Interiorização do TJPE será tema de palestra na próxima semana

Será realizada na próxima terça-feira (27) a palestra “Interiorização do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco – Instalação de Câmaras Regionais”. O evento terá como palestrante o presidente do TJPE, desembargador Frederico Neves.

A palestra servirá para dar conhecimento sobre a decisão do Tribunal de Justiça de criar uma câmara regional em Caruaru com competências cível e criminal.

O evento, aberto ao público, acontecerá às 15h, no Fórum Juiz Demóstenes Batista Veras, localizado na avenida José Florêncio Filho, bairro Maurício de Nassau.

Prefeitura de Gravatá divulga programação do São João 2014

O prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano (PTB), lançou hoje a programação oficial do São João 2014. O evento aconteceu em Recife.

Atrações nacionais, locais e regionais estão garantidas. O Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar e o Mercado Cultural são os polos de animação que prometem agitar os forrozeiros de plantão.

Neste ano, a festa junina do município será realizada nos dias 12, 13, 14, 20, 21, 22, 23 e 24 de junho.

Confira a programação:

Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar

12 de junho
21h – Heleno de Oliveira
23h – Aviões do Forró
1h – Amigos Sertanejos

13 de junho
21h – Forró da Serra
23h – Calypso
1h – Cavaleiros do Forró

14 de junho
21h – Galeguinho de Gravatá
23h – Bell Marques
1h – Thiago Costa (sobrinho de Leonardo)

20 de junho
21h – Maria da Paz
23h – Forró dos Firmas
1h – Forrozão da Lingerie

21 de junho
21h – Vilões do Forró
23h – Brucelose
1h – Barões de Luxo

22 de junho
21h – Andreia Santos
23h – Forró da Pegação
1h – Nação Forrozeira

23 de junho
21h – Vicente Nery
23h – Ricardo Allegria
1h – Gabriel Diniz

24 de junho
21h – Pikap Turbinada
23h – Bruno e Marrone
1h – Vagalume do Forró

Mercado Público Cultural

14 de junho
Joãozinho do Acordeom

21 de junho
Ricarte e Rivaldo
Raízes da Terra

22 de junho
Bruno do Acordeom
Forró Legal

23 de junho
Trio Regional / Trio Paraíso

24 de junho
Catimbó
Xique-Xote

*Post atualizado às 15h50

Eduardo Campos admite fim de acordo com os tucanos

Por MIRELLA ARAÚJO
Da Folha de Pernambuco

As explicações cobradas pelo senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, sobre a “quebra do pacto” por parte do PSB em Minas Gerais foi respondida pelo presidenciável e dirigente nacional da sigla socialista, Eduardo Campos, como fruto de uma mudança de cenário político. Ele argumentou ontem, durante agenda no município de Feira de Santana/BA, que com a chegada de Marina Silva junto com a Rede Sustentabilidade, e depois da escolha de Pimenta da Veiga para ser o candidato ao Governo pelo PSDB, houve uma avaliação conjunta de que seria hora de ter um palanque próprio naquele estado.

“Nós temos uma aliança com o PSDB em Minas que não é de hoje. Tivemos o apoio do PT e do PSDB para o nosso candidato (Márcio Lacerda) em Belo Horizonte, mas agora estamos vivendo uma nova fase, uma nova eleição e eu respeito as instâncias partidárias. Tenho a formação política de quem respeita a opinião dos outros”, comentou Campos.

Campos também citou o exemplo das eleições municipais de 2012, quando o prefeito eleito do Recife, Geraldo Julio, disputou contra o PT e os tucanos. “Não se trata de quebra de acordo. Havia uma aliança em Minas Gerais independente do PSDB de Pernambuco. O que não posso é impor ao meu partido nenhuma aliança”, enfatizou.

Em solo governado pelo petista Jaques Wagner, o presidenciável foi questionado sobre a presença do ex-presidente Lula em agendas da presidente Dilma Rousseff (PT). Eduardo afirmou que o prestígio do ex-aliado foi importante para elegê-la, mas agora o foco está no resultado deste governo. “Ele sabe que o que vai estar em debate é a realização do governo da presidenta Dilma. O que acontece é que ela não entregou aquilo que se comprometeu a entregar. O Brasil parou de melhorar e começou a piorar, ou seja, só se reelege governo que tenha entregado os compromissos, pelo menos uma parte deles”, disparou.

Apesar de a petista ter obtido a maioria dos votos no Nordeste, Eduardo Campos fez uma reflexão sobre como se encontra a Região após três anos. “Basta ver as obras de ferrovias aqui na Bahia, em Pernambuco, no Piauí e Ceará, tudo parado. Ela teve oportunidade, o Brasil mandou o recado quando foi às ruas, mas a presidenta se entregou totalmente à velha política”, finalizou.

Senado aprova cota para negros em concursos públicos

Os senadores aprovaram ontem o projeto de lei encaminhado pela Presidência da República ao Congresso que reserva até 20% das vagas em concurso público a negros e pardos. O texto, relatado na Comissão de Constituição e Justiça pelo senador pernambucano Humberto Costa (PT), segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff.

