Luta do Sinpol traz mais uma vitória à população de Caruaru

A falta de condições mínimas para a investigação de crimes é um problema sistemática na unidade do IML (Instituto de Medicina Legal) de Carauru. Mas por meio das denúncias feitas pelo Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco), no último dia 8 de abril, a Promotoria de Justiça de Sertânia, sertão do Estado, recomendou a SDS (Secretaria de Defesa Social) a providenciar com urgência de 15 dias fotógrafos de plantão para auxiliar o serviço dos médicos legistas no município.

O promotor Júlio César Cavalcanti Elihimas exigiu a presença de fotógrafos profissionais , necessária para a realização a investigação de crimes, com a ilustração fotográfica dos locais e dos corpos de vítimas de homicídio.

O Sinpol foi informado da recomendação da promotoria através de ofício. O sindicato vai continuar sua luta por melhores condições de trabalho para o policial civil, melhor estrutura para o atendimento à população e valorização profissional, como forma de incentivar o trabalho árduo do policial.

ARTIGO — 18 de abril – Dia Nacional do Livro Infantil

Por Gabriela Kopnits

Há não muito tempo atrás a criança ainda era vista simplesmente como “um adulto em miniatura”, conceito medievalista ainda prevalente. Não se pensava a criança como um ser tenro, que necessitasse de cuidados especiais, de educação cuidadosamente elaborada para ela. O fato de uma criança nascer significava apenas um par de braços a mais para ajudar na lida e uma boca a mais para sustentar nas classes mais baixas ou um peão valioso no jogo dos casamentos e dotes arranjados por interesse político ou financeiro.

Até o que hoje conhecemos como estórias para crianças, muitas não foram absolutamente pensadas ou mesmo compostas para elas, entre estas clássicos como Chapeuzinho Vermelho e A bela adormecida (que no original se chamava A bela adormecida no bosque). Eram contos, em sua maioria com conselhos de bom comportamento embutidos, elaborados para as senhoras damas. Vejam o que aconteceu com a mocinha que não seguiu o conselho da mamãe! – dizia a história. Foi devorada por um lobo! – Arrematava o contador de estória, secundado por gritinhos de pavor das encantadoras mademoiselles.

Charles Perrault (1628-1703), contemporâneo e servidor de Luís XIV, foi quem primeiro teve a ideia de reunir esses relatos ouvidos nos salões da corte francesa no que seria o primeiro livro infantil. Publicado em janeiro de 1697 – Perrault já com 69 anos – o livro recebeu o nome de Histórias ou contos do tempo passado com moralidades com o subtítulo Contos da Mamãe Gansa (Histoires ou Contes du temps passé – Contes de ma mère l’Oye) e trazia os conhecidos A bela adormecida ao bosque (La Belle au bois dormant), Chapeuzinho Vermelho, O Barba Azul, O Gato de Botas, As fadas, Cinderela e Riquete de Crista.

A ideia do “adulto em miniatura” começou a mudar depois daí, graças também ao Renascimento, importante movimento cultural que marcou a transição entre o medievalismo e a nova cultura burguesa e afastou um bocado a Igreja da influência social. Os ares renovadores do Renascimento – depois a Revolução Francesa – abriram brechas no pensar ocidental que iriam trazer gratas consequências na vida cotidiana, entre elas a da educação menos rígida e opressora, especialmente nas classes mais ricas. No entanto, a criança só começou mesmo a ser vista como um ser especial, diferenciado, em meados do século XVIII, depois da Revolução Francesa e com o advento do Romantismo.

A educação infantil, propriamente dita, surgiu com o pedagogo alemão Friedrich Froebel que, de forma pioneira, em junho de 1840, fundou os Kindergarden (jardins de infância), associando a importância dos cuidados com a educação da criança, desde os seus mais tenros anos, para o seu correto e sadio desenvolvimento à imagem da plantinha sendo cuidada desde cedo por um atento jardineiro.

No Brasil, os livros ainda eram publicados pela Imprensa Régia, estrutura burocrática e de controle editorial trazida por D. João VI em 1808. Traduções de Perrault e dos folcloristas alemães Jacob e Wilhelm Grimm era o que havia. Foi só em 1894 que o jornalista carioca Alberto Figueiredo Pimentel (1869-1914) publicou o primeiro livro infantil do país: Contos da Carochinha, coletânea com 61 contos populares, “morais e proveitosos, de vários países, traduzidos e recolhidos diretamente da tradição oral”, como está dito na contracapa.

Mas o primeiro livro escrito de fato para as crianças aqui no Brasil, retratando a nossa cultura, as nossas tradições e valores, foi mesmo A menina do narizinho arrebitado, publicado por José (Renato) Bento Monteiro Lobato em 1920, dando origem a uma série de livros de amplo sucesso com os personagens do Sítio do Picapau Amarelo.
Narizinho, Pedrinho, Emília a boneca falante, o Visconde de Sabugosa, Dona Benta, Tia Nastácia e seus deliciosos bolinhos de chuva, o Saci e a Cuca, dentre outros queridos personagens saídos da genial imaginação de Monteiro Lobato, vêm acompanhando gerações de crianças desde então, rendendo ao escritor o justo reconhecimento de Patrono da Literatura Infantil Brasileira. Mas o reconhecimento maior mesmo veio através da Lei nº 10.402, assinada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso Lei, em 8 de janeiro de 2002, instituindo o Dia Nacional do Livro Infantil, a ser comemorado anualmente no dia 18 de abril, data do nascimento do grande Monteiro Lobato.

“Um país se faz com homens e livros”, disse o mestre. Viva, pois, o Dia Nacional do Livro Infantil!

Governador emite nota sobre impeachment

“Dentro das normas constitucionais e de acordo com o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal, o plenário da Câmara dos Deputados decidiu dar sequência ao processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff. O julgamento final cabe agora ao Senado Federal. Qualquer que seja ele, evidencia-se, mais uma vez, a robustez e o equilíbrio das instituições democráticas nacionais, em um momento de grande crise no País.

Devemos, no entanto, ter ciência que não é algo singelo e confortável o fato de num período de apenas 24 anos tenha existido a necessidade de afastar dois presidentes da República. Bem antes da decisão deste domingo, sempre defendi o entendimento, o diálogo e a transparência como vias capazes de reunir os que hoje são adversários. Em mais de uma oportunidade, me pronunciei em favor do desarmamento dos espíritos e da construção de pontes, sem as quais não conseguiremos sequer vislumbrar as urgentes saídas a curto prazo.

Caso o Senado Federal decida dar prosseguimento à deliberação da Câmara dos Deputados é essencial, desde já, não alimentarmos a ilusão de que a eventual substituição da Presidente da República significará o fim da crise econômica, social, política e ética. Em decorrência dos desafios sem precedentes com os quais o Brasil se depara, não há soluções simples e rápidas à frente. Estamos enfrentando a maior recessão dos últimos 86 anos, com o desemprego em números alarmantes, milhões de famílias endividadas e o crescimento da miséria, que demoramos tanto tempo para começar a reverter. Não podemos deixar de ressaltar que as maiores vítimas de todo esse cenário recessivo são os que mais precisam do apoio dos serviços públicos de Saúde, Educação, Segurança e Assistência Social.

Os mais necessitados – que talvez tenham ficado de fora de todo esse enfrentamento exacerbado – são os mais prejudicados pela derrocada acelerada da economia brasileira: perderam empregos, se endividaram e enfrentam um custo de vida, com alta inflação, que há muito não se via no Brasil.

Precisamos reagir à polarização exacerbada e ao radicalismo irresponsável que levam apenas à consolidação dos impasses. É necessário um diálogo em favor do Brasil. Precisamos reunir todos aqueles de boa vontade, todos aqueles comprometidos com o futuro dos brasileiros, em um pacto econômico, social e político que viabilize a reconstrução do País e possibilite a renovação das esperanças nacionais.

Como afirmo e faço desde que assumi o Governo do Estado de Pernambuco, reitero a minha disposição de contribuir para que esse indispensável pacto se efetive, com o apoio do valoroso povo pernambucano.”

