Quase 60 milhões de brasileiros têm dívidas em atraso, diz Serasa

A lista de devedores pessoas físicas somou, em agosto, 57,2 milhões e o volume financeiro ficou em R$ 246 bilhões, informou a Serasa. Os atrasos nos pagamentos de empresas totalizaram 4 milhões de casos, que alcançaram R$ 91 bilhões.

Quase a metade (46%) das empresas com dívidas em atraso é da área do comércio (setores de bebidas, vestuário, veículos e peças, eletrônicos, entre outros). Também há expressiva parcela (44%) concentrada no setor de serviços (bares, restaurantes, salões de beleza e turismo, entre outros) e 9% na área industrial.

Os dados são de um estudo feito pela Serasa Experian. A empresa alerta que hoje (10) é o último dia para que os empresários renegociem o pagamento por meio do Feirão Limpa Nome Online. Para isso basta acessar o endereço: www.limpanomeempresas.com.br.

O serviço é gratuito e permite que os devedores chequem se têm alguma pendência com 90 credores cadastrados, façam renegociações e obtenham propostas de pagamento em condições especiais, com chance inclusive de conseguir descontos vantajosos de até 80%.

Este é o segundo evento do gênero e, de acordo com a Serasa Experian, a procura foi dez vezes maior do que no feirão anterior. A maioria dos interessados, 89%, é formada por micro ou pequenas, das quais 44% estão instaladas em São Paulo. Em seguida, vêm o Rio de Janeiro (9%), Minas Gerais (8%) e Paraná (6%). Por região, o Sudeste aparece lidera a lista, com 63%; seguido pelo Nordeste, com 14%; Sul, com 1, 3%; Centro-Oeste, com 6%; e Norte, com 4%.

As empresas que se cadastrarem ganharão o direito de usufruir por 30 dias, gratuitamente, o serviço MeProteja Empresas. Nesse serviço, o empresário pode ser avisado sobre qualquer alteração nos documentos cadastrados; receber alertas sobre inclusão ou exclusão de protestos, pendências financeiras, recuperações judiciais e extrajudiciais, falências e ações cíveis.

Além disso, as empresas cadastradas são informadas sobre a inclusão de dívidas bancárias e não bancárias em nome da companhia, antes da divulgação ao mercado. Isso confere às empresas tempo hábil para a tomada de decisões que possam reverter a situação. “Cadastro Positivo pode ajudar as empresas na tomada de crédito”, diz a nota do Serasa.

Número de pedidos de recuperação de empresas no 1º semestre é recorde desde 2006

As recuperações judiciais requeridas pelas empresas totalizaram 492 ocorrências no primeiro semestre do ano, de acordo com Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. Este patamar é recorde para o acumulado de um primeiro semestre desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o atual quadro recessivo da atividade econômica dificulta a geração de caixa das empresas, impondo dificuldades financeiras. As sucessivas elevações das taxas de juros aumentam as despesas financeiras das empresas, agravando a situação da solvência empresarial.

As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial de janeiro a junho de 2015, com 255 pedidos, seguidas das empresas de médio porte, com 147, e das grandes empresas, com 90.

Já os pedidos de falência chegaram a 798 em todo o país, o que representa aumento de 0,8% em relação aos 792 requerimentos do mesmo período de 2014.

Segundo os dados, 410 pedidos foram de micro e pequenas empresas (alta de 1,74% em relação ao mesmo período de 2014), 181 de médias empresas (recuo de 7,65% na comparação com 2014) e 207 de grandes empresas (alta de 7,25% sobre os dados de 2014).

Serasa experian registra queda de 3,4% em maio na procura por crédito

A procura das empresas por crédito em maio teve queda de 3,4% na comparação com abril, de acordo com Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. Com relação a maio do ano passado, a variação chegou a -6,5%. No acumulado do ano, comparado ao mesmo período de 2014, a demanda das empresas por crédito aumentou 4,1%.

Para os economistas da Serasa Experian, a retração da procura por crédito em maio, assim como já havia ocorrido em abril, indica que a atividade produtiva empresarial está em declínio no segundo trimestre do ano, agravando o atual quadro recessivo da economia brasileira. “Juros altos e baixo grau de confiança empresarial fazem parte da lista de fatores que explicam este fraco desempenho”.

A maior queda na demanda das empresas por crédito em maio ocorreu com as micro e pequenas empresas, que tiveram recuo de 3,5%. Nas médias empresas, a redução atingiu 2,8% e nas grandes 1,5%. No acumulado do ano, a elevação da busca por crédito alcançou 5,5% nas micro e pequenas empresas. Nas médias, o recuo foi de 15,8% e nas nas grandes de 9,7%.

Em maio, o maior registro de queda ocorreu no setor de serviços, com variação de -4,4% na comparação com abril. No comercial, o recuo em maio chegou a 3,1% e no industrial a 0,7%. Em relação aos primeiros cinco meses de 2014, o de serviços apresentou a maior elevação na demanda por crédito, com 5,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. No setor comercial, a alta foi de 5,3%. Na indústria, ocorreu queda de 5,5%.

Da Agência Brasil

Serasa Experian registra em maio crescimento de 10,8% na procura por crédito

Os brasileiros ampliaram em 10,8% a busca por crédito em maio. Segundo o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, isso não significou mudança de comportamento. Por causa do custo crescente dos juros sobre financiamentos, a maioria ainda está cautelosa em relação a gastos.

A alta foi justificada pelos economistas da Serasa Experian como reflexo das compras de presentes para o Dia das Mães. Eles lembram que, na comparação com igual período do ano passado, a alta foi de apenas 1,6%. No acumulado de janeiro a maio, houve aumento de 3,7%, taxa inferior ao registro do quadrimestre (de janeiro a abril), quando a alta chegou a 4,3%.

Em maio, o indicador constatou avanço da demanda em todas as faixas de renda, puxado, principalmente, pelos consumidores com ganhos entre R$ 5 mil e R$ 10 mil mensais, com alta de 11,9%. Na sequência, com aumento de 11,7%, aqueles que recebem mensalmente entre R$ 2 mil e R$ 5 mil e acima de R$ 10 mil.

Na faixa de rendimento mensal de R$ 1 mil a R$ 2 mil, o registro de alta alcançou 11,5%. O crescimento ficou em 10,3% para ganhos entre R$ 500 e R$ 1 mil. Entre os de menor faixa, até R$ 500, a alta atingiu 8,3%.

Da Agência Brasil

Em janeiro, Serasa registra uma tentativa de fraude a cada 16 segundos

O Indicador Serasa Experian registrou em janeiro 168.944 tentativas de fraude, ou seja, uma tentativa a cada 15,9 segundos no país. A tentativa de fraude é o roubo de identidade, em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios ou para obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos.

Entre as principais tentativas de golpe apontadas pelo Indicador Serasa Experian estão a emissão de cartões de crédito obtidos com identificação falsa ou roubada; financiamento de eletrônicos no varejo, no qual o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, além da compra de celulares, abertura de conta em banco, compra de automóveis e abertura de empresas com a apresentação de documentos falsos ou roubados. Em todos os casos quem arca com a conta é a vítima ou a instituição financeira.

A telefonia foi responsável por 71.478 registros, totalizando 42,3% do total de tentativas de fraude registradas no mês. O setor de serviços (construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral, salões de beleza, pacotes turísticos) teve 47.356 registros, equivalente a 28% do total. O setor bancário foi o terceiro da lista, com 34.826 tentativas, 20,6% do total. O segmento varejo teve 12.251 tentativas de fraude, registrando 7,3% das investidas contra o consumidor.

Segundo a Serasa Experian, é comum que pessoas forneçam dados pessoais em cadastros na Internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites. “Além disso, os golpistas costumam comprar telefone para ter um endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas”, informa a entidade.

Para evitar golpes, a Serasa orienta as empresas a pedir sempre dois documentos originais (como RG, CPF, Carteira de Habilitação), além de verificar a autenticidade. A Serasa Experian responde diariamente 6 milhões de consultas, auxiliando 500 mil empresas de diversos portes e segmentos a tomar decisões em qualquer etapa de negócio.

Inadimplência cresce entre os idosos, aponta SPC Brasil

Impulsionados pela facilidade do crédito, os idosos estão se tornando mais inadimplentes, enquanto os mais jovens, com a entrada tardia no mercado de trabalho, têm passado a atrasar menos os compromissos financeiros. A conclusão é do indicador de inadimplência apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) que mostra que o aumento de atrasos no pagamento de dívidas apresenta comportamento diferente a depender da faixa etária do consumidor. No último mês de novembro na comparação com o mesmo período de 2013, o número de dívidas atrasadas entre os consumidores de 65 a 84 anos anos subiu 7,89% – percentual maior que o crescimento da média nacional de 3,53% – enquanto houve uma queda de 7,02% dentre os brasileiros com idade entre 18 a 24 anos.

Hoje, segundo estimativas do SPC Brasil, existem aproximadamente 6,3 milhões de jovens entre 18 e 24 anos com restrições no CPF por conta de atrasos financeiros. Isso representa pouco mais de um quarto (26%) da população brasileira compreendida nesta faixa etária. Com relação à população entre 65 a 84 anos, são quase 3,8 milhões de inadimplentes, o que significa que pouco mais de 27% dos brasileiros nesta faixa etária têm pelo menos uma conta atrasada.

O indicador do SPC Brasil revela que existem diferenças significativas nos tipos de dívidas entre jovens e idosos.Indivíduos com idade entre 18 a 24 anos têm participação de apenas 1,53% nas dívidas atrasadas com companhias de água e luz, enquanto que a participação deste segmento entre ao mais idosos aumenta para 15,88%.

Por outro lado, os jovens ganham destaque nas dívidas no comércio. Consumidores desta faixa etária representam 28% dos indivíduos que devem para estabelecimentos comerciais, ao passo que a participação dos idosos neste segmento cai para 16%, segundo dados do indicador.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o aumento da expectativa de vida do brasileiro e, consequentemente, a permanência por um período mais prolongado no mercado de trabalho e de consumo é um dos fatores principais que explica o expressivo aumento da população idosa nos cadastros de inadimplentes. Outros motivos que também impactam a vida financeira deste grupo são a diminuição da renda real com a aposentadoria, o aumento das despesas com remédios e planos de saúde, a facilidade para contrair empréstimos consignados e a prática de emprestar o nome para terceiros realizarem compras a prazo – geralmente familiares. 

Já a tendência de redução do percentual de inadimplentes com até 24 anos de idade é explicada pelo fato de que os brasileiros mais jovens têm demorado mais tempo para conquistar a independência em relação aos pais e a iniciar a vida adulta. “Os jovens estão conseguido se dedicar a mais anos de estudo em detrimento da entrada no mercado de trabalho. Dessa forma, eles continuam morando na casa dos pais, o que implicaria em gastos menos elevados com supermercado, condomínio e serviços básicos, como é o caso das contas de água e de luz”, afirma a economista.

Pedidos de falências caem 9,9% em novembro, diz Serasa

Os pedidos de falências diminuíram 9,9% em novembro ante outubro de acordo com Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, divulgado nesta quarta-feira (03). No mês passado, foram feitos 128 pedidos de falência em todo o País, contra 142 requerimentos de outubro. Em novembro de 2013, foram 131 pedidos.

De acordo com a Serasa Experian, dos pedidos feitos no mês passado, 53 foram efetuados por micro e pequenas empresas, 41, por médias e 34, por grandes empresas.

A menor quantidade de dias úteis é um dos fatores que explicam a queda nos pedidos de falência, segundo os economistas da instituição. A estabilidade na comparação com novembro de 2013 revela “que as dificuldades financeiras para as empresas foram praticamente as mesmas durante estes dois períodos, marcadas por taxas de juros em ascensão e ambiente de estagnação da economia” dizem em nota.

Ainda de acordo com a Serasa, em novembro, 57 empresas pediram recuperação judicial, queda de 34,5% ante outubro, quando foram feitas 87 solicitações. As micro e pequenas empresas também lideraram os requerimentos de recuperação judicial com 31 pedidos, seguidas pelas médias, com 20, e pelas grandes, com 6.

 Estadão Conteúdo

Mesmo após decisão judicial ou pagamento da dívida, consumidores continuam com seus dados na lista do Serasa Experian

“O consumidor está mais endividado e inadimplente” “A maioria da população está com seu nome inscrito na lista negra”. Essas são algumas das citações bastante utilizadas pelos consumidores. Este serviço, mais conhecido entre os que estão inclusos na lista de pessoas com restrição ao crédito, é propagado popularmente como lista do SPC e SERASA.

Acontece que este cadastro tem uma limitação quanto ao objeto que originou a inclusão dos dados do consumidor no rol de restrição ao crédito, pois, tal situação apenas mostra uma dívida. Atentos a tal situação e visando aumentar sua propagação nas empresas e bancos, a Serasa Experian elaborou o Credit Bureau Scoring, que trata de um sistema de pontuação consumerista.

 O consumidor após ter apresentado alguma inclusão no âmbito comum de inadimplentes, realiza o pagamento e acredita estar com o nome liberado, porém continua a constar nessa espécie de “lista secreta” apresentado pela Serasa, mesmo estando adimplente.

 Conforme informações do Dr. Leandro Vicente, advogado da ABEPREV– Associação dos Beneficiários da Previdência Social do Rio de Janeiro ocorre que esta “pontuação” não é avisada ao consumidor, muito menos os dados e informações sobre o ele, que são utilizados para obter a referida “pontuação”. Sendo assim, violando princípios constitucionais e comercializando informações pessoais com a classificação de bom ou mau pagador.“Acontece que são utilizados para obter a “pontuação”, registros negativos com mais de cinco (5) anos, além daqueles com menor prazo, mesmo que já excluídos dos cadastros negativos pelo pagamento da dívida ou por ordem judicial. Tal situação foi objeto de ação proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo objetivando a adequação da conduta às normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e à Lei n. 12.414/2011 (Lei do Cadastro Positivo)” esclarece.

 Neste processo dentre outras medidas, foi determinada a proibição imediata de utilização do sistema “Concentre Scoring”, até que ele venha a adequar-se às normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e à Lei n. 12.414/2011(Lei do Cadastro Positivo).

 Ainda de acordo com o Dr. Leandro Vicente, énecessário que o cidadão verifique se já teve seus dados inseridos nos cadastros de restrição ao crédito. Caso seja positiva tal situação, provavelmente, o consumidor terá seus dados na lista de Credit Bureau Scoring, não importando se já quitou a dívida.

 “Pelo entendimento da Justiça Federal, o cidadão que tiver seus dados inseridos em tal rol de pontuação do seu histórico financeiro, poderá entrar com a ação buscando a retirada de seus dados com a condenação da empresa prestadora destes serviços em danos morais”, afirma.

 São inúmeros os casos de consumidores que tentaram crédito em uma loja, imobiliária, bancos, concessionárias e teve seu pedido negado, mesmo estando com todas as contas em dia e sem cadastro negativo no SPC e Serasa. Isto porque esta forma de sistema é desenvolvido para as empresas saberem se o consumidor já teve ou não problemas com pagamentos e “prevendo” se ele irá pagar ou não a dívida.

 Assim, vários já conseguiram a retirada de seus dados deste cadastro negativo e receberam indenizações que variam desde R$ 5.000,00 até R$ 20.000,00. “Tudo pelo fato de que isto desrespeita a dignidade da pessoa humana por ter sua vida fichada e exposta a todos que forem clientes desta empresa” concluiu.

 Os consumidores que tiverem dúvidas devem procurar um Sindicato, Associação, ou Advogado de sua confiança. A ABEPREV está disponível para auxiliar àqueles que tiverem necessidade. Maiores informações:www.abeprev.org.br