Valor da cesta básica de Caruaru apresenta maior queda

cesta-basica-696x443

Em março de 2018, o valor da cesta básica em Caruaru apresentou, pela primeira vez no ano, uma redução. É o que mostra a pesquisa mensal feita por alunos dos cursos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip|Wyden. Segundo o levantamento, o custo da alimentação básica do caruaruense apresentou uma queda de 5,43%, a maior redução dos últimos sete meses, chegando a custar R$ 245,12.

Segundo a professora Eliane Alves, responsável pela pesquisa, a carne, o pão e os legumes, respectivamente, foram os itens que mais pesaram nos gastos alimentares do caruaruense durante o mês de março. Seguindo a tendência dos meses anteriores, a cesta básica de Caruaru continuou apresentando um valor menor que a de Recife. A diferença foi de R$ 97,34. Entre as capitais, a cesta mais cara do país novamente foi a do Rio de Janeiro (R$ 441,19) e a cesta mais barata foi registrada em Salvador (R$ 322,88).

A pesquisa mostrou ainda que, em março, considerando o salário mínimo líquido, o trabalhador caruaruense desembolsou 27,93% da sua renda apenas com as despesas de alimentação. “Identificamos que uma família caruaruense deveria receber um salário mínimo, em março, de R$ 2.059,29 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos e para arcar com despesas como moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência social, garantindo, assim, a sobrevivência digna de um grupo familiar. Este valor representa aproximadamente 2,16 vezes mais que o salário mínimo de R$ 954 atualmente em vigor”, conclui Eliane.

De acordo com o Ministério do Trabalho, ao considerarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, o trabalhador de Caruaru, em março, utilizou 25,7% de todo o seu tempo de trabalho só com as despesas de alimentação. “Para pagar o valor apresentado pela cesta básica no mês passado, o assalariado caruaruense precisou trabalhar 56 horas e 53 minutos”, conclui Eliane.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *