PSOL começa a preparação para as eleições municipais

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O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) começa a se preparar para as eleições de 2016. O objetivo da legenda é ter candidatura própria nas cidades de médio e grande porte, além dos municípios polos do interior, com prioridade para a capital pernambucana. No próximo sábado (21), o PSOL realizará o 1º Seminário Programático no Recife. O ato partidário será realizado no Espaço Casarão, na Rua da Santa Cruz, número 190, na Boa Vista, no Centro, com o objetivo de colher sugestões e debater temas de interesse da população.

A programação do seminário começa às 8h, com um café da manhã, e terá quatro palestras. Às 9h, o integrante do grupo Direitos Urbanos, Leonardo Cisneiros, falará sobre direito à cidade. Às 10h30, o deputado estadual e novo presidente do PSOL no Recife, Edilson Silva, fará uma avaliação sobre a conjuntura política da cidade. Único parlamentar da legenda no Estado, Edilson é o pré-candidato a prefeito do partido na capital pernambucana. Fundador do PSOL, ele já disputou três eleições majoritárias. Duas para governador (2006 e 2010) e um para a Prefeitura do Recife (2008).

Após o intervalo para o almoço, às 13h30, será a vez das dirigentes Albanise Pires, presidente do PSOL em Pernambuco, e Marília Nepomuceno, integrante do diretório do partido no Recife, contextualizarem sobre as mulheres na capital pernambucana. Por último, às 15h, o médico do Programa Saúde da Família do Recife, Carlos Eduardo Melo, o Cacá, debaterá sobre a saúde publica na cidade.

CRECHE – Como costuma fazer em suas atividades partidárias, o PSOL montará um espaço para receber adequadamente as crianças, oferecendo às mulheres que têm filhos a possibilidade de participarem do debate e da militância política sem a preocupação de não ter a quem repassar o cuidado com os pequenos.

PSOL e Rede pedem cassação de Cunha no Conselho de Ética

Da Agência Brasil

Conforme já havia antecipado, o PSOL entrou hoje (13) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados com um pedido de cassação do mandato do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar. O pedido foi endossado pela Rede e assinado por cerca de 50 parlamentares de sete partidos (PSOL, Rede, PT, PSB, Pros, PPS e PMDB).

No pedido, o partido toma como base um documento encaminhado na semana passada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que atesta como verdadeiras as informações de que Cunha e familiares têm contas na Suíça e que, supostamente, teriam recebido dinheiro fruto do pagamento de propina em contratos da Petrobras investigados na Operação Lava Jato.

“Ficou patente, com indícios robustos, com a investigação assumida pelo Ministério Público, que o deputado Eduardo Cunha afrontou a Constituição e o Código de Ética e decoro parlamentar, no mínimo, por utilizar o cargo para obter vantagens indevidas e não prestar as informações obrigatórias para parlamentar”, disse o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ).

De acordo com Alencar, Cunha quebrou o decoro ao mentir sobre a existência das contas quando depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. O PSOL diz que reuniu na peça um conjunto probatório de evidências contra Cunha e anexou cerca de 100 páginas com as informações recebidas da PGR, depoimentos de delatores da Lava Jato que citam Eduardo Cunha e matérias veiculadas na imprensa.

O partido também usa como argumento para a quebra de decoro a denúncia da PGR ao Supremo, segundo a qual Cunha cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. “Mentiu e praticou corrupção passiva e também lavagem de dinheiro, como indica a PGR. Outras investigações em curso falam também em evasão de divisas a sonegação fiscal. Portanto, o conjunto da obra é muito perverso, ainda mais na função que [Eduardo Cunha] ocupa e na qual insiste em permanecer”, acrescentou o PSOL.

Para o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), o comportamento de Cunha é impróprio e incompatível com sua permanência na presidência da Câmara. “No nosso entendimento, está configurada a quebra de decoro pelo presidente da Casa, e o processo precisa ser aberto. Pelas informações que se tem, já é possível dizer que o deputado não pode mais permanecer na presidência e que seu mandato precisa ser cassado”, afirmou.

