Opinião: Alguns problemas morais

Por Tiê Felix 

Em certos tempos de crise moral a inversão de valores e o moralismo excessivo tomam a frente do rumo das ideias e concepções das pessoas. É aquela conduta cristianizada de quem passou toda a vida em pecado e resolve do dia pra noite servir ao bem e ao justo para assim superar as suas máculas e as da sociedade. Agora que se vê claramente qual é a identidade brasileira – do progresso submisso a ordem – muitos querem resolver tudo com apenas um gesto, aquele mesmo do senhor de engenho. Estamos fadados ao paliativo porque a reflexão não é um habito dominante em nenhum setor da sociedade.

Como vivemos toda nossa história sob a égide de uma dominação impositiva, a consciência de si brasileira é pouco clara. Mesmo numa reflexão séria sobre temas tão problemáticos como a corrupção endêmica pela nossa ignorância sistemática corremos o risco de reafirmar a mesma estrutura de poder que desde sempre condena o Brasil ao fracasso. Em um país de fracassados o moralismo é o melhor caminho para a resolução de dilemas morais coletivos. A vergonha que sentimos, ainda que travestida de crítica, nos indica que nosso trabalho é em em vão, que o Brasil não é capaz de reconhecer coisa alguma, nada que lhe apareça e que possa encaminha-lo a algum rumo a algum projeto.

De agora em diante corre-se o risco de vivenciarmos um retorno exploratório em todos os setores do trabalho em função da ideia generalizada de que é cultural as práticas corruptas. Esse provavelmente é o maior argumento em favor de um aumento exploratório, sobretudo daqueles mais fragilizados numa sociedade de senhores. Não nos esqueçamos que o lado mais fraco sempre perde e que de agora em diante o discurso moralista irá se fazer presente em vários setores da nossa sociedade com o fim de erradicar o mal da corrupção no interior das nossas relações sociais.

A palavra crise está por demais desgastada. Precisamos perceber que a crise no Brasil nos é peculiar e não trivial.

Tiê Felix é professor.

Opinião: O Estado faliu

Por Tiê Felix

Somente numa democracia de palhaços é que um homem do naipe de Renan Calheiros fala em democracia. Somente num país sem história é que é possível uma câmara de vereadores ter um auditório com o nome de um vereador que há mais de 20 anos não sai do seu lugar e já se homenageia mesmo vivo. É a democracia dos palhaços.

O Estado faliu, a sociedade está prestes a ruir se já não estiver ruído. Nenhum órgão público funciona exatamente como devia; o dinheiro que era pra ser não é. Hoje sabemos que é de propósito. Não funciona de antemão já para que novos recursos venham e mais roubos aconteçam.

Todos querem tirar sua parte. Somos realmente aproveitadores.

Mesmo com a anunciação do novo nome para a Petrobras os escândalos não param de se suceder. A vergonha é grande, somente pra quem tem vergonha. Chego a pensar que se não houvesse o mínimo de código moral e religioso neste país estaríamos muito próximos de uma anarquia violenta como já vemos também. Só no Rio de Janeiro são tantos tiros que as balas estão perdidas encontrando corpos. Por aqui liga-se para a polícia mas não se atende. O 190 não funciona. A sociedade que é roubada responde de forma semelhante. Porque tantos ladrões, porque mesmo quando se faz um “pacto pela vida” se mata mais? Porque aqueles que deveriam ser exemplares, já que instituem, não o fazem, são ladrões. São extremamente ignorantes, essa é a verdade.

E se roubassem isso ou aquilo tudo temem todo lugar do mundo existe ladrão. O problema é que eles roubam tudo, até a dignidade e o serviço da sociedade. Quem não se sente, honestamente, deslegitimado em um país em que o que é é apenas de fachada? O serviço prestado, até bem intencionado, é logo relegado ao segundo plano em nome do faz de conta que toma conta de todas as instituições de hospitais até universidades. Onde só tem aproveitador mesmo aquele que é honesto termina por ceder as maracutaias.

A crise está longe de acabar e o remédio para ela somente vem do povo, se ao menos o povo não for tão hipócrita quanto são os nossos políticos. Mesmo falando de impeachment acho improvável que isso ocorra já que somos autoritários e sem vergonha em maioria, semelhante aos nossos representantes. Ninguém mais queira dizer que nem todo político é ladrão; eles mesmos não fazem questão de mudar essa frase, são egocêntricos demais para isso.Não estão nem ai!

