PSDB de Caruaru lança campanha de arrecadação para o Natal

O diretório do PSDB de Caruaru dá início hoje ao “Natal Solidário com a Juventude”. A campanha busca arrecadar roupas e alimentos não perecíveis para comunidades carentes do município.

De acordo com o presidente do partido, Raffiê Dellon, existe uma demanda enorme de crianças, jovens e idosos que necessitam da ajuda das pessoas. “Sabemos da demanda grandiosa, em todas as faixas etárias, de caruaruenses que precisam da nossa contribuição não apenas em período natalino, mas constantemente”, disse.

As doações podem ser feitas nas lojas Kayck Confecções, localizadas na rua São Sebastião, números 300 e 328, no Centro.

PSDB e PSB próximos de uma aliança

Do PE247

O que parecia impossível agora está bem próximo de acontecer. Rivais há muito tempo, PSDB e PSB podem vir a se aliar visando às eleições para o Governo de Pernambuco em 2014. O tucanato pernambucano, uma das poucas legendas a integrar a minguada bancada de oposição ao governador Eduardo Campos, pode acabar ingressando na base do governo e, de quebra, acabar levando a vice na chapa socialista que irá disputar o Palácio do Campo das Princesas. As tratativas, segundo o Jornal do Commercio, estariam sendo levadas adiante entre o próprio Campos e o presidente estadual do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra.

O problema, entretanto, está na indicação de um nome para compor a chapa. O deputado estadual Daniel Coelho, um dos mais ferozes críticos quanto à administração socialista, chegou a ser cogitado para assumir a tarefa, uma vez que o seu perfil urbano serviria de contraponto ao possível cabeça de chapa pelo PSB, o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. O parlamentar, contudo, teria refutado a possibilidade de assumir a tarefa.

Ao mesmo tempo, Guerra tem conversado com outros tucanos que fazem a voz da oposição mais ativa dentro da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Os deputados estaduais Betinho Gomes e Terezinha Nunes já teriam sido orientados a não baterem forte demais contra o PSB e a não descartarem a possibilidade de uma aliança entre as legendas.

De acordo com o Jornal do Commercio, o secretário-geral do PSDB, Betinho Gomes, teria dito, na terça-feira (19), que “não está descartada uma aliança com o PSB (no pleito estadual) porque o diálogo pode existir”. Essa aproximação, segundo ele, “vai depender de quem será o candidato”, muito embora não tenha revelado qual seria o nome socialista que poderia angariar a simpatia do PSDB pernambucano.

O ‘bolo de rolo’ da sucessão estadual

Do PE247

Faltando menos de um ano para as eleições de 2014, todas as atenções estão voltadas para o quadro político nacional. Entretanto, em Pernambuco, os rumos da política giram em torno do governador Eduardo Campos (PSB), cujas decisões serão fundamentais para definir as movimentações regionais dos principais blocos políticos no Estado. PSB, PT, PTB, PMDB e PSDB, as maiores legendas estaduais, começam a se movimentar com o intuito de definirem se terão candidatura própria ou com quem se aliarão no objetivo de ganhar a corrida rumo ao Palácio do Campo das Princesas.

Com um governo que possui índices de aprovação superiores a 70%, a situação para o PSB poderia ser relativamente tranquila. Poderia, mas não é. Como o governador almeja disputar as eleições para a Presidência da República, ele tem procurado segurar ao máximo o nome do candidato que será indicado para disputar a sua sucessão. Esse “freio de arrumação” momentâneo busca a composição de alianças que possam dar suporte ao projeto nacional do PSB e assegurar uma vitória tranquila no Estado.

Mas o silêncio de Campos em torno de quem será o indicado para disputar a sua sucessão tem deixado muitos socialistas ansiosos. Dentre os vários nomes que, de uma forma ou de outra, já deram início a movimentos para se posicionarem como possíveis escolhidos, estão o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o vice-governador João Lyra, os secretários estaduais Paulo Câmara e Tadeu Alencar e o ex-petista Maurício Rands. Entretanto, Rands já afirmou que não tem a intenção de se candidatar ao governo e que a sua tarefa ao longo das próximas eleições são “funções de retaguarda” dentro da legenda socialista.

Fernando Bezerra Coelho e João Lyra são os nomes mais fortes para encabeçarem a chapa pessebista e tomam caminhos cada vez mais distintos em suas estratégias para viabilizar suas candidaturas. Enquanto o ex-ministro acentua sua experiência executiva – FBC já foi prefeito, deputado e ministro, tendo chegado a declarar em entrevistas que era “o mais apto para o cargo” -, o vice-governador adota uma estratégia mais discreta para contar pontos com Campos e mantém conversas com possíveis aliados dentro e fora do PSB.

Desde que começaram as movimentações para definição das chapas estaduais para o pleito de 2014, apenas uma pesquisa de intenção de voto foi realizada, pelo Instituto Maurício de Nassau, em parceria com o Jornal do Commercio. Nos dados, que só incluíram Bezerra Coelho no campo do PSB, o socialista conta com 11% dos votos. Para fortalecer a candidatura própria e acomodar aliados ou possíveis aliados, várias sondagens estão em curso. Uma delas é oferecer a vice ao deputado federal Raul Henry (PMDB). Essa composição resolveria alguns problemas hoje enfrentados por Campos em nível estadual, além de ter repercussões nos palanques de alguns outros estados.

A recente reaproximação de Campos com o senador peemedebista Jarbas Vasconcelos após anos de afastamento – com direito, inclusive, a elogios do peemedebista à aliança entre PSB e Rede Sustentabilidade – possuem um significado simbólico e um afago a alguns setores do PMDB que não querem que o partido permaneça na base de apoio do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Apesar do firmamento nacional do partido, que deve apoiar o PT na candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição, os peemedebistas devem apoiar os socialistas no pleito estadual de 2014. Do outro lado dessa moeda de troca, estaria o apoio de Campos e do PSB para reeleger o senador Jarbas Vasconcelos. Nem o PMDB e nem o PSB confirmam essa negociação.

Já no núcleo de oposição a Campos, os rumos que devem guiar o PT no quadro estadual vão depender da cizânia que corrói a sigla em Pernambuco desde as eleições municipais de 2012. Um dos caminhos possíveis para a legenda é lançar uma candidatura própria para o Governo do Estado – encabeçada pelo deputado federal João Paulo (PT-PE), que, na pesquisa de intenção de votos, apareceu em segundo lugar, com 14%.

Mas se em Pernambuco o partido deseja firmar posição com uma candidatura própria, especialmente após as derrotas acachapantes sofridas no pleito estadual de 2010 (quando Campos foi reeleito e impôs uma vitória humilhante sobre o senador Humberto Costa) e de 2012 (quando Humberto e João Paulo perderam a disputa pela Prefeitura do Recife por uma larga diferença para o candidato do PSB), a direção nacional da legenda parece ter outra opinião.

Inclusive um dos maiores caciques petistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já manifestou o interesse de eleger João Paulo como senador no pleito de 2014, o que em tese complica o projeto de uma candidatura própria. Caso João Paulo seja lançado para o Senado, o PT, em Pernambuco, corre o risco de ficar sem candidato forte para lançar nas eleições de 2014, tendo em conta o desgaste político sofrido pelo senador Humberto Costa.

Nesse caminho, o mais provável a ser tomado pelo PT é fechar aliança com o senador Armando Monteiro (PTB-PE), que já se coloca como pré-candidato do partido à disputa. A aproximação entre PT e PTB, em Pernambuco, além de fortalecer o partido no Estado, é praticamente uma réplica da aproximação nacional entre as legendas, uma vez que o PTB já anunciou que irá apoiar a reeleição da presidente Dilma. Nas pesquisas de intenção de voto do Instituto Maurício de Nassau, Armando aparece com 33% por cento dos votos válidos. O índice, entretanto, ainda pode aumentar, se uma aliança entre o PTB e o PT for firmada. Os partidos assumem que dialogam constantemente, mas ressaltam que ainda não existe nada de concreto na “paquera” em andamento.

Enquanto PT, PSB e PSDB articulam suas estratégias eleitorais em Pernambuco, o PSDB deve correr por fora nas próximas eleições estaduais. Apesar dos índices alcançados pelo deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) nas eleições municipais de 2012, no Recife – com 245.120 votos e na frente de Humberto Costa –, são fracas as tentativas de lançar o tucano em uma chapa para o Palácio do Campo das Princesas. Além disso, o PSDB local, embora seja oposição ao governo do PSB, tem no presidente estadual, Sérgio Guerra, um simpatizante no que diz respeito à formação de uma aliança entre as legendas em nível estadual.

Mas talvez a grande diferença esteja realmente junto ao eleitor pernambucano, uma vez que maior do que o índice de qualquer dos candidatos sondados pelo Instituto Maurício de Nassau está o número de indecisos. Nas pesquisas, 31% dos entrevistados disseram ter intenção de votar em branco ou anular o voto. Outros 21% não responderam ou ainda não sabem em quem votar.

Esse montante de indecisos ou descrentes com o atual cenário político e que chega a 52% do eleitorado é que deve ser trabalhado pelas legendas para fazer a diferença nas eleições de 2014. E esse é um potencial que os partidos também levarão em conta no momento de decidir pela candidatura própria ou pela formação de alianças.

PSDB e PSB articulam encontro entre Alckmin e Campos

Do Poder Online

Apesar de a Rede Sustentabilidade rejeitar a aliança entre o PSB e o PSDB em São Paulo, os dois partidos articulam um encontro para breve entre os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Os interlocutores dos dois partidos que negociam a aliança para a candidatura à reeleição do governador tucano em São Paulo consideram que o apoio só não será concretizado caso algum fato novo altere o panorama atual.

Para eles, mesmo o PSDB tendo que abrir palanque duplo em São Paulo – contra a vontade do senador tucano Aécio Neves, pré-candidato à Presidência -, a aliança é a opção mais vantajosa para as duas siglas a longo prazo.

O encontro dos dois governadores deve selar o acordo que colocará o deputado Márcio França, presidente do diretório estadual do PSB-SP, como vice de Alckmin.

PSDB local faz primeira reunião com Raffiê Dellon presidente

A executiva do PSDB de Caruaru realiza, na noite de hoje, sua primeira reunião sob a presidência de Raffiê Dellon. Em pauta, segundo a sigla, o cronograma de ações até o final do ano. O fortalecimento da juventude local e as criações dos segmentos PSDB-Mulher e do Tucanafro também serão debatidas.

O comando da legenda na cidade é composto por cinco membros. Além de Raffiê como presidente, formam a executiva municipal Carlos Alberto (secretário-geral), Jackson Caldas (tesoureiro), Diego Galdino e Gustavo Trajano (membros). Um dos objetivos da direção é implantar uma nova cultura partidária na cidade, com o PSDB atuante nas discussões da Capital do Agreste.

Campos espera ultrapassar Aécio Neves até o final do ano

Por JEFERSON RIBEIRO
Da REUTERS

O resultado da pesquisa Ibope divulgada na quinta-feira animou o PSB, que já projeta a possibilidade do presidente da legenda, Eduardo Campos, provável candidato à Presidência, assumir o segundo lugar na disputa pelo Palácio do Planalto, ultrapassando o senador tucano Aécio Neves, até o final deste ano.

A presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição, mantém ampla vantagem na liderança em todos os cenários para a eleição do ano que vem, inclusive com a possibilidade de vitória em primeiro turno.

No cenário mais provável, em que Dilma enfrenta o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), e Campos, ela lidera com 41 por cento das intenções de voto, contra 14 por cento de Aécio e 10 por cento de Campos. Nesta simulação, 22 por cento dos entrevistados declararam voto branco ou nulo e 13 por cento não souberam responder.

Essa aproximação do socialista a Aécio é apontada pelo líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), como o início da reação do eleitorado à aliança com a ex-senadora Marina Silva, que se aliou a Campos depois que seu partido, a Rede Sustentabilidade, não conseguiu o registro a tempo de ela disputar as eleições.

“A continuar a curva ascendente do Eduardo, podemos até ultrapassar o Aécio já no final deste ano”, analisou Albuquerque.

Segundo ele, os cenários que mostram Marina como melhor concorrente que Campos para derrotar a presidente demonstram que ela ainda pode transferir muito apoio ao governador pernambucano.

Os socialistas descartam, por enquanto, a possibilidade de Campos abrir mão da candidatura em favor de Marina.

Se entre os socialistas o clima é de animação, os tucanos se dividem quanto aos resultados. O vice-presidente do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), disse à Reuters que a pesquisa tem que ser olhada com cuidado, porque o “Ibope vive um conflito de interesses” por atender o governo e fazer levantamentos encomendados pela mídia.

