ARTIGO — Nervosismo do mercado

Maurício Assuero

Esta instabilidade política no Brasil tem levado o mercado a loucura. O dólar voltou a subir, chegou a R$ 3,42 e tudo isso porque as pessoas não sabem se Lula será solto ou se continuará preso. Se for mantida a prisão, seguramente o mercado se aquieta e o dólar volta a patamares mais baixos. Parece irônico que a estabilidade se mantenha com a prisão de Lula, mas o mercado está assustado com o desfecho dessa lambança jurídica desse país. A questão é simples: o mercado acredita que um novo governo de Lula será de perseguição ao capital e por isso se defende antecipadamente.

As declarações de Lula contra o sistema financeiro são a tônica para inquietação do mercado. Tudo parece quando ele foi candidato em 1989. Naquela época Mario Amato, então presidente da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo chegou a dizer que se Lula fosse eleito “800 mil empresários deixariam o Brasil”. Na eleição de 2002, o dólar quase chega a R$ 4,00 e o mercado só se aquietou quando ele disse publicamente que manteria os contratos formalizados.

O interessante é o seguinte: se você olhar as séries históricas dos lucros dos bancos nos dois governos Lula perceberá que o lucro dos bancos chegou a, em ordem de grandeza, R$ 280 bilhões enquanto no governo FHC o lucro foi da ordem de R$ 35 bilhões, ou seja, com Lula os bancos ganharam 8 vezes mais do que com FHV. Não é de todo estranho entender isso porque com FHC veio a implantação do Plano Real e a quebra de vários bancos com ele. FHC pegou um período pior do que Lula.

Agora o discurso de Lula tem sido mais duro em direção a esta convivência que ele teve no passado com o capital. Inclusive ele tem acusado o sistema de não querer sua volta, fato que tem sido visto como uma forte ameaça fazendo com que as pessoas procurem proteção em ativos reais e líquidos. O mercado precisa ter certeza de que ele não será candidato. Recentemente ouvi uma declaração de um economista de um banco falando exatamente sobre essa questão. Em linhas simples ele disse que o mercado espera a certeza da impossibilidade de candidatura de Lula. Então, de acordo com as nossas leis, somente em 15 de agosto é que o mercado ficará ciente disso e até lá a gente fica sofrendo as consequências.

São estas coisas que nos trazem a certeza de que a economia brasileira ainda vai penar um pouco. Diante da oferta de candidaturas atuais, nenhuma empolga e nenhuma se mostra suficientemente capaz de mudar a economia num curto espaço de tempo.

Caminhada de Frei Damião

Acontece neste domingo (15) mais uma Caminhada de Frei Damião, com programação começando às 6h, e saída de devotos do capuchinho do Convento, sob o comando de Frei Lopes, com destino ao terreno onde será construído o memorial que leva o nome do religioso, na Comunidade do Juriti. Às 8h30 tem reza do terço e às 9h celebração da Santa Missa.

Dois anos sem Marcolino Júnior

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Pedro Augusto

Nesta segunda-feira (16) completará dois anos da morte do colunista do Jornal VANGUARDA, Marcolino Júnior. Ele foi brutalmente assassinado no dia 16 de abril de 2016, num motel em Caruaru, tendo o seu corpo localizado apenas dois dias depois já no distrito de Insurreição, em Sairé, também no Agreste do Estado. No desenrolar das investigações, a Polícia Civil apurou, na época, que o jornalista teria sido assassinado a facadas por Rafael Leite da Silva, hoje, com 35 anos.

Rafael acabou sendo condenado a 30 anos e cinco meses de prisão, em sessão realizada no dia 21 de junho do ano passado, no Salão do Júri do Fórum de Justiça Demóstenes Batista Veras, no Bairro Universitário, em Caruaru. Apesar das várias apelações empregadas pela sua defesa durante todo o julgamento, ele foi considerado culpado pela maioria do corpo de jurados que compôs o Júri Popular. A pena atribuída ao condenado se referiu à prática de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, emprego de meio cruel e recuso que impossibilitou a defesa da vítima, bem como ocultação de cadáver.