O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), informou que, após encaminhar a representação da Mesa Diretora, será aberto o prazo de três sessões deliberativas (ordinárias e extraordinárias) para que o documento retorne ao conselho. A partir daí, será realizado um sorteio para escolher três parlamentares para relatar o caso, que não podem do estado nem do partido de Cunha. Caberá a Araújo escolher um dos três para ser o relator da representação.

O líder do PSOL disse que Cunha está usando o cargo de presidente da Câmara para se proteger e manifestou preocupação com a possibilidade de ser indicado algum aliado de Cunha que “procrastine” o processo. “O corporativismo é forte”, afirmou Alencar.

O PT foi o partido com maior número de assinaturas no pedido de abertura de processo de cassação: mais de 30 deputados. O vice-líder do partido, Henrique Fontana (RS), acusou a oposição, especialmente o PSDB e o DEM, de “jogar para plateia”, ao defender o afastamento de Cunha, mas não assinar a representação.

Segundo Fontana, a oposição está tentando proteger Cunha para barganhar uma possível abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Estão jogando para a plateia, protegendo o Eduardo Cunha, porque querem fazer disso uma moeda para cassar, através de um golpe e no tapetão, um mandato que eles não ganharam nas urnas.”

PSOL com novo comando no Estado

Do Blog da Folha

Candidata ao Senado pelo Psol nas eleições de 2014, a engenheira eletrônica Albanise Pires comandará o Partido Socialismo e Liberdade, em Pernambuco, pelos próximos dois anos. Ela foi eleita com mais de 60% dos votos dos cerca de 130 delegados que participaram neste fim de semana do congresso estadual da legenda. Albanise substitui o deputado estadual, Edilson Silva.

Natural do Recife, Albanise Pires nasceu em 1966, e além de ser formada em Engenharia Eletrônica pela Universidade de Pernambuco, é analista administrativa concursada no Ministério Público Federal (MPF). Ela iniciou sua vida política ainda na universidade como militante no movimento estudantil, filiada inicialmente ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Albanise é uma das fundadoras do Psol e já concorreu a vaga de vice-prefeita do Recife na chapa de Roberto Numeriano do Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 2012. De acordo com dados registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2014, a nova presidente do Psol ficou em terceiro lugar na disputa pelo Senado com 27.319 votos.

Randolfe e Heloísa Helena deixam PSOL; ex-senadora adere à Rede

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Único senador eleito pelo PSOL, Randolfe Rodrigues anunciou hoje a sua desfiliação do partido (Foto: ABr)

Da Folha de S. Paulo

Único senador eleito pelo PSOL, Randolfe Rodrigues (AP) anunciou neste domingo (27) sua desfiliação do partido.

É a segunda baixa da legenda nos últimos dois dias. Na sexta-feira (25), a ex-senadora e vereadora em Maceió Heloísa Helena deixou o partido e assinou sua ficha de filiação na Rede Sustentabilidade.

Enfrentando divergências internas desde 2014, quando deixou de disputar a presidência da República pelo PSOL, Randolfe Rodrigues também negocia a migração para o partido capitaneado pela ex-senadora Marina Silva.

A Rede teve o seu registro concedido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última terça-feira (22). Durante a semana, os deputados federais Miro Teixeira, que estava no Pros, e Alessandro Molon, mais votado pelo PT fluminense em 2014, aderiram à legenda.

Em nota divulgada em seu site oficial, o senador pelo Amapá afirmou que deixa de ser um filiado do PSOL e passa a ser “um amigo do partido”.

Ele justificou a decisão alegando que o ambiente político exige “uma maior capacidade de articulação política” e “multiplicidade de relações” na construção de uma organização política que atraia “jovens” e “militantes das redes sociais”.

“Este é um movimento que ocorre em todo o planeta e sinto que tenho um papel a cumprir neste novo cenário. (…) Saio para fortalecer minhas convicções e não para abandoná-las”, afirmou o senador.

