TerraVerde lança projeto ‘Ocupa Ciclo Férrea’

A ONG TerraVerde lançou o projeto ‘Ocupa Ciclo Férrea’ que tem como foco transformar boa parte da linha férrea que está desativada em uma ciclovia, criando áreas de lazer e convivência com a natureza. O trecho inicial apresentado pela ONG é de 21 km na Capital do Agreste, cortando 22 bairros e dois distritos da Zona Rural. O lançamento do projeto ocorreu no empresarial Difusora, em Caruaru e foi exclusivo para Imprensa, com apresentação de um vídeo, produzido pela Mendonça Comunicação


Segundo o presidente da TerraVerde, Marcelo Rodrigues, o projeto é ambicioso e será levado nos próximos dias ao secretário de Turismo do Estado, Felipe Carreras. “De Recife a Salgueiro são mais de 500 km. É um projeto relativamente barato e que vai precisar apenas de projetos e equipar e manter. Em praticamente todo trecho não haverá necessidade de desapropriações o que elevaria o custo ou inviabilizariam sua realização. Vamos levá-lo ao Governo do Estado”, disse Marcelo.

Segundo Rodrigues, os governos do Estado e municipais, teriam apenas que sinalizar, equipar, arborizar, criando em alguns trechos locais de convivência também para idosos e às crianças.  “O Ocupa Ciclo Férrea não é um projeto exclusivo para ciclistas. É um projeto de muito avanço social e econômico. Vai atingir também toda cadeia produtiva e turística que corta esses municípios, beneficiando mais de uma dezena de cidades em várias regiões”, esclarece Rodrigues. “É um modelo não poluente e sustentável”, completa”, completa Marcílio Cumarú, vice-presidente da ONG.

Leste a oeste – Em Caruaru, a via férrea corta a cidade de Leste a Oeste, passando pelos principais e mais populosos bairros da Capital do Agreste, entre eles, Rendeiras, Salgado, Riachão, Maurício de Nassau, João Mota, Centro, Divinópolis, Cohabs I e II, Vila Kennedy, Alto do Moura, além de dois distritos: Taquara de Baixo e Gonçalves Ferreira. “Vamos conseguir atingir cerca de 80% da população”, prevê Carlos Eduardo, secretário Geral da ONG Terra Verde. segundo ele, a estimativa é que mais de 180 mil pessoas sejam beneficiadas de forma direta.

Durante a apresentação do projeto, Marcelo Rodrigues que é professor universitário e Doutor em Direito Ambiental, destacou à importância do projeto para melhoria na qualidade de vida. “O custo é muito baixo e às prefeituras teriam apenas que equipar esses trechos. Isso causará também um grande envolvimento da população”, argumenta Marcílio Cumarú, vice-presidente da Terra Verde.

Já o professor, historiador e cientista político Arnaldo Dantas lembrou que o projeto também traz um ganho histórico para o Estado, já que todas as estações ferroviárias são tombadas. Esse projeto valorizará esses tombamentos e fomentará o turismo em várias regiões. Esse é um projeto altamente sustentável e viável também na área  da educação”, avaliou Arnaldo Dantas.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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