O assassino cumpre pena na PJPS, enquanto Davi Fernando Ferreira Graciano, de 24 anos, que na época foi apontado pela polícia como o mandante do crime, sequer ainda foi a julgamento e segue solto. De acordo com as informações levantadas pelo semanário, Davi chegou a ter a sua sentença de pronúncia anunciada (quando o juiz entende que há indícios de autoria e materialidade em um determinado crime), porém a sua defesa recorreu da decisão. O Tribunal de Justiça ainda não se pronunciou se o suposto mandante irá ou não a Júri.

Marcolino Júnior, de acordo com as investigações do delegado Márcio Cruz, teria sido vítima de latrocínio (assalto seguido de morte). “O Davi trabalhava e era a pessoa de confiança do Marcolino. Apuramos que ele se sentia injustiçado por conta da suposta má remuneração a que lhe era repassada semanalmente pelo colunista. Além disso, possuía interesse em se beneficiar de alguma forma dos bens e das quantias em dinheiro os quais a vítima possuía. Por isso, planejou o crime. Já Rafael iria ser recompensado financeiramente pela execução”, disse Márcio.

Bastante conhecido em toda Caruaru e região, onde se concentrava a sua área de atuação, Marcolino Junior era responsável neste semanário pela coluna “Gente de Vanguarda”.

Figurinhas impulsionam movimento nas bancas

Foto Leonardo Cícero (69)

Se as lojas de materiais esportivos estão comemorando a proximidade da Copa do Mundo de 2018, o mesmo também pode ser dito em relação às bancas de revistas. Castigadas pela crise econômica e pela queda significativa na demanda por mídias impressas, elas vêm ganhando um fôlego a mais em termos de faturamento com a venda dos tradicionais álbuns de figurinhas do torneio. De acordo com comerciantes do setor, a procura pelos produtos se encontra atualmente além do esperado.

“Para se ter ideia, pelo menos até agora, já vendi mais álbuns e figurinhas no comparativo com o mês de abril que antecedeu a Copa do Mundo de 2014. Os torcedores caruaruenses, realmente, são apaixonados por futebol e fazem questão de colecionar artigos voltados para o torneio. O interessante é que, além de estarmos vendendo muito bem esses produtos, também vem ocorrendo um acréscimo considerável na comercialização de outros, haja vista que os clientes acabam comprando não só os álbuns e as figurinhas, mas também jornais, revistas, cigarros etc. Estamos percebendo um aumento na lucratividade de 30% em relação aos meses considerados normais”, analisou o proprietário da Banca de Revistas Terceiro Mundo, Ramiro Espíndola.

Soraya Ramos, que há 32 anos opera no ramo de bancas de revistas, também destacou a alta demanda por álbuns e figurinhas. “Tradicionalmente o período de Copa é sempre muito bom em termos de vendas e, como promovo a troca de figurinhas, o movimento acaba sendo redobrado. Mais uma vez deveremos lucrar bastante durante o torneio”, disse.

Outros mananciais foram beneficiados

Na Região Metropolitana do Recife, uma das barragens beneficiadas com as últimas chuvas foi a de Botafogo, em Igarassu, principal fonte hídrica que compõe o sistema de distribuição de água das cidades de Olinda, Paulista, Igarassu e Abreu e Lima. Nos últimos oito dias, o manancial subiu 6,75% do seu nível, saiu de 20,66% para 27,41% da sua capacidade de armazenamento.

No mesmo período, as barragens de Várzea do Una, em São Lourenço da Mata, e Duas Unas, em Jaboatão dos Guararapes, também ganharam volume, e registram 70,22% e 72,52%, respectivamente. A Barragem de Tapacurá, também localizada em São Lourenço da Mata, teve um pequeno aumento de 1,11% e alcançou 58,51% da sua capacidade de acumulação.

