Missa em homenagem a Eduardo é realizada em Brasília

Uma missa foi realizada nesta segunda-feira (13),na Igreja São Miguel Arcanjo de Santo Expedito, em Brasília, em homenagem a Eduardo Campos. O líder socialista morreu há exatamente dois meses, vítima de um acidente aéreo em Santos (Sp). O ato religioso aconteceu horas depois da eleição da nova Executiva Nacional do PSB.

A viúva Renata Campos e seus cinco filhos estiveram presentes no local. Outras lideranças do PSB, como o governador João Lyra (PSB), o prefeito Geraldo Julio (PSB), o deputado federal Beto Albuquerque (PSB), o governador eleito Paulo Câmara (PSB), o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) e outros parlamentares socialistas, participaram do evento. O presidente interino do partido, Roberto Amaral (PSB), e a deputada Luiza Erundina (PSB) foram as ausências mais sentidas. Os dois não concordaram com a aliança do PSB com a candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB).

O filho mais velho de Eduardo Campos, João Campos, discursou em nome da família e agradeceu as homenagens que estavam sendo prestadas ao seu pai. “Estou agradecido. Esse momento de fé deixa a minha família muito confortada. São tantos amigos espalhados de todo país que estão aqui presentes. Vocês ajudaram o meu pai a construir o PSB e o projeto nacional do partido e vão ajudar a honrar o legado do meu pai”, disse.

Ameaça não intimida Inocêncio

Da Folha de Pernambuco

Fortalecido pelo apoio que recebeu dos correligionários de Pernambuco no último domingo, o presidente estadual do PR, o deputado federal Inocêncio Oliveira, reiterou ontem, em nota enviada à imprensa, que mantém seu apoio ao presidenciável Aécio Neves (PSDB), acompanhando a decisão do PSB no Estado, que comanda a Frente Popular em Pernambuco. Nacionalmente, contudo, a legenda defende a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

No fim de semana, vazou na Imprensa a informação de que a direção nacional do PR pretende destituir Inocêncio Oliveira da presidência da sigla, por infidelidade. A notícia gerou reações entre os aliados, que se colocaram ao seu lado. Ainda na nota, o deputado afirma que participará dos eventos promovidos pela Frente Popular.

E avisa que mobilizará aliados e correligionários em todo o Estado no apoio à campanha do tucano. “Inocêncio lembra que a direção nacional do Partido da República sempre se posicionou no respeito à autonomia da sigla em suas seções regionais”, cravou a nota, em referência a possibilidade de o PR censurar o posicionamento local da legenda.

A reportagem tentou, sem sucesso, entrar em contato com a direção nacional do PR para comentar o posicionamento de Inocêncio Oliveira. Nos bastidores, a informação é de que o comando estadual deverá ser repassado ao deputado reeleito Anderson Ferreira.

PT não elege deputados federais em seis estados

Congresso em Foco

O resultado das urnas deixou para o PT uma série de marcas negativas na formação da bancada da Câmara dos Deputados. Além da queda no número de parlamentares eleitos desde 2010 e da diminuição na quantidade de votos, a legenda viu sua capilaridade nos estados diminuir a um padrão comum aos tempos em que era oposição.

Entre 2002 e 2010, os deputados petistas representavam quase todo o país. Mas, nas eleições deste ano, o PT não foi capaz de eleger um único deputado em seis estados da federação. As populações de Amazonas, Pernambuco, Roraima, Rondônia, Rio Grande do Norte e Tocantins rejeitaram todas as opções apresentadas pelo partido do ex-presidente Lula para a Câmara Federal.

Chama a atenção a derrota dos petistas em Pernambuco, que tinha quatro representantes na Câmara e não elegeu nenhum em 2014. A hegemonia no Estado atualmente está nas mãos do PSB, comandado até pouco tempo pelo ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 13 de agosto. O PSB de Pernambuco elegeu oito deputados federais, entre eles nomes muito ligados ao ex-governador.

Os petistas pernambucanos são presença constante na Câmara desde 1998, quando a legenda tinha apenas um deputado, Fernando Ferro, que não conseguiu a reeleição este ano após quatro mandatos consecutivos.

Ao Congresso em Foco, ele pondera que dentre os fatores que justificam o desempenho estão três questões determinantes: a morte de Campos, que foi explorada pela coligação adversária; a falta de atenção do ex-presidente Lula; e a guerra interna do partido, que perdura desde que o PT deixou a Prefeitura do Recife.

