Setembro é o mês da conscientização sobre o Mal de Alzheimer

Você conhece alguém com mais de 55 anos que lembra de histórias antigas, mas esquece com facilidade de atos corriqueiros como o lugar em que deixou as chaves, o nome de uma pessoa ou que repete histórias? Fique atento porque isso pode ser um sinal de Alzheimer. Uma doença que não possui causas nem cura e o tratamento só consegue detê-la em média até dez anos, no máximo. Para sensibilizar a população e acabar com os estigmas que cercam a doença, ficou definido que setembro seria o Mês Mundial da Doença de Alzheimer.

Segundo a Alzheimer’s Disease International (ADI), estima-se que até o ano de 2050, esse mal afete mais de 115 milhões de pessoas. Hoje já se sabe que a cada ano são registrados 7,7 milhões de novos casos no mundo, o que representa um novo caso a cada quatro segundos. Setembro é o Mês do Alzheimer, quando devemos dedicar de forma mais maciça a divulgar informações sobre a doença, para que possamos identificar os sintomas iniciais e seu desenvolvimento, de modo a dar melhor qualidade de vida aos pacientes, familiares e cuidadores. Devido a esses números alarmantes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) a incluiu entre os maiores problemas mundiais de saúde.

O Alzheimer é uma degeneração exagerada de alguns pedaços do cérebro, não dele todo. Normalmente você tem duas proteínas, a tau e beta-amiloide, que impregna e vai literalmente envelhecendo aqueles pedaços antes do resto do cérebro. Uma vez diagnosticada, a doença te traz um prognóstico muito ruim. Os casos mais precoces costumam aparecer a partir dos 55 anos, mas a maioria vai ser depois dos 65, mesmo. Ainda não há um exame preventivo. O diagnóstico é feito a partir de análise de sintomas e casos de família.
Descoberta
A Doença de Alzheimer (DA) foi descrita pela primeira vez em 1906, pelo médico alemão Alois Alzheimer, que publicou o caso de sua paciente que apresentava perda progressiva de memória e, cujo cérebro, após sua morte, foi estudado por ele. A partir daí muitos estudos foram dedicados ao mal de Alzheimer. Apesar disso, muitas dúvidas persistem e ainda não foi encontrada a cura. Por isso, a importância de aprimorarmos os cuidados paliativos com o paciente, a fim de garantir-lhe uma sobrevida digna.

Esse assunto deve ser muito bem discutido, afinal a expectativa de vida aumenta não só no Brasil, e o Alzheimer tende a atingir mais idosos, sem perspectivas de cura. O Alzheimer é uma doença que afeta toda a família. Por isso, nesses casos, especialistas da área recomendam um acompanhamento pessoal e psicoterapêutico, além de buscar também ajuda de um grupo de apoio familiar. A pessoa da família que fica responsável por cuidar do idoso afetado pela doença precisa de dedicar integralmente. É algo que demanda um grande esforço e, por isso, tem que haver um acompanhamento com psicólogo. Desde o começo do século passado, Alzheimer identifica a doença pesquisada pelo cientista alemão Alois Alzheimer, que consiste na perda progressiva da capacidade cognitiva de pacientes.

O Alzheimer é um peso emocional e financeiro, principalmente para familiares e amigos. Se você tem pai, mãe ou irmão sofrendo de qualquer tipo de demência, sabe o quanto a condição é devastadora. Quem perde a memória, as lembranças, perde a própria identidade. A cada ano, o Brasil ganha 100 mil novos casos de Alzheimer, cerca de 1 registro a cada 5 minutos. Mas esse não precisa ser o seu destino – nem o das pessoas que você ama.

Como agir?

Em caso de dúvida na família, é preciso marcar uma consulta com o neurologista, com o qual é feita uma anamnese. Ao paciente com suspeita, é solicitado uma bateria de exames. No final, se chegar à conclusão que há possibilidade de ter a doença, é feito uma ressonância e, dependendo do diagnóstico, inicia-se o tratamento.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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