ARTIGO — Crescemos: 0,2%

Por Maurício Assuero

Semana passada foi anunciado o crescimento da economia: 0,2%. Temer usou este fato na China (não o percentual, mas o fato de ter crescido) para atrair investimentos, principalmente dentro do espectro de privatizações que o governo tenciona fazer. Esse otimismo pode fazer a economia do Brasil volta, de fato, a crescer.

Outra questão importante que, talvez, tenha uma responsabilidade grande nesse crescimento foi o aumento do consumo por parte das famílias. Essa é a mola propulsora do crescimento econômico. Comece, então, a tentar responder o seguinte: como as famílias passaram a consumir mais se a quantidade de desempregados é da ordem de 13 milhões de pessoas? Se formos analisar os programas do governo veremos que todos estão contingenciados e o programa Bolsa Família, por exemplo, não é mias capaz de mobilizar a economia nos mesmos níveis de quando foi criado. Há pesquisas que apontam, desde maio, que o consumo das famílias tenderia a crescer, aproximadamente, 11%, mas considerando que o consumo é baseado em rendas ou em transferências do governo, vamos admitir que a liberação do FGTS de contas inativas teve um papel importante neste contexto, embora as expectativas iniciais fossem relacionadas ao pagamento de dívidas.

Adicionalmente, a redução da taxa de juros favoreceu o mercado causando impacto nessa sensação de normalidade. O controle da inflação tem sua importância destacada porque com preços mais baixos, a demanda por produtos aumenta. Agora em setembro está sendo paga a folha dos aposentados com uma parcela do 13º salário. Esse conjunto de forças favoreceu essa mudança de tendência da economia, no entanto, precisa de políticas para mantê-las. As ações do governo no curto prazo precisam de uma frequência maior. O grande gargalo é o descontrole das contas públicas. Um déficit de R$ 159 bilhões não vai ser coberto no curto prazo e nem ao longo dos quatro anos de mandato do próximo presidente. O lado bom disso é que o mercado sabe dessa realidade e vai trabalhar com essa informação.

O que falta agora para que essa mudança de tendência seja mais definitiva? Aumentar exportações e atrair investimentos externos. A primeira opção levaria ao aumento do emprego e da renda e favoreceria o mercado doméstico. A segunda opção permitiria contar com recursos que o governo não tem e precisa. Em termos gerais: ainda bem que o mercado enxerga que Temer não governa!

Reajuste faz gasto com servidor disparar

Da Folhapress

Ao anunciar a pretensão de congelar os reajustes salariais dos servidores públicos federais, o governo alegou que a medida era importante para compensar a queda da arrecadação.

Na avaliação de especialistas em finanças públicas, há uma razão adicional: o governo tenta corrigir um problema que criou para si mesmo, porque os reajustes liberados no ano passado agora estão aprofundando o buraco fiscal.

Na contramão do que exige um ajuste durante uma crise econômica, esse item da despesa está crescendo e atingiu um recorde histórico, segundo levantamento do economista Nelson Marconi, da Fundação Getulio Vargas.

O desembolso com a folha chegou a R$ 282,5 bilhões em julho, em valores reais anualizados (somando 12 meses, já descontada a inflação). A cifra superou o pico anterior da série desse gasto, que foi de R$ 272,3 bilhões, em novembro de 2014.
Essa alta, explica Marconi, ocorreu após uma retração que havia dado alívio ao caixa da União. A despesa com a folha vinha caindo. Chegou a R$ 262,5 bilhões em outubro do ano passado -quando os reajustes foram aprovados e lhe deram novo fôlego.

Custo adicional

Neste ano, o custou adicional com a folha de pagamento dos servidores já soma R$ 21,8 bilhões. Pelas estimativas de Marconi, na melhor das hipóteses, pode fechar o ano acrescentando R$ 30 bilhões extras às despesas. O que mais chama a atenção é a rapidez com que a conta avança. Neste ano, foi a que mais cresceu. Teve aumento de 10,9% em termos reais.

O resultado ultrapassou o campeão em crescimento de gastos, a Previdência dos trabalhadores da iniciativa privada -que avançou 6,9% neste ano, mantendo o seu comportamento histórico, sem grande oscilação.

“Em relação à Previdência, a taxa de crescimento do gasto com a folha mantinha certa estabilidade desde 2010. Está claro que o aumento é consequência dos reajustes salariais”, afirma Vilma da Conceição Pinto, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Contexto

O gasto com pessoal é o segundo item da lista de despesas da União. Perde apenas para a conta da Previdência. Depois de um período de contenção durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, voltou a crescer nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva.

Na gestão de Dilma Rousseff, porém, os reajustes foram represados. Várias categorias já reclamavam perdas para a inflação. Dilma cedeu e concedeu os reajustes, mas deixou o governo antes que fossem oficializados. Nesse contexto, em junho de 2016, o governo de Michel Temer, ainda interino, decidiu levar adiante os reajustes. A decisão foi polêmica.

A equipe econômica se opôs. Já prevendo a necessidade de impor reformas duras e impopulares, como a da Previdência, considerava inapropriado beneficiar os servidores mais bem pagos. Entre as categorias beneficiadas estão delegados e peritos da Polícia Federal, cujo salário no topo da carreira passou de R$ 22,8 mil para R$ 30,9 mil com o reajuste.

Na queda de braço, porém, venceu a ala política, que via na liberação do aumento uma forma de arregimentar a simpatia dos servidores. Com forte influência no Congresso, naquele momento, penderiam a favor do impeachment. Para os economistas, a manobra sempre foi arriscada, e o resultado, está claro agora, prejudicial para o ajuste.

Os economistas lembram que o governo até tem re- duzido o total da despesa. Ela caiu 0,2% no ano. Mas o ajuste pune principalmente o investimento.

“Não estou dizendo que os funcionários não merecessem os reajustes, mas o governo falhou na negociação”, diz Marconi. “Podia ter pedido que eles esperassem a recuperação da receita, para poder investir na recuperação econômica. Agora, o governo não tem dinheiro para investir e os reajustes aumentam o deficit nas contas públicas.”

Saída de Joesley ocorreu após o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) acatar pedido de Janot.

Joesley Batista deixa a casa do pai após Fachin determinar sua prisão (Foto: Reprodução/GloboNews)

Por G1 SP e TV Globo

 

O empresário Joesley Batista, um dos dono da JBS, deixou a casa do pai no Jardim Europa às 13h45, Zona Sul de São Paulo, deste domingo (10) em uma Hilux após o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, acatar seu pedido de prisão.

O executivo Ricardo Saud delator da Lava Jato também se apresentou à Polícia Federal.

O pedido ao STF foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta sexta-feira (8). Além de Joesley, Janot também pediu a prisão de Ricardo Saud, executivo da empresa, e do ex-procurador da República Marcelo Miller.

Com a autorização de prisão pelo relator, o acordo de delação premiada firmado entre a JBS e a Procuradoria-Geral da República deve ser rescindido. Isto porque o termo de delação prevê que o acordo perderá efeito se, por exemplo, o colaborador mentiu ou omitiu, se sonegou ou destruiu provas.

Sobre a validade das provas apresentadas, mesmo se os termos da delação forem suspensos, continuarão valendo – provas, depoimentos e documentos. Esse é o entendimento de pelo menos três ministros do Supremo: a rescisão do acordo não anula as provas.

Ministro Helder Barbalho vistoria obras do Eixo Norte do Projeto São Francisco

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, vai vistoriar, nesta segunda-feira (11), o andamento das obras da primeira etapa (1N) do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, que passam pelos estados do Ceará e de Pernambuco. Em Cabrobó (PE), o ministro e equipes técnicas acompanharão os serviços na primeira estação de bombeamento (EBI-1), responsável por impulsionar as águas do ‘Velho Chico’ por mais 43,9 quilômetros subsequentes até chegar ao reservatório Terra Nova, no mesmo município.

Após inspecionar o funcionamento dos equipamentos hidromecânicos e elétricos da estação (EBI-1), o ministro Helder Barbalho vai verificar a chegada da água ao reservatório Tucutu – primeiro do eixo – que fica situado após sete quilômetros da EBI-1. No local, serão abertas as comportas desse açude para que as águas possam avançar os canais até o reservatório Terra Nova, completando 45 quilômetros com água no Eixo Norte.