“Como o ex-presidente Lula gostava muito de Eduardo Campos, nós também ficamos muito dependentes do PSB. Mas acho que a direção nacional do partido precisa refletir sobre a falta de uma política partidária voltada aos parlamentares. Ficamos muito largados”, reclama Ferro. Para ele, o pior cenário era a eleição de dois deputados.

No estado, o candidato ao Senado pelo PT, João Paulo Lima, não conseguiu se eleger, assim como o senador Armando Monteiro (PTB), apoiado pelo partido, falhou na eleição para o governo estadual. Ex-prefeito de Recife, João Paulo atualmente é deputado federal. Mas, como disputou outra eleição, não voltará à Câmara em 2014.

Aécio e Marina preparam encontro para a TV

Após conquistar o apoio formal de Marina Silva (PSB) à sua candidatura no 2.º turno da disputa presidencial, Aécio Neves (PSDB) tenta agora agendar um encontro com a ex-ministra. A intenção do tucano é potencializar a adesão da terceira colocada no 1.º turno, produzindo imagens para o horário eleitoral na TV.

Marina aceita fazer uma gravação para o palanque eletrônico do tucano, mas espera um contato direto do candidato. Depois pretende se recolher. A ex-ministra já decidiu que não vai participar de comícios e subir no palanque de Aécio.

A intenção da campanha tucana é promover um encontro em algum lugar simbólico. Como faltam poucos dias para a eleição e o tempo é considerado escasso – principalmente por causa dos quatro debates na TV previstos até o fim do 2.° turno -, o plano é pragmático: captar as imagem de Marina e Aécio juntos e utilizá-las no horário eleitoral.

Prefeito de Carpina demite 400 cargos comissionados

Da Folha de Pernambuco

O prefeito de Carpina, Carlos do Moinho (PSB), terá que nomear sua nova equipe de secretários ainda hoje, caso deseje que a Câmara de vereadores da cidade não questione o motivo da exoneração de cerca de 400 cargos comissionados, além de todos os secretários do Executivo municipal. Na última sexta-feira, o gestor expediu um ofício onde retirava dos quadros da administração pública a totalidade dos ocupantes destes cargos, sob a justificativa de que o percentual máximo de gastos com pessoal tinha extrapolado o limite legal, ou seja da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Apesar da justificativa oficial para as demissões ser a contenção de despesas públicas, o comentário entre a população é de que a dispensa em massa foi fruto de uma retaliação da parte do prefeito por conta da baixa votação de sua filha, a ex-candidata a deputada estadual, Cássia do Moinho (PSB), no município. Ela teve 5.757 votos na cidade, dos 39.832 que obteve no total, e não conseguiu se eleger.

A reportagem esteve na casa do prefeito, mas não encontrou o gestor. A primeira dama de Carpina, Alberice Mendes, secretária municipal de Saúde, exonerada, esteve em reunião com advogados, em sua casa, durante a tarde e não atendeu à equipe da Folha de Pernambuco. Já o presidente da Câmara de Carpina, Tota Barreto (PSB), disse que não podia se pronunciar sobre o assunto, mas declarou que caso não seja feita a nomeação de novos secretários, a Casa fará um pedido de informações formal sobre o assunto hoje à noite.

“Reservo-me o direito d não fazer comentários sobre as especulações. O ato de exoneração foi administrativo e é uma prerrogativa do prefeito tomar estas medidas. Entretanto, se o prefeito não nomear os secretários amanhã (hoje), a Câmara fará uma reunião extraordinária para pedir informações. Não seria normal um cidade do porte de Carpina passar oito ou dez dias se secretários”, declarou Tota Barreto. A reportagem também tentou contato telefônico com Cássia do Moinho mas ela não atendeu às ligações.

Caruaru está fora do risco de surto de dengue

A Secretaria de Saúde divulgou nesta terça-feira (14) o quinto Levantamento do Índice de Infestação  Predial por Aedes Aegypti (LiraA). De acordo com os dados, Caruaru está fora do risco do surto de dengue e deve encerrar o ano em um quadro confortável.

O LiraA desse ano iniciou com 3,8%, depois teve uma alta de 4,2% e a partir de maio começou a sofrer constantes quedas, atingindo 3,9%, 2,4% e agora com 2,1%.

De acordo com Daniel Silva, Coordenador do Programa de Combate à Dengue, os dados positivos ratificam o trabalho contínuo e intenso que o município vem fazendo. “Estamos fora da faixa de risco de surto, mas temos que continuar vigilantes, pois devemos trabalhar com as equipes para que esse número ou mantenha ou reduza ainda mais.”, declarou.

O LiraA é realizado pelos municípios de todo o país e serve para dar informações entomológicas detalhadas, apontando áreas críticas de infestação do mosquito transmissor e os tipos de depósitos receptores predominantes em cada local. A obtenção dos do LiraA propicia aos gestores uma informação antecipada da situação de risco.

Pátio de Eventos começa a ser marcado para pintura da pista de cooper e ciclovia

A pista de cooper e a ciclovia, do Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga, começaram a receber as marcações, na tarde de ontem (13). A pintura desse espaço será iniciada logo após a retirada do palco, que está prevista para acontecer ainda esta semana.

O Pátio já recebeu asfalto, que garantirá o conforto dos caminhantes e ciclistas. Além disso, o local também ganhará equipamentos de ginástica removíveis, porque no mês de junho esses aparelhos precisarão ser retirados para que a estrutura do São João seja montada.

As obras deverão ser concluídas ainda este ano. Depois de pronto, caruaruenses terão mais um espaço público de lazer e para prática de atividades físicas ao ar livre.

Localidades de Garanhuns ficarão sem abastecimento de água

A Compesa informou que identificou ontem (13), um defeito em um conjunto motor-bomba, em Garanhuns. Por conta disto, algumas ruas da cidade estão sem abastecimento. A Companhia já está agilizando os serviços de construção do bloco de concreto que irá sanar o defeito e a sua instalação. A previsão é que todo o conserto seja finalizado na próxima quinta-feira (16). Após a finalização, a distribuição de água será normalizada.
As localidades que estão sem abastecimento são:

1- RUA CAPITÃO PEDRO RODRIGUES
2- RUA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
3- RUA FRANCISCO DE ASSIS
4-RUA JOSÉ OLEGÁRIO OLIVEIRA
5-RUA VISCONDE DE SUASSUNA
6-RUA TIMBAÚBA
7-RUA IGARASSU
8-RUA JOSÉ ALVES FEITOSA
9-RUA BARÃO DE SÃO BORJA
10-RUA CONSELHEIRO JOÃO ALFREDO
11-RUA MARQUÊS DE TAMANDARÉ
12-RUA ATOR MARCOS PLONCA
13-RUA FLORIANO PORTELA
14-RUA DO MAGANO

PT recorre para ter acesso aos depoimentos de Paulo Roberto Costa

Congresso em Foco

O PT recorreu à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para poder conhecer o conteúdo da delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que relata à Justiça Federal um esquema de corrupção na estatal envolvendo políticos da base aliada. Segundo o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, o objetivo da ação é saber quais são os petistas citados nos depoimentos “sem chance de defesa”.

Segundo o cacique petista, houve vazamentos seletivos e citações genéricas a membros do partido, com “exploração político-eleitoral”. Para Rui Falcão, a ação permitirá que o PT se defenda adequadamente e, se for o caso, possa punir eventuais envolvidos.

Para tanto, as acusações devem ser comprovadas, diz o dirigente. O procurador geral da República, Rodrigo Janot, negou à CPI Mista da Petrobras, em curso no Congresso, o acesso à íntegra da delação.

Rui disse ainda não haver provas contra o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, mencionado pelo ex-diretor da estatal. Segundo o petista, o juiz Sérgio Mouro, acusado por membros da legenda de vazar seletivamente trechos do depoimento, não será acionado judicialmente.

Já Paulo Roberto foi formalmente acionado por difamação na Justiça do Paraná, informou o dirigente. Para ele, o ex-diretor fez acusações “infundadas” contra o PT, sem apresentação de provas.

Para ter acesso à delação premiada, Rui Costa teve reuniões com Janot e com o ministro do STF Teori Zavascki, responsável pela análise da delação no âmbito da corte.

Entre as denúncias feitas por Paulo Roberto está o repasse de 2% dos contratos da estatal para o PT, em esquema que movimentou, segundo as investigações da Polícia Federal, bilhões de reais e pagamento de propina para partidos da base, como PMDB e PP.

A relação dos citados pelo ex-executivo vai dos atuais presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) – dois dos principais aliados de Dilma no Congresso – até o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em desastre aéreo em 13 de agosto.

Brasileiros menos intolerantes com corrupção, diz Le Monde

A corrupção foi tema central de reportagem produzida pelo jornal francês Le Monde. Mais uma vez o Congresso em Foco foi destaque na publicação. Em análise sobre o assunto – que tem de destacado como um dos mais centrais da eleição – Sylvio Costa, fundador do site avalia que os brasileiros estão mais intolerantes com a corrupção.

Conforme o fundador do Congresso em Foco, os prejuízos acarretados com o mau uso da verba pública atingem principalmente a área social. “Corrupção concentra renda, aumenta a desigualdade, afeta principalmente os mais pobres e “privatiza” o dinheiro do povo em benefício dos mais privilegiados. Acima de tudo, é um obstáculo ao nosso desenvolvimento”, pondera Sylvio Costa.

Veja abaixo a íntegra da entrevista.

Para o jornalista Sylvio Costa, a imagem da presidente Dilma Rousseff está manchada. Sylvio Costa fundou o site Congresso em Foco, especializada em informação política independente em 2004, e já trabalhou nos jornais Correio Braziliense e Folha de S. Paulo. Ele recebeu vários prêmios por suas investigações. Ele se volta para a corrupção, que surgiu no Brasil como um tema central da campanha presidencial, cuja primeira rodada se realizou em 5 outubro.

Corrupção atingiu níveis sem precedentes no Brasil?

Eu não acho que não há provas suficientes para dizer isso. No primeiro estudo da Transparência Internacional, em 1995, o Brasil estava em 37° colocação. Em 2013, nós fomos para 72° colocação. Mas nós fizemos pior momento foi 2008. Especificamente, é a intolerância brasileiros com a corrupção que está crescendo. O processo é lento e complexo, mas estamos progredindo. Novas bases jurídicas importantes foram estabelecidos nos últimos anos. Por exemplo, os tribunais federais podem agora abrir investigações criminais contra eleito sem passar pelo Congresso. Mas ainda há muito fazer. A sociedade brasileira continua profundamente corrupta. Existem laços entre o Estado, os grupos políticos e os empreiteiros que apóiam uns aos outros.

Qual é o prejuízo para o país?

Seus termos financeiros é difícil de medir, apesar de sabermos que o custo é enorme. Em 2006, o Congresso em Foco realizou uma pesquisa que indicou, com base em cálculos de especialistas, que a corrupção consumia 0,5% do PIB. Mas eu acho que o impacto da corrupção vai muito além desse valor.

Em relação ao custo, não é o prejuízo pré-social. Corrupção concentra renda, aumenta a desigualdade, afeta principalmente os mais pobres e “privatiza” o dinheiro do povo em benefício dos mais privilegiados. Acima de tudo, é um obstáculo ao nosso desenvolvimento. A corrupção é certamente uma das causas da ineficiência do Estado brasileiro, da marginalização social e defeitos do nosso sistema político.

Com toda essa sucessão casos e inquéritos, podemos falar em “judicialização” da política brasileira?

O Partido dos Trabalhadores [PT, esquerda no poder] e os seus simpatizantes que começaram a sustentar essa tese desde o início do caso do “mensalão” [o “escândalo dos pagamentos mensais” para compra de voto de deputados aliados do governo durante o primeiro mandato de Lula]. Nos primeiros anos do PT [criada em 1980], o discurso estava voltado para a questão da corrupção e da ética na política. Mas o PT estava cansado de ser oposição, e concluiu que para ganhar o poder, era necessário fazer concessões.

Na verdade, o PT é mais ou menos a mesma coisa que os outros. O problema é que ele foram pegos em flagrante com o “Mensalão”. Desde então, o partido, em vez de fazer uma autocrítica e uma séria renovação, utiliza a desculpa sem fim, desta pretensa “judicialização”. Paulo Maluf [Partido Progressista, de centro-direita, São Paulo] l circula livremente na Câmara dos Deputados, mas ele não pode colocar os pés em mais de 180 países sob risco de ser preso [ex-prefeito de São Paulo, ele tornou-se um símbolo da corrupção política no Brasil]. Muitos parlamentares deveriam estar na cadeia. O Judiciário tem se mostrado incapaz de condenar com rigor e rapidamente os bandidos que infestam a política brasileira. No entanto, no caso do “mensalão”, o Supremo Tribunal condenou os membros do PT e seus aliados com um rigor que nunca tinha demonstrado em outros casos.

O caso Petrobras pode ter um impacto sobre Dilma Rousseff?

É claro que a Petrobras é um problema para presidente. Dilma foi ministra de Minas e Energia. Ela era presidente do conselho de administração da empresa. Do ponto de vista pessoal, eu acho que nós temos uma presidente acima da média de comportamento e ética. Eu ficaria muito surpreso se aparecesse uma denúncia de que Dilma está diretamente ligada com a corrupção. Mas, como gerente, é seriamente equivocada. Como ela permitiu que a empresa tevesse um dos seus diretores preso por participar de uma teia de corrupção? Sem mencionar o desempenho desastroso da Petrobras sob sua liderança. A empresa pública tem perdido valor. Ela não operou por sua vez, para encontrar novas fontes de energia. Então, sim, a Petrobras tem prejudicado seriamente o prestígio de Dilma