Foi divulgada mais uma pesquisa sobre o valor da cesta básica, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, realizada pelos cursos de Ciências Contábeis e de Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip, coordenada pela professora Eliane Alves. De acordo com os dados levantados, houve um aumento de 3,66% no mês de outubro de 2020. Segundo a pesquisa, no décimo mês deste ano, o valor da alimentação básica caruaruense passou de R$ 353,05 para R$ 365,98.
Foi constatado, segundo a professora Eliane Alves, que os maiores vilões para o aumento do valor final da cesta foram o óleo, com um acréscimo de 11,59%, e o tomate, que ficou 54% mais caro. Além desses, outros itens também registram uma alta considerável, como a margarina (6,18%) e a farinha (5,21%). Em contrapartida, alguns itens registram queda, como a banana (-20,48%), o arroz (-3,95%) e o leite (-3,35%).
Se compararmos Caruaru à Recife, a alimentação básica no primeiro continua apresentando um valor inferior, com uma diferença de R$ 103,07. Na capital pernambucana, a cesta básica está custando R$ 469,05.
Baseado na metodologia do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a pesquisa levantou também as horas trabalhadas para a obtenção da cesta básica, além de qual seria o salário mínimo ideal para os caruaruenses diante deste panorama. Uma família de Caruaru deveria, então, receber, um salário mínimo em outubro de 2020, de R$ 3.074,00 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos que garantem a sobrevivência digna de um grupo familiar. Em relação às horas trabalhadas, ao considerarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, segundo o Ministério do Trabalho, o trabalhador de Caruaru em outubro utilizou 38,36% (84h40min) de todo o seu tempo de ocupação profissional só com as despesas de alimentação.