O mercado varejista brasileiro manteve crescimento modesto no mês de junho. Segundo o SpendingPulse, Indicador de Varejo da Mastercard, excluindo as vendas de automóveis e materiais de construção, o volume de vendas totais do mês apresentou expansão de 0,9%, se comparado ao mesmo período de 2017. A média do segundo trimestre foi positiva, totalizando 2,7% de crescimento – quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
De acordo com a análise de César Fukushima, Economista-Chefe da Mastercard Advisors no Brasil, o modesto volume de vendas deste mês está relacionado aos impactos da Copa do Mundo FIFA de 2018 no varejo. “Apesar de datas comemorativas, como o Dia dos Namorados, terem puxado os resultados para cima, o comércio em geral foi prejudicado pelos jogos, o que não foi compensado nos outros dias do mês”, revela.
Cinco setores tiveram crescimento acima do indicador de vendas totais: móveis e eletrodomésticos, supermercados, artigos farmacêuticos, material de construção e artigos de uso pessoal e doméstico. Apenas os setores de combustíveis e vestuário apresentaram performance abaixo da média.
As vendas do e-commerce registraram aumento de 23,9% em junho, na comparação ano a ano. Neste canal de distribuição, o setor de eletrônicos teve um desempenho superior à média, enquanto os setores de móveis, artigos farmacêuticos, vestuários e hobby & livraria ficaram abaixo deste número.
Para os próximos meses, a perspectiva de crescimento modesto permanece, uma vez que o resultado das vendas no varejo está sendo impactado pela alta taxa de desemprego no país, pela queda da confiança do consumidor e pelas incertezas do ambiente econômico atual.
Desempenho nas regiões brasileiras: As regiões Norte (2,1%), Nordeste (0,9%), Sul (1,7%) e Sudeste (1,1%) tiveram desempenho acima da média, enquanto Centro‑Oeste (-2,3%) ficou abaixo do registrado pelo varejo, em comparação com o mesmo período do ano anterior.