Maioria dos governadores é contra impeachement

A maioria dos governadores é contra o pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma iniciado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-ES), na última quarta-feira (2). Segundo o jornal Folha de S. Paulo, 15 dos 27 governadores são contrários à abertura do processo e nove preferem não se manifestar com clareza. Pedro Taques (PSDB), de Mato Grosso, é a favor, e os governadores de Rondônia e Roraima não responderam.

Na última sexta-feira (4), o vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, almoçou com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, seu correligionário. OCongresso em Foco apurou que Temer pediu a Hartung apoio à sua pretensão de substituir Dilma com respaldo do partido. O capixaba, que tem boas relações com o governo federal, faz mistério sobre o encontro e não se manifestou sobre o pedido de impedimento de Dilma.

Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro, já declarou apoio à petista. A partir desta semana, a presidente pretende convidar chefes de Executivo estaduais para encontros em Brasília, movimento já esboçado por ocasião da tentativa de recriação da CPMF.

Nordeste

O Nordeste é a região em que Dilma conta com mais apoio. Dos nove governadores, oito assinaram, na última quinta (3), um documento de repúdio ao processo de impeachment. O Nordeste foi a maior base de Dilma na eleição, em 2010, e na reeleição, em 2014.

“Vamos criar uma mobilização que abranja lideranças políticas e também entidades da sociedade para proteger o que construímos”, declarou um dos signatários, o maranhense Flávio Dino (PC do B).

Mesmo governadores do PSDB, como Beto Richa, do Paraná, e Reinaldo Azambuja (PSDB), de Mato Grosso do Sul, têm sido cautelosos ao comentar o processo de tentativa de afastamento de Dilma. Já o paulista Geraldo Alckmin (PSDB) diz que é preciso seguir o rito legal, mas salienta que “impeachment não é golpe”

Câmara instala comissão especial para analisar impeachement 

As decisões na Câmara dos Deputados já começarão a ser tomadas nesta segunda-feira (7), um procedimento bem atípico no Congresso. Os líderes partidários da Casa terão de indicar, até as 14 horas, os deputados que farão parte da comissão especial que analisará o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Após aceitar o pedido de impeachment dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou que, após as indicações, haverá sessão plenária às 18 horas para confirmar a formação do colegiado. Em seguida, os integrantes se reunirão para eleger, em votação secreta, o presidente e o relator. Esse último redigirá o parecer sobre a denúncia que pode acarretar o impedimento da presidente.

Todos os partidos que ocupam cadeiras na Câmara devem ser representados no colegiado. O número de representantes varia de acordo com a proporcionalidade da bancada, mas todas devem possuir no mínimo um integrante. Como o PT é o mais numeroso da Casa, com 69 deputados, haverá oito petistas na comissão. Dois deles já estão definidos. A legenda divulgou nota afirmando que o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PE), e o líder do partido, Sibá Machado (AC), serão titulares.

Correligionários de Cunha, o principal algoz de Dilma no Legislativo, estão em mesmo número. O PMDB será representado por oito deputados. Já o PSDB contará com seis congressistas no colegiado. 

Humberto Costa quer acelerar projeto que destina mais recursos para os municípios 

Com pressa para ver aprovado no Congresso Nacional o projeto de lei que garante mais recursos aos cofres dos municípios, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), apresentou requerimento em que pede regime de urgência ao substitutivo da Câmara dos Deputados nº 15/2015. A proposta proíbe os municípios e o Distrito Federal de reduzir a alíquota do ISS, o Imposto sobre Serviços, a menos de 2%.

De acordo com o requerimento de Humberto, apoiado por mais de dois terços dos senadores, a matéria deixará de ser apreciada na Comissão de Assuntos Sociais, onde está, e na Comissão de Constituição e Justiça, para onde iria, e segue direto ao plenário do Senado. Para que o trâmite seja encurtado, o requerimento terá de ser aprovado pelos parlamentares no plenário da Casa.

“É muito importante aprovarmos esse projeto, pois ele visa diminuir a dependência dos municípios em relação às transferências constitucionais da União – em especial, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) – e as transferências relativas ao ICMS e ao IPVA”, explica Humberto. 

Ele ressalta que as cidades ainda poderão receber cotas maiores do ICMS e do IPVA. Isso porque o projeto prevê que, na hipótese da pessoa jurídica promover saídas de mercadorias por estabelecimento diferente daquele no qual as transações comerciais foram realizadas, o valor será repassado ao município onde ocorreu a transação comercial. 

Para isso, ambos os estabelecimentos devem ser no mesmo Estado ou no Distrito Federal, excluindo, ainda, as transações comerciais não presenciais.

Ele acredita que a proposta ainda vai resolver, ou pelo menos menos aliviar, a guerra fiscal entre as cidades brasileiras. “A legislação atual já fixa a alíquota mínima de 2%, mas muitos municípios abrem mão de parte da receita do ISS para atrair empresas, o que afronta o pacto federativo e fere o princípio da igualdade entre os entes”, diz o senador. 

De acordo com o texto, a redução da alíquota para menos de 2% será classificada como ato de improbidade administrativa, com penas que vão variar desde a perda da função e a suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos até multa de até três vezes o valor do benefício concedido.

“O ISS não poderá ser objeto de isenções, incentivos e benefícios tributários ou financeiros, inclusive de redução da base de cálculo ou de crédito presumido”, reforça o parlamentar.

A matéria também amplia a lista de serviços tributáveis pelo ISS. Entre os 17 novos serviços estão disponibilização de conteúdos e aplicativos em página eletrônica; aplicação de tatuagens, piercings; cessão de uso de espaços em cemitérios para sepultamento; e disponibilização de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto em páginas eletrônicas.

Depois de aprovada no Senado, a proposta de autoria de Romero Jucá (PMDB-RR) segue à sanção presidencial

Prefeitura comemora movimento na Feira da Sulanca 

 A movimentação no Parque 18 de Maio nesta segunda-feira (07) tem superado as expectativas dos feirantes. Considerada a melhor do ano, a Feira da Sulanca registra a movimentação de R$ 50 milhões na economia local. Cerca de 100 mil pessoas já passaram pela cidade. Comerciantes dos Estados de Sergipe, Bahia, Ceará, Paraíba, Alagoas, Maranhão e de várias partes de Pernambuco aproveitam a oportunidade para garantir suas mercadorias. Segundo a Diretoria de Feiras e Mercados, 300 ônibus e 20 mil veículos pequenos trafegaram no entorno do Parque 18 de Maio até o momento.

A segurança também foi reforçada para a Feira mais movimentada do ano. O objetivo é garantir maior tranquilidade no Parque 18 de Maio. A Destra com o apoio das Polícias Militar, Civil e Rodoviária, atua em todo o Centro da cidade. A Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam) também reforça a segurança nos arredores do Parque 18 de Maio. Quatro viaturas de outras cidades foram solicitadas. Um helicóptero também sobrevoa a Feira da Sulanca a fim de auxiliar na resolução de possíveis ocorrências.

O planejamento para as Feiras de fim de ano, realizado desde o segundo semestre do ano, contribui para a obtenção de resultados muito positivos. “A parceria da Prefeitura com a Polícia Civil e Militar, entidades públicas e instituições comerciais resulta em medidas essenciais para reforçar a segurança na Feira da Sulanca. A implantação do Comando Presente também auxilia no controle às ocorrências e incidentes que podem acontecer. É resultado de um trabalho em conjunto, para que a nossa Sulanca seja um sucesso”, pontua o diretor de Feiras e Mercados, Felipe Augusto Ramos.

OPERAÇÃO SULANCA
 
Articulada pela Prefeitura de Caruaru desde o mês de setembro, a “Operação Sulanca” corresponde a uma série de ações que visam garantir a segurança no Parque 18 de Maio. A instalação de duas plataformas da Polícia Militar em pontos estratégicos na Feira, o aumento de polícias no efetivo, fiscalização e cadastramento dos carroceiros, reestruturação das áreas de embarque e desembarque, locais estratégicos com pontos de emergência, sinalização aos acessos de estacionamento, utilização de segways pela Polícia Militar, como também instalação de containers, onde funciona o Comando Presente, são medidas essenciais para certificar que as Feiras de fim de ano funcionem sem maiores incidentes. 

Aécio Neves diz que Dilma não conclui mandato

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Da Agência O Globo 

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), antevê o fim prematuro do governo Dilma Rousseff e diz que só não sabe se será via Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a cassação da chapa Dilma/Michel Temer, renúncia ou por força de um impeachment.

O senador acha que há clima para o impedimento, mas diz que Dilma não se beneficiou pessoalmente da corrupção. As declarações foram dadas no programa “Preto no Branco”, do jornalista Jorge Moreno, no Canal Brasil.

“Quando vejo hoje como esse grupo (do PT) se apoderou do Estado para ganhar uma eleição, como corrompeu o Estado, como usou uma empresa pública, digo que fizemos uma campanha quase heroica. E vou repetir uma frase, dura, que não perdi a eleição para um partido, mas para uma organização criminosa, que se estabeleceu no seio do Estado, arrecadando quantias vultosas, ilícitas e descumprindo a legislação em todos os momentos”, afirmou Aécio Neves, que disse na sequência.

“Quando se fala em pedaladas se fala que a presidente contrariou a lei e permitiu que bancos públicos financiassem programas sociais. É um crime o que foi feito… Eu não acuso a presidente da República de corrupção pessoal. Nunca fiz isso. Não acho que ela seja beneficiária pecuniária do que aconteceu, mas foi beneficiária política. E, quando burla a Lei de Responsabilidade Fiscal, faz isso conscientemente, porque os alertas foram inúmeros durante a campanha”, disse o senador tucano.

Aécio Neves citou números que mostram o mau desempenho do governo Dilma. Ele afirmou que o seu partido tem pesquisas internas que demonstram que 64% dos mais de 54 milhões de pessoas que votaram em Dilma no segundo turno, não votariam se as eleições fossem hoje.

O senador afirmou também que, durante a campanha eleitoral, quando alertou para o ambiente que o país viveria em 2015, com inflação e desemprego, era chamado de pessimista e que não apostava no crescimento do país.

“Além da crise moral, vivemos uma crise econômica e social sem precedentes e que é gravíssima, com desemprego e inflação. Há uma crise de confiança, que vem pela forma como a presidente agiu na campanha, faltando com a verdade, mentindo. Não enxergo mais na presidente condições de nos tirar desse atoleiro no qual seu governo e esse ciclo do PT nos mergulhou”.

Aécio entende que há, sim, clima para o impeachment e negou que esse assunto tenha esfriado.

“Estava esfriado mais na classe política, no Congresso Nacional. Houve essa arrumação, usando os piores métodos possíveis, com distribuição de cargos públicos como se fosse distribuição de banana em feiras livres. No terceiro e quarto escalão. Tudo em troca de voto para Dilma. O projeto é manter-se no cargo por mais algum tempo, mas está derretendo”.

DENÚNCIA GRAVE CONTRA CUNHA

O senador demonstrou frustração quando contou que a presidente Dilma, logo após confirmada sua reeleição, não tornou pública uma ligação que ele fez para ela vinte minutos depois. Esse exemplo foi usado pelo senador como a indisposição de Dilma para trabalhar com a oposição.

— Só se conversa com quem quer conversar. Vinte minutos depois de anunciado o resultado, liguei para a presidente e a cumprimentei. Ela não teve a gentileza, que a liturgia recomenda, de registrar isso. Disse a ela que estava de parabéns e que desejava força para cumprir o desafio de unir o país. Eu estava dando a senha. Se digo em missão de unir o país é que estava pronto para ser chamado para uma conversa em torno de uma agenda. Mas ela agiu como se tivesse vencido com 90% dos votos.

Aécio Neves voltou a afirmar que as denúncias contra Eduardo Cunha são extremamente graves, que suas respostas as acusações são “pífias” e que o PSDB irá votar pelo seu afastamento da presidência da Câmara e pela cassação de seu mandato no Conselho de Ética.