Pajeú

No Sertão do Pajeú, onde já está quase no final do período invernoso, alguns mananciais também foram beneficiados com as chuvas. A Barragem de Brotas, localizada em Afogados da Ingazeira e que possui 19,6 milhões de metros cúbicos de água, está vertendo. A companhia já está fazendo adequações na ETA (Estação de Tratamento de Água) da cidade para aumentar a produção de 100 litros de água por segundo, para 120 L/s, dentro dos próximos dez dias. Também será estudada uma possível redução no calendário de abastecimento de Afogados.
A Barragem de Boa Vista, em Itapetim, que estava seca desde janeiro deste ano, acumulou 9,2% da sua capacidade máxima, que é de 1,6 milhão de metros cúbicos de água. A Compesa está tomando as providências para que, dentro de dez dias, o manancial volte a contribuir com o sistema de abastecimento de Itapetim, que já recebe água da Barragem de Caramucuqui.

Em São José do Egito, a Barragem de São José II também saiu da situação de colapso. O reservatório, com capacidade de acumular 7,1 milhões de metros cúbicos de água, registra 54,6% do seu nível. Esse volume possibilita uma maior flexibilidade e segurança hídrica ao sistema de distribuição de água de São José do Egito, que tem na Adutora do Pajeú sua principal fonte de abastecimento.

Jucazinho volta acumular água após colapso

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Pedro Augusto

Chuva é sinal de bênção, de prosperidade, de fartura e de bons fluídos. Tanto é que bastou apenas um fim de semana para que ela trouxesse esperança para uma realidade que há quase dois anos sucumbia com a seca castigante. De acordo com o estudo da Apac (Agência Pernambucana de Águas e Climas), no intervalo da sexta-feira (6) para o sábado (7), choveu 153 milímetros em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, que compõe a Bacia do Capibaribe, principal fornecedora de água da Barragem de Jucazinho, em Surubim. Resultado: esta última, que por muito tempo havia entrado em colapso deixando de abastecer a 15 municípios da região, passou a operar em seu volume morto.

Segundo os números repassados pela Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento), até a manhã da última terça-feira (10), o nível de acumulação de água de Jucazinho estava girando na casa dos 2,58%. Este manancial tem capacidade para armazenar pouco mais de 327 milhões de metros cúbicos de água e até a data citada vinha contendo 8,4 milhões.

Em entrevista no início da semana, na Estação de Tratamento de Água do Bairro do Salgado, em Caruaru, o gerente regional da Compesa, Mário Heitor, explicou de que forma a companhia irá aproveitar o volume retido para beneficiar a população do Agreste. “Embora tenha chovido bastante na Bacia do Capibaribe, vale salientar que Jucazinho ainda se encontra com sua capacidade em volume morto, ou seja, ainda não atingiu o nível de captação normal por gravidade, que é o usual da barragem. Desta forma, para conseguirmos fazer a retirada de água deste manancial precisaremos instalar flutuantes e bombas submersas, que, inclusive, já haviam sido adotados em 2015, quando Jucazinho estava na mesma situação. Esta captação deverá ser iniciada no prazo máximo de 30 dias e beneficiará as populações de municípios que ficam localizados nas proximidades de Jucazinho, como Santa Cruz, Passira, Riacho das Almas, Cumaru, Salgadinho, Casinhas, Bezerros, Gravatá, dentre outros”, explicou Mário.

Em paralelo, a Barragem do Prata, em Bonito, continuará garantindo o fornecimento de água para um quantitativo elevado de cidades da região. “Apesar de não ter acumulado água durante essas últimas chuvas, o Prata permanece com um nível de armazenamento satisfatório – cerca de 80% – e a tendência é de reter ainda mais tão logo a quadra chuvosa passe a se intensificar. Isso quer dizer que nos encontramos com uma segurança boa no tocante ao abastecimento, haja vista que também contamos com o Sistema Pirangi, em Catende. Torcemos que chova bastante nestes próximos meses para que a população não seja prejudicada”, acrescentou Mário Heitor.