Paulo Câmara
Governador do Estado de Pernambuco

Veja como votaram os pernambucanos

Pernambuco foi o penúltimo estado a votar e teve o voto decisivo pelo impeachment, com o deputado Bruno Araújo (PSDB), votam sim. Veja como votou cada parlamentar de  nosso Estado.

O deputado caruaruense Wolney Queiroz (PDT) deu o voto da coerência. Por tudo que o Governo Federal fez por Caruaru, principalmente nas parcerias com o Governo Municipal, ele votou não pelo impedimento. Desta forma, o caruaruense seguiu a orientação da bancada pedetista.

Eis a votação dos pernambucanos:

Adalberto Cavalcanti (PTB) – Não
Anderson Ferreira (PR) – Sim
André de Paula (PSD) – Sim
Augusto Coutinho (SDD) – Sim
Betinho Gomes (PSDB) – Sim
Bruno Araújo (PSDB) – Sim
Daniel Coelho (PSDB) – Sim
Danilo Cabral (PSB) – Sim
Eduardo da Fonte (PP) – Sim
Fernando Filho (PSB) – Sim
Gonzaga Patriota (PSB) – Sim
Jarbas Vasconcelos (PMDB) – Sim
João Fernando Coutinho (PSB) – Sim
Jorge Côrte Real (PTB) – Sim
Kaio Maniçoba (PHS) – Sim
Luciana Santos (PCdoB) – Não
Marinaldo Rosendo (PSB) – Sim
Mendonça Filho (DEM) – Sim
Pastor Eurico (PSB) – Sim
Ricardo Teobaldo (PTB) – Não
Sebastião Oliveira (PR) – Abstenção
Silvio Costa (PSC) – Não
Tadeu Alencar (PSB) – Sim
Wolney Queiroz (PDT) – Não
Zeca Cavalcanti (PTB) – Não

“Dima não vai renunciar e nem fraquejar”, diz ministro da AGU

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, afirmou na madrugada desta segunda-feira (18) que, apesar de a Câmara ter autorizado o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a petista não pretende renunciar ao mandato nem “fraquejar”.

Na noite deste domingo, os deputados federais aprovaram por 367 a favor, 137 contra, 7 abstenções e 2 ausências a continuidade do processo de afastamento de Dilma da Presidência. O caso será, agora, analisado pelo Senado.

“Eu ouvi indagarem: ela [Dilma] vai renunciar? Ela vai de alguma forma fraquejar? Não. Uma pessoa que acredita em causas que luta por causa vai até o fim desta luta para escrever na história que ela não se acorvadou e que brigou pelo que acredita. Se ela é vítima hoje de uma ação orquestrada, cabe a ela lutar com suas forças para demonstrar à sociedade que não se abre mão da democracia que foi tão duramente conquistada”, disse Cardozo.

De acordo com ele, se engana quem imagina que Dilma “se curvará” diante do resultado da votação deste domingo. “Ela lutará com todos aqueles que querem a manutenção do estado de direito”, ressaltou o ministro.

Cunha diz que vai cobrar agilidade do Senado

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, disse que espera celeridade do Senado na análise do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele afirmou que vai ligar para o presidente do Senado, Renan Calheiros, para combinar o horário e levar pessoalmente nesta segunda-feira (18) o parecer favorável à instauração do processo de impeachment.

“O Brasil precisa sair do fundo do poço. É preciso que a gente resolva essa situação politicamente o mais rápido possível, que o Senado dê a celeridade que vai ser dada, de acordo com a Constituição, com a lei e com o regimento”, disse Cunha.

Para o presidente da Câmara, é importante um desfecho rápido no Senado – seja pela aprovação ou não do impedimento de Dilma – para que o Brasil saia da crise política e econômica. “O País passa por sérias dificuldades. A presidente perdeu as condições de governabilidade já faz tempo, perdeu todo e qualquer escrúpulo nesse feirão que foi feito para tentar comprar votos de qualquer maneira [para a votação sobre o impeachment na Câmara], e chegou ao fundo do poço”, disse.

Percentual de votos pelo impeachment foi maior nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste

A consolidação dos dados da votação da Câmara dos Deputados que autorizou o julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo Senado revelou concentrações de votos diferenciadas por regiões e estados, tanto