Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes, que mapeia a dimensão da doença em 138 países, a cada dois anos, atualmente, existem aproximadamente 463 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos no mundo que possuem diabetes. Para os que sofrem com o problema, o cuidado com as pernas e os pés é essencial, já que sintomas, como a fragilização dos vasos sanguíneos, enfraquecem a pele e facilitam o aparecimento de ferimentos, além da má cicatrização dessas lesões.
Malú Pinheiro, coordenadora técnica da Doctor Feet, alerta que um simples machucado no pé de um diabético pode se tornar um problema grave. “O motivo é a falta de sensibilidade no membro e, por não sentir dor ou qualquer incômodo, a pessoa acaba desenvolvendo calos de pressão, lesões na pele e nas articulações”, comenta. Segundo a especialista, nos casos graves, a demora da cicatrização pode infeccionar o pé, levar à gangrena e, em último caso, amputação da área lesionada.
“É importante lembrar que ter a doença não significa necessariamente que atingirá os pés, mas é preciso atenção constante”, salienta a profissional que, para ajudar na prevenção, traz algumas dicas importantes, abaixo:
Fazer uma minuciosa verificação nos pés diariamente, examinando se existem ferimentos, calos, edemas e áreas sensíveis;
Usar calçados confortáveis e que protejam os pés para evitar bolhas e calos, e no caso de sapatos abertos, evitar arranhões;
Prefira sapatos fechados, confortáveis e com o solado mais firme. Evite andar descalço, com sandálias abertas ou chinelos para o pé não ficar exposto;
Secar bem os pés após o banho para evitar frieiras e utilizar cremes hidratantes específicos à noite (evitando passar entre os dedos) para prevenir ressecamento e rachaduras;
Utilizar óleos essenciais, como melaleuca, que evitem a proliferação de fungos que causam micoses;
Não cortar as unhas muito rentes ou mexer nas peles dos cantos para evitar ferimentos;
Isso vale para o tratamento de calosidades, pois não é indicado tentar mexer ou utilizar produtos sem orientação de um especialista, para tentar resolver o problema sozinho;
Usar meias de algodão, preferencialmente brancas, pois qualquer sinal de ferimento será facilmente identificado.
Fazer visitas regulares ao médico e, ao podólogo, a cada 30 dias.