SPC Brasil: dicas para Carnaval sem dor de cabeça

Os feriados prolongados como o Carnaval são épocas propícias para as pessoas perderem documentos ou serem vítimas de roubos. Perder a carteira de identidade ou o CPF pode se tornar uma dor de cabeça se os documentos caírem na mão de golpistas. Para os especialistas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o primeiro passo para diminuir o risco de ser vítima de algum tipo de golpe é evitar levar documentos pessoais e importantes, quando o folião for curtir o Carnaval.

“O ideal é carregar apenas o essencial e manter tudo protegido de assaltantes, principalmente onde a concentração de pessoas é maior como nos blocos de rua, nos ensaios de escolas de samba, em festas ou em casas noturnas”, explica José Vignoli, educador Financeiro do SPC Brasil. “É importante também anotar em outro lugar os dados do cartão e do cheque, além do telefone do serviço de atendimento ao consumidor do banco”.

Dicas para pagar as contas no início do ano

Todo início de ano há gastos extras para o bolso do brasileiro, como o pagamento de compras de Natal, gastos com férias, impostos como IPTU e IPVA, matrícula da escola dos filhos e os materiais escolares. Com a crise econômica, poucos brasileiros conseguiram fazer uma reserva financeira ao longo de 2015 para pagar suas contas (19%) e três em cada dez (29%) planejam usar ao menos parte do 13º salário para quitar as pendências e evitar ficar com o nome sujo, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e do portal de educação financeira Meu Bolso Feliz.

Para os especialistas do SPC Brasil, o início de um novo ano é sempre um momento propício para colocar as contas no azul. “A palavra de ordem para 2016 é planejamento”, diz José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil. “Passada a época das festas de fim de ano, o consumidor se depara com uma série de obrigações financeiras que, se não são bem administradas, podem atrapalhar o controle do orçamento para o restante do ano”, explica.

Confira três dicas importantes para um bom planejamento para o pagamento das contas de início de ano e que também valem ao longo dos meses seguintes:

– Pagar à vista

“A preferência dos consumidores deve ser o pagamento das contas à vista, aproveitando os descontos oferecidos na maioria das vezes”, afirma Vignoli. “Já quem não tem dinheiro guardado acabará tendo que pagar as obrigações de início de ano a prazo. Entretanto, vale iniciar um planejamento para quitar essas despesas no próximo ano sem passar por sufoco.”

A sugestão do educador financeiro é que o consumidor vá separando todo mês um determinado valor para quitar os compromissos sazonais.

– Cortar compras supérfluas

Dica válida para todos os brasileiros e principalmente para os que já estão inadimplentes é cortar os gastos desnecessários e evitar compras impulsivas. Uma pesquisa recente do SPC Brasil mostrou que 41% dos brasileiros que compram por impulso estão inadimplentes.

Entre os principais gastos feitos por impulso e que podem ser cortados ou substituídos por alternativas mais baratas estão os relacionados com lazer, como bares, restaurantes e cinema. Os especialistas do SPC Brasil também alertam: promoções e possíveis preços atrativos comuns nesta época do ano são os fatores que mais influenciam nas compras.

– Renegociar ou substituir as dívidas

Casos as dívidas já estejam prejudicando o orçamento, o educador financeiro recomenda uma renegociação da dívida com o credor, contratando novas condições e formas de pagamento que melhor se encaixem no orçamento. Outra dica é fazer a substituição de uma dívida mais cara por outra mais barata, como trocar uma pendência no cartão de crédito ou cheque especial por um empréstimo pessoal ou consignado, que possui taxas de juros menores. “A substituição da dívida pode evitar com que ela se transforme em uma bola de neve – principalmente as de cartão de crédito e cheque especial”, conclui Vignoli.

Brasileiro admite fazer comprar para aliviar stress

Meditar, fazer ioga, praticar esportes, comer… Para muitos consumidores estressados, o melhor remédio para se livrar das angústias do dia a dia é usar o cartão de crédito e encher o carrinho de compras. Um levantamento realizado em todas as capitais e no interior do país pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que mais de um terço (36,3%) dos entrevistados admite que o ato de fazer compras é uma forma que eles encontram para aliviar o estresse do cotidiano, principalmente as mulheres (43,7%) e os consumidores das classes A e B (40,2%). Além disso, quase a metade dos consumidores (47,7%) admite fazer comprar para se sentir bem.

