Câmara dos Deputados recebe edição 2015 do Projeto Politeia

Entre os dias 20 e 24 de julho, a Câmara dos Deputados sedia nova edição do Politeia. Idealizada como projeto de ensino, pesquisa e formação política, a iniciativa pretende promover o aprendizado prático das atividades legislativas, a partir de simulação das atividades parlamentares e do processo legislativo, iniciando-se dentro da Universidade e culminando com a simulação na própria Câmara dos Deputados. O participante atua diretamente na construção de uma proposta de lei e a encaminha para apreciação dos colegas, em processo semelhante ao do sistema legislativo adotado no Brasil.

O Politeia é um projeto de extensão da Universidade de Brasília (UnB), por meio do Instituto de Ciência Política (Ipol), realizado em parceria com a Câmara dos Deputados, formado por estudantes de graduação nos cursos de ciência política e comunicação social, entre outros da UnB.  Em sua décima edição, tem a participação de 179 estudantes universitários de todo o país. Destes, 135 atuam como deputados (estudantes-deputados), 16 têm a função de jornalistas (estudantes-jornalistas) e 28 são estudantes responsáveis pela organização do projeto.

A simulação conta com o apoio das seguintes comissões parlamentares: Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC); Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR); Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF); Comissão de Educação (CE); Comissão de Legislação Participativa (CLP); Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO); e Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC).

Assim como em 2014, antes da realização da simulação na Câmara, o Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor), ofereceu aos estudantes-deputados o curso EAD Processo Legislativo, no período de 22 de junho a 16 de julho.

Polícia Federal apreende R$ 4 milhões durante a Operação Politeia

A Polícia Federal (PF) apreendeu ontem (14) durante as buscas e apreensões da Operação Politeia mais de R$ 4 milhões, oito veículos, duas obras de arte, joias e relógios, além de documentos e HD’s de computadores dos investigados. De acordo com o balanço da operação, os investigadores também encontraram US$ 45 mil e 24,5 mil euros. Os locais de apreensão das quantias não foram divulgados pela PF.

Entre os veículos apreendidos, estão uma Ferrari, uma Lamborghini e um Porsche, encontrados na Casa da Dinda, residência particular em Brasília, do ex-presidente da República e atual senador Fernando Collor (PTB-AL), investigado em um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

A Operação Politeia, nova fase da Lava Jato, foi deflagrada na manhã de hoje, a partir de autorizações de busca e apreensão emitidas pelo STF. Foram cumpridos mandados em casas, escritórios e empresas de políticos. Além de Collor, foram incluídos os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte.

PF faz busca e apreensão na casa de Collor e de senador do PP

Da Folha de S. Paulo

A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (14) mandados de busca nas residências do senador e ex-presidente Fernando Collor de Melo (PTB-AL) em Brasília e em Alagoas.

Ele é um dos parlamentares investigados na Operação Lava Jato. Os policiais também estão neste momento na TV Gazeta, em Alagoas, que pertence à família Collor.

O ex-presidente foi citado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef como um dos beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato. Ele também foi citado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, em seu depoimento à Justiça.

Outro alvo da operação é o senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PP-PI), um dos investigados na Operação Lava Jato. A busca foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, segundo a defesa do senador.

Há mais de 50 mandados sendo cumpridos na casa de parlamentares citados por envolvidos no esquema de corrupção. Segundo a Folha apurou, as ações executadas nesta terça atingem políticos brasileiros com mandato; alguns deles atuam no Congresso Nacional.

Essa operação –considerada uma “filhote” da Lava Lato– chama-se Politeia e refere-se aos inquéritos originário da Lava Jato que correm no STF e envolvem suspeitos com foro privilegiado. Por isso não estão na Justiça Federal no Paraná, em Curitiba, onde fica o QG das investigações sobre os desvios na Petrobras.

OUTRO LADO

Advogado se Ciro, Antonio Carlos de Almeida Castro diz que a busca era desnecessária.

“O Senador se colocou à disposição, ofereceu seus sigilos, prestou depoimento. Infelizmente no Brasil de hoje os atos invasivos passam a ser a regra”, disse.