Uma nova pesquisa sobre o valor da cesta básica foi divulgada, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, realizada pelos cursos de Ciências Contábeis e de Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip, coordenada pela professora Eliane Alves. De acordo com os dados levantados, houve uma nova alta, agora de 1,72%, no mês de janeiro de 2021. Segundo a pesquisa, no primeiro mês deste ano, o valor da alimentação básica caruaruense passou de R$ 365,57 para R$ 371,86, ficando R$ 6,29 mais cara.
Foi constatado, de acordo com a professora Eliane Alves, que os itens que contribuíram para essa alta foram o leite (6,17%), o tomate (3,68%), o feijão (3,74%) e a margarina (2,75%). Em contrapartida, o óleo (-4,49%), a farinha (-3,1%) e o açúcar (0,73%) registram queda em janeiro.
Se compararmos Caruaru à Recife, a alimentação básica caruaruense continua apresentando um valor inferior, com uma diferença de R$ 102,36. Na capital pernambucana, a cesta básica está custando R$ 474,22.
Baseado na metodologia do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a pesquisa levantou também as horas trabalhadas para a obtenção da cesta básica, além de qual seria o salário mínimo ideal para os caruaruenses diante deste panorama. Uma família de Caruaru deveria, então, receber, um salário mínimo em janeiro de 2021, de R$ 3.123,98 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos que garantem a sobrevivência digna de um grupo familiar.
Em relação às horas trabalhadas, ao considerarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, segundo o Ministério do Trabalho, o trabalhador de Caruaru em janeiro utilizou 39,09% (86h15min) de todo o seu tempo de ocupação profissional só́ com as despesas de alimentação.