Que a sociedade aprenda com o que sente na pele com todos estes aumentos abusivos.Todas as contas estão chegando e para quem é honesto o Brasil é por demais oneroso e o retorno é ridículo.

Tiê Felix, professor.

Opinião: Presidente franciscano

Por José Lucas da Silva

O que mais chama a atenção do visitante no pequeno, mas organizado Uruguai, não são as atrações turísticas de Montevidéu. Nem as rodovias bem conservadas e as cidades limpas do país vizinho. Nem o teleférico que conduz o visitante a uma bela praia em Piriápolis. Nem a interessante Playa de los Dedos no famoso balneário de Punta Del Este. Nem a conservada cidade histórica de Colonia Del Sacramento. Mas a popularidade do presidente da República Oriental do Uruguai.

Quando se chega à rodoviária Tres Cruces na capital, logo se ouve falar bem do presidente de singular estilo de vida. Os motoristas de táxi, os vendedores ambulantes, os guias de turismo, entre outros, se referem a José Mujica com palavras elogiosas, não importando se o assunto é puxado por um nativo ou visitante.  Esse senhor de quase oitenta anos é admirado em seu país e no exterior pelo seu jeito simples de viver, mesmo na condição de primeiro mandatário do país.

Ao ser eleito não quis fixar residência no palácio presidencial no centro de Montevidéu. Preferiu continuar morando em sua chácara num bairro periférico da capital, onde cria galinhas e bois. Também renunciou ao veículo oficial e se desloca para seus compromissos num fusca azul 1987, à semelhança de um cidadão comum. Segundo os uruguaios, até a sua linguagem é a de um homem simples do campo.

Pepe Mujica, como é carinhosamente chamado, é desapegado até de seu salário de presidente. Como já é aposentado, ele doa o dinheiro aos pobres e justifica a sua atitude dizendo “pobres não são os que têm pouco. São os que querem muito! Eu não vivo na pobreza, vivo com austeridade, com a renúncia. Preciso de pouco pra viver.”

Num encontro internacional de chefes de estado, um sheik árabe ofereceu um milhão de dólares – pasmem ! – pelo seu fusca, que não vale mais que três mil dólares. Ficou surpreso com a generosa proposta, mas não vendeu. Disse que ia pensar no caso. O líder uruguaio ainda não sabe o que faria com o dinheiro: está em dúvida se doaria para a universidade tecnológica ou para o programa de moradias populares.

Além de sua notória humildade, Mujica também é conhecido por suas ideias revolucionárias, como essa sobre o poder: “O poder não muda as pessoas, só revela quem realmente são”. Ao comentar a prioridade que o seu governo dá à educação, ele assim se expressou: “Vamos investir primeiro em educação, segundo em educação, terceiro em educação. Um povo educado tem as melhores opções na vida, e é muito difícil que os corruptos mentirosos os enganem.”

Esses motivos são suficientes para entendermos porque Pepe Mujica é tão querido em seu país. Muitos uruguaios afirmaram que ele só não foi reeleito no último pleito, porque a constituição do país não contempla o instituto da reeleição. No próximo dia primeiro de março, ele passa a presidência para Tabaré Vázquez, que já foi presidente antes de Mujica. Assim o governo do pequeno país sul-americano passa das mãos de um agricultor para as de um médico. Torcemos para que o povo uruguaio continue a ter um chefe de estado sério e comprometido com as causas populares.

José Lucas da Silva é professor 

Opinião: Sete “elefantes brancos” na Câmara de Municipal de Caruaru.

Por Hérlon Cavalcanti

A Câmara de Vereadores de Caruaru, a casa do povo, a casa das grandes discussões politicas. Essa casa que nos últimos anos, passa momentos delicados com os desfechos da operação ponto final 1 e 2, proferido pela justiça e seus órgãos competentes. Na realidade Caruaru espera que de fato sejam apurados e que os culpados venham a ser punidos ou absorvidos.

Mais o que me levou de fato como cidadão a pensar escrever esse texto que trás o titulo sete “elegantes Brancos” na Câmara de Vereadores de Caruaru?

Então vamos lá!

Em 2012 a Câmara de Vereadores através da sua presidência que naquela época ocupada pelo vereador do PCdoB Lícius Cavalcanti na entrega da reforma estrutural, em conjunto com os demais vereadores, aprovaram em requerimento a ideia de construir sete estátuas de personagens que marcaram a nossa história.

Confesso que a ideia é muito salutar com a intenção de valorização da nossa gente, da preservação da memoria e da nossa história. O processo de escolha se deu envolvendo alguns integrantes da ACACCIL, pesquisadores e memoristas da cidade que depois de alguns debates, chegaram à conclusão dos setes personagens escolhidos, são eles:

Joao Salvador (Primeiro 1º Prefeito de Caruaru)

Prazeres Barbosa (Professora e Atriz)

Lidio Cavalcanti (Poeta, Compositor e Radialista)

João Condé (Escritor e Advogado)

Luísa Maciel (Poetisa e Artista Plástico)

Álvaro Lins (Escritor e critico literário)

Azulão (Cantor e compositor)

As estátuas foram confeccionadas pelo artista Plástico Manoel Claudino da Silva, do ateliê das Artes de Pesqueira. A Câmara informou, ainda, que sondou o artista plástico Caxiado para criar os monumentos, mas, por questão de custos e prazo de entrega, acabou contratando outro profissional. Enfim as obras de artes foram pouco a pouco sendo construídas e entregues a Câmara e a população de um modo em geral, ocupando o lado esquerdo do hall de entrada da casa.

Depois de entregues as obras, podemos observar, e no meu caso como filho de um dos homenageados (Lídio Cavalcanti), que o resultado final não foi nada agradável, as estátuas quase nada têm haver com a realidade física dos personagens trazidos, os traços dos rostos ficaram diferentes, mal acabados mudando a fisionomia e o perfil dos homenageados. Uma obra que custou aos cofres públicos muita grana, e pelo seu resultado final tornou-se caro. Mais tudo bem a intenção de fazer a história acontecer superava esses obstáculos.

Passado dois anos desse feito, hoje resolvi trazer uma discussão que vai além de questões politicas, vai além de picuinhas ou qualquer outra coisa.

O problema é que as estátuas foram construídas e nunca houve por parte da Câmara a preocupação e o respeito de se fazer uma solenidade de entrega à população, ou um ato simbólico, em respeito aos familiares dos personagens escolhidos que já se foram e aos vivos como: Azulão e Prazeres Barbosa.

Muitas são as possibilidades de fazer um evento político e cultural, uma situação que não se alcança pela limitada compreensão do que é uma casa do povo e do que fazer quando chama para si situações que poderiam dialogar com uma mudança cultural de seu lugar.

O único sentido que acaba sendo possível pensar é que ideias interessantes acabam virando meros objetos sem sentido e entulhando cada vez mais o vazio que um espaço político precisa construir para sua cidade.

A casa do povo não consegue se fazer em homenagem ao povo que faz sua história.

O futuro é que vai dizer se aquelas estátuas de fato possam virar monumentos de busca de estudos por parte das escolas, alunos e profissionais da área, ou então serão esquecidas largadas ao leu, virando de fato “elefantes brancos” manchando a memoria de tantos que fizeram de suas vidas uma verdadeira entrega de amor e arte por Caruaru.

Hérlon Cavalcanti- Escritor e jornalista

Artigo: O poder do bom humor e do otimismo

Por Erik Penna

“Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você.” (Steve Beckman)
Mais um ano se inicia e novamente percebo muitas pessoas pessimistas, de mau humor, falando em crise e tempos difíceis. E o pior é que há muitos pessimistas inteligentes.
Cuidado! Se não nos blindamos contra isso, eles nos convencem com tanto negativismo, freiam nossas ações corajosas e inovadoras, nos instigam a agir cada vez menos que, de fato, nosso desempenho tende a diminuir.

Comece a prestar atenção nas suas conversas e o que tem falado com seus amigos e colegas de trabalho, afinal, Aristóteles já escreveu: “Somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”.

O psicólogo Daniel Goleman relata em sua obra “O cérebro e a inteligência emocional” que, para uma melhor eficácia pessoal, temos que estar no melhor estado interior e que as pessoas de bom humor costumam ser mais criativas, melhores na resolução de problemas, possuem maior flexibilidade mental e são mais eficazes na tomada de decisões. Por outro lado, também aponta que a vantagem de estar mal humorado gera uma maior atenção aos detalhes e isso é muito útil, por exemplo, quando se tem que ler um contrato.

