Em artigo, presidente do PT de Caruaru defende candidatura própria

FELIZ 2016 – CORAÇÕES VALENTES
Não teria melhor momento para fazer essa reflexão do que esse agora que 2015 se foi e 2016 está se iniciando. 

Claro que tivemos um ano muito difícil, tanto do ponto de vista da política, quanto da economia Mas também é óbvio que ultrapassamos a barreira do ano difícil graças à força e determinação da nossa Presidenta Dilma!

É lógico que o PT passou por seu pior ano, desde a sua fundação, em 10.02.1980. Mas também é óbvio que, se não tivéssemos construído um partido de militância guerreira e defensor intransigente da democracia, já teríamos sucumbido!

É lógico que o Brasil sofreu com toda onda de denúncias de corrupção de vários de nossos políticos. Mas é também óbvio que, apesar do pouco tempo de democracia, se comparado aos países europeus, estamos atravessando essa avalanche de problemas sem a necessidade de recorrermos à força ou a golpes!
Portanto, agora que 2016 chegou, nada mais justo do que desejar um “FELIZ ANO NOVO” e um “viva especial” tanto à nossa presidenta, Dilma Vanna Rousseff, quanto ao PT e principalmente a cada brasileira e brasileiro que defendeu e se posicionou com firmeza ao lado da DEMOCRACIA!

E aqui no “País de Caruaru”, podemos e devemos ser “ousados”. Podemos e devemos avançar rumo a “Uma Nova Cultura Política”.

2016 é ano de Eleições Municipais e considero perfeitamente possível e justo que o PT Caruaru debata, elabore e apresente a nossa gente um “Projeto Para Caruaru”, tendo por base um programa democrático, popular e moderno! É viável. É possível. É necessário!

Também considero possível e justo, que o Partido dos Trabalhadores apresente em Caruaru uma candidatura própria para atuar em duas frentes especificas:
1- A defesa de um projeto democrático, popular e moderno, pra Caruaru;
2- A defesa do legado dos governos Lula e Dilma, que ao longo dos últimos 13 anos, apesar dos problemas políticos e crises econômicas, vem transformando o Brasil e proporcionando uma inclusão social tal qual nunca vista! 

Considero que não há ninguém melhor para defender essas duas importantes bandeiras nas próximas eleições do que o próprio PT.

O povo de Caruaru demostrou maturidade política ao rejeitar as opções das tradicionais lideranças políticas locais, que nas eleições presidenciais se unirão em torno da candidatura conservadora do tucano Aécio Neves em detrimento da nossa candidata, a presidenta Dilma. Apesar da pesada estrutura econômica contra nós, derrotamos fragorosamente, os líderes políticos locais e seu candidato, proporcionando à presidenta Dilma quase 100 mil votos (cerca de 30 mil votos à frente do candidato deles.

Unindo-se em torno do candidato da oposição, os três grupos políticos tradicionais locais, desconsideraram os governos que mais investiram ao longo da história republicana do Brasil, em nosso município. 

Caruaru recebeu mais de 800 milhões de reais dos governos do PT (Lula e Dilma), ao longo desses últimos 13 anos! 
Os/as caruaruenses souberam reconhecer, apesar de suas lideranças caminharem em sentido oposto junto com a oposição.

Portanto, cabe ao PT de Caruaru honrar nosso povo. E a melhor forma de fazer isso será apresentando uma alternativa nas eleições desse ano! 
Quem melhor defenderá nossa presidenta do que nós do PT juntamente com o povo que a elegeu?! Ou vamos esperar que aqueles que apoiaram a oposição contra nós, venham agora nos defender?!

À luta companheiras e companheiros! Sejamos ousados! Como disse tantas vezes Carlos Lamarca: “OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER”.

É isso. E tenho dito.

Caruaru-PE, 04.01.2016.

_________________________________________

*Adilson Lira – Presidente do PT Caruaru-PE e Coordenador Nacional do Movimento Social Via Trabalho

Secretário de Participação Social, Léo Bulhões, escreve artigo ‘Início da caminhada’

Me chamo Leo Bulhões. Estou secretário municipal de Participação Social em Caruaru, na gestão 2013-2016 do Prefeito José Queiroz, tenho trabalhado em gestões públicas há mais de 10 anos, sou pai de Arthurzinho e companheiro de Ana Paula. Sou rondonista e militante dos Direitos Humanos. A política é um assunto sempre presente no meu cotidiano. 

“Início da Caminhada”

Com a saída de Louise Caroline a frente da Secretaria de Participação Social fui indicado para cumprir essa tarefa e ajudar na construção das políticas de participação social, o fortalecimento do controle social através dos conselhos municipais, a ampliação da transparência na gestão através da construção de vários instrumentos como o portal da transparência, uma ouvidoria 2.0 (que falarei sobre ela nos próximos textos), canais de comunicação direta com o corpo dirigente da gestão através do Gabinete Digital de Caruaru no programa Governo Responde, um fórum permanente de associações de moradores de Caruaru, o Orçamento Participativo e a construção de marcos legais relacionados ao tema.

Políticas que aproximam a população da gestão pública, permite o diálogo amplo e descortinado, garantem espaços para críticas, mas principalmente, nos permite reconhecer nessa troca muitas ideias boas, muitas oportunidades de construir juntos, governo e sociedade civil, esta grande cidade. 

O ponto de partida de cada ação sempre foi e sempre será o conceito de democracia participativa, onde cada cidadão e cada cidadã possa expressar suas opiniões nos mais diversos espaços constituídos, tais como conferências, rodas de diálogos, enquetes através do Gabinete Digital Caruaru 

(www.gabinetedigitalcaruaru.com.br) , eleição para representação nos diversos conselhos municipais da cidade entre outras.
 

Que possamos construir bons debates através desta coluna, tirar dúvidas, ampliar horizontes e possibilitar que novas ideias nasçam a partir deste contato. Conto com a participação de todos e todas nesta caminhada! 

#2016temMAIS!

Ano foi duro e Brasil só sai da crise com apoio do Congresso, diz Dilma em artigo

A presidente Dilma Roussef considerou o ano de 2015 como muito duro, mas reafirmou sua esperança no futuro e sua crença no Brasil e no povo brasileiro. Enfatizou que este será um ano em que o país deverá persistir na busca dos necessários ajustes orçamentários, “vitais para o equilíbrio fiscal”. As declarações estão em artigo da presidente publicado nesta sexta-feira (1) no jornal Folha de São Paulo.

Dilma deixa claro que esses ajustes só poderão ocorrer com o apoio do Congresso. Com o apoio do Legislativo e em diálogo com os trabalhadores e empresários, afirma que será possível construir uma proposta de reforma previdenciária, “medida essencial para a sobrevivência estrutural desse sistema que protege dezenas de milhões de trabalhadores”.

“Erros”

“2015 foi um ano muito duro.”, escreveu a presidente. “Revendo minhas responsabilidades nesse ambiente de dificuldades, vejo que nossos erros e acertos devem ser tratados com humildade e perspectiva histórica”.

Dilma manifesta apoio o pleno funcionamento das instituições.

“As diferentes operações anticorrupção tornaram as instituições públicas mais robustas e protegidas. Devem continuar assegurando o amplo direito de defesa e punindo os responsáveis, sem destruir empregos e empresas”.

Segundo a presidente, 2015 registrou a necessidade de uma revisão da estratégia econômica do país, o que “coincidiu com fatores internacionais que reduziram nossa atividade produtiva: queda vertiginosa do valor de nossos principais produtos de exportação, desaceleração de economias estratégicas para o Brasil e a adaptação a um novo patamar cambial, com suas evidentes pressões inflacionárias”.

Oposição

Não faltou uma espetada na oposição: ao comentar o aprofundamento da instabilidade política, a presidente chamou de imatura a conduta muitas vezes “de setores da oposição que não aceitaram o resultado das urnas e tentaram legitimar sua atitude pelas dificuldades enfrentadas pelo país”.

Em seu artigo, Dilma afirma também que hoje a realidade do Brasil é outra e que a “solidez da nossa economia é a base da retomada do crescimento”

Reafirmando seu otimismo no futuro do país, a presidente disse que “temos uma posição sólida nas reservas internacionais, que se encontram em torno de US$ 368 bilhões, a sexta maior do mundo”.

Até o final do ano, acredita Dilma, o déficit em transações correntes terá recuado “de cerca de 4,3% para 3,5% do PIB, comparativamente a 2014”. Para a presidente, “o investimento direto estrangeiro na casa de US$ 66 bilhões demonstra a confiança dos investidores no nosso país”

Ministro do PT pede que partido faça ‘exame de consciência’

Congresso em Foco

O PT enfrenta o risco de sofrer uma grande derrota nas eleições municipais de 2016 por causa do envolvimento de integrantes do partido com casos de corrupção e precisa fazer urgentemente um “exame de consciência”. O alerta é feito por um petista, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias. Em entrevista ao jornal O Globo, Patrus diz temer que integrantes históricos do partido sejam derrotados e que sejam eleitos exatamente os petistas que se valem de farta arrecadação financeira, “manipulações religiosas ou outras formas de manipulação”.
 

“É o momento de o partido fazer uma reavaliação, um exame de consciência, uma autocrítica construtiva. O meu temor é que se elejam dentro do partido exatamente os que têm esses outros canais. Isso é um risco também. Que os mais representativos do melhor da tradição petista, daquilo que sempre defendemos, sejam prejudicados em função de outros que tenham esses canais, como controle de aparelhos no interior, compra de voto e apoios”, disse o ministro à repórter Renata Mariz.

Para ele, o PT perdeu a oportunidade de fazer uma autocrítica ao não abrir mão do financiamento privado de campanha. “O PT perdeu um bom momento de fazer um mea-culpa público e assumir o compromisso de não mais receber recursos de empresas. É uma questão muito delicada, principalmente empresa que presta serviço para o Estado. Como fica? Dá o dinheiro na campanha e depois quem vai fiscalizar a obra? No congresso (do partido), era um bom momento para o PT dizer “não receberemos mais”. Não fez isso. E depois veio uma lei proibindo. Quando propus isso no encontro, as pessoas diziam: ‘mas o PT pode acabar’”, afirmou.

Patrus acredita que as próximas eleições serão difíceis também para os demais partidos por causa do descrédito da política em geral. “Há um desafio que o Brasil tem de enfrentar, hoje, que é o rebaixamento da atividade política no sentido intelectual e na questão da ética. Não há como negar isso. E esse rebaixamento é perigoso na medida em que as pessoas começam a se sentir desvinculadas das instituições, no caso mais especialmente do Poder Legislativo, desde as câmaras municipais até o Congresso”, declarou.

Estatuto da Pessoa com Deficiência entrou em vigor com garantia de mais direitos 

Congresso em Foco
Entrou em vigor neste sábado (2) o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que traz regras e orientações para a promoção dos direitos e liberdades dos deficientes com o objetivo de garantir a essas pessoas inclusão social e cidadania. A nova legislação, chamada de Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, garante condições de acesso a educação e saúde e estabelece punições para atitudes discriminatórias contra essa parcela da população.

Hoje no Brasil existem 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. A lei foi sancionada pelo governo federal em julho e passa a valer somente agora, 180 dias após sua publicação noDiário Oficial da União.

Menos abusos

Um dos avanços trazidos pela lei foi a proibição da cobrança de valores adicionais em matrículas e mensalidades de instituições de ensino privadas. O fim da chamada taxa extra, cobrada apenas de alunos com deficiência, era uma demanda de entidades que lutam pelos direitos das pessoas com deficiência.

Quem impedir ou dificultar o ingresso da pessoa com deficiência em planos privados de saúde está sujeito a pena de dois a cinco anos de detenção, além de multa. A mesma punição se aplica a quem negar emprego, recusar assistência médico-hospitalar ou outros direitos a alguém, em razão de sua deficiência.

Veto

Um trecho que foi vetado pela presidenta Dilma Rousseff na época de sua sanção, porém, gerou críticas. O projeto de lei aprovado pelos parlamentares obrigava empresas com menos de 100 funcionários a contratarem pelo menos uma pessoa com deficiência. Atualmente, a obrigação vale apenas para as empresas com 100 trabalhadores ou mais. O veto foi considerado pela deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), relatora da proposta na Câmara, uma “perda irreparável”.