Folha: “Dilma nunca confiou em mim”, diz Temer a aliados

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Do Congresso em Foco

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), demonstrou incômodo com a declaração da presidente Dilma de que espera “integral confiança” dele contra o pedido de impeachment e com a imagem de que “conspira” contra a petista. Segundo a Folha de S.Paulo, Temer disse a amigos, nesse domingo (6), que Dilma nunca confiou nele. “Por que agora ela quer minha confiança?”, indagou o vice, de acordo com a reportagem.

Desde que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu início ao processo de afastamento da presidente, Temer evitou se manifestar publicamente sobre o assunto, o que causou reclamações dentro do governo.

“Espero integral confiança do Michel Temer e tenho certeza que ele a dará. Conheço o Temer como político, como pessoa e como grande constitucionalista”, afirmou Dilma sábado durante visita a Pernambuco.

A declaração soou como uma cobrança ao vice. Jurista, Temer não condenou até o momento os argumentos jurídicos que constam do pedido de impeachment encabeçado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior, Janaína Paschoal e Flávio Costa.

Segundo a Folha, Temer afirmou que não cabe a ele fazer oposição a Dilma nem articular movimento para derrubá-la, mas também não demonstrou interesse em se solidarizar publicamente com a petista por entender que ela nunca confiou nele.

Ainda de acordo com o jornal, o vice-presidente também lamentou que a presidente prefira partir para o confronto em vez de buscar uma “pacificação nacional” e declarou que não pode impedir amigos e companheiros de partido de articularem o afastamento de Dilma. Mas que ele, pessoalmente, não vai participar de nenhum movimento nesse sentido.

Lançada “rede da legalidade” contra o impeachment

Do Congresso em Foco

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o ex- governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, lançaram ontem (6) uma nova versão da Rede da Legalidade, contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa, na sede do governo do Maranhão. A proposta é similar à iniciativa capitaneada em 1961 por Leonel Brizola, que buscou organizar uma resistência à primeira tentativa de golpe contra João Goulart.

Enquanto na década de 1960 a Rede da Legalidade teve o rádio como principal canal de difusão, a versão moderna da iniciativa vai buscar apoio principalmente na internet. Uma das estratégias é mobilizar o público por meio das redes sociais. Pensando nisso, Flávio Dino anunciou o lançamento da página Golpe nunca mais no Facebook. O nome é uma alusão ao projeto “Brasil nunca mais”, que denunciou os crimes cometidos pela ditadura militar de 1964/1985 contra os seus opositores políticos. Segundo o governador, o objetivo é “mostrar o que acontece quando a Constituição não é respeitada”.

Os responsáveis pelo lançamento da frente em defesa do mandato de Dilma argumentam que o pedido de impeachment não encontra respaldo na Constituição Federal, pois a presidente não está diretamente envolvida em crimes de responsabilidade. “Não há nenhum ato da presidente da República que atente contra a probidade dela. Mesmo os adversários mais firmes da presidente não imputam a ela nenhum ato de corrupção”, disse Flávio Dino. “Não é razoável, ela é uma senhora decente”, completou Ciro Gomes, que enfrentou o PT nas eleições presidenciais de 2002, mas desde o primeiro governo Lula tem sido aliado das administrações petistas.

O governador do Maranhão afirmou que as chamadas “pedaladas fiscais” praticadas pelo governo Dilma em 2014 não justificam a interrupção do atual mandato presidencial. Ele também rebate outro argumento utilizado por aqueles que são favoráveis ao impeachment: a abertura de créditos suplementares pelo governo em 2015 sem observar o superávit da meta fiscal do ano. Para o governador, no momento em que o Congresso Nacional aprovou a proposta de revisão da meta fiscal (PLN 5/2015), as supostas irregularidades foram suprimidas. “Ao aprovar o PLN 5/2015, o Congresso deu uma prova de que não deseja o impeachment”, avaliou Flávio Dino.