 

Furacão Irma deixa mais de 825.000 casas sem energia na Flórida

O poderoso furacão Irma, cujo olho chegou na manhã deste domingo (10) às ilhotas da Flórida, deixou sem fornecimento elétrico mais de 800.000 casas e escritórios no estado, informaram as autoridades.

Por volta de 9h (horário local, 10h de Brasília) 825.323 clientes das companhias fornecedoras de serviços de energia estavam sem eletricidade, o que equivale a 8% do total, segundo o Escritório de Gestão de Emergências da Flórida.

O condado mais afetado é Monroe, onde ficam as ilhotas e uma parte da costa do sudoeste, onde 76% dos lares não contam com fornecimento, no momento em que o Irma ainda impacta essa parte do estado com seus ventos máximos constantes de 215 quilômetros por hora.

Outro dos condados afetados é Miami-Dade, o mais povoado da Flórida, com quase meio milhão de imóveis a escuras, 42% do total.

Broward, onde se encontra Fort Lauderdale, e Madison, ao norte do estado, são outros dos condados mais atingidos pelos cortes de eletricidade.

Após deixar Cuba no sábado (9), o olho do furacão Irma, de categoria 4, alcançou hoje as ilhotas da Flórida com ventos que rondam 215 quilômetros por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA.

Irma, que deixou pelo menos 25 mortos e consideráveis danos materiais no Caribe, se encontra a 30 quilômetros ao leste-nordeste de Key West e se desloca a uma velocidade de 13 quilômetros por hora.

Meios de comunicação americanos informam que pelo menos três pessoas morreram na Flórida em consequência dos efeitos de Irma.

Setembro Amarelo alerta para a prevenção ao suicídio

Agência Brasil

Assunto complexo, o suicídio, que espelha fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais e também culturais, tem sido desvendado, nos últimos quatro anos, pela campanha Setembro Amarelo. Neste ano, como de costume, as atividades de prevenção e sensibilização incluem caminhadas, veiculação de materiais da campanha por figuras públicas que abraçam a causa e a decoração e iluminação de prédios públicos, praças e monumentos com luzes e itens amarelos.

As ações foram iniciadas pela Associação Internacional para Prevenção do Suicídio (Iasp) e trazidas ao Brasil pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), referência no atendimento – inclusive remoto – a pessoas em crise, e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O Setembro Amarelo caminha junto com a campanha Janeiro Branco, que, em um mês em que as pessoas estão mais propensas a renovações, busca vivificar reflexões sobre saúde mental e valorização da vida.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ocorram, no Brasil, 12 mil suicídios por ano. No mundo, são mais de 800 mil ocorrências, isto é, uma morte por suicídio a cada 40 segundos, conforme o primeiro relatório mundial sobre o tema, divulgado pela OMS, em 2014.

Em geral, a vontade de acabar com a própria vida é provocada pela falta absoluta de perspectiva e uma enorme sensação de desamparo e angústia. O que não se destaca é que, na maioria dos casos, o radical desejo é gerado por um quadro de transtorno mental tratável, como depressão, transtorno bipolar afetivo, esquizofrenia, quadros psicóticos graves e transtornos de personalidade, como o borderline.

“Somente 3% não têm diagnóstico desses transtornos. Há um alto índice também de histórico de drogas, álcool e outras substâncias”, diz a psicóloga Fabíola Rottili Brandão.

Fabíola esclarece ainda que, embora prevaleçam os casos em que preexiste um distúrbio mental, há situações em que o suicídio pode ser um impulso desencadeado por um infortúnio pontual, mas que, ainda assim, a pessoa já tem um processo de desorganização interior. “Em 10% das ocorrências podemos observar essas questões. Pode ser, sim, um caso de súbita desesperança.”

Para o psiquiatra Régis Barros, fortalecer-se emocional e mentalmente é como o ser humano resiste às decepções e contrariedades, comuns a todas as pessoas. “Viver não é uma tarefa simples. Viver é fabuloso, mas somos sistematicamente testados, colocados à prova, sofremos com as frustrações do viver. A resiliência é importante para construir uma habilidade social para a vida”, diz.

