Penny Mordaunt, uma das candidatas conservadoras para suceder o primeiro-ministro Boris Johnson, enfrenta ataques ferozes nesta quinta-feira (14) depois que ficou em segundo lugar em uma votação para reduzir o número de candidatos.
Na primeira rodada de votos dos legisladores conservadores para decidir quem ocupará Downing Street, Mordaunt ficou em segundo lugar, atrás do ex-ministro das Finanças Rishi Sunak e à frente da secretária de Relações Exteriores Liz Truss.
Com essa votação, Mordaunt, candidata de baixo perfil, ficou entre os favoritos e passou a receber ataques de seus rivais.
Essa política conservadora conta com o apoio das bases do partido, a última instância a definir quem será o próximo primeiro-ministro.
As pesquisas mostram que essa reservista do exército pode vencer Sunak, Truss e os outros três candidatos que ficaram na disputa, quando após o processo de eliminação, os militantes votarem entre dois candidatos.
Mordaunt, que ocupa um cargo de secretária do Comércio – de menor escalão do que outros candidatos – não foi afetada pela série de escândalos que terminaram com a renúncia de Johnson ou por controvérsias como a que afetou Sunak depois que o status fiscal especial de sua esposa foi revelado, o que permitia que evitasse declarar renda no exterior ao tesouro britânico.
Mas o jornal Daily Mail a criticou por suas cambalhotas sobre a questão de pessoas trans, dizendo que, como ministra da Igualdade, ela apoiou as pessoas trans e depois adotou uma postura mais conservadora sobre o assunto ao lançar sua campanha nesta semana, de acordo com uma fonte próxima a Truss citada pelo jornal.
Outros inimigos políticos a batizaram como “Part-time Penny”, alegando que ela não levava seus deveres a sério.
Um dos ataques mais duros veio do ex-ministro do Brexit David Frost, que atuou como seu superior nas negociações. “Senti que ela não dominava as questões nas negociações” com Bruxelas sobre a Irlanda do Norte, disse ele.