De acordo com o estatuto, as empresas de exploração de serviço de táxi deverão reservar 10% das vagas para condutores com deficiência. Legislações anteriores já previam a reserva de 2% das vagas dos estacionamentos públicos para pessoas com deficiência, mas a nova lei garante que haja no mínimo uma vaga em estacionamentos menores. Os locais devem estar devidamente sinalizados e os veículos deverão conter a credencial de beneficiário fornecida pelos órgãos de trânsito.

A legislação exige também que 10% dos dormitórios de hotéis e pousadas sejam acessíveis e que, ao menos uma unidade acessível, seja garantida.
Mais direitos

Outra novidade da lei é a possibilidade de o trabalhador com deficiência recorrer ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço quando receber prescrição de órtese ou prótese para promover sua acessibilidade.

Ao poder público cabe assegurar sistema educacional inclusivo, ofertar recursos de acessibilidade e garantir pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, de acordo com a lei. Para escolas inclusivas, o Estado deve oferecer educação bilíngue, em Libras como primeira língua e português como segunda.

Planos de Saúde com mais obrigações em 21 novos procedimentos 

A partir deste sábado (2), beneficiários de planos de saúde individuais e coletivos vão passar a ter direito a mais 21 procedimentos, que passam a ser obrigatórios. A nova lista inclui o teste rápido de sangue para diagnóstico de dengue e chikungunya, para que os pacientes tenham o resultado na própria emergência, e a ampliação do número de consultas com fonoaudiólogo, nutricionistas, fisioterapeutas e psicoterapeutas, entre outros.

O rol é uma lista de tratamentos de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, baseada nas doenças classificadas pela Organização Mundial da Saúde. Para incluir novos procedimentos (OMS), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revisa a lista a cada dois anos com base em critérios técnicos para inclusão de novos tratamentos, explica a gerente-geral de Regulação Assistencial da ANS, Raquel Lisboa.

“Para ser incluída no rol, é preciso que a nova tecnologia tenha um nível de evidência científica satisfatória para comprovar que é segura, que tem eficácia e que vai trazer benefícios aos pacientes. Também consideramos questões epidemiológicas, como no caso da sorologia para dengue, por exemplo.”

Este ano, a elaboração da lista teve apoio do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde e de consulta pública feita pela ANS. A mudança vai beneficiar 50,3 milhões de consumidores em planos de assistência médica e outros 21,9 milhões de beneficiários com planos exclusivamente odontológicos.

Sobre o impacto financeiro das mudanças, Raquel Lisboa disse que o aumento é baixo, se comparado aos benefícios.

Este ano, a elaboração da lista teve apoio do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde e de consulta pública feita pela ANS. A mudança vai beneficiar 50,3 milhões de consumidores em planos de assistência médica e outros 21,9 milhões de beneficiários com planos exclusivamente odontológicos.

Sobre o impacto financeiro das mudanças, Raquel Lisboa disse que o aumento é baixo, se comparado aos benefícios

PF aponta rombo de R$ 5 bilhões em fundo dos Correios 

A Polícia Federal descobriu um rombo de R$ 5 bilhões no Postalis, o Instituto de Seguridade dos Correios, ao analisar os investimentos feitos pela instituição nos últimos quatro anos. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, relatório da PF lista negócios e responsabiliza 28 pessoas, entre diretores e ex-diretores do Postalis, empresários e executivos do mercado financeiro.

De acordo com a Folha, foram apontados indícios de gestão temerária, crimes contra o sistema financeiro e organização criminosa nas gestões de Alexej Predtechensky e de Antônio Carlos Conquista. Predtechensky, mais conhecido como Russo, foi indicado para o Postalis pelo PMDB. Já Conquista é indicação do PT.

A PF, informa a reportagem, concluiu que os dois gestores tinham conhecimento sobre a aplicação “temerária” dos recursos do Postalis, terceiro maior fundo de pensão do país. Não há comprovação, porém, até o momento, de que os valores tenham beneficiado partidos políticos.

Os dois gestores firmaram, segundo os investigadores, contratos com instituições de consultoria de risco que davam o aval para a aplicação do dinheiro dos contribuintes.