Contudo, o mau humor nos deixa menos agradável com as pessoas que nos rodeiam, podendo assim, atrapalhar a sinergia da equipe e reduzir a eficácia de todos.
Pare para pensar como é gostoso trabalhar ou ser atendido por uma pessoa alegre, bem humorada e de bem com a vida. Isso nos transmite energia positiva, pois o otimismo é contagiante e nos impulsiona para as mais belas conquistas. Durante esse ano se proponha a ser mais bem humorado e otimista e lembre-se do que disse Mahatma Gandhi: “Se queres mudar o mundo, muda-te a ti mesmo”.

Bob Iger, chefão da Disney, afirmou durante uma entrevista para a revista Veja em 2013, que são avaliados diversos requisitos na hora de contratar uma pessoa e que uma das principais características para se trabalhar na Disney é que ela seja pró ativa e otimista.
A revista Você S.A de janeiro/2015 trata a importância da atitude positiva em meio a tantas incertezas. Então, que tal começar o dia tomando uma dose de vitamina “O” de OTIMISMO? Essa é inclusive a proposta de Allan Percy no livro “As Vantagens de ser Otimista”.

O autor defende que ser otimista não significa que não enfrentaremos problemas, e sim que o nosso comportamento será melhor e mais produtivo diante dos obstáculos, e isso pode facilitar a resolução de fatos aparentemente adversos.
Percy cita o exemplo de Thomas Edison que, mesmo quando um incêndio atingiu sua oficina, destruindo tudo o que havia lá dentro – inclusive alguns inventos inacabados, Edison disse: “Todos os nossos erros foram queimados. Graças a Deus podemos começar de novo”.

Portanto, lembre-se: você não controla tudo que acontece em sua vida, mas decide de que forma vai agir com as coisas que acontecem com você.

 Erik Penna é especialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”.
Site: www.erikpenna.com.br

Artigo: Como diminuir calorias na alimentação em 5 passos

Por Vinícius Possebon

Um dos desafios que mais fazem com que as pessoas desistam da dieta é a reeducação alimentar. Muita gente acha que precisa passar fome para emagrecer, mas não é verdade. Descubra neste artigo como diminuir calorias na alimentação e, mesmo assim, se sentir saciado em todas as refeições.

Para entendermos como esse processo funciona, inicio relembrando que caloria é energia. Desta forma, você sabe que, se entra mais caloria do que você gasta, o ganho de peso é inevitável. Na via contrária, se você gasta mais caloria do que consome, há perda de peso.

Isso, no entanto, não é nenhuma novidade para você, certo? Na verdade, o que está sabotando a sua dieta para emagrecer é justamente essa história de ter que diminuir as calorias na alimentação e acabar passando fome.

Nos primeiros dias, você até aguenta o tranco, mas depois, a tentação é maior, você acaba comendo demais e adeus regime!

Para evitar esse problema, eu recomendo fortemente que você faça algumas mudanças permanentes na sua alimentação para diminuir calorias e, mesmo assim, não passar fome e conseguir emagrecer permanentemente.
Confira os 5 passos que você precisa seguir:

1. Inclua mais proteína na sua alimentação
Não tem outra: se você quer perder peso, a proteína vai te ajudar bastante. Adicionar mais alimentos ricos em proteína na sua dieta fará com que você perca peso sem fazer tanto esforço e sacrifícios, acredite.

São muitos os estudos que mostram que a proteína não só acelera o seu metabolismo, o que faz com que você queime gordura em repouso, como também reduz o apetite. Isso acontece porque a proteína necessita de certa quantidade de energia para metabolizar, o que faz com que você queime de 80 a 100 calorias a mais se ingerir esse nutriente em boas quantidades diariamente.

Além disso, como a proteína aumenta sua saciedade, consequentemente você vai diminuir calorias ingeridas por dia. Estudos mostram que pessoas que ingeriram 30% de energia proveniente de proteínas deixaram de ingerir 441 calorias diárias! Ou seja, você pode diminuir drasticamente o consumo calórico diário apenas adicionando mais alimentos ricos em proteína na sua dieta.

2. Evite refrigerantes, sucos de frutas e alimentos com muito açúcar em geral
O quê? Suco de fruta engorda? Bom, é inegável que frutas são absolutamente saudáveis, mas elas contêm uma grande quantidade de açúcar, o que pode boicotar sua dieta.

Eliminar líquidos ricos em açúcar é outro grande favor que você faz a si. Isso inclui os grandes vilões, como refrigerante, leite achocolatado e também aqueles que não percebemos que podem sabotar o emagrecimento, como sucos de frutas.

Talvez isso seja o que mais esteja impedindo você de emagrecer, pois o seu cérebro simplesmente não considera as calorias líquidas que você ingere diariamente, da mesma forma que considera as sólidas.