O levantamento aponta ainda que três em cada dez (29,5%) consumidores concordam que fazer compras melhora o humor e 24,5% confessam realizar compras quando se sentem deprimidos. O estudo demonstra que as mulheres são mais suscetíveis às emoções quando compram por impulso. São elas quem mais admitem a sensação de prazer ao comprarem algo sem planejar (37,7% contra 26,5% dos homens), além de serem as que mais citam o ato de fazer compras como o tipo de lazer preferido (35,9% contra 23,3% do total de entrevistados).

Encontram-se também entre as mulheres os maiores percentuais de consumidores que se valem das compras por impulso quando estão deprimidas (30,5% contra 18,3% dos homens). Quanto à faixa etária, o levantamento indica que os mais jovens são os que mais ficam entusiasmados e se divertem ao comprar produtos não planejados (41,8% contra apenas 19,6% das pessoas acima de 55 anos).

Segundo o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, as emoções desempenham um papel fundamental nas compras realizadas impulsivamente. “O estado emocional explica o comportamento impulsivo do consumidor. Se o consumo fosse uma experiência puramente racional, a inadimplência seria bem menor do que temos hoje. As pessoas comprariam estritamente o necessário e raramente romperiam os limites do próprio orçamento, pois seriam capazes de avaliar adequadamente as consequências de uma aquisição desnecessária e de resistir ao impulso da compra, por mais que se sentissem atraídos por um produto na vitrine”, explica Vignoli.

Empresários temem que o país não saia da crise

Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com comerciantes e prestadores de serviços das 27 capitais e do interior do Brasil revela que o maior temor dos empresários com relação a 2016 é que o país não supere a crise econômica. O medo da recessão se prolongar aparece, inclusive, a frente de outras opções mais voltada ao próprio negócio do entrevistado, como o risco de não conseguir pagar as dívidas (38%), ser assaltado ou vítima de violência (38%) e ser obrigado a fechar a empresa (37%).

Quando perguntados sobre o problema brasileiro mais importante a ser resolvido neste novo ano, novamente a crise econômica lidera a lista de opções ao lado da corrupção, ambos com 69% de menções. Outros problemas apontados pelos empresários brasileiros são os impostos elevados (65%), a inflação (49%), a falta de vontade política (40%) e a violência (39%).

Sete em cada dez empresários acreditam que 2015 foi pior que 2014

A percepção de que as condições do país se deterioraram ao longo do ano passado é generalizada entre os empresários sondados. Para 75% dos entrevistados o ano de 2015 foi pior para a economia do que 2014. Apenas 5% dos comerciantes e prestadores de serviços notaram que o cenário melhorou e outros 16% disseram que não houve alteração. O índice de empresários com percepção negativa supera o percentual de 70% em todas as regiões pesquisadas, mas cai para 53% entre os entrevistados do Nordeste.

Em meio a esse ambiente de baixa confiança com a economia do país, a situação financeira das empresas também piorou na opinião de 54% dos entrevistados, sendo que para mais da metade deles (52%), a piora decorreu do aumento dos preços de itens como matéria-prima, mercadoria e transporte, que diminuiu a margem de lucro, da diminuição do número de clientes (51%) e do aumento da inadimplência (22%). De acordo com a pesquisa, 75% dos empresários disseram ter visto empresas parceiras e concorrentes fecharem as portas neste último ano.

“A atual situação da economia brasileira tem gerado um ciclo vicioso, difícil de interromper. Como a inflação e as taxas de juros estão altas, as vendas caem e as empresas empregam e investem menos. Os efeitos negativos são percebidos nas quedas das vendas no varejo e na produção industrial. Dessa forma, temos queda de confiança tanto do empresário, quanto do consumidor. Esse resultado se traduz em inadimplência de ambas as partes, como os recentes indicadores têm apontado”, analisa o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o momento é de otimizar custos e processos e se aproximar do cliente. “As projeções dos analistas econômicos apontam para uma queda do PIB superior a 2,5% em 2016. E se os ajustes propostos pela equipe econômica do governo não forem aprovados ou postos em prática, a situação ainda pode se agravar. Diante disso, é importante para os empresários buscarem opções de crédito mais baratas e estreitar o relacionamento com os clientes como forma de sustentar as vendas do negócio e sobreviver à turbulência”, diz a economista.