Atual presidente, Conquista negou por meio de sua assessoria envolvimento em irregularidades e informou que já prestou esclarecimentos à Polícia Federal. Russo não retornou o contato daFolha.

Festa de réveillon no marco zero foi animada 

Pelo sétimo ano consecutivo, o Marco Zero ficou repleto de famílias caruaruenses que se reuniram para as comemorações da passagem de ano. Além das famílias que ocupavam as 120 mesas disponibilizadas e reservadas desde novembro, todo o Marco Zero de Caruaru estava tomado de muita alegria e esperança. Famílias inteiras se reuniram para a chegada de 2016. O vice-prefeito Jorge Gomes e a esposa Laura Gomes estavam presentes e levaram filhos e netos para se confraternizarem. A presidente da Fundação de Cultura, Lúcia Lima, não perdeu a oportunidade e também prestigiou o tradicional réveillon da Capital do Agreste.

 
Um show de luzes e cores clareou o céu na passagem de ano. A queima de fogos durou cinco minutos e aconteceu em dois pontos da cidade: no Monte Bom Jesus e nas redondezas do Marco Zero. A Orquestra Só Emoções abrilhantou a festa com um repertório variado e muito frevo para saudar 2016. A prefeitura deixou um kit festa em cada mesa com confete, serpentina e apito para todas as famílias de confraternizarem.

Além dos caruaruenses que costumam aproveitar a festa de réveillon da Capital do Agreste todos os anos, algumas pessoas que ainda não haviam participado encantaram-se com o ambiente. É o caso de Gihanna Valéria, que foi ao Marco Zero de Caruaru acompanhada do marido, mãe e irmãs pela primeira vez, a fim de prestigiar as comemorações de final de ano. “Fiquei encantada com a organização e alegria da festa. O ambiente foi bem planejado para que as famílias pudessem se reunir e começar 2016 com o pé direito”, ressalta. O evento foi realizado pela Prefeitura de Caruaru, mediante a Fundação de Cultura e Turismo.

Aécio Neves critica Dilma por vetar reajuste no Bolsa Família 

Congresso em Foco
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste do benefício do Bolsa Família pela inflação. Segundo ele, a decisão da presidente prejudica a população que mais precisa do governo e não pode ser considerada um ato de responsabilidade fiscal. A correção do Bolsa Família pelo índice oficial de inflação (IPCA) constava da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas foi vetada na última quinta-feira (31) por Dilma.“Em um momento de grave crise, os primeiros a sofrer e de forma mais profunda são os que mais necessitam, ou seja, exatamente os beneficiários do Bolsa Família. A presidente Dilma, com seu veto, mais uma vez, sacrifica a população que mais precisa do apoio do governo”, disse Aécio Neves em nota publicada em sua página no Facebook.

Este foi um dos mais de 50 vetos de Dilma à LDO. No caso da correção do Bolsa Família, a petista alegou que o texto aprovado pelo Congresso não trazia previsão orçamentária para o aumento da despesa. “Se sancionado, o reajuste proposto, por não ser compatível com o espaço orçamentário, implicaria necessariamente o desligamento de beneficiários do Programa Bolsa Família”, argumentou a presidente.

Aécio disse que o governo poderia ter aumentado o benefício se quisesse. “Um reajuste de 11,6% do Bolsa Família teria impacto de cerca R$ 3 bilhões. Mesmo na atual situação de grave crise, esse não é um valor que iria gerar maiores problemas, sobretudo se se avaliasse seu impacto social”, disse.

O senador afirma que, com o veto, “o alcance social do programa diminui e a crise criada pelo governo do PT invade a vida dos mais pobres”. “A crise e a falta de recursos orçamentários que compromete não apenas o Bolsa Família, mas também os serviços de saúde e educação, decorrem do desastre econômico e desvios de recursos dos governos do PT”, escreveu Aécio.

Leia a íntegra da nota do presidente do PSDB:

“Mais uma vez, a ineficiência do governo se comprova. A presidente Dilma Rousseff vetou a proposta por mim apresentada à LDO de correção do Bolsa Família pelo índice da inflação.

