Com os índices de casos e mortes em estabilidade e uma leve alta na ocupação dos leitos de UTI na última semana, o secretário estadual de Saúde de Pernambuco, André Longo, fez um novo apelo para que as pessoas completem o esquema vacinal contra a Covid-19 durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (18).
De acordo com o gestor, cerca de 593 mil pernambucanos apresentam atraso na imunização, sem ainda terem tomado a segunda dose.
“Temos observado com muita preocupação o avanço da Covid-19 na Europa. A chegada do inverno traz essa questão mais evidente lá e, se não quisermos que a situação se repita aqui, a ciência mostra que só há um caminho possível: o avanço da vacinação”, afirmou o secretário. “Precisamos chegar ao nosso período sazonal, entre fevereiro e março, com, ao menos, 90% da população elegível vacinada com as duas doses e com todos os mais vulneráveis, aqueles acima dos 55 anos, já vacinados com a dose de reforço”.
Diante desse contingente sem a segunda dose, o que atrapalha o avanço da vacinação de reforço, o foco para a aplicação extra hoje é o público mais vulnerável à forma grave da doença, estimado em 2 milhões de pessoas. “As duas campanhas são paralelas”, informou o médico Eduardo Jorge Fonseca, representante da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) em Pernambuco. “Estamos insistindo na importância de completar o calendário, mas as pessoas vão ter a oportunidade de tomar a terceira dose”.
Prevalência da Delta
Longo afirmou, ainda, que recebeu o resultado de mais um estudo de sequenciamento genético da Fiocruz, que mostra prevalência de 98% da variante Delta no total de casos no Estado. Por isso, ele reforçou a necessidade de as pessoas completarem o esquema de vacinação.
“As vacinas são a nossa principal aliada na proteção da nossa vida e de todos que estão à volta”, reafirmou, acrescentando que todos os municípios estarão mobilizados na campanha de Mega Vacinação, convocada pelo Ministério da Saúde para o período entre 20 e 26 de novembro. “Esse é um momento de união de todos”, declarou.
Descoberta na Índia, a Delta é uma variante do novo coronavírus. Ela provoca os mesmos sintomas causados pela cepa original, mas apresenta uma taxa de transmissibilidade mais alta, sendo responsável por aumentos nos números de casos mesmo após o início da vacinação. No entanto, estudos mostram que as vacinas são eficazes contra a variante.
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