Suporte

Barros defende que a sociedade contemporânea, além da violência, do estresse, da instabilidade econômica e social, vive um momento de competitividade cada vez maior, que favorece o adoecimento mental. “O que se vê são relações muito voláteis, famílias desorganizadas, um mundo social virtual em que o contato e as construções de relações são muito empobrecidas. Há, cada vez mais, jovens que se frustram mais precocemente, uma epidemia dos que se automutilam”, explica.

Por isso, poder contar com uma rede de apoio e, consequentemente, com o acesso ao diálogo é fundamental para que as pessoas com a chamada “ideação suicida” conquistem o equilíbrio e a estabilidade emocional garantidos pelo tratamento de psicoterapia e de medicamentos. Os remédios prescritos por um psiquiatra são essenciais para que o paciente recobre a ordem neuroquímica, e a terapia, por sua vez, auxilia o paciente a saber trabalhar suas emoções.

Há alguns sinais que podem ser identificados por familiares e amigos como sendo de risco, auxiliando no diagnóstico e, portanto, na assistência. Eles devem compreender que a depressão e o suicídio não são uma estratégia infantil da pessoa para chamar a atenção, nem frescura.

Desinteresse pelas atividades que sempre foram prazerosas, sentimento de inutilidade e de culpa, cansaço extremo, irritabilidade, dificuldade de concentração e de tomar decisões e até mesmo falta de higiene com o próprio corpo são comportamentos de alerta. A pessoa tende também a achar que é um fardo para seus amigos e sua família, pode ter baixa qualidade de sono e, ainda, perder ou ganhar peso.

“Há isolamento social, quebra no vínculo familiar, um grande sofrimento psíquico. Mas, às vezes, a pessoa esconde, coloca uma armadura e se esforça para não parecer doente”, complementa Fabíola.

Tanto as pessoas mais próximas como desconhecidos são capazes de acolher e mesmo encaminhar a pessoa suscetível ao tratamento com os profissionais adequados. De acordo com a psicóloga, as unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) carecem de investimento em medicamentos e psicoterapia. “O tratamento de crise precisa ser imediato e nem sempre os dispositivos estão preparados para atender o paciente”, diz Fabíola.

Essa conscientização da família, denominada psicoeducação, evita, inclusive, a repetição de episódios suicidas. “As doenças mentais têm componentes biológicos e não biológicos. Você tem famílias em que o componente é replicado. Mas há uma dificuldade em definir o que é fator ambiental, o que é herança genética, já que temos o mesmo ambiente, com as mesmas questões emocionais, que podem retroalimentar o desejo de se suicidar. O ato de se suicidar não será o ato primário, o primeiro, outros já aconteceram e podem ser evitados”, esclarece Barros.

Colegas de trabalho também podem e devem representar um ponto de socorro. “As empresas não estão preparadas para lidar com essa demanda. Quando tem afastamento do trabalho, existe preconceito. Os empregadores precisam buscar informações e achar formas de acolher. O profissional fica estigmatizado. A gente se dedica tanto ao trabalho e não encontra apoio ali”, pontua Fabíola.

 

Fachin vê múltiplos indícios de prática de organização criminosa por empresários

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin retirou hoje (10) o sigilo de sua decisão que determinou a prisão temporária dos empresários do grupo J&F Joesley Batista e Ricardo Saud. Para Fachin, a prisão temporária é necessária porque são múltiplos os indícios, confessados pelos próprios empresários, de que integram organização voltada à prática sistemática de delitos contra a administração pública e de lavagem de dinheiro. Fachin é o relator da Operação Lava Jato no STF.

A decisão determina também a suspensão cautelar da eficácia dos benefícios de delação premiada acordados entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e os colaboradores.

Fachin não determinou a prisão do ex-procurador da República Marcello Miller, dizendo que não há elemento indiciário com a consistência necessária para a decretação da prisão temporária por organização criminosa, “ainda que sejam consistentes os indícios de que pode ter praticado o delito de exploração de prestígio e até mesmo de obstrução às investigações”. Segundo o ministro, não se mostraram presentes os elementos de estabilidade e permanência que configuram o crime de associação criminosa.

Fachin determinou que o cumprimento dos mandados deve ocorrer com a “máxima discrição e com a menor ostensividade”, evitando o uso de algemas, pois não se trata de pessoas perigosas. “Deverá a autoridade policial responsável pelo cumprimento das medidas tomar as cautelas apropriadas, especialmente para preservar a imagem dos presos, evitando qualquer exposição pública”, diz a decisão.