3. Beba mais água

Esse talvez seja o truque mais eficaz e saudável para emagrecer: beba mais água. Talvez você já saiba que o recomendado é beber cerca de 2 litros de água por dia (ou 8 copos), mas você sabia que essa atitude super benéfica para o organismo pode fazer com que você queime cerca de 96 calorias a mais por dia? Além disso, quando você bebe mais água antes das refeições, pode ter o apetite reduzido e, consequentemente, diminuir as calorias ingeridas.

Outras bebidas com cafeína também podem ajudar. O café e o chá verde são excelentes para aumentar o metabolismo, ainda que seja por um curto prazo.

4. Exercite-se!
Quando ingerimos menos calorias, nosso corpo compensa queimando menos. Esse é o motivo pelo qual a restrição calórica pode ser um tiro no pé, pois, a longo prazo, seu metabolismo diminuirá. Além disso, você pode perder massa magra, que é metabolicamente ativa, fazendo com que seu metabolismo fique ainda mais lento.

A maneira eficaz de evitar esse desastre é fortalecer os músculos fazendo exercícios, de preferência os de alta intensidade, que queimam gordura, aceleram o metabolismo e fortalecem os músculos. Você não precisa necessariamente ir para a academia: exercícios como flexões, por exemplo, têm um excelente efeito.

5. Evite os carboidratos a todo custo
Cortar os carboidratos, principalmente os refinados, é outra maneira muito eficaz de perder peso. Talvez você passe pela mesma situação todos os dias: depois de comer o tradicional pão com café pela manha, você realizará suas atividades diárias e, poucas horas depois, perceberá que está morrendo de fome. Você não entende porque está de barriga vazia tão cedo, mas deixa isso para lá e come mais um biscoito ou pãozinho, porém, um pouco antes do almoço, você já está com muita fome novamente, o que faz com que você coma mais do que precisa na refeição seguinte.

O que acontece é que você está comendo muitos alimentos ricos em carboidratos, que não trazem muita sensação de saciedade, como é o caso da proteína. Quando você substitui o carboidrato por outros alimentos ricos em nutrientes como a proteína, seu apetite tende a diminuir, fazendo com que você coma menos.

Estudos já demonstraram que ter uma alimentação baseada na dieta low-carb pode fazer com que você perca de 2 a 3 vezes mais peso do que numa dieta baseada em restrição calórica ou baixa ingestão de gordura.

Bem, estas foram as 5 dicas sobre como diminuir as calorias sem passar fome e, como último recado, recomendo que você evite ao máximo alimentos industrializados. Quanto mais natural for sua alimentação, menos importará que tipo de dieta você está fazendo.
Bons treinos, forte abraço e até a próxima

Vinícius Possebon é personal trainer, palestrante e criador do Sistema de Emagrecimento Queima de 48 Horas.
Facebook: https://www.facebook.com/queimade48horas .

Artigo: O poder do bom humor e do otimismo

Por Erik Penna

“Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você.” (Steve Beckman)
Mais um ano se inicia e novamente percebo muitas pessoas pessimistas, de mau humor, falando em crise e tempos difíceis. E o pior é que há muitos pessimistas inteligentes.
Cuidado! Se não nos blindamos contra isso, eles nos convencem com tanto negativismo, freiam nossas ações corajosas e inovadoras, nos instigam a agir cada vez menos que, de fato, nosso desempenho tende a diminuir.

Comece a prestar atenção nas suas conversas e o que tem falado com seus amigos e colegas de trabalho, afinal, Aristóteles já escreveu: “Somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”.

O psicólogo Daniel Goleman relata em sua obra “O cérebro e a inteligência emocional” que, para uma melhor eficácia pessoal, temos que estar no melhor estado interior e que as pessoas de bom humor costumam ser mais criativas, melhores na resolução de problemas, possuem maior flexibilidade mental e são mais eficazes na tomada de decisões. Por outro lado, também aponta que a vantagem de estar mal humorado gera uma maior atenção aos detalhes e isso é muito útil, por exemplo, quando se tem que ler um contrato.

Contudo, o mau humor nos deixa menos agradável com as pessoas que nos rodeiam, podendo assim, atrapalhar a sinergia da equipe e reduzir a eficácia de todos.
Pare para pensar como é gostoso trabalhar ou ser atendido por uma pessoa alegre, bem humorada e de bem com a vida. Isso nos transmite energia positiva, pois o otimismo é contagiante e nos impulsiona para as mais belas conquistas. Durante esse ano se proponha a ser mais bem humorado e otimista e lembre-se do que disse Mahatma Gandhi: “Se queres mudar o mundo, muda-te a ti mesmo”.

