal João Paulo (PT-PE), que, na pesquisa de intenção de votos, apareceu em segundo lugar, com 14%.

Mas se em Pernambuco o partido deseja firmar posição com uma candidatura própria, especialmente após as derrotas acachapantes sofridas no pleito estadual de 2010 (quando Campos foi reeleito e impôs uma vitória humilhante sobre o senador Humberto Costa) e de 2012 (quando Humberto e João Paulo perderam a disputa pela Prefeitura do Recife por uma larga diferença para o candidato do PSB), a direção nacional da legenda parece ter outra opinião.

Inclusive um dos maiores caciques petistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já manifestou o interesse de eleger João Paulo como senador no pleito de 2014, o que em tese complica o projeto de uma candidatura própria. Caso João Paulo seja lançado para o Senado, o PT, em Pernambuco, corre o risco de ficar sem candidato forte para lançar nas eleições de 2014, tendo em conta o desgaste político sofrido pelo senador Humberto Costa.

Nesse caminho, o mais provável a ser tomado pelo PT é fechar aliança com o senador Armando Monteiro (PTB-PE), que já se coloca como pré-candidato do partido à disputa. A aproximação entre PT e PTB, em Pernambuco, além de fortalecer o partido no Estado, é praticamente uma réplica da aproximação nacional entre as legendas, uma vez que o PTB já anunciou que irá apoiar a reeleição da presidente Dilma. Nas pesquisas de intenção de voto do Instituto Maurício de Nassau, Armando aparece com 33% por cento dos votos válidos. O índice, entretanto, ainda pode aumentar, se uma aliança entre o PTB e o PT for firmada. Os partidos assumem que dialogam constantemente, mas ressaltam que ainda não existe nada de concreto na “paquera” em andamento.

Enquanto PT, PSB e PSDB articulam suas estratégias eleitorais em Pernambuco, o PSDB deve correr por fora nas próximas eleições estaduais. Apesar dos índices alcançados pelo deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) nas eleições municipais de 2012, no Recife – com 245.120 votos e na frente de Humberto Costa –, são fracas as tentativas de lançar o tucano em uma chapa para o Palácio do Campo das Princesas. Além disso, o PSDB local, embora seja oposição ao governo do PSB, tem no presidente estadual, Sérgio Guerra, um simpatizante no que diz respeito à formação de uma aliança entre as legendas em nível estadual.

Mas talvez a grande diferença esteja realmente junto ao eleitor pernambucano, uma vez que maior do que o índice de qualquer dos candidatos sondados pelo Instituto Maurício de Nassau está o número de indecisos. Nas pesquisas, 31% dos entrevistados disseram ter intenção de votar em branco ou anular o voto. Outros 21% não responderam ou ainda não sabem em quem votar.

Esse montante de indecisos ou descrentes com o atual cenário político e que chega a 52% do eleitorado é que deve ser trabalhado pelas legendas para fazer a diferença nas eleições de 2014. E esse é um potencial que os partidos também levarão em conta no momento de decidir pela candidatura própria ou pela formação de alianças.

Se Eduardo for candidato, teremos um palanque em Caruaru e os nossos adversários terão outro’, diz Tony Gel

asasasassa

O deputado garantiu que em Caruaru seguirá firme na oposição (Foto: Folha PE)

O deputado estadual Tony Gel (PMDB) explicou hoje, em entrevista à Rádio Folha FM, o motivo de sua desfiliação do Democratas e as razões que o levaram a ingressar no PMDB. “Eu não mudei de casa, mudei apenas de cômodo. O PMDB sempre foi aliado do DEM. Sempre tive um bom relacionamento com Jarbas, Dorany, Raul Henry e outros membros da executiva. Miriam foi candidata a vice de Jarbas, então a coisa ficou ajustada”, afirmou.

Tony Gel também confirmou que recebeu orientação do governador Eduardo Campos (PSB) para ingressar na sigla. “Eu tinha algumas opções. Não foi o governador quem disse que eu deveria ir para o PMDB, mas conversei com ele e falei das opções que havia. Eduardo apenas disse que não haveria nenhuma dificuldade se eu fosse para o PMDB. O convite veio do senador Jarbas Vasconcelos”, revelou.

