O agricultor brasileiro já contratou mais da metade dos recursos disponibilizados para o Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) para a safra 2014/2015. No último Plano Agrícola e Pecuário (PAP), que vigora até junho deste ano, foram oferecidos R$ 4,5 bilhões, dos quais aproximadamente R$ 2,3 bilhões já foram utilizados. No total, foram realizados 4825 contratos.
O último balanço, fechado em janeiro deste ano, mostra que a região Sudeste foi a que mais realizou contratos, totalizando 1821. O Centro-Oeste realizou 1360 contratos. Em relação aos valores, no entanto, a região Centro-Oeste supera o Sudeste, chegando a R$ 834 milhões contratados, contra R$ 744 milhões dessa última.
A região Nordeste vem em terceiro lugar na tomada de crédito, tendo utilizado R$ 260 milhões em 435 contratos, seguida das regiões Sul – R$ 255 milhões e 805 contratos – e Norte, com R$ 218 milhões empenhados em 402 contratos.
O Plano ABC é desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDC/Mapa). Segundo o secretário da SDC, Caio Rocha, a apropriação de crédito reflete a conscientização do produtor rural, com referência ao desenvolvimento sustentável e o uso de práticas e sistemas conservacionistas de solo e de água. “Estamos verificando que o agricultor brasileiro tem incorporado cada vez mais tecnologias na produção e sabe que a terra deve ser cultivada de maneira sustentável. Para isso, nada melhor que aplicar os sistemas disponibilizadas pelo Plano ABC, que além de preservarem o meio ambiente, aumentam a produção e consequentemente a renda do produtor rural. É importante salientar que, se considerarmos os fatores da produção, ou seja, terra, capital e trabalho, a tecnologia é o insumo que mais representa renda para o produtor”, afirmou.
Dados gerais
Até o momento, já foram investidos quase R$ 9,4 bilhões na redução da emissão de gases de efeito estufa na agricultura, desde a safra 2010/2011, a fim de aumentar a produção agropecuária em bases sustentáveis, reduzir o desmatamento, ampliar a área de florestas plantadas e estimular a recuperação de áreas degradadas. O financiamento se estende para atividades como a implantação do sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e sistemas agroflorestais, entre outros. Os contratos já chegam a quase 32,5 mil em todo o país.