Bob Iger, chefão da Disney, afirmou durante uma entrevista para a revista Veja em 2013, que são avaliados diversos requisitos na hora de contratar uma pessoa e que uma das principais características para se trabalhar na Disney é que ela seja pró ativa e otimista.
A revista Você S.A de janeiro/2015 trata a importância da atitude positiva em meio a tantas incertezas. Então, que tal começar o dia tomando uma dose de vitamina “O” de OTIMISMO? Essa é inclusive a proposta de Allan Percy no livro “As Vantagens de ser Otimista”.

O autor defende que ser otimista não significa que não enfrentaremos problemas, e sim que o nosso comportamento será melhor e mais produtivo diante dos obstáculos, e isso pode facilitar a resolução de fatos aparentemente adversos.
Percy cita o exemplo de Thomas Edison que, mesmo quando um incêndio atingiu sua oficina, destruindo tudo o que havia lá dentro – inclusive alguns inventos inacabados, Edison disse: “Todos os nossos erros foram queimados. Graças a Deus podemos começar de novo”.

Portanto, lembre-se: você não controla tudo que acontece em sua vida, mas decide de que forma vai agir com as coisas que acontecem com você.

 Erik Penna é especialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”.
Site: www.erikpenna.com.br

Artigo: Você já planejou sua carreira para 2016?

Por Dolores Affonso

É isso mesmo. Não é um erro de digitação, nem você leu errado! Estou falando do planejamento da sua carreira para 2016 sim. Se você deseja estar em um nível diferente, numa outra empresa, num cargo específico; ou seja, ter o sucesso que você quer em 2016, precisa começar a se mexer já!

Isso não significa que o ano de 2015 está perdido ou será só de planos; muito pelo contrário, será de planejamento e aplicação prática! Mas o planejamento tem que começar agora. Você deve saber que todas as empresas que não querem ficar “apagando incêndios” diariamente fazem planejamentos de curto, médio e longo prazos, que são revistos periodicamente e constantemente adaptados à nova realidade.

E você? Tem feito isso com sua carreira? Todo profissional que não quer ficar para trás e que tem objetivos definidos deve fazer o mesmo.

Você já deve ter ouvido falar que, num bom planejamento, as empresas avaliam o mercado, buscando oportunidades que possam aproveitar e ameaças que devem evitar e se avaliam internamente, observando as forças que precisam manter e as fraquezas que devem melhorar. Para isso, costumam usar a Matriz SWOT.

Para quem não sabe o que é, a Matriz SWOT – Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats) – tem o objetivo de ajudar nesta análise e na construção de cenários para planejamento das ações.
Na gestão de carreira, com um coaching, é possível fazer o mesmo: planejar, construir cenários e realizar ações, alcançando os objetivos.

Para você entender melhor e começar já a aplicar as ferramentas de coaching para obter os resultados que almeja e estar no patamar que deseja em 2016, ou quem sabe ainda em 2015, compartilho uma das ferramentas mais poderosas: a Matriz SWOT.
Transportando a matriz empresarial para sua carreira, podemos considerar que:

Análise Externa: diz respeito ao mercado de trabalho, com suas oportunidades e ameaças. Neste contexto, você deve analisar e listar todas as oportunidades: novas posições na empresa, outras empresas, novos nichos, novas leis, ou seja, os movimentos do mercado. Com relação às ameaças, deve ficar atento aos concorrentes diretos e indiretos dentro da empresa e fora dela, mudanças na empresa, movimentos do mercado etc.

Análise Interna: diz respeito a você, seus pontos fortes e fracos. Deve ser muito sincero e crítico consigo mesmo nesta etapa, pois é preciso analisar-se com cuidado. Liste suas habilidades, competências, potencial, mas avalie também suas dificuldades e limitações em todas as áreas.

Após listar tudo isso, reflita sobre cada quadrante que combina:

Fraquezas e Ameaças: identifique como suas fraquezas, se combinadas às ameaças, podem prejudicar sua carreira e como você pode diminuir este impacto negativo. Trabalhe nas suas fraquezas, melhorando-as. Busque um novo conhecimento, uma nova habilidade etc.