Em um momento de grave crise, os primeiros a sofrerem e de forma mais profunda são os que mais necessitam, ou seja, exatamente os beneficiários do Bolsa família. A presidente Dilma, com seu veto, mais uma vez, sacrifica a população que mais precisa do apoio do governo.

Sem recomposição do poder de compra do Bolsa Família, o alcance social do programa diminui e a crise criada pelo governo do PT invade a vida dos mais pobres.

O programa Bolsa Família este ano será de R$ 26 bilhões para uma despesa não financeira do governo central estimada em R$ 1 trilhão e 105 bilhões. Se quisesse, o governo teria como aumentar o programa. O programa responde por apenas 2,4% da despesa não financeira do governo central.

Um reajuste de 11,6% do Bolsa Família teria impacto de cerca R$ 3 bilhões. Mesmo na atual situação de grave crise, esse não é um valor que iria gerar maiores problemas, sobretudo se se avaliasse seu impacto social.

Por que quem recebe assistência via LOAS ou mesmo quem recebe outros tipos de benefícios tem direito a correção e o mesmo não vale para o Bolsa Família?

Como um governo que em 2016 planeja gastar mais de R$ 1 trilhão não conseguiria o necessário para corrigir o Bolsa Família pela inflação?

Se o governo não tivesse quebrado a Petrobras e Eletrobras receberia dessas empresas mais do que os R$ 3 bilhões necessários para corrigir o Bolsa Família pela inflação.

A crise e a falta de recursos orçamentários que compromete não apenas o Bolsa Família, mas também os serviços de saúde e educação, decorrem do desastre econômico e desvios de recursos dos governos do PT, que hoje coloca em risco todos os programas sociais.

O veto ao reajuste do Bolsa Família não é um ato de responsabilidade fiscal. Ao contrário. Trata-se de mais um sinal da herança maldita dos governos do PT.

Há poucos anos o governo federal gastou milhões em propaganda para dizer que a miséria estava acabando no Brasil. Sem entrar no mérito se a comunicação era falsa ou verdadeira, o país aguarda agora a comunicação oficial sobre quantos milhões de brasileiros voltaram para a miséria em função da gestão irresponsável do PT. – Aécio Neves – Presidente Nacional do PSDB”.

Educação perdeu 10% do orçamento em 2015

O Ministério da Educação (MEC) perdeu R$ 10,5 bilhões de seu orçamento em 2015, ano em que a presidente Dilma Rousseff adotou o lema “Pátria Educadora” para o seu segundo mandato. O valor corresponde a uma perda de 10% do orçamento da pasta, informa reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.

No ano passado, o ministério sofreu com corte em programas, pagamentos atrasados e trocas de ministros.Segundo o Estadão, os cortes alcançaram programas como o Fies (Financiamento Estudantil) e o Pronatec, as duas principais bandeiras de Dilma na área da educação nas eleições de 2014. Em 2015, o Fies fechou com 313 mil contratos, 57% a menos em relação ao ano anterior. O governo restringiu o acesso ao programa e adiou pagamentos a instituições de ensino.

De acordo com a reportagem, os gastos da União com o Fies caíram 16% em 2015 e fecharam em R$ 12 bilhões, ante os R$ 13,7 bilhões registrados em 2014. No Pronatec também houve atraso de pagamento a escolas e adiamento do início das turmas.

O Estadão informa que outras iniciativas também sofreram com escassez de recursos. É o caso do Mais Educação, voltado a escolas de tempo integral, e do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola), que transfere verbas diretamente para as unidades. Também houve atraso no pagamento de bolsas de programas de iniciação à docência e de alfabetização. Com problemas de caixa, as universidades federais tiveram greve de professores por cinco anos.

Em nota, o MEC sustentou que, mesmo com as restrições orçamentárias impostas pela necessidade do ajuste fiscal, foram preservados os “programas e as ações estruturantes do MEC”. “Em 2015, foi dado mais um passo importante nesses 13 anos de governos que mantiveram o projeto educacional de compromisso com a ampliação do acesso e da permanência nos diferentes níveis de ensino e com a qualidade da educação”, disse a assessoria do ministério ao Estadão.