De acordo com a Apac, a previsão para 2018 é de chuvas dentro da média na região Agreste, ou seja, cerca de 700 milímetros durante a quadra chuvosa. Se considerar que o período de inverno oficial das regiões do Agreste, Zona da Mata e Metropolitana do Recife apenas começou, tendo em vista que a quadra chuvosa vai de abril até julho, há esperanças de que os mananciais possam melhorar o seu nível ainda mais.

“Sem dúvidas, essas fortes chuvas já estão contribuindo e contribuirão ainda mais para que possamos fortalecer os calendários de abastecimento em toda a região. Com esse acúmulo, embora pequeno que vem ocorrendo em Jucazinho, a própria cidade de Caruaru vem se beneficiando, porque deixou de abastecer municípios que se encontravam dependendo de seu sistema”, ressaltou o gerente regional do Alto Capibaribe da Compesa, Bruno Adelino.

Como montar um plano de estudos para aprender um novo idioma

O desejo de aprender sobre novas culturas, alavancar a carreira, estudar fora ou viajar motiva inúmeras pessoas a se dedicarem ao estudo de um segundo idioma. Mas assimilar as estruturas de uma nova língua é uma atividade que exige empenho, prática e disciplina. Buscar uma escola especializada é o ideal , mas além disso é necessário que o estudante crie hábitos e treinamentos que o ajudem a se familiarizar com o vocabulário, pronúncia e expressões do novo idioma.

Para a coordenadora dos cursos de inglês do Centro Europeu de Curitiba, Thais Scharfenberg, uma boa dica é apostar na rotina, “É importante que o aluno elabore práticas de memorização e absorção de conteúdo personalizadas e as insira no dia a dia”, afirma. Entretanto a especialista destaca que priorizar o estudo diário não significa sobrecarga, “Um erro muito comum é planejar uma jornada de estudos muito longa e repetitiva, o que acaba resultando em estresse e desmotivação. O ideal é desenhar um plano após uma análise do tempo, horários e recursos disponíveis”, detalha.

Segundo a especialista, estabelecer objetivos a longo prazo também é muito importante, assim como fragmentar o aprendizado ao longo da semana. “Criar objetivos, quinzenais, mensais e trimestrais pode trazer resultados bastante positivos. Lembrando que tentar passar um dia inteiro estudando pode não ser tão eficiente quanto reservar uma ou duas horas específicas por dia”, esclarece.

Outro ponto relevante apontado pela profissional é priorizar as atividades de leitura e escuta, como assistir filmes e séries e ler textos e notícias. “É claro que as prioridades dependem muito dos objetivos de cada um, mas de maneira geral, dedicar 70% do tempo a exercícios desse teor produz uma internalização e familiaridade natural com a língua”, orienta Thais. Praticar exercícios que aprimorem a escrita e oralidade também podem fazer a diferença, “Assim como nos exercícios em uma academia, aprender uma língua estrangeira exige repetições periódicas para que as reproduções sejam lapidadas. Uma dica legal é copiar textos a mão e depois ler o trecho em voz alta várias vezes. Além disso revisitar regulamente informações já aprendidas pode ajudar bastante na absorção dos conteúdos” completa Thais Scharfenberg.

Ministério recebe 4 mil pedidos de autorizações de residência no 1º trimestre

O Ministério do Trabalho, por meio da Coordenação-Geral de Imigração (CGig), recebeu 4.794 solicitações de residência de estrangeiros para trabalhar e morar no Brasil após a mudança na legislação da imigração, ocorrida em novembro passado. Foram 4.073 no primeiro trimestre de 2018.

O ministro do Trabalho, Helton Yomura, afirma que a alteração na legislação representa o esforço do governo federal para atrair trabalhadores estrangeiros com qualificação técnica e reduzir burocracia para aqueles que aqui já estão trabalhando e precisam se legalizar.

“O Brasil é fruto desse movimento migratório. A nossa força vem dessa diversidade de talentos e cultura. E a nova legislação demonstra a vontade de contribuir para facilitar a imigração no país, reconhecendo a importância do estrangeiro para o nosso desenvolvimento”, observou.

