GPA pede ajuda para denunciar suspeitos

Por volta das 17h do último sábado (16), o gerente de proteção animal, Fagner Fernandes, recebeu duas ligações; uma foi feita pela protetora da Uderva, Gabriela, que relatou que um cachorro havia sido esfaqueado no bairro do Vassoural. De imediato, Fagner orientou a mesma a entrar em contato com a polícia para que as medidas cabíveis fossem tomadas no que diz respeito ao possível assassino no animal. Com base nas fotos que foram obtidas sobre o caso, um relatório será elaborado pela GPA e em seguida será encaminhado à Policia Civil e ao Ministério Público.

Ainda na mesma tarde, uma segunda ligação: o gerente tomou conhecimento de um cachorro que havia sido atropelado na avenida Caruaru, localizada no bairro Boa vista I, cujo motorista não prestou os primeiros socorros. Diante do fato, Fagner de imediato entrou em contato com uma veterinária e ambos seguiram para o local do ocorrido. O animal foi encaminhado para GPA, onde foi diagnosticado com traumatismo craniano grave, protrusão do olho direito e hemorragia na cavidade oral. Diante da gravidade do caso, o cão não resistiu e veio a óbito.

A Gerência de Proteção Animal lamenta os fatos ocorridos no último sábado (16) e pede a colaboração da população para que casos como esses não fiquem impune.

Qualquer pessoa pode e deve denunciar casos de maus tratos. Essa é a melhor maneira de combater os crimes contra animais. Quem presencia o ato é quem deve denunciar. Deve haver testemunha, fotos e tudo que puder comprovar o fato. Não tenha medo. Não é necessário se identificar! Denunciar é um ato de cidadania. Ameaça de envenenamentos, bem como envenenamentos de animais, também podem e devem ser denunciados.

Os casos de abandono, agressão e violência contra animais devem ser relatados ao Disk Denúncia Agreste, através do número 3719-4545, que funciona 24 horas,  durante todos os dias da semana, inclusive feriados. De segunda a sexta-feira, no horário das 7h às 13h, as denúncias também podem ser feitas a Gerência de Proteção Animal do município, através do 3724-0333. Em ambos os órgãos a identidade do denunciante é mantida em sigilo.

Glória do Goitá: políticos suspeitos de atentado

Do Diario de Pernambuco

Após sofrer um atentado no último sábado, o prefeito de Glória do Goitá, Manoel Teixeira (PSC), prestou depoimento na Polícia Federal (PF) na tarde de ontem. Ele deu detalhes da tentativa de homicído da qual foi vítima e, segundo informações da PF, apesar de as investigações estarem em fase inicial, os indícios reforçam a tese de crime motivado por razões políticas. Alguns nomes chegaram a ser citados durante o depoimento, entre eles o do presidente da Câmara dos Vereadores, Lívio Amorim (PTN). Após prestar esclarecimentos na sede da Polícia Federal, o prefeito foi à Secretaria de Defesa Social (SDS) e solicitou reforço em sua segurança.

O gestor foi ouvido pela delegada Mariana Cavalcanti, a mesma que está responsável pela Operação Carona (que investiga a formação de cartéis no transporte escolar em prefeituras do interior). Foi a partir dessa operação que o então prefeito do município Zenilto Miranda (PTB) foi afastado do cargo, a pedido da própria PF. “Ela vai analisar o teor do depoimento. Caso as informações tragam novos fatos para a operação, a polícia vai incorporá-las à investigação”, explicou o assessor de comunicação da PF, Giovanni Santoro. Caso não haja qualquer relação entre a operação e o atentado, o inquérito será encaminhado à Polícia Civil.

Ainda segundo Giovanni, o presidente da Câmara Municipal e todas as demais pessoas citadas serão intimadas para prestarem esclarecimentos. “Entre os nomes mencionados pelo prefeitos há políticos e pessoas que eram ligadas a esses políticos”, adiantou o assessor da PF. O advogado do prefeito, Saulo Penna, também reforçou que o atentado teve motivação política.

O presidente da Câmara Lívio Amorim (PTN) não demonstrou preocupação com o fato. “Estou à disposição da polícia para qualquer esclarecimento. Não tenho nada a ver com isso. A violência não faz parte do meu perfil.” Ele disse não entender os motivos que fizeram o prefeito a levar o caso à Polícia Federal. “Estão criando um factoide, mas estou tranquilo”. Segundo o vereador, o prefeito registrou a ocorrência na delegacia na cidade e, inicialmente, afirmou que o atentando não tinha conotação política.