MP pede bloqueio de bens de prefeito eleito de BH

Portal G1

O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) pediu o bloqueio de bens no valor de R$ 2.984.974,26 do prefeito eleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), e de sua empresa Erkal Engenharia, por suspeita de irregularidade em um contrato firmado com o Departamento de Estradas e Rodagens de Minas Gerais (DER-MG). A promotoria pediu ainda o bloqueio de bens de dois ex-diretores da autarquia.

A informação foi publicada em reportagem desta terça-feira (15) do jornal “O Estado de São Paulo” e confirmada pela promotoria ao G1. A ação data de 7 de outubro deste ano e foi ajuizada na Vara de Fazenda Pública Estadual de Belo Horizonte. Em função do feriado da Proclamação da República, a assessoria da Justiça em Minas não foi localizada para informar o andamento da ação. Alexandre Kalil disse que ainda ão foi notificado e não tem conhecimento da ação.

Segundo a ação do MPMG, reproduzida na reportagem, o valor é referente a “reajustes indevidos” em um contrato firmado com o DER-MG, em 2001, para a manutenção em estradas. A promotoria diz que a variação foi causada por dois aditivos, celebrados em 2006, e por um suposto superfaturamento, aumentando o valor do acordo acima do limite previsto por lei para os casos de reajustes de contratos públicos.

Na ação, é pedida a indisponibilidade da movimentação dos valores depositados em conta bancária e aplicações financeiras, imóveis, veículos, ações e outros bens.

BH: Aécio aparece na campanha do 2º turno pela 1ª vez

Folha de S.Paulo 

Pela primeira vez no segundo turno para a Prefeitura de Belo Horizonte, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) entrou na campanha de seu aliado, João Leite (PSDB), no programa de TV desta quinta-feira (27).

Leite, que chegou ao segundo turno na liderança, aparece nas últimas pesquisas de intenção de voto numericamente atrás de seu adversário, Alexandre Kalil (PHS). A declaração de Aécio ocupou dois minutos do programa noturno de Leite (de um total de cinco minutos).

O senador inicia sua fala justificando sua aparição. “A tentativa dos nossos adversários de desconstruir tudo aquilo que foi feito em Belo Horizonte e em Minas ao longo de mais de dez anos, por tantas pessoas de bem, me obriga a estar aqui hoje”, diz.

No vídeo, Aécio acusa Kalil de ter feito uma “campanha contra a política”. “Com isso, fizeram a má política”, afirma o senador. Ele defende a “boa política”, e cita seu avô, Tancredo Neves (1910-1985), como exemplo. No final da gravação, Aécio diz que Belo Horizonte precisa de “experiência e capacidade”. “Vamos com João Leite, porque Belo Horizonte merece respeito”, conclui.

Debate em BH: dívida trabalhista e Aécio na Lava Jato

Folha de S.Paulo

No penúltimo debate dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte, na noite desta terça (25), o deputado João Leite (PSDB) levou à plateia uma ex-funcionária de uma empresa de seu adversário, Alexandre Kalil (PHS), que o processa por causa de dívidas trabalhistas. Diante da insistência do tucano no assunto, Kalil, ex-presidente do Atlético-MG, partiu para o ataque contra aliados do rival. Disse ter “visto na imprensa” que Leite contará com a presença do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em sua campanha nos próximos dias, e provocou: “Na condição de investigado na Lava Jato, o povo mineiro vai receber bem o senador?”.

Leite é a aposta de Aécio para se fortalecer politicamente em Minas, após o PSDB perder o governo para o PT na eleição de 2014. Em pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta (26), Leite tem 48% das intenções de votos válidos, contra 52% de Kalil. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, eles estão em empate técnico.

Leite utilizou boa parte de seu tempo para afirmar que Kalil não recolhe FGTS e INSS de funcionários de suas empresas e deixa os salários atrasarem, enquanto, pessoalmente, leva uma vida de luxo. A estratégia foi a mesma dos programas de TV do tucano.

Kalil minimizou as críticas, sorriu em alguns momentos, disse que “essa lorota não cola” e culpou o rigor da Justiça do Trabalho pelos problemas com seus ex-funcionários – ele não confirmou nem negou que a mulher levada à plateia por Leite tenha trabalhado em sua firma. “Juro por Deus que eu não lembro da cara dela”, disse.

“Escândalo na minha empresa não tem, não tem Lava Jato. [A empresa] Deve, mas vai pagar”, disse Kalil. “Quando sair a delação da Andrade Gutierrez, vai ter gente com tornozeleira [eletrônica]. A Cidade Administrativa está chegando perto”, provocou, novamente em alusão a Aécio.

O senador Aécio Neves é investigado em um inquérito autorizado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por, supostamente, ter atuado em uma CPI com o objetivo de esconder o mensalão tucano em Minas. Além disso, como a Folha revelou em junho, um assessor próximo de Aécio deve ser citado na delação de um sócio da OAS por suposto recebimento de propina na construção da Cidade Administrativa, durante o governo do tucano (2003-2010).

Aécio acompanhará apuração na casa da irmã em BH

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, acompanha a apuração dos votos do segundo turno da eleição na residência de sua irmã, no Bairro Mangabeiras, em Belo Horizonte. Após o anúncio do resultado oficial, o presidenciável tucano fará um pronunciamento à imprensa em um hotel no centro da cidade.

Aécio votou pela manhã no colégio Milton Campos, no Bairro de Lurdes, em Belo Horizonte, local onde a adversária petista, Dilma Rousseff, começou sua militância política na juventude. Em entrevista coletiva mais cedo, Aécio disse que, se for eleito, sua primeira missão será unificar o País, que se dividiu entre sua candidatura e a da adversária petista.

O presidenciável tucano agradeceu, mais uma vez, pelo que chamou de “generosidade do povo brasileiro”. “Pude perceber nas ruas do Brasil inteiro um movimento por mudança, pela ética, verdade e respeito na política.” E voltou a dizer que já se sente vitorioso por ter contribuído “para essa redescoberta dos brasileiros decidir o seu futuro”, citando o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate e jamais perdi a fé”. Acrescentou que “quem sairá vencedor hoje (domingo) nas urnas é a democracia”.