De acordo com o coordenador-geral substituto de Imigração, Luiz Alberto Matos dos Santos, a mudança simplificou a regularização de estrangeiro que trabalha no país. “Uma das vantagens introduzidas pela nova lei de imigração foi a possibilidade do estrangeiro em solo brasileiro solicitar autorização de residência para trabalhar sem a necessidade de deslocamento para outro país, como ocorria até novembro do ano passado. Qualquer imigrante com proposta de trabalho pode fazer a solicitação de residência estando ele fora ou dentro do país.”

Existem dois modelos de autorização. Um é a de residência prévia para estrangeiro que está fora e tem trabalho para realizar no Brasil. Nesse caso, o prazo de permanência é de no máximo dois anos. O outro é a autorização de residência que atende a imigrante já no país – com visto de visita, por exemplo – e que deseja permanecer trabalhando legalmente.

O coordenador explica que além de simples, o processo de emissão de autorização de residência ficou mais rápido. O prazo legal é de 30 dias, mas a decisão costuma sair bem antes, entre 15 e 20 dias para os casos menos complexos.

Documentos

O interessado na autorização de residência deverá solicitá-la junto ao Ministério do Trabalho, mediante preenchimento de requerimento, em formato digital, pela internet. Dentre os documentos exigidos estão formulário de Requerimento de Autorização de Residência assinado pelo interessado ou por seu representante legal; documento de viagem válido ou outro documento que comprove a sua identidade e a sua nacionalidade, nos termos dos tratados de que o país seja parte; guia de Recolhimento da União (GRU); certidões de antecedentes criminais e de ausência de antecedentes criminais em qualquer país, nos cinco anos anteriores à data da solicitação de autorização de residência entre outros que constam na Resolução Normativa nº 01, acrescidos dos documentos que estão em uma das várias resoluções que fundamento o pedido do interessado.

Para fins de trabalho, o Ministério do Trabalho faz a apreciação do pedido e examina a compatibilidade entre a qualificação e a experiência profissional do imigrante com a atividade que exercerá no país. A comprovação da qualificação e experiência profissional deverá ser feita pelo empregador requerente, por meio de diplomas, certificados ou declarações das entidades nas quais o imigrante tenha desempenhado atividades. Essas exigências e outras constam na Resolução Normativa nº 2.

Futebol: atenções voltadas para os inícios dos Brasileirões

Passados os estaduais, chegou a hora das torcidas voltarem as suas atenções para os pontapés iniciais dos Brasileirões das Séries A, B e C. Os campeonatos nacionais começarão neste fim de semana com a participação de quatro clubes pernambucanos: Sport, Náutico, Santa Cruz e Salgueiro.

Único representante de PE na elite do futebol brasileiro, o Leão fará a estreia na Série A 2018 diante do América-MG, neste domingo (15), a partir das 11h, no Estádio Independência. Até agora fazendo uma temporada abaixo da crítica, o time da Praça da Bandeira aposta na chegada de novos reforços, a exemplo de Ernando (zagueiro), Nonoca (volante) e Carlos Henrique (atacante), para tentar fazer uma boa campanha.

Diferentemente da Série B, que não contará com nenhum participante, na Terceirona, Santa, Náutico e Salgueiro tentarão subir de divisão. Logo na rodada inicial do Grupo A, Náutico e Santa Cruz medem forças, também neste domingo, mas a partir das 19h, na Arena Pernambuco. Será o segundo Clássico das Emoções do ano. No primeiro encontro de 2018, em confronto válido pelo Estadual, o Timbu e a Cobra Coral ficaram no 0 a 0, no Estádio do Arruda.

Pela mesma chave, o Carcará recebe o Botafogo-PB, no mesmo dia, a partir das 16h, no Cornélio de Barros. Comandado pelo técnico Sérgio China, o time sertanejo realizou algumas contratações para a competição nacional, como o goleiro Cézar, o volante Michel e o zagueiro Emerson.

