Pedro Augusto
Dois casos envolvendo dois menores desaparecidos tiveram possíveis desdobramentos – um já confirmado e outro ainda não pela polícia -, no último fim de semana, provavelmente da forma que ninguém da população Agreste gostaria: em morte. Os assassinatos ocorreram em Garanhuns e em Caruaru. Na Cidade das Flores, populares acabaram encontrando na tarde do sábado (20), em um matagal nas imediações da casa de eventos Metroplaza, o corpo do menino Lucas Vinícius, de oito anos, que não era visto desde o dia 15 de julho.
De acordo com o levantamento cadavérico do Instituto de Criminalística, o corpo da criança encontrava-se já em estado avançado de decomposição, bem como apresentava ferimentos provocados por pauladas. Lucas, segundo as investigações da polícia, saiu de casa, na Rua Santa Rita de Cássia, no Bairro Massaranbuba, com o objetivo de dar um recado de seu avô. Ele ainda teria conversado com um idoso em um ferro velho, antes de não dar mais sinal de vida.
A morte do garoto já foi confirmada pela Polícia Civil, entretanto, a de Joclécia da Silva, de 12 anos, ainda não. A polícia suspeita de que o cadáver de uma jovem que foi encontrado quase em sua totalidade carbonizado na tarde do último domingo (21), em um matagal nas proximidades do Bairro Nova Caruaru, seja mesmo da adolescente, que se encontrava desaparecida desde o dia 14 de junho deste ano.
De acordo com informações repassadas pela polícia, durante o levantamento cadavérico, não teve como o IC detectar de que forma a vítima foi assassinada, haja vista que o cadáver ainda estava exalando fogo, bem como se encontrava praticamente carbonizado. A suspeita é de que Joclécia tenha sido submetida a cárcere privado, sendo morta poucas horas antes de seu corpo ser localizado.
Entretanto, neste primeiro momento, já que ainda não há confirmação oficial de que o cadáver encontrado se trata do de Joclécia, a Polícia Civil está tratando o caso como mais um homicídio. O corpo foi encaminhado para o IML do Recife, a fim de que uma perícia mais detalhada seja realizada. Até o fechamento desta editoria, os resultados dos exames não haviam sido divulgados pelo órgão.
Em ambos os casos, o Disque-Denúncia Agreste chegou a oferecer recompensa para quem repassasse informações que levassem até as localizações dos dois menores.