“Temer, o capitão do golpe”

Para Flávio Dino, Ciro Gomes e Lupi, o impeachment de Dilma é uma tentativa de golpe. Os três se disseram dispostos a promover mobilizações de massa para reforçar o apoio à manutenção do atual governo. “Nós não podemos nos calar, aceitar passivamente uma virada de mesa antidemocrática. Não podemos aceitar que se rasgue a Constituição, isso está acima de qualquer governo”, afirmou o governador, que aproveitou para deixar um recado “para quem não gosta do governo”: “Quero dizer que as críticas todas são legítimas. O direito à oposição é legítimo, mas ele não está acima do país. No presidencialismo, não existe impeachment por gosto”.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi alvo de duras críticas dos três políticos. “Não vejo legitimidade do presidente daquela Casa em fazer o impeachment de ninguém. Ele é um homem sob suspeição”, disse Carlos Lupi, fazendo referência às acusações que levaram Cunha a responder atualmente a um processo no Conselho de Ética da Câmara por suposta quebra de decoro parlamentar. Além disso, o peemedebista é um dos investigados da Operação Lava Jato, em curso no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), suspeito de ter recebido propinas milionárias do esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal na Petrobras.“Não pode ser que esse homem seja transformado no guardião da Constituição e da lei. É uma inversão absurda”, completou Lupi.

O presidente do PDT aproveitou a ocasião para anunciar o pré-lançamento da candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República em 2018. Recém-filiado ao partido, Ciro Gomes ainda terá que enfrentar o senador Cristovam Buarque (DF) na disputa pela indicação da legenda na próxima corrida presidencial.

Em seu pronunciamento, Ciro Gomes também acusou o vice-presidente Michel Temer de ser o “capitão do golpe”. “O Michel Temer é sócio íntimo do Eduardo Cunha, colega de partido, eu sei o que estou dizendo”, disse o ex-governador do Ceará, para quem o PMDB é principal beneficiário da saída de Dilma, já que os três nomes na linha sucessória da Presidência da República são do partido: Temer, Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também investigado na Lava Jato. Para Ciro, no entanto, Eduardo Cunha age em favor do impeachment por encontrar respaldo em “setores conservadores e reacionários” do país.

Ciro Gomes também fez críticas à política econômica adotada pela equipe de Dilma e pediu para que a população se organize em duas frentes de luta. “De um lado, proteger a democracia. Não tolerar que um grupo de mafiosos utilizando protocolos formais derrube a democracia no Brasil”, declarou. Por outro lado, prosseguiu, é preciso “exigir, pedir, suplicar para que a presidente Dilma se reconcilie com os valores e os grupos sociais que lhe deram a vitória”. Trata-se de uma alusão ao que alguns qualificam como conversão de Dilma a políticas neoliberais, marcadas pelo arrocho monetário (apoiado principalmente nos elevados juros) e pela redução dos investimentos públicos, entre outras medidas.

Instituições financeiras projetam inflação de 10,44% este ano e de 6,7% em 2016

A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, subiu pela 12ª semana seguida, ao passar de 10,38% para 10,44%. Para 2016, a estimativa para o IPCA também subiu: de 6,64% para 6,70%. Essas projeções fazem parte do Boletim Focus do Banco Central (BC), publicação semanal, feita com base em projeções de instituições financeiras.

Devido às dificuldades na política fiscal do governo, o BC espera que a inflação fique na meta somente em 2017. Anteriormente a expectativa era 2016. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada quinta-feira (3), o BC disse que adotará as medidas necessárias para trazer a inflação o mais próximo possível de 4,5%, sem estourar o teto da meta (6,5%), em 2016. Para 2017, o comitê esperar fazer a inflação convergir para o centro da meta (4,5%).

Antes de adiar o objetivo de levar a inflação ao centro da meta, o Copom elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 10,91% para 11,04%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa subiu de 10,77% para 10,80%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi ajustada de 10,32% para 10,77%, este ano.

A projeção para a alta dos preços administrados passou de 17,50% para 17,65%, em 2015, e de 7,08% para 7,35%, em 2016.

A inflação alta vem acompanhada de encolhimento da economia, tanto neste ano, quanto em 2016. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, este ano, passou de 3,19% para 3,50%, este ano, e de 2,04% para 2,31%, em 2016.