Além disso, na avaliação dele, a pesquisa ainda está muito centrada no recall e, por isso, Marina e o ex-governador José Serra (PSDB), que já disputaram a Presidência, estão melhor posicionados do que Aécio e Campos nas simulações feitas pelo Ibope.

Nesses cenários, que levam em conta Serra e Marina como candidatos, os dois têm melhores desempenhos do que seus colegas de partido. Numa das simulações, em que Dilma concorre contra os dois, a petista teria uma vantagem menor.

Dilma teria 39 por cento das intenções de voto, contra 21 por cento de Marina e 16 por cento de Serra.

Já o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), aliado próximo de Serra, evita contestar os dados do Ibope, mas deixa no ar a definição sobre o candidato tucano à Presidência. “Isso nós vamos resolver ao longo do ano que vem”, disse à Reuters.

Cunha Lima, porém, disse que a candidatura de Aécio está definida e não haverá disputa com Serra. A divisão entre os tucanos é um dos obstáculos a serem transpostos pela candidatura do senador mineiro.

Mas os dois senadores do PSDB concordam na avaliação de que Dilma estagnou no patamar dos 40 por cento de intenções de voto, percentual próximo à avaliação positiva do governo, que segundo o Ibope, é de 38 por cento.

“Apesar de toda campanha que tem feito, a presidente está estagnada em 40 por cento. Esse é o dado mais relevante da pesquisa”, disse Nunes.

Já o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), avalia que o efeito imediato da aliança entre Marina e Campos foi prejudicial aos tucanos e a pesquisa mostra isso.

“Se alguém ganhou nessas articulações de pré-temporada foi o Eduardo. Ele ganhou musculatura e o Aécio pode ser canabalizado no PSDB”, avaliou.

Vargas, porém, não acredita que Dilma vença a eleição no primeiro turno, como aponta o Ibope.

“Nós estamos pensando em eleição de dois turnos. Sabemos que a eleição será em dois turnos. Lula, que é um fenômeno, teve que enfrentar os dois turnos”, analisou.

Apesar da avaliação, o petista acredita que Dilma deve elevar seu percentual de intenção de votos porque “tem o que apresentar nos próximos meses, tem muita obra para inaugurar”, afirmou.

Raffiê Dellon é o novo presidente do PSDB de Caruaru

O PSDB tem um novo presidente em Caruaru. Trata-se de Raffiê Dellon, que atualmente comanda a juventude tucana em Pernambuco. Com papel destacado nos quadros da oposição na Capital do Agreste, o pré-candidato a deputado estadual tem 22 anos e é filiado ao partido desde os 16.

Ele recebeu do atual presidente estadual do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, a importante missão de presidir o maior partido de oposição do país no principal diretório do interior do Estado.

“Recebi com alegria e motivação a missão do presidente Sérgio Guerra. Vamos reoxigenar, reinventar o PSDB em Caruaru e transformá-lo num partido orgânico na cidade. Quem me conhece sabe que não tenho vocação para ser um presidente cartorial. Vamos levar a mensagem do senador [e presidenciável] Aécio Neves [MG] a todos os caruaruenses”, comentou.

O jovem tucano possui um excelente trânsito nas executivas estadual e nacional do PSDB, inclusive com acesso direto ao pré-candidato do partido ao Palácio do Planalto, Aécio Neves. De acordo com dados do TRE-PE, o diretório da sigla em Caruaru estava sem presidente desde março deste ano – o último a ocupar o cargo foi o ex-vereador Diogo Cantarelli (hoje no PRP).

PSB sobe passe, mas deixa porta aberta para ação casada com PSDB

Do Poder Online

Ao conseguir filiar a ex-senadora Marina Silva com a ideia de uma chapa casada com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o PSB viu a chance de elevar o passe em colégios eleitorais estratégicos e endurecer as negociações. Mas, por trás da ameaça de uma ruptura de parte dos acordos já engatilhados, interlocutores do governador pernambucano reconhecem que não há interesse em romper de imediato a estratégia casada que vinha sendo traçada com o PSDB do senador mineiro Aécio Neves (PSDB). A diferença é que agora o PSB passa a ter mais peso na equação, na avaliação do time próximo ao pernambucano.

