Na manhã desta sexta-feira (05/08), a partir das 9h30, a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Noemy Gomes, estará no Hospital Mestre para conceder entrevistas sobre a garantia do atendimento aos pacientes transplantados de Caruaru pela referida unidade de saúde e coibir a propagação de falsos rumores sobre o fim deste suporte terapêutico aos pacientes do Agreste do Estado.
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Pernambuco no primeiro lugar em transplantes de coração, medula e rim do N/NE
Do JC Online
Pernambuco pode comemorar uma grande conquista do ano de 2015. Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Estado ocupou o primeiro lugar no número de transplantes de coração, medula óssea e rim no Norte e Nordeste. Além disso, conquistou a segunda colocação em coração e medula no País. Os dados são referentes ao período de janeiro e setembro de 2015.
Nos nove primeiros meses de 2015, foram feitos 255 transplantes de rim (aumento de 16% em relação ao mesmo período de 2014), 36 de coração (aumento de 111) e 166 (aumento de 0,1%). “Tivemos um aumento expressivo no número de transplantes de órgãos sólidos, como coração e rim. No caso da medula óssea, temos que chamar a atenção do público da importância da doação para voltarmos a ter a fila de espera zerada para esse tecido”, comemora a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Noemy Gomes.
O levantamento da ABTO mostrou ainda que Pernambuco é o 1º do Norte e Nordeste e o 5º no Brasil no número de potenciais doadores. São consideradas pessoas com diagnóstico de morte encefálica aptas a doar órgãos e tecidos. Das 429 pessoas que poderiam doar, no entanto, apenas 124 (29%) realmente doaram, o que coloca o Estado no segundo lugar de doações efetivas no N/NE e o oitavo no Brasil.
“A recusa familiar para a doação de órgãos e tecidos do ente querido ainda é o principal entrave para diminuir a fila de espera por um transplante. Sabemos que este é um momento de extrema dor, mas as pessoas precisam desmistificar a doação, conversar sobre o tema em vida e perceber que muitos pacientes dependem disso para viver. Este é procedimento seguro e legal. Não há danos para o corpo do doador e a morte encefálica é irreversível”, destaca Noemy Gomes.
Brasileiros terão acesso a transplantes multivisceral e de intestino
Um acordo entre Brasil e Argentina permitirá que brasileiros tenham acesso ao transplante multivisceral (substituição de pelo menos três órgãos abdominais) e de intestino no SUS. O termo de cooperação que dá início a esse processo foi firmado entre o ministro da Saúde do Brasil, Arthur Chioro, e o ministro da pasta da Argentina, Daniel Gustavo Gollan, durante a Assembleia Mundial de Saúde, que acontece nesta semana em Genebra (Suíça). Um dos principais eixos será a vinda de médicos argentinos experientes com a técnica, que realizarão o treinamento dos profissionais brasileiros.
“O acordo permite a transferência de tecnologia da cirurgia de transplante multivisceral para o Brasil, fundamental para a ampliação do acesso”, afirmou Chioro. A expectativa é que a cooperação esteja em funcionamento nos próximos meses. Na cirurgia, os pacientes com indicação para o procedimento podem receber de uma só vez estômago, duodeno, intestino, pâncreas e fígado, retirados em conjunto, de um único doador. A Argentina realizou mais de 40 cirurgias, sendo reconhecida pela sua capacidade técnica para esse tipo de transplante.
São exemplos de pacientes candidatos aos transplantes múltiplos: pacientes com doença hepática crônica com trombose das veias que drenam os intestinos; aqueles com insuficiência intestinal crônica (doença conhecida também como SIC – Síndrome do Intestino Curto) que tiveram necessidade de nutrição parenteral por um longo prazo; os submetidos a múltiplas cirurgias abdominais devido a doenças; e pacientes com tumor que atinja a região da raiz do mesentério, artérias e veias, com metástase no fígado.
No país, 95% dos transplantes são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – o maior sistema público de transplantes do mundo – o que torna o Brasil referência mundial na área. A rede brasileira conta com 27 Centrais Estaduais de Transplantes (em todos os estados e Distrito Federal), além de Câmaras Técnicas Nacionais, 510 Centros de Transplantes, 1.113 equipes de Transplantes e 70 Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). Entre 2010 e 2014, houve aumento de 4,9% na quantidade de serviços habilitados pelo Ministério da Saúde para realizar transplantes no país, passando de 740 para 776.
Hospital Santa Efigênia alcança o 3º lugar em transplantes de rins no estado
O Hospital Santa Efigênia,alcançou o 3º lugar no ranking de transplantes de rins entre as casas de saúde que realizam esse tipo de cirurgia em todo o estado de Pernambuco.
O resultado foi divulgado na edição mais recente da revista RBT (Registro Brasileiro deTransplantes), veículo oficial da Associação Brasileira de Transplantes distribuída em todo o brasil. O hospital caruaruense também ganhou a segunda colocação em acompanhamento de pacientes renais.
A unidade é referência em transplantes de rins e campanhas para doação. Possui também um departamento de transplantes inaugurado em 2004 que hoje chega a realizar de três a nove cirurgias por mês. O Hospital já está na marca dos 316 transplantes realizados em pouco mais de dez anos.