Campos espera ultrapassar Aécio Neves até o final do ano

Por JEFERSON RIBEIRO
Da REUTERS

O resultado da pesquisa Ibope divulgada na quinta-feira animou o PSB, que já projeta a possibilidade do presidente da legenda, Eduardo Campos, provável candidato à Presidência, assumir o segundo lugar na disputa pelo Palácio do Planalto, ultrapassando o senador tucano Aécio Neves, até o final deste ano.

A presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição, mantém ampla vantagem na liderança em todos os cenários para a eleição do ano que vem, inclusive com a possibilidade de vitória em primeiro turno.

No cenário mais provável, em que Dilma enfrenta o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), e Campos, ela lidera com 41 por cento das intenções de voto, contra 14 por cento de Aécio e 10 por cento de Campos. Nesta simulação, 22 por cento dos entrevistados declararam voto branco ou nulo e 13 por cento não souberam responder.

Essa aproximação do socialista a Aécio é apontada pelo líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), como o início da reação do eleitorado à aliança com a ex-senadora Marina Silva, que se aliou a Campos depois que seu partido, a Rede Sustentabilidade, não conseguiu o registro a tempo de ela disputar as eleições.

“A continuar a curva ascendente do Eduardo, podemos até ultrapassar o Aécio já no final deste ano”, analisou Albuquerque.

Segundo ele, os cenários que mostram Marina como melhor concorrente que Campos para derrotar a presidente demonstram que ela ainda pode transferir muito apoio ao governador pernambucano.

Os socialistas descartam, por enquanto, a possibilidade de Campos abrir mão da candidatura em favor de Marina.

Se entre os socialistas o clima é de animação, os tucanos se dividem quanto aos resultados. O vice-presidente do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), disse à Reuters que a pesquisa tem que ser olhada com cuidado, porque o “Ibope vive um conflito de interesses” por atender o governo e fazer levantamentos encomendados pela mídia.

Além disso, na avaliação dele, a pesquisa ainda está muito centrada no recall e, por isso, Marina e o ex-governador José Serra (PSDB), que já disputaram a Presidência, estão melhor posicionados do que Aécio e Campos nas simulações feitas pelo Ibope.

Nesses cenários, que levam em conta Serra e Marina como candidatos, os dois têm melhores desempenhos do que seus colegas de partido. Numa das simulações, em que Dilma concorre contra os dois, a petista teria uma vantagem menor.

Dilma teria 39 por cento das intenções de voto, contra 21 por cento de Marina e 16 por cento de Serra.

Já o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), aliado próximo de Serra, evita contestar os dados do Ibope, mas deixa no ar a definição sobre o candidato tucano à Presidência. “Isso nós vamos resolver ao longo do ano que vem”, disse à Reuters.

Cunha Lima, porém, disse que a candidatura de Aécio está definida e não haverá disputa com Serra. A divisão entre os tucanos é um dos obstáculos a serem transpostos pela candidatura do senador mineiro.

Mas os dois senadores do PSDB concordam na avaliação de que Dilma estagnou no patamar dos 40 por cento de intenções de voto, percentual próximo à avaliação positiva do governo, que segundo o Ibope, é de 38 por cento.

“Apesar de toda campanha que tem feito, a presidente está estagnada em 40 por cento. Esse é o dado mais relevante da pesquisa”, disse Nunes.

Já o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), avalia que o efeito imediato da aliança entre Marina e Campos foi prejudicial aos tucanos e a pesquisa mostra isso.

“Se alguém ganhou nessas articulações de pré-temporada foi o Eduardo. Ele ganhou musculatura e o Aécio pode ser canabalizado no PSDB”, avaliou.

Vargas, porém, não acredita que Dilma vença a eleição no primeiro turno, como aponta o Ibope.

“Nós estamos pensando em eleição de dois turnos. Sabemos que a eleição será em dois turnos. Lula, que é um fenômeno, teve que enfrentar os dois turnos”, analisou.

Apesar da avaliação, o petista acredita que Dilma deve elevar seu percentual de intenção de votos porque “tem o que apresentar nos próximos meses, tem muita obra para inaugurar”, afirmou.

Raffiê Dellon é o novo presidente do PSDB de Caruaru

O PSDB tem um novo presidente em Caruaru. Trata-se de Raffiê Dellon, que atualmente comanda a juventude tucana em Pernambuco. Com papel destacado nos quadros da oposição na Capital do Agreste, o pré-candidato a deputado estadual tem 22 anos e é filiado ao partido desde os 16.

Ele recebeu do atual presidente estadual do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, a importante missão de presidir o maior partido de oposição do país no principal diretório do interior do Estado.

“Recebi com alegria e motivação a missão do presidente Sérgio Guerra. Vamos reoxigenar, reinventar o PSDB em Caruaru e transformá-lo num partido orgânico na cidade. Quem me conhece sabe que não tenho vocação para ser um presidente cartorial. Vamos levar a mensagem do senador [e presidenciável] Aécio Neves [MG] a todos os caruaruenses”, comentou.

O jovem tucano possui um excelente trânsito nas executivas estadual e nacional do PSDB, inclusive com acesso direto ao pré-candidato do partido ao Palácio do Planalto, Aécio Neves. De acordo com dados do TRE-PE, o diretório da sigla em Caruaru estava sem presidente desde março deste ano – o último a ocupar o cargo foi o ex-vereador Diogo Cantarelli (hoje no PRP).

Campos já aposta no segundo turno

Do PE247

O governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, declarou que não tem a intenção de transformar o debate eleitoral em um ringue de batalha. A declaração foi dada em reunião com representantes da Rede Sustentabilidade, nesta quarta-feira (16), em Brasília, com a finalidade de estreitar as relações entre o partido de Campos e o da ex-ministra Marina Silva.

Apesar de negar uma batalha durante as discussões eleitorais de 2014, o governador declarou não pensar em quem apoiar num eventual segundo turno da corrida presidencial, deixando entreaberta a possibilidade de que ele é que venha a conseguir apoio dos demais postulantes contrários à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). “Por tudo o que eu tenho visto no Brasil, pelo ânimo das pessoas, pela quantidade de mensagens que recebemos, os números mostram com clareza que essa visão ainda tem um largo caminho. Ao chegar no segundo turno, os outros é que deverão pensar em como se posicionar”, disse.

Durante a reunião, Campos declarou que transformar o debate eleitoral em um ringue de batalha entre os presidenciáveis não é a maneira do PSB ou da Rede de fazerem política. “Se depender de nós, não faremos do debate sobre o país um ringue. Não é meu jeito de fazer política, ou o de Marina”, assegurou, reforçando novamente o discurso adotado após a aliança com a ex-senadora Marina Silva.

“A nova palavra de ordem de Eduardo Campos e do PSB é acolher, da melhor maneira possível, o Rede Sustentabilidade em todos os estados do Brasil”, contou o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF). “Estamos trabalhando para reconhecer o gesto largo e generoso da ex-ministra, de se filiar ao partido”, revelou. Segundo Rollemberg, o movimento nas ruas é de animação com a aliança entre os dois partidos, e a Rede estaria junto ao PSB em todos os momentos, construindo a proposta nacional do partido para as eleições do próximo ano – voltada, segundo o senador, para três eixos: o avanço das conquistas sociais e econômicas já feitas no Brasil, o aumento da democracia e o incentivo ao desenvolvimento sustentável.

Quanto às críticas desferidas por membros de outros partidos, Rollemberg afirmou que as declarações não afetam as relações entre o PSB e a Rede. “Muitos estão tentando colocar Marina e Eduardo um contra o outro, mas todos nós estamos tranquilos quanto a isso, sabemos que não vão conseguir. Quem tentar separar Marina de Eduardo sofrerá uma grande derrota, pois estamos confiantes”, afirmou. “Nós não estamos nervosos. Na verdade, podemos notar que quem está fazendo isso, é que está nervoso de verdade”, disse.

Apesar de ter um discurso tranquilo e prometer não transformar a forma de fazer política num ringue de batalha, Campos já declarou que não seria ele a pensar em quem apoiaria em um eventual segundo turno, mas os outros presidenciáveis. “Por tudo o que eu tenho visto no Brasil, pelo ânimo das pessoas, pela quantidade de mensagens que recebemos, os números mostram com clareza que essa visão ainda tem um largo caminho. Ao chegar no segundo turno, os outros é que deverão pensar em como se posicionar”, comentou o governador, em entrevista à Rede Viva na última terça-feira (15).

Na última pesquisa divulgada pelo Vox Populi, porém, o governador de Pernambuco conta com apenas 10% dos votos, contra 42% da presidente Dilma Rousseff (PT). Sobre os índices, Rodrigo Rollemberg não demonstrou preocupação. “Em todas as pesquisas que vêm saindo, podemos notar um crescimento de Eduardo, apesar de ele ser o candidato menos conhecido. Isso nos mostra que, na medida em que as pessoas vão conhecendo o governador, a tendência é que votem nele”, argumentou.

Com aliança Campos-Marina, Lula centra esforços em plano para Dilma

Do Poder Online

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva largou tudo o que estava fazendo para alinhar a estratégia do PT diante da aliança entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Até então, o petista estava concentrado na definição dos primeiros passos da campanha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo de São Paulo.

Quem participa da campanha paulista diz que, desde a semana passada, o ex-presidente mal deu as caras por ali. Só fala mesmo da eleição presidencial.

Dilma herdou mais votos de Marina, aponta pesquisa

Do Brasil 247

O cruzamento dos dados das últimas pesquisas Datafolha, realizado pelo próprio instituto, traz uma boa notícia para a presidente Dilma Rousseff. Foi ela quem herdou a maior parte dos votos de Marina Silva.

Em números precisos, 42% dos marineiros migraram para Dilma, 21% foram para Aécio Neves e 15% para Eduardo Campos, a quem ela apoia oficialmente.

No entanto, há um viés de alta para o pernambucano, uma vez que apenas 37% dos eleitores de Marina sabem que, agora, ela está filiada ao PSB.

Divulgada ontem pelo Datafolha, a pesquisa mostrou que Dilma seria reeleita em primeiro turno, com 42% dos votos, contra 21% de Aécio e 15% de Eduardo Campos.

Se José Serra fosse o candidato tucano, no lugar de Aécio, a migração dos votos de Marina seria semelhante. Dilma herdaria 40%; Serra, 25%; Campos, 15%.

Da pesquisa, o pior dado para o PSDB é o que revela que 60% dos eleitores não votariam num nome apoiado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – que talvez tenha que ser escondido pelos tucanos, assim como foi nas eleições anteriores.

Datafolha mostra vitória de Dilma em primeiro turno; Campos cresce

Do Brasil 247

O primeiro levantamento realizado após a migração de Marina Silva para o PSB e permanência de José Serra no PSDB, deixando o quadro sucessório com apenas três candidatos, mostra que, se as eleições fossem hoje, a presidente Dilma Rousseff venceria em primeiro turno. No entanto, por uma margem não muito confortável.

De acordo com o Datafolha, ela teria 42% das intenções de voto, contra 21% de Aécio Neves, do PSDB, e 15% de Eduardo Campos. Ou seja: o PT teria 42% contra a soma de 36% dos adversários e uma leve mudança de humor poderia provocar um segundo turno.

O mesmo instituto também fez uma pesquisa substituindo Aécio por Serra e Campos por Marina. Nesta, Dilma teria 37%, contra 28% de Marina e 20% de Serra, ou seja, 37% para o PT e 48% para os adversários.

Foram também realizadas diversas simulações de segundo turno e, em todas, a presidente Dilma vence seus oponentes. Contra Marina, ganha por 47% a 41%. Contra Serra, por 51% a 33%. Contra Aécio, 54% a 31%. Contra Campos, 54% a 28%.

Confira, abaixo, os quatro cenários do Datafolha:

Cenário A
Dilma 42%
Aécio 21%
Campos 15%
PT 42%
Adversários 36%

Cenário B
Dilma 39%
Marina 29%
Aécio 17%
PT 39%
Adversários 46%

Cenário C
Dilma 40%
Serra 25%
Campos 15%
PT 40%
Adversários 40%

Cenário D
Dilma 37%
Marina 28%
Serra 20%
PT 37%
Adversários 48%

Campos confirma a Cid Gomes que é candidato a presidente

Do Brasil 247

Os governadores Eduardo Campos, de Pernambuco, e Cid Gomes, do Ceará, ambos do PSB, tiveram uma longa conversa no início desta semana, em Recife, entre segunda-feira (9) e terça-feira (10). No encontro, Campos foi franco e revelou sua disposição concreta de ser candidato à Presidência em 2014, segundo informa o jornalista Gerson Camarotti, em seu blog no G1.

Eduardo teria dito que é preciso ter uma segunda candidatura dentro do campo das esquerdas. E acrescentou que fará uma campanha respeitosa na disputa contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Vale lembrar que Campos fez um acordo de não-agressão com o também presidenciável Aécio Neves (PSDB), a quem se uniria num provável segundo turno.

Na conversa, Eduardo Campos questionou Cid Gomes sobre sua permanência no partido. Disse que, se ficasse, era para “jogar em parceria”. Em outra conversa com integrantes do PSB, Eduardo Campos disse que se Cid jogar contra sua candidatura presidencial dentro do partido, ele também irá apoiar outras candidaturas no Ceará.