Em São Paulo, onde o PSB é tido como aliado estratégico do governador Geraldo Alckmin, o recado foi entendido rapidamente. Desde o fim de semana, o tucano teve pelo menos duas conversas ao telefone com o deputado Márcio França, encarregado das negociações para a eleição em São Paulo. Avisou que está ciente de que o PSB ganhou musculatura com a filiação de Marina e que, mais do que nunca, será tratado como prioridade na montagem da coligação.

Uma proposta colocada foi acelerar o desenho de um acordo entre os dois partidos. França ouviu de Alckmin que, diante do novo quadro, não há como o PSDB não se comprometer em assegurar ao PSB uma posição na chapa majoritária. Ou seja, ou o partido indicará o vice ou ficará com a vaga ao Senado. Ao menos na conta do time alckmista, a tese é de que não há abalo real na aliança.

Na seara socialista, já se fala em aguardar um aceno do PSDB também em Minas. Afinal, o partido tem como trunfo o nome do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. Mas uma definição clara sobre o que será feito neste e em outros estados só será tomada mais adiante, quando as mudanças no cenário eleitoral se consolidarem.

Aécio e Eduardo Campos não trocaram um telefonema sequer desde sábado, quando veio a público a notícia sobre a filiação de Marina. Dos dois lados, entretanto, a expectativa é de que os dois voltem a conversar assim que a poeira baixar.

Apesar de saída do PSDB, Cantarelli ainda mantém ligação com tucanos

Apesar de ter trocado o PSDB pelo PRP, o ex-vereador Diogo Cantarelli garantiu que os laços com os tucanos continuam “estreitos”. Como prova, ele citou sua parceria com o deputado federal Bruno Araújo. “Vou pedir votos para Bruno. Ele é do PSDB e, antes de deixar o partido, conversei bastante com ele”, revelou.

O ex-tucano lembrou que seu irmão, o vereador Eduardo Cantarelli, permanecerá no PSDB. “Deixei o partido para viabilizar minha candidatura a deputado estadual. Agora em uma sigla menor, tenho certeza que terei sucesso nesse projeto”, disse.

Ele ainda frisou que o PRP é independente. “A sigla não decidiu nada sobre 2014. Nossa meta é montar uma chapa forte proporcionalmente”, concluiu.

Aécio: ‘Eduardo não pode mais recuar. Isso é bom’

Do Brasil 247

Num domingo em que as principais lideranças do país ainda tentavam digerir o impacto da aliança entre o governador pernambucano Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva, o presidenciável tucano, senador Aécio Neves (PSDB-MG), fez uma leitura positiva do episódio a um dos seus mais próximos interlocutores.

Segundo ele, Eduardo Campos chegou a um ponto de não retorno. Ou seja: não terá mais como recuar de suas pretensões presidenciais. Aécio temia que o pernambucano, pressionado pelo PT, que atraiu para a base governista um dos nomes mais simbólicos do PSB (Cid Gomes, do Ceará), e pelo ex-presidente Lula, acabasse desistindo da disputa, no meio do caminho. “Eduardo não pode mais recuar e isso é bom”, disse Aécio.

Com Marina, que chega para “adensar” sua candidatura presidencial, o PSB só tem uma alternativa: disputar o Palácio do Planalto, em oposição ao governo Dilma e ao PT. Depois das falas de ontem e do lançamento da “coligação democrática”, não fará o menor sentido sair do páreo.

O problema, para o PSDB, é que o próprio Aécio poderia ficar de fora de um eventual segundo turno. O adensamento prometido por Marina, somado à militância da Rede, poderia fazer com que Campos, que hoje aparece atrás de Aécio nas pesquisas, o superasse. O tucano, no entanto, aposta que não e ainda se vê como o nome mais provável num eventual segundo turno contra a presidente Dilma.

Neste domingo, em entrevista ao Estado de S. Paulo, ele afirmou que “não antecipará o jogo” do PSDB e também não descartou uma eventual candidatura de José Serra, que decidiu permanecer no partido. “Serra sempre será um nome a ser avaliado pelo PSDB para qualquer cargo, inclusive para a candidatura presidencial, não temos porque antecipar esse jogo”, disse ele.

“Se eventualmente não for o candidato, ele tem, pelo capital político, pelo capital eleitoral e pela formação pessoal, condição de nos ajudar a coordenar essa agenda. Pode ser uma figura exponencial na construção do novo discurso do PSDB. A agenda em curso hoje no Brasil foi a proposta por nós há 20 anos. Não tem agenda nova.”