Pedro Augusto
Pujante e reoxigenado sim, mas em certos momentos, preocupante e retraído. Apesar de toda a sua influência diante da economia da região, nem mesmo o comércio de Caruaru foi poupado pelos efeitos da crise financeira. Esta última, que para alguns especialistas da área vem se dissipando desde o segundo semestre do ano passado, pode até estar dando alguns sinais de enfraquecimento, porém continua se fazendo presente no principal segmento econômico da Capital do Agreste. Tanto é que até agora e já se passaram quatro meses de 2018, uma boa gama das lojas do varejo local ainda não tem conseguido nem sequer igualar com os faturamentos que costumavam ser registrados nos tempos de “vacas gordas”. Entretanto, ao menos neste presente momento, elas estão contando com um aliado importante no combate ao fantasma da crise: o Dia das Mães.
Considerado o segundo melhor período do ano em termos de vendas, sendo superado apenas pelo Natal, em 2018 o Dia das Mães será festejado no próximo dia 13. Tradicionalmente bastante visitadas neste intervalo específico, as lojas de vestuários, calçados e eletrodomésticos da Rua 15 de Novembro, no Centro, já vêm sentindo, através das caixas registradoras, o incremento nas vendas, proporcionado pela data comemorativa. Entretanto, a expectativa é de fluxo de compradores redobrado, a partir do próximo fim de semana, quando os salários do mês estarão nos bolsos e o dia dedicado às mamães estará batendo mais na porta do calendário 2018.
A loja Emanuelle, por exemplo, que é especializada na comercialização de vestuários femininos, está trabalhando com o crescimento nas vendas ante o mesmo período de 2017. Isso porque, de acordo com o gerente Juraci Ferreira, embora a “maré ainda não esteja para tanto peixe” no comércio de Caruaru, a empresa vem observando certa reação do setor desde o mês passado. “O fluxo de compradores tem aumentado, o que está possibilitando o acréscimo nas vendas, e a tendência é de comercializarmos neste Dia das Mães entre 5% a 10% a mais em comparação com o mesmo intervalo de 2017. Até porque roupas são sempre muito bem-vindas pelas mamães e costumam ter valores agregados bastante atrativos, permitindo aos consumidores a chamada ‘compra ideal’. Estamos otimistas quanto ao desempenho da empresa nesta época”, avaliou.
Outra loja que espera faturar alto neste Dia das Mães é a unidade da Laser Eletro, da Rua Vigário Freire, no Centro. De acordo com o gerente Niéliton Barbosa, mais uma vez os produtos da linha branca deverão estar entre os campeões de venda na data. “Geladeiras, fogões, tanquinhos, bebedouros… Estes deverão ser os produtos mais procurados no Dia das Mães 2018, o que não será nenhuma surpresa, haja vista tamanha tradição conforme exercem em termos de presente para a data. Até agora, as vendas direcionadas para o período estão sendo consideradas satisfatórias e deverão aumentar ainda mais a partir do próximo fim de semana. Os consumidores estão menos inadimplentes e a expectativa é de demandas maiores”, projetou.
Assim como os dois lojistas que foram entrevistados esta semana pela equipe de reportagem do VANGUARDA, o gerente da Sapataria Muniz, do Centro, Demilton Holanda, também enxerga na data comemorativa uma espécie de “pontapé inicial” para a alta temporada de vendas, que costuma ser proporcionada pela realização do Maior e Melhor São João do Mundo. Em 2018, não deverá ser diferente. Com os festejos juninos da Capital do Forró mais forte do que nunca, a estimativa é de movimento redobrado, já a partir do Dia das Mães. “Esta data é bastante aguardada pelo que já foi explicado e esperamos faturar cerca de 10% a mais em relação ao mesmo intervalo, haja vista que a crise se encontrava mais forte em 2017”, explicou.