Fraquezas e Oportunidades: desenvolva estratégias que possam minimizar os pontos fracos, juntamente com o aproveitamento das oportunidades. Busque crescimento, desenvolvimento, mudança.

Forças e Ameaças: tire o máximo proveito dos seus pontos fortes. Use-os para minimizar as ameaças. Utilize suas competências e habilidades.

Força e Oportunidades: aproveite ao máximo as oportunidades, sempre usando seus pontos fortes para potencializá-las.
Pense nisso, aplique e veja os resultados em sua carreira!

Dolores Affonso é coach, palestrante, consultora, designer instrucional, professora e idealizadora do Congresso de Acessibilidade (www.congressodeacessibilidade.com ).

Artigo: Por ciclofaixas para todos, todos os dias

Por Bernardo Lopes

Todos nós demos boas-vindas às ciclofaixas e ao espaço de lazer que se monta aos domingos e feriados em Caruaru. As ruas, principalmente a avenida Agamenon Magalhães, têm sido tomadas por pessoas andando, patinando, passeando ou correndo de bicicleta. E as ruas devem mesmo ser das pessoas, não dos automóveis.  A iniciativa é ótima e merece elogios. Mas há alguns senãos.

A ciclofaixa, até alguns dias atrás, era montada desde as proximidades do campus esportivo da ASCES, na avenida Portugal, bairro Universitário, passava pela rua Marcionilo Francisco da Silva, avenidas Agamenon Magalhães e Manoel de Freitas, no Maurício de Nassau, e seguia ao longo da ferrovia desde o Espaço Major Clementino (Grande Hotel) até parar, abruptamente, nas proximidades da antiga CAGEPE, no Divinópolis.

Seu percurso poderia ter sido estendido, por exemplo, até alcançar a avenida Caruaru, que divide as duas primeiras COHAB’s, na Boa Vista. Agora, nem mesmo a CAGEPE ela alcança, pois seu caminho foi desviado em direção ao recém-inaugurado espaço de lazer no Pátio do Forró, a pouco mais de 700m do Grande Hotel, medida que gritava de tão óbvia. Mas para atingir o Pátio do Forró tinha que ser eliminada a perna até a CAGEPE?

Maurício de Nassau e Universitário são os bairros mais abastados da cidade e são, sem dúvida, os mais privilegiados com a ciclofaixa. Dá-se a entender que só os caruaruenses ricos podem passear de bicicleta. É isso mesmo? E os trabalhadores que a usam no dia-a-dia e têm que se arriscar em meio ao trânsito pesado dos veículos a motor e às linhas d’água criminosas de mais de 30cm da cidade?

É bom lembrar, ainda, que estamos no início da aprendizagem de convivência entre carros e bicicletas. Ciclovias e ciclofaixas não têm de servir somente ao lazer. É restringir demais seu público e sua utilidade. Elas têm de servir, democraticamente, a toda a população, de segunda a segunda. Mais: se são apenas de lazer, elas têm de ligar os poucos locais de lazer da cidade (os três parques e as maiores praças) e não terminar em meio ao nada.

E quando o sol baixa e a temperatura fica mais convidativa ao exercício, a ciclofaixa é desativada. Por que não deixá-la até às 20h, em vez de retirá-la às 18h?

Há uma quantidade enorme de gente que utiliza a bicicleta à noite como forma de se exercitar. Há uma quantidade ainda maior de gente que a usa como transporte durante o dia. E há uma quantidade gigantesca de gente disposta a trocar o carro pela magrela no dia-a-dia e que ainda não o fez por falta de vias adequadas.

A demanda por bicicletas nunca virá antes da criação da mínima estrutura necessária. Ela vem sempre depois. Se construir ciclovias (separadas fisicamente das vias para carros por barreiras) é caro e demorado, montar ciclofaixas com pinturas e cones, não. Por que, então, não as montamos no contrafluxo do trânsito? Pela manhã, no sentido contrário ao do Centro. À noite, no sentido do centro.

E não basta criar estes espaços de lazer. Faltam as pessoas preparadas para orientar os usuários. A ciclofaixa dos domingos e a ciclovia do Pátio do Forró são tomadas por caminhantes, corredores, crianças brincando e patinadores, prenunciando acidentes para breve, quando cada um desses usos tem seu espaço definido.  Demos um passo importante (ou uma pedalada importante), mas a trilha é longa. Que as ciclovias, ciclofaixas e os espaços de lazer sejam menos voltados para os ricos. Há vida fora do Maurício de Nassau!