Meta para 2016 é sair do vermelho, aponta SPC

O ano de 2016 começa com uma perspectiva nada otimista para a economia e, com o agravamento da crise política, torna ainda maior o grau de incerteza. Com isso, os consumidores se preparam para enfrentar situações adversas ao longo do ano e que, segundo especialistas, devem ser parecidas com as de 2015. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pesquisaram quais são as expectativas e projetos dos brasileiros para 2016: 36,8% pretendem sair do vermelho, pagando todas as contas que estão vencidas.

Em seguida, também são mencionados os desejos de fazer atividade física (34,3%), de comprar e/ou trocar de carro (27,6%), além de perder peso (27,5%). O levantamento, feito em todo o Brasil, mostra ainda que as expectativas em relação à conjuntura econômica do país estão divididas. Para três em cada dez entrevistados (31,1%), a situação será pior do que no ano passado, contra 37,0% que imaginam que será melhor.

Considerando os consumidores que acreditam na piora do cenário econômico, as principais consequências esperadas são a diminuição das compras (55,6%); a redução do consumo de produtos supérfluos, já que haverá menos dinheiro (48,4%, aumentando para 59,7% nas classes A e B), e a maior dificuldade de economizar e constituir reserva financeira (45,4%). Como medida para superar os problemas decorrentes da crise econômica, a maior parte dos entrevistados menciona a intenção de organizar as contas da casa (56,3%), seguido da intenção de evitar o uso do cartão de crédito (36,4%) e evitar comprar parcelado (33,8%), e também pagar a maioria das compras à vista (32,7%).

Para a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados da pesquisa mostram que ao menos uma parte dos consumidores entende a gravidade da situação e pretende agir ativamente a fim de evitar o desequilíbrio financeiro. “Medidas como a organização das contas e o uso consciente do cartão de crédito podem fazer diferença no orçamento ao longo de todo o ano, uma vez que não há previsão de quando haverá recuperação da economia. O consumidor sabe que as compras parceladas representam risco de endividamento, situação que poderia fugir ainda mais ao controle em caso de desemprego”, explica.

O risco de não conseguir pagar as dívidas também aparece como o maior temor para 2016: 56,9% dos entrevistados citaram, com percentuais maiores entre as mulheres (61,0%) e as pessoas com 50 anos ou mais (69,6%). Foram mencionados ainda os problemas de saúde (54,6%), a possibilidade de serem vítimas de violência e/ou assalto (35,2%) e que o país não saia da crise atual (27,1%).

A corrupção – um dos destaques da mídia no ano passado – também foi lembrada. Para 42,5% dos brasileiros, é o problema mais importante do Brasil a ser resolvido em 2016, seguida da crise econômica, mencionada por 39,6%.

Principal meta dos brasileiros para 2016 é sair do vermelho, mostra SPC Brasil

O ano de 2016 começa com uma perspectiva nada otimista para a economia e com o agravamento da crise política torna ainda maior o grau de incerteza. Com isso, os consumidores se preparam para enfrentar situações adversas ao longo do ano e que, segundo especialistas, devem ser parecidas com as de 2015. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pesquisaram quais são as expectativas e projetos dos brasileiros para 2016: 36,8% pretendem sair do vermelho, pagando todas as contas que estão vencidas.

Em seguida, também são mencionados os desejos de fazer atividade física (34,3%), de comprar e/ou trocar de carro (27,6%), além de perder peso (27,5%). O levantamento, feito em todo o Brasil, mostra ainda que as expectativas em relação à conjuntura econômica do País estão divididas. Para três em cada dez entrevistados (31,1%), a situação será pior do que no ano passado; contra 37,0% que imaginam que será melhor.

Considerando os consumidores que acreditam na piora do cenário econômico, as principais consequências esperadas são a diminuição das compras (55,6%); a redução do consumo de produtos supérfluos, já que haverá menos dinheiro (48,4%, aumentando para 59,7% nas classes A e B); e a maior dificuldade de economizar e constituir reserva financeira (45,4%).