Central chega ao inédito título de vice-campeão

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Pedro Augusto

Para a torcida centralina, infelizmente o tão almejado título do Campeonato Pernambucano não veio. Sob os olhares atentos de pouco mais de 42 mil espectadores, o Central acabou sendo derrotado pelo Náutico por 2 a 1, no domingo passado (8), na Arena de Pernambuco, ficando com o vice do Estadual. Por um longo período do segundo jogo da decisão, a Patativa esteve melhor em campo em relação ao adversário, criando boas oportunidades de gol e tendo um tento anulado pela arbitragem, porém não conseguiu reverter o placar. Porém, mais do que fazer uma final histórica da competição, o alvinegro caruaruense deve se orgulhar por tudo aquilo que vivenciou nestes pouco mais de quatro meses de temporada.

Com a corda no pescoço devido aos débitos financeiros – mais de R$ 10 milhões –, em 2018, a Patativa estava fadada mais uma vez apenas a figurar como coadjuvante entre os times que disputam a Série A1. Se não bastassem as dívidas, patrocinadores praticamente não existiam e as arquibancadas do todo Estádio do Lacerdão estavam novamente condenadas a comportar aquele número irrisório de mil torcedores que costumava ser sempre contabilizado. Mas para surpresa de muitos e nem tanto para outros, em pouco tempo de trabalho da atual diretoria, essa dura realidade foi se dissipando.

Unidos em prol de garantir a sobrevivência do maior clube do Interior do Estado, os novos gestores alvinegros, em seus determinados cargos, reoxigenaram a história da Patativa parcelando os débitos existentes, captando novos patrocinadores, montando um elenco de futebol aguerrido e inflamando o amor da torcida. Hoje, o Central não só chega forte à 4ª Divisão, mas, principalmente, com perspectivas melhores em relação ao futuro.

Foi o que destacou, em entrevista ao Jornal VANGUARDA, o presidente do Conselho Deliberativo, Márcio Porto. “O Central renasceu! Qual torcedor no maior ápice de seu otimismo acreditava que o clube seria vice-campeão do Estado? Acredito que poucos. É claro que as dificuldades existem e, por sinal, ainda são muitas, porém a Patativa voltou a ser aquela força dentro e fora de campo que todo torcedor pernambucano chegou um dia a ver. Conforme os bons resultados foram acontecendo, passamos a seguir em busca do título, porém nosso principal foco na temporada sempre foi o acesso à 3ª Divisão. Como todo mundo agora pode imaginar, diante de tudo que apresentamos no PE, chegamos forte para disputa da Série D. A base do plantel está sendo mantida, o técnico Mauro Fernandes renovou o contrato e ainda faremos contratações pontuais em termos de atletas”, disse.

De acordo com Márcio Porto, todo o elenco e a comissão técnica possuem vínculo com o Alvinegro até o término do Nacional. “Renovamos o contrato com Mauro Fernandes na noite da última quarta-feira (11). Em conversações, ele se mostrou satisfeito com o que vem realizando no clube, com tudo aquilo que prometemos e estamos cumprindo e com a própria cidade de Caruaru. Mauro continua com o mesmo sentimento de fazer história no Central, desta vez alcançado o acesso para a Série C. Quanto à chegada de reforços, deveremos trazer pelo menos mais um meia e um atacante”, acrescentou.

Quanto às possíveis saídas no elenco, o mandatário alvinegro confirmou que elas ocorrerão de forma natural. “Atualmente, contamos com 31 atletas dos quais 20 participaram da excelente campanha no Estadual. Sendo assim, alguns desses jogadores que não foram utilizados poderão ser emprestados ou até mesmo dispensados. Mas isso só deverá acontecer tão logo os preparativos sejam intensificados.Vale ressaltar ainda que todos os salários do clube estão em dia, bem como os bichos e as premiações”, finalizou Márcio.

Estreia

Os trabalhos dentro de campo visando já a estreia na Série D 2018 serão iniciados na manhã deste sábado (14), no Lacerdão. A Patativa está no Grupo A7 e na primeira rodada visita o Jacuipense-BA, no próximo dia 22, a partir das 16h, no Estádio Valfredã