Bernardo Lopes é arquiteto, formado pela Universidade Federal de Pernambuco, sócio-diretor do Jirau Arquitetura e Urbanismo e que teve um de seus projetos exposto na Bienal de Veneza, na Itália.

Artigo: As ruas e as calçadas como medida da democracia das cidades

Por Marcelo Rodrigues

Em meio as discussões do Plano Diretor de nossa cidade, pouco se ouve falar nas diretrizes que estão sendo tomadas no âmbito do presente e do futuro das ruas e calçadas de Caruaru, fator esse de grande preocupação tendo em vista a precariedade, em particular, das calçadas em nosso Município, quando se sabe que constituem o espaço público por excelência, onde todos têm a garantia de ir, vir e circular. Para tanto, devem possuir as dimensões necessárias ao deslocamento com segurança e que sua conservação não comprometa a saúde dos pedestres com buracos, resíduos de todas as espécies e má conservação, uma vez que existe a gênese de achar que os espaços públicos são privados e, em sendo assim, podem sofrer todo tipo de intervenção particular. Alguns urbanistas afirmam que a “largura das calçadas são a medida da democracia de uma cidade”. Neste diapasão todos nós somos pedestres, podendo de forma transitória estar de bicicleta, em automóvel, no transporte público ou mesmo a pé.

Neste pensamento, faz-se mister traduzir para a realidade das ruas 3(três) princípios democráticos fundamentais no âmbito do Direito Urbanístico, e que devem estar inseridos nas plenárias para garantir o acesso às ruas e às calçadas: A liberdade de expressão, a alternância de poder e pluralidade.

No ponto, as ruas devem proporcionar garantia a todos para que se manifestem livremente, falem o que pensam e ouvi a opinião dos outros sem medo de represálias. Nas ruas isso implica que os meios de transporte maiores devem zelar pela segurança dos menores e todos pela segurança do pedestre. Esse princípio está esculpido no CTB, vitória para a democracia.

O que se observa na cidade é que o mais forte tem o monopólio do uso da força sem alternância de poder e é por isso que nossa sociedade se engessou e não progrediu. Alternância de poder é adequar que diferentes fluxos (carros, ônibus, vans, bicicletas, motocicletas, pedestres) tenham garantido o acesso seguro às vias.  Cada um a seu tempo e respeitando a presença do outro, todos possam utilizar as ruas.

A discussão da mobilidade passa por uma cidade plural, e estas são sempre as melhores. Já está comprovado que as cidades onde existem uma enorme quantidade de opções de transportes, democratiza as escolhas, e aí depende de cada um a seleção em conformidade com suas condições financeiras. É importante que se afirme e que se diga que o transporte individual, seja bicicleta, motocicleta ou automóvel, tem vantagens em relação ao transporte público, mas não pode orientar políticas públicas de mobilidade urbana.

Portanto, os meios de transportes públicos como ônibus, metrô, trens, BRT, VLT, etc,   devem ser alternativas eficazes ao transporte individual e coletivo, e são as melhores maneiras de garantir que os cidadãos possam escolher como desejam se deslocar, mas que haja a possibilidade/viabilidade de integração entre os diferentes modais, ou seja, por exemplo, que o indivíduo possa se deslocar até certo ponto da cidade de bicicleta, estacionando em bicicletários seguros, e daí ir ao seu trabalho ou atividade em um transporte público de qualidade, diminuindo os impactos, seja financeiro, de trânsito ou favorecendo a economia do baixo carbono.

Na verdade, todos os princípios democráticos aplicáveis às ruas mencionados aqui já estão previstos em lei. O que falta aos gestores de um modo geral é coragem e a adoção da lei de mobilidade como instrumento urbano para desenvolver com sustentabilidade, com a aplicação da economia do carbono zero, mitigando os efeitos do combustível fóssil e suas implicações na saúde das pessoas e no enfrentamento das mudanças climáticas.

Infelizmente a realidade prática ainda não contempla uma democracia efetiva. As pressões e os interesses de grupos para adequar as cidades aos meios de transporte individuais e motorizados ainda seguem com um grande poder de influência, embora o rumo desta distorção deverá ser corrigida pelas necessidades climáticas e pela discussão no seio da sociedade, atendo as necessidades coletivas ao invés do egoísmo individual do consumo.

Marcelo Rodrigues, é advogado, professor universitário, exerceu o cargo de Secretário de Meio Ambiente da Cidade do Recife.