Como medida para superar os problemas decorrentes da crise econômica, a maior parte dos entrevistados menciona a intenção de organizar as contas da casa (56,3%), seguido da intenção de evitar o uso do cartão de crédito (36,4%) e evitar comprar parcelado (33,8%), e também pagar a maioria das compras à vista (32,7%).

Para a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados da pesquisa mostram que ao menos uma parte dos consumidores entende a gravidade da situação e pretende agir ativamente a fim de evitar o desequilíbrio financeiro. “Medidas como a organização das contas e o uso consciente do cartão de crédito podem fazer diferença no orçamento ao longo de todo o ano, uma vez que não há previsão de quando haverá recuperação da economia. O consumidor sabe que as compras parceladas representam risco de endividamento, situação que poderia fugir ainda mais ao controle em caso de desemprego”, explica.

O risco de não conseguir pagar as dívidas também aparece como o maior temor para 2016: 56,9% dos entrevistados citaram, com percentuais maiores entre as mulheres (61,0%) e as pessoas com 50 anos ou mais (69,6%). Foram mencionados ainda os problemas de saúde (54,6%), a possiblidade de serem vítimas de violência e/ou assalto (35,2%) e que o país não saia da crise atual (27,1%).

A corrupção – um dos destaques da mídia no ano passado – também foi lembrada. Para 42,5% dos brasileiros, é o problema mais importante do Brasil a ser resolvido em 2016, seguida da crise econômica, mencionada por 39,6%.

 

19,6 milhões de consumidores devem ir às compras de última hora neste Natal, estima SPC Brasil

Mais um Natal se aproxima e alguns brasileiros não perdem o velho costume de deixar tudo para a última hora. Um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que 19,6 milhões de pessoas pretendem comprar os presentes apenas uma semana antes do Natal, o que corresponde a 14,3% de consumidores que têm a intenção de presentear alguém neste fim de ano. A pesquisa também mostra que apenas 4,3% dos entrevistados vão adiar as compras natalinas, preferindo aproveitar as liquidações de início de ano.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, deixar as compras natalinas para a última hora não é uma escolha acertada para quem pretende economizar com esse tipo de gasto, principalmente, em tempos de crise como o atual. “Muitos consumidores deixam para comprar os presentes nesta semana por causa do recebimento da segunda parcela do 13º salário. Mas se o consumidor deixa para comprar muito em cima da hora, acaba não tendo tempo para pesquisar preços e, consequentemente, gasta mais. Sem mencionar o risco dele não encontrar o produto desejado e ter que optar por algo mais caro, comprometendo o orçamento”, explica a economista.

Para o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, a pressa é inimiga do planejamento. Ele alerta que na correria para garantir todos os itens da lista e não deixar ninguém sem presente, o consumidor acaba dando menos importância aos detalhes, cedendo às compras impulsivas. “Há ainda o estresse ocasionado pelas longas filas nos caixas e pela dificuldade para encontrar vaga nos estacionamentos sempre lotados”, adverte o educador. O ideal, segundo Vignoli, é fazer uma lista de todos os presenteados, definir o quanto se pode gastar e levar o dinheiro contado. Dessa forma, não há perigo de exceder o valor previsto com a compra de outros presentes.

Dívidas contraídas no Natal do ano passado deixaram 17% dos brasileiros com o nome sujo, revela SPC Brasil

As dívidas assumidas com os presentes de Natal no ano passado levaram 17,2% dos consumidores brasileiros a terem o nome incluído em cadastros de proteção ao crédito. O percentual de consumidores que ficaram inadimplentes porque se descontrolaram com as compras natalinas é ainda maior entre as pessoas das classes C, D e E (21,7%). Os dados são de uma pesquisa nacional realizada em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Outro dado que constata a falta de controle dos consumidores com os gastos natalinos, é que 56% dos que entraram na lista de inadimplentes não sabem ao certo o valor das dívidas que os colocaram nesta situação. Segundo a economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Marcela Kawauti, para não ter uma surpresa desagradável no início do ano que vem, o brasileiro deve evitar o excesso de parcelamento com as compras de Natal. “O orçamento doméstico costuma apertar no começo do ano com a cobrança de impostos como IPTU, IPVA e despesas com matrícula e material escolar. Se a pessoa não tiver controle de seu orçamento e gastar com compras valores acima da sua capacidade de pagamento, ela pode acabar ficando inadimplente”, explica Marcela.

