Taxa de desocupação volta a subir em Pernambuco; resultado é o 2º maior do país

Comércio de rua em Brasília.

Realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a PNAD Contínua, pesquisa que mede os níveis de desocupação e rendimentos do país, revelou que a quantidade de pernambucanos sem emprego e sem ocupação voltou a subir durante o primeiro trimestre deste ano.

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (18), apontou que, no estado, 14,1% da população apta a estar na força de trabalho não encontrou oportunidades formais ou informais de emprego. Dessa forma, em Pernambuco, 601 mil pessoas de 14 anos ou mais de idade estão desocupadas.

O número representa uma alta de 1,8% no comparativo com o último semestre de 2022, período em que a taxa de desocupação era de 12,3% e atingia 525 mil pernambucanos. O índice do estado para o primeiro semestre de 2023 é o segundo maior do Brasil, permanecendo atrás apenas da Bahia que registrou um nível de desocupação de 14,4%.

No país, a %u202Ftaxa de desocupação foi de 8,8% no mesmo período, um aumento de 0,9 ponto percentual no comparativo com o quarto trimestre de 2022. Além da Bahia e Pernambuco, o Amapá completa o ranking com o terceiro maior nível de desocupação, 12,2%. Já as menores taxas foram registradas nos estados de Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).

DESALENTO CAI
Além dessas, outras 261 mil são consideradas desalentadas, ou seja, não realizaram busca efetiva por trabalho, mas gostariam de ter um trabalho e estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência da pesquisa. O número representa uma queda significativa já que, no final de 2022, o total de pernambucanos desalentados era de 380 mil.

EMPREGO FORMAL AVANÇA
Com relação ao número de empregados com carteira de trabalho no setor privado, o avanço foi de 15,9% no comparativo com o último período de 2022. Já o número de trabalhadores domésticos com carteira assinada no 1º trimestre de 2023 correspondeu a 46 mil pessoas, aumento de 28,9% comparado ao mesmo trimestre de 2022. Os trabalhadores domésticos sem carteira de trabalho assinada totalizaram 161 mil no 1º trimestre de 2023, queda de 9,8% com relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Por fim, no setor público, foi registrada uma redução de 29,5% em relação ao mesmo trimestre de 2022.

RENDIMENTO CRESCE
O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas foi de, em média, R$ 2.053,00, número que representa um aumento de 12,3% comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, quando o valor ficou em R$ 1.829,00. Já no comparativo com o 4º trimestre de 2022, quando a média ficou em R$ 2.071,00, o resultado apresentou uma ligeira retração.

Diario de Pernambuco

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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