O corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Felipe Salomão, convocou uma reunião para quinta-feira (23/9) com representantes de redes sociais para debater a disseminação de fake news. No encontro, serão discutidas medidas sobre bloqueio de repasses financeiros das plataformas para canais que repassarem notícias falsas.
Devem participar da reunião representantes do YouTube, Twitch.TV, Twitter, Instagram e Facebook. No mês passado, Luis Felipe Salomão determinou o bloqueio de repasses de dinheiro de redes sociais para esses canais, de orientação bolsonarista, que estavam espalhando notícias falsas. A medida atendeu a um pedido da Polícia Federal, que investiga a organização e o financiamento de ataques ao sistema eleitoral.
Bloqueio para sites bolsonaristas
No mês passado, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luis Felpe Salomão e a delegada Denisse Dias Ribeiro, da Polícia Federal, se reuniram com representantes de redes sociais para discutir formas de viabilizar o bloqueio de recursos financeiros para canais bolsonaristas que disseminam notícias falsas na internet.
O bloqueio de repasses para as redes foi determinado a canais e páginas pró-governo investigados por propagarem notícias falsas sobre urnas eletrônicas, em meio às críticas do presidente Jair Bolsonaro contra o sistema de votação brasileiro. A PF apontou uma engenharia supostamente criminosa que, segundo as investigações, transformou em negócio a divulgação de mentiras sobre as urnas. A corporação fez a análise dentro do documento do TSE que apura os ataques sem provas feitos por Bolsonaro.
No despacho, Salomão afirmou que “o direito de crítica, de protesto, de discordância e de livre circulação de ideias, embora inseparável do regime democrático, encontra limitações, por exemplo, na divulgação de informações e dados enviesados ou falsos, ou, ainda, no que se convencionou denominar como desinformação”.
Segundo os investigadores da Polícia Federal, quanto mais atacavam o sistema eleitoral, mais proveito econômico os envolvidos poderiam ter. A verba que as redes sociais repassam deve ficar em uma conta judicial até o final das investigações. No entanto, os canais devem continuar no ar. Além de restringir a fonte de financiamento, a investigação busca descobrir quem está por trás da divulgação em massa de fake news.
Correio Braziliense