Brasileiro prefere parcelar

Parcelar as compras natalinas é um velho hábito do consumidor brasileiro. Mais da metade (52,4%) dos entrevistados tem o costume de dividir as compras dos presentes de Natal em várias prestações, sendo que a maior parte (35,7%) o faz para ter condições de presentear a todos que deseja.

Segundo o levantamento, para o Natal deste ano, a média é de cinco prestações. Isso significa que quem comprar os presentes neste mês dezembro, só terminará de pagar a última parcela na época do Dia das Mães, em maio do ano que vem. “O impacto das compras de fim de ano no orçamento dos consumidores não deve ser subestimado. Dividir as compras em parcelas a perder de vista pode atrapalhar o planejamento para o começo de um novo ano livre das dívidas”, orienta José Vignoli, educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz.

Crescem as compras natalinas no cartão de crédito

Embora 42% dos consumidores pretendam usar o dinheiro na hora de pagar pelas compras de Natal neste ano, houve um aumento no uso do cartão de crédito, que passou de 38% no Natal do ano passado para 41% em 2015, sendo que 28% vão pagar em mais de duas parcelas no cartão. Os especialistas do SPC Brasil explicam que concentrar os gastos numa única data de fatura e poder visualizar a partir do extrato para onde o dinheiro está indo é um facilitador de tempo e de planejamento proporcionado pelo cartão de crédito, mas a sua utilização exige disciplina.

Na avaliação dos especialistas, os encargos cobrados no pagamento da fatura mínima e os juros do rotativo são o grande risco para quem vai passar todas as compras deste Natal no cartão de crédito. “O cartão é uma excelente maneira de parcelar as compras, mas deve ser muito bem utilizado, sob o risco de pagar juros excessivamente altos caso o consumidor não pague o valor integral da fatura”, explica a economista Marcela Kawauti.

Dicas para não entrar no sufoco no Natal

Os especialistas do SPC Brasil e do portal de educação financeira ‘Meu Bolso Feliz’ elaboraram algumas dicas para evitar o superendividamento com as compras de Natal. Confira:

– Faça um levantamento de suas dívidas, antes de ir às compras, e quite-as com o 13º salário, priorizando as dívidas que implicam no corte do fornecimento do serviço e cobram juros mais elevados;

-Faça a lista das pessoas que deseja presentear fixando um valor máximo para gastar sem estourar seu orçamento. Não se esqueça de somar tudo o que está gastando para evitar surpresas depois;

-Evite parcelar em muitas vezes, pois passadas as festas a dívida continua e pode atrapalhar o planejamento para 2016. Anote todos os compromissos do começo de ano como rematrículas, material escolar, IPVA, IPTU, entre outras despesas já previstas para o período;

-Evite as compras por impulso. Lembre-se que nesta época do ano os incentivos para comprar são muito grandes. Mantenha o controle e não saia às compras sem uma lista prévia para manter o foco;

– Não banque tudo sozinho na ceia de Natal para impressionar os convidados. Isso pode prejudicar o seu orçamento. O ideal é que cada participante leve um prato, bebida ou sobremesa;

– Planeje-se. Não deixe para compras os itens da ceia na última hora porque quanto mais próximo da data mais caro os produtos ficam. É possível fazer uma ceia farta a um custo razoável, desde que se faça uma pesquisa e as compras sejam antecipadas.

Nova lei prejudica registro de inadimplentes, afirma SPC

Levantamento da Boa Vista SCPC, SPC Brasil e Serasa Experian revela que em setembro e outubro deixaram de ser negativadas nos três birôs de proteção ao crédito 10 milhões de dívidas em atraso no Estado de São Paulo, tirando as dívidas que podem estar em mais de um birô. Essas dívidas foram contraídas por cerca de 7 milhões de consumidores (CPFs distintos) que também não foram negativados, somando cerca de R$ 21,5 bilhões.

O impedimento do registro da inadimplência em setembro e outubro se deve a entrada em vigor da lei paulista nº 15.659, proposta pelo deputado estadual Rui Falcão (PT), que obriga o envio de carta com aviso de recebimento (AR) para o devedor antes da inclusão de seu nome na lista de inadimplentes.