Para Tony, a troca de partido representou um ajuste à questão do projeto nacional do governador Eduardo Campos. O deputado disse ainda que sempre foi muito bem acolhido no Democratas, mas que o partido está enfraquecido. “O processo se aprofundou quando da criação do PSD. O Kassab era do DEM, saiu e levou muita gente com ele, então houve um esvaziamento. Mas há muitas pessoas decentes no Democratas, como o deputado Mendonça Filho, o ex-senador Marco Maciel e o senador José Agripino Maia (RN), presidente do partido”.

CARUARU

Apesar de estar na base governista, Tony Gel garantiu que em Caruaru seguirá firme na oposição. “Sempre contamos com o apoio do PMDB em Caruaru e é um partido de oposição ao prefeito. Minha conversa com Eduardo foi muito clara: se ele for candidato, nós teremos um palanque e os nossos adversários terão outro”.

Ainda em relação a 2014, Tony disse que o seu grupo político não está definido quanto à disputa. “Eu posso ser candidato a deputado federal e Miriam Lacerda estadual, ou o contrário. Vai depender da conjuntura”, afirmou.

‘Vou para uma casa que já conhecia’, diz Tony Gel sobre filiação ao PMDB

asasasa

O deputado estadual oficializou ingresso no partido nesta quinta-feira (Foto: Divulgação)

O deputado estadual Tony Gel é o mais novo integrante do PMDB. Ele ingressa no partido sob as bênçãos do governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB) e do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). A carta de filiação foi entregue hoje.

“Vou para uma casa que já conhecia”, afirmou ao blog o deputado, referindo-se ao bom relacionamento com Jarbas, principal liderança peemedebista no Estado.

Antes de acertar sua ida para o PMDB, Tony Gel já integrou as fileiras do PTB, PRN e PFL (atual Democratas). Além dele, também se filiaram ao partido a ex-deputada Miriam Lacerda e o filho Tonynho Rodrigues.

Tony Gel deixa DEM e deve acertar ida para o PMDB

O deputado estadual Tony Gel e a ex-deputada Miriam Lacerda protocolaram, na tarde de hoje, no Fórum Eleitoral de Caruaru, pedido de desfiliação do partido Democratas, antigo PFL, ao qual estavam filiados há mais de duas décadas.

Segundo a assessoria do casal, a expectativa é que até a próxima sexta-feira (4) Tony Gel e Miriam comuniquem oficialmente o novo partido ao qual se filiarão.

Tudo indica que os dois devem desembarcar no PMDB, agora comandado no município pelo advogado Marcelo Cumaru.

Marcelo Cumaru diz que PMDB fica à disposição de Tony Gel

Novo presidente da comissão provisória do PMDB em Caruaru, o advogado Marcelo Cumaru disse hoje que assume o partido para colocá-lo à disposição do deputado estadual Tony Gel (DEM). As declarações reforçam a tese de que o ex-prefeito ainda pode mudar de sigla.

“Tenho compromisso moral com ele [Tony Gel]. Aqui em Caruaru, o partido fica sob nosso comando, mas seguindo orientação de nossa locomotiva, que é Tony Gel”, afirmou o advogado.

Agora com a legenda sob seu controle, Cumaru terá a missão de arregimentar forças e deixar o PMDB em condições de disputar a proporcional em 2016. Atualmente, a sigla só tem um vereador: Evandro Silva.

De saída? Tony Gel conversa com presidente nacional do DEM

O deputado estadual Tony Gel (DEM) não viajou a Brasília (DF) nesta semana apenas para participar de discussões sobre reforma política. Ele foi visto no plenário do Senado tendo uma demorada conversa com o senador José Agripino (RN), presidente nacional do DEM.

Nos últimos dias, circularam notícias de que o ex-prefeito de Caruaru iria se filiar ao PMDB, mas ele mantém-se firme como democrata.

A informação é da coluna “Diario Político”, assinada por Marisa Gibson e publicada no Diario de Pernambuco deste sábado (10).