Principal aliado do senador no Amapá, o prefeito de Macapá Clécio Luís também deixou o PSOL, mas deve se filiar ao PCdoB. Ele justificou a saída do partido nas redes sociais dizendo que o cargo de prefeito “impõe imensos problemas a resolver”.

“[São] problemas que exigem relações políticas mais amplas, capacidade de fazer alianças maiores e um trabalho articulado com outros entes do poder público, como o governo federal”.

HELOÍSA HELENA

Fundadora do PSOL e candidata a presidente em 2006, após ter sido expulsa do PT, Heloísa estava afastada do partido desde dezembro do ano passado.

Ela oficializou a desfiliação somente nesta semana para evitar problemas com a Justiça Eleitoral.

O afastamento do PSOL vem desde 2011, quando Heloísa aderiu ao processo de criação do grupo político de Marina Silva.

A Folha apurou que Heloísa pode desistir de disputar a reeleição para o cargo de vereadora em Maceió no próximo ano e preparar candidatura a deputada federal ou senadora em 2018 por Alagoas.

Nas redes sociais, Heloísa comemorou a criação da Rede afirmando que “Marina [Silva] merece e o Brasil precisa” do partido.

Também afirmou que o novo partido será criterioso nas filiações: “Sabemos que é muito importante disputar eleições, mas sem repetir o oportunismo e a promiscuidade”.

A reportagem tentou entrar em contato com a ex-senadora neste domingo (27), mas seu telefone estava desligado.

PSOL-PE fará campanha própria pelo voto crítico em Dilma

O PSOL Pernambuco anunciou, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (9), que fará campanha pelo voto crítico na presidente Dilma Rousseff, no segundo turno da eleição presidencial, para derrotar o retrocesso representado pela candidatura de Aécio Neves  (PSDB). Um manifesto assinado por integrantes do partido e personalidades do Estado, além de um calendário de atividades, serão lançados amanhã, às 19h no Comitê do PSOL no bairro da Boa Vista. Nas atividades de rua, o partido utilizará materiais próprios, desvinculados do PT.

O anúncio foi feito no comitê do partido pelo deputado estadual eleito Edilson Silva e pelos ex-candidatos ao governo, Zé Gomes, ao Senado, Albanise Pires, além do representante da Juventude do partido, Pedro Josephi.

Presidente do partido no estado, Edilson Silva destacou que o crescimento do fundamentalismo de direita no Brasil vai em sentido oposto à dinâmica que ocorre na América Latina, de ampliação dos direitos. “O fato de o governador eleito de Pernambuco colocar sua máquina milionária para apoiar Aécio Neves fez com que montássemos um espaço de organização das forças de esquerda. Vamos fazer uma campanha com viés crítico para Dilma”, acrescentou.

Zé  Gomes afirmou que o partido irá para a rua com materil próprio. O sentido da campanha pelo voto em Dilma, segundo ele, é derrotar o processo conservador que ganhou força nas eleições “em grande parte por responsabilidade do PT”. “Vamos organizar a sociedade contra a possibilidade da volta de uma elite política conservadora. Evitar o retrocesso”, explicou o ex-candidato a governador.

De acordo com Albanise, a ideia é apoiar, sim, Dilma, mas diferenciando-se de práticas do Partido dos Trabalhadores (PT). “Diante da possibilidade real de Aécio ser eleito, o PSOL não tinha como se calar. Tínhamos a responsabilidade de colocar uma posição e assumir esta campanha, sem, claro, nos confundir com a sujeira que envolve o PT e suas figuras mais públicas, especialmente aqui no Estado”.

Representante da juventude do partido, Pedro Josephi deixa claro que uma das grandes preocupações, no caso de um eventual governo de Aécio, seria o descaso com os movimentos sociais. “Para nós, da juventude, o que está em jogo é a possibilidade de agitarmos as bandeiras do direitos humanos, do casamento civil igualitário, da descriminalização das drogas, da desmilitarização da polícia. Essa mudança não está representada na candidatura de Aécio”. foto(2)