A lei paulista, que torna o Estado de São Paulo o único lugar do mundo a exigir a assinatura/consentimento do cidadão para ser considerado inadimplente, já havia sido vetada pelo governador de São Paulo, por entender que a matéria é inconstitucional, uma vez que o tema foi regulado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), como determina a Constituição.

A justificativa do projeto de lei que a originou é suprir falhas supostamente existentes no processo atual de comunicação das dívidas, mas Ranking do Procon-SP demonstra que em todo ano de 2014 houve apenas duas reclamações por suposta falta de comunicação nos três birôs de crédito.

Assim como ocorreu em setembro, o mês passado também registrou somente 3% das negativações de todas as dívidas que deveriam ter sido incluídas, pois a nova lei impõe um modelo sete vezes mais caro, que não pode ser pago pela maioria dos setores econômicos, principalmente o das pequenas empresas e o das concessionárias de serviços públicos. No último bimestre, a carta com AR foi usada por poucas empresas e teve comprovada sua ineficiência: 30% das correspondências enviadas com AR voltam sem assinatura. Já o modelo simples tem sua eficiência comprovada ao longo de mais de 30 anos.

Número de consultas ao SPC aumenta no varejo

Pedro Augusto

Durante a temporada junina, um dado interessante chamou a atenção da Câmara de Dirigentes Lojistas de Caruaru. De acordo com o gerente operacional Zezinho Borba, no intervalo do dia 1º até o último dia 24, o quantitativo de consultas realizadas junto ao SPC Brasil foi superior em 19,2% ao volume registrado no mesmo período do ano passado. Em números reais, o sistema contabilizou no comércio do município 25.117 consultas contra 21.068 computadas em 2014. Em entrevista ao Blog do Wagner Gil, na manhã da terça-feira (30), na sede da CDL, no Centro, o representante da entidade apontou alguns fatores que possivelmente influenciaram no avanço do procedimento.

“De início é preciso deixar claro que esse crescimento no número de consultas de nada tem a ver com o índice de vendas do comércio local. Ou seja, os dois dados não possuem qualquer relação. O que podemos afirmar com convicção e isso ficou evidenciado nos quantitativos apresentados é que houve sim um acréscimo na demanda pelo procedimento em relação ao mesmo período do ano passado. Isso provavelmente por conta do acréscimo da inadimplência ou até mesmo pelo maior interesse de compra do consumidor em relação a 2014. Se após a consulta ao sistema, a venda acabou sendo realizada ou não, não podemos precisar”, explicou Zezinho.

De acordo ainda com ele, o dado divulgado recentemente correspondeu apenas ao número de procedimentos feitos no varejo, ou seja, não fizeram parte deste montante as consultas promovidas na sede da CDL. “Elas foram computadas exatamente no momento em que os consumidores se deslocaram até as lojas e tentaram realizar as suas compras através do crediário. O interessante é que aos repassarmos esses números comparativos para o SPC Brasil verificamos que outras cidades do país também registraram aumento em relação ao mesmo período do ano passado”, acrescentou Borba.

Para o gerente, a Copa do Mundo de Futebol teria influenciado negativamente o volume de consultas de 2014. “Na verdade, o mundial foi um verdadeiro tiro no pé não só para o comércio de Caruaru, mas de todo o país. Já que, a população encontrava-se apenas com as atenções voltadas para os jogos, o movimento nas lojas diminuiu bastante e conseqüentemente a procura pelo procedimento caiu. O detalhe é que no comparativo com 2013, onde observamos um desempenho superior do comércio, o quantitativo de consultas acabou sendo menor em relação a 2015. Este ano a demanda foi surpreendente”, ressaltou Zezinho Borba.

Apesar de não contar com uma estimativa oficial, o gerente da CDL não deixou de avaliar o desempenho do comércio durante o São João de Caruaru. “Tivemos oportunidade de conversar com diversos lojistas. Alguns apontaram queda no movimento já outros conseguiram atingir as suas expectativas. O certo mesmo é que verificamos vários consumidores de outros municípios o que, com certeza, dinamizou a nossa atividade. Quanto à projeção de vendas para o segundo semestre, não podemos ser tão otimistas, já que essa crise vem atrapalhando todos os setores econômicos do país. Não deveremos ter prejuízos maiores, porém não será nada fácil”, finalizou Zezinho Borba.