A autorização da prisão de Joesley e Saud foi feita a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, depois que ele concluiu que os colaboradores esconderam do Ministério Público fatos criminosos que deveriam ter sido contados nos depoimentos, o que representa a quebra do acordo de delação premiada. Os empresários estão em São Paulo e podem ir à Brasília para se apresentar à Polícia Federal entre hoje (10) e amanhã (11).

O que motiviou o pedido de prisão de Marcelo Miller foi a suspeita da PGR de que o ex-procurador da República atuou como “agente duplo” durante o processo de delação. Miller ainda estava na procuradoria no período das negociações e deixou o cargo para atuar em um escritório de advocacia em favor da J&F.

 

Omissão de informações na delação levou a pedido de prisão para Joesley e Saud

O empresário Joesley Batista e o ex-executivo da JBS Ricardo Saud omitiram que estavam sendo aconselhados pelo ex-procurador da República Marcelo Miller durante o processo do acordo de delação premiada. A constatação está na decisão na qual o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou a prisão temporária, por cinco dias, dos acusados, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Apesar da conclusão, Fachin negou pedido de Janot para que Miller também fosse preso, por entender que ainda não há indícios que justifiquem a medida em relação ao ex-procurador, acusado por Janot de fazer “jogo duplo”em favor da JBS durante o período em que trabalhou no Ministério Público Federal (MPF), antes de pedir demissão para integrar um escritório de advocacia que prestou serviços à empresa.

“Percebe-se, pelos elementos de convicc a o trazidos aos autos, que a omissa o por parte dos colaboradores quando da celebrac a o do acordo, diz respeito ao, em princi pio, ilegal aconselhamento que vinham recebendo do enta o procurador da Repu blica Marcello Miller”, disse Fachin.

Antes de pedir a prisão dos envolvidos ao STF, Rodrigo Janot suspendeu os benefícios do acordo de colaboração premiada e, consequentemente, anulou a cláusula que dava imunidade penal a Joesley Batista e Ricardo Saud até que a investigação aberta para apurar o caso seja finalizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Após ser informada sobre a decisão na qual a prisão foi decretada, a assessoria do empresário Joesley Batista confirmou que ele e o ex-executivo da J&F Ricardo Saud devem se apresentar à Polícia Federal hoje (10) ou amanhã (11). Os empresários estão em São Paulo e podem ir a Brasília para se entregar.

Na sexta-feira (8), após o depoimento de Miller na Procuradoria da República no Rio de Janeiro, a defesa do ex-procurador disse que ficou sabendo do pedido de prisão pela imprensa.

“Dez horas de depoimento para já ter um pedido [de prisão] pronto? Então para quê esse depoimento? Se o procurador-geral fez o pedido de prisão, para que pediu para ele [Miller] ser ouvido? As declarações dele [Miller] não interessam ao Ministério Público?”, questionou a defesa.

Setembro é o mês da conscientização sobre o Mal de Alzheimer

Você conhece alguém com mais de 55 anos que lembra de histórias antigas, mas esquece com facilidade de atos corriqueiros como o lugar em que deixou as chaves, o nome de uma pessoa ou que repete histórias? Fique atento porque isso pode ser um sinal de Alzheimer. Uma doença que não possui causas nem cura e o tratamento só consegue detê-la em média até dez anos, no máximo. Para sensibilizar a população e acabar com os estigmas que cercam a doença, ficou definido que setembro seria o Mês Mundial da Doença de Alzheimer.

Segundo a Alzheimer’s Disease International (ADI), estima-se que até o ano de 2050, esse mal afete mais de 115 milhões de pessoas. Hoje já se sabe que a cada ano são registrados 7,7 milhões de novos casos no mundo, o que representa um novo caso a cada quatro segundos. Setembro é o Mês do Alzheimer, quando devemos dedicar de forma mais maciça a divulgar informações sobre a doença, para que possamos identificar os sintomas iniciais e seu desenvolvimento, de modo a dar melhor qualidade de vida aos pacientes, familiares e cuidadores. Devido a esses números alarmantes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) a incluiu entre os maiores problemas mundiais de saúde.