A projeção para o dólar permanece em R$ 3,95, ao final deste ano, e em R$ 4,20, no fim de 2016.

​Pipeiros são presos após furtarem água da Compesa

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Sete pessoas foram presas, nas últimas 24 horas, durante uma ação de fiscalização promovida pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e pela Polícia Militar (PM-PE) no município de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do estado. Elas estavam furtando água da Adutora de Tabocas, que leva água da barragem de Jucazinho, via reservatório de Tabocas, para Santa Cruz do Capibaribe. Dos presos, quatro estavam utilizando a água para encher caminhões pipa e vendê-la à população do município.

A Compesa e a PM-PE conseguiram chegar aos suspeitos graças a denúncias feitas pela população. Nesta quinta-feira (3), quando recomeçou o ciclo de abastecimento no município, que é de apenas dois dias de água por localidade para 28 sem água, técnicos da companhia e policiais percorreram os 15km de adutora e encontraram água sendo furtada dentro da propriedade Sítio Tabocas, em Brejo da Madre de Deus. Lá, eles localizaram um açude clandestino, enchido com água furtada da adutora, onde dois pipeiros estavam abastecendo seus caminhões para comercializar a água na cidade.

Os dois pipeiros e dois proprietários do sítio foram presos e levados para a delegacia de Brejo para abertura de inquérito policial. Como a água já está escassa na região, uma vez que Jucazinho está reservando apenas 2% de sua capacidade, o furto vinha prejudicando ainda mais os moradores, já que a água perdia pressão por conta do desvio. “Eles enganavam a população vendendo uma água que seria entregue a ela pela Compesa. Do jeito que o rodízio está severo nessa cidade, qualquer furto é uma ação de má fé”, considerou o gerente da Unidade de Negócios do Alto Capibaribe, Mário Heitor Filho.

Além das duas ligações presentes no sítio, que alimentavam o açude, os agentes encontraram outras três na sexta (4). Dessa vez, a água desviada da adutora estava sendo usada para fins residenciais. A vazão na adutora de Tabocas é de 100 litros de água por segundo e havia caído por conta dos furtos. “Devemos continuar com a fiscalização que tem como principal objetivo garantir que a população tenha seu abastecimento conforme o calendário estabelecido, sem que a água seja desviada irregularmente”, afirmou Heitor.

Shopping Leste abrirá nos domingos de dezembro

O Bairro Shopping Leste irá funcionar nos domingos de dezembro. A partir do próximo, dia 6, o mall estará aberto das 12h às 18h, para maior comodidade dos clientes. Além das compras e da alimentação, os visitantes poderão levar suas crianças para verem o Papai Noel e se divertirem no parquinho.

O Festival de Cinema do Bairro Shopping Leste, que antes só tinha exibição nas sextas-feiras, às 19h, Passará também a ter uma sessão aos domingos. A partir das 17h, as crianças poderão assistir seus filminhos preferidos. A entrada é gratuita e limitada pelo número de cadeiras. Lembrando que a cada R$ 10 em compras, o cliente do Bairro Shopping Leste recebe cupons que podem ser revertidos em vales-compras.

A programação do fim de semana do Bairro Shopping Leste, começa hoje, sexta-feira (4), com o Festival de Cinema gratuito, às 19h. No sábado (5), o Papai Noel irá distribuir brindes para as crianças que forem ao Bairro Shopping Leste, a partir das 17h, na Vila do Papai Noel, montada na área de expansão do mall, ao lado do parquinho. A Banda Marcial da Escola Municipal Laura Florêncio, estará recepcionando o “Bom Velhinho” e a comunidade. No domingo (6), além do Parque de Diversões e da Vila do Natal, as crianças terão o Festival de cinema, às 17h.

Vales-compras

A cada R$ 10 em compras no Bairro Shopping Leste, até o dia seis de janeiro, o cliente ganha cupons para concorrer a prêmios. São três vales-compras: R$ 1.200; R$ 800, e R$ 500, que serão revertidos no próprio shopping. O sorteio será no dia nove de janeiro.