“Creio que hoje [ontem] é um dia histórico. Histórico porque, no nosso país, ao longo dos últimos anos, nós temos procurado enfrentar o problema secular daquilo que existe no Brasil em termos de discriminação, preconceito e desigualdade”, disse o petista Humberto Costa.

De acordo com o parlamentar, a proposta segue o que preconiza o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado no Congresso com apoio integral, e hoje uma realidade concreta. “A ideia ganhou a sociedade e os desdobramentos têm mostrado avanços importantes, entre eles a instituição das cotas nas universidades, nas instituições de ensino técnico federal, e, agora, dentro do que prevê o próprio estatuto, no que diz respeito à administração pública federal”, ressaltou.

O texto aprovado no Senado determina que, para fazer jus à reserva, no ato da inscrição, o candidato deve se declarar de cor preta ou parda, de acordo com o quesito cor ou raça utilizado pelo IBGE. A reserva só é aplicada nos certames que dispuserem de mais de três vagas.

A pessoa que concorre na cota também disputa simultaneamente as vagas dispostas na regra geral. O projeto estabelece ainda o prazo de dez anos para validade da medida e prevê que a reserva não se aplica aos concursos cujos editais tenham sido publicados antes da vigência da lei.

OPINIÃO: Nos tempos de criança

Por DANIEL FINIZOLA

Os raios de sol, aos poucos, iam atravessando as frestas das telhas. A luz começava a riscar o piso e lá fora o som das pessoas acordava o dia. O homem do leite passava na CG vermelha trazendo a delícia do campo que sempre era multiplicada ao chegar na cidade. Bastava um pouquinho de água. A porta da mercearia, ao rolar para cima, despertava os vizinhos que não tardavam em comprar o pão. Aos poucos, as ruas eram tomadas por meninos e meninas que exercitavam sua ludicidade nos terrenos esquecidos, cheios de mato e terra.

As brincadeiras tinham épocas. Ora era finca, jogo perigoso onde se roubava a faca lá na cozinha da avó. Desenhava-se uma figura geométrica no chão de terra e de cada ponta da figura saía a linha do jogador. Com força e destreza, jogava-se a faca para cravá-la no chão. A cada ponto cravado, riscava-se uma semirreta ligando os pontos. Objeto: fechar o outro jogador até que ele não tivesse mais espaço para sair do emaranhado de retas que iam se constituindo. Essa brincadeira acertou e cortou a canela de muita gente.

Em outro momento, era o pião. Riscávamos o “oi de boi” (um círculo) no chão, colocávamos um pião na roda e, com outro pião, tentávamos acertar e retirá-lo do “oi de boi”. Quem conseguisse ficava com o pião. Mas a grande emoção estava em ver um pião na roda se partir ao meio com a pancada. O autor do feito ganhava respeito do grupo.

Quando o assunto era pipa, a coisa complicava. Era preciso tala pra fazer a pipa. Todos se penduravam nos coqueiros atrás das folhas para retirar a tala e montar a estrutura da pipa. Depois vinha a busca pela seda. Muitas mercearias de bairro já vendiam seda para pipa – em outros casos, se resolvia com a seda que vinha enrolada no sapato. A rabeta da pipa se resolvia com as bolsas plásticas de supermercado. Mas aí vem a parte perigosa e condenável: o cerol! Todos corriam para o lixo a fim de procurar uma lâmpada queimada pra quebrar e misturar com cola. Tudo pra derrubar mais fácil na “torança” a pipa do amigo. Boa mesmo era a carreira que todo mundo dava para pegar a pipa que perdia a disputa… Era um troféu que, normalmente, o autor do feito não ficava. Ainda tinha a crença de não poder soltar pipa à noite. Segundo minha avó, pipa que visitasse o céu durante a noite traria doença. Não entrava em casa e precisava ser destruída.

Mas tinha uma brincadeira de vocabulário peculiar, onde qualquer ação precisa de um grito. Expressões como “bate seu”, “carioquinha”, “tudo sujo” e “tudo limpo” eram comuns para um jogador de bola de gude. O grande desafio era retirar o maior número de bolas do “tria” (nome que dávamos ao triângulo onde “casávamos” as bolas). O jogador temido sempre entrava no jogo com uma ferrança: bola de metal retirada do rolimã.

Ainda tinham brincadeiras como “tocou, gelou”, “esconde-esconde”, “academia”, “tô no poço”, “queimada”, “barra-bandeira”, “elefante colorido” e tanta outras.

As novas estruturas urbanas e a popularização da tecnologia deixaram a diversão infantil cada vez mais solitária, carente de sorriso, suor e energia física. Mas… como serão esses adultos?

Até semana que vem.

daniel finizola

 

@DanielFinizola, formado em ciências sociais pela Fafica, é músico, compositor e educador. Escreve todas as quartas-feiras para o blog. Site: www.danielfinizola.com.br