O Alzheimer é uma degeneração exagerada de alguns pedaços do cérebro, não dele todo. Normalmente você tem duas proteínas, a tau e beta-amiloide, que impregna e vai literalmente envelhecendo aqueles pedaços antes do resto do cérebro. Uma vez diagnosticada, a doença te traz um prognóstico muito ruim. Os casos mais precoces costumam aparecer a partir dos 55 anos, mas a maioria vai ser depois dos 65, mesmo. Ainda não há um exame preventivo. O diagnóstico é feito a partir de análise de sintomas e casos de família.
Descoberta
A Doença de Alzheimer (DA) foi descrita pela primeira vez em 1906, pelo médico alemão Alois Alzheimer, que publicou o caso de sua paciente que apresentava perda progressiva de memória e, cujo cérebro, após sua morte, foi estudado por ele. A partir daí muitos estudos foram dedicados ao mal de Alzheimer. Apesar disso, muitas dúvidas persistem e ainda não foi encontrada a cura. Por isso, a importância de aprimorarmos os cuidados paliativos com o paciente, a fim de garantir-lhe uma sobrevida digna.

Esse assunto deve ser muito bem discutido, afinal a expectativa de vida aumenta não só no Brasil, e o Alzheimer tende a atingir mais idosos, sem perspectivas de cura. O Alzheimer é uma doença que afeta toda a família. Por isso, nesses casos, especialistas da área recomendam um acompanhamento pessoal e psicoterapêutico, além de buscar também ajuda de um grupo de apoio familiar. A pessoa da família que fica responsável por cuidar do idoso afetado pela doença precisa de dedicar integralmente. É algo que demanda um grande esforço e, por isso, tem que haver um acompanhamento com psicólogo. Desde o começo do século passado, Alzheimer identifica a doença pesquisada pelo cientista alemão Alois Alzheimer, que consiste na perda progressiva da capacidade cognitiva de pacientes.

O Alzheimer é um peso emocional e financeiro, principalmente para familiares e amigos. Se você tem pai, mãe ou irmão sofrendo de qualquer tipo de demência, sabe o quanto a condição é devastadora. Quem perde a memória, as lembranças, perde a própria identidade. A cada ano, o Brasil ganha 100 mil novos casos de Alzheimer, cerca de 1 registro a cada 5 minutos. Mas esse não precisa ser o seu destino – nem o das pessoas que você ama.

Como agir?

Em caso de dúvida na família, é preciso marcar uma consulta com o neurologista, com o qual é feita uma anamnese. Ao paciente com suspeita, é solicitado uma bateria de exames. No final, se chegar à conclusão que há possibilidade de ter a doença, é feito uma ressonância e, dependendo do diagnóstico, inicia-se o tratamento.

Agropecuária deve crescer 10,74% no Brasil

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Da Folhape

A produção do setor agropecuário deve crescer 10,74% este ano, gerando um incremento de mais de R$ 30 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do País, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Banco Central e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O estudo “Perspectivas para a Agropecuária, safra 2017/2018” foi apresentado ontem e mostrou as projeções para produtos como algodão, arroz, feijão, carnes, milho, soja e lácteos.

As análises feitas pelos técnicos do Conab observam o cenário interno e externo, a demanda, preços e condições de oferta, além dos aspectos tecnológicos, econômicos e produtivos. A conclusão da pesquisa é que a agropecuária deve se manter como um dos motores da economia brasileira, seguindo a tendência de recuperação na participação do PIB.

Na próxima safra agrícola, a soja se manterá como o produto que apresenta a maior rentabilidade ao produtor e maior influência no mercado. O arroz deve apresentar aquecimento nas cotações do segundo semestre deste ano e em março de 2018. A previsão para o feijão é de recuperação da produção e do consumo.

O leite e seus derivados devem ter um crescimento de 20,5 % na produção até 2026. As carnes, onde o Brasil é o principal produtor e exportador do mundo, vão apresentar uma redução de custos de produção, oferecendo ao produtor uma oportunidade de se organizar em relação aos insumos. Para o presidente da Conab, Marcelo Bezerra, “as perspectivas vão auxiliar o produtor a ter uma ferramenta de auxílio na tomada de decisão do que plantar e quanto plantar na safra”, acrescenta ele.