Por Alexei Esteves
Estamos vivenciando uma economia globalizada, onde algumas profissões estão no auge do sucesso, outras, estão principiando esse sucesso. No Brasil é notória a desvalorização da profissão docente, uma das profissões mais importante, que serve de alicerce para as demais.
Apesar da qualidade do ensino não depender apenas do professor, as instituições exigem dos docentes um maior esforço em sala de aula para melhorar a qualidade de ensino, porém, esse esforço não é reconhecido pelos seus clientes e muito menos pelo salário que recebem. Outro aspecto é que a remuneração do professor é diferenciada de acordo com cada estado e região, agravando ainda mais essa situação que já é bastante crítica.
O salário do professor é iníquo, pois mesmo realizando o mesmo trabalho, as remunerações são diferentes. Questionam também que a remuneração é arbitrária, não há uma relação entre o esforço do trabalhador e o pagamento pelo esforço. Diante disso, afirmam ser impossível identificar entre os docentes um padrão de renda e consumo homogêneo, há professores em status sociais muito distintos entre si.
Devido há esta distinção no salário e também das condições que hoje o professor enfrenta no âmbito educacional, essa profissão está quase escassa, pois muitos cursos de licenciatura estão perdendo sua clientela, ou seja, o sonho de seguir a carreira de professor está desaparecendo.Pois, por causa dessa instabilidade na remuneração e as condições de trabalho do professor que se deteriora abruptamente, torna cada vez mais a carreira de professor desinteressante.
Podemos dizer que os professores dedicam a maior parte do tempo ao trabalho, deixando de lado a família, e até se descuidando dos relacionamentos conjugais.No entanto, a isso, quando há o conflito entre trabalho e família, o trabalhador se sente roubado de um tempo que poderia ter dedicado a família, e acaba tendo uma exaustão emocional e de despersonalização. Além desse tempo roubado, outro fator que corrobora para a exaustão e despersonalização do professor, é a questão da estabilidade (ou instabilidade?) financeira que trataremos posteriormente.
Um dos pontos principais que causa o conflito familiar é a instabilidade financeira, pois o docente muitas vezes trabalha em dois ou três turnos, para dar conta de sustentar a família e viver pelo menos em melhores condições.
Viajar sempre que posso e isso é algo que todos deveriam fazer. Tirar um momento de lazer. Porque o tempo quem faz somos nós mesmos”. Portanto,o trabalho docente muitas vezes pode ocasionar um problema de stress no professor, por se tratar de uma função que exige dedicação, atenção, concentração para realizar o trabalho de forma significativa. Nesse sentido é de suma importância que o professor organize seu tempo de forma a obter um momento de lazer, prazer e tranquilidade
Este trabalho teve como objetivo conhecer a dimensão da pessoa do professor, no que tange a qualidade de vida do mesmo. Ficou evidente que a qualidade de vida é comprometida pela desvalorização profissional e o baixo salário. Os impactos da baixa qualidade de vida são decorrentes da necessidade de fazer dupla ou tripla jornada de trabalho para garantir o sustento, ocasionando assim, pouco tempo para a família, para o lazer e para cuidarem da própria saúde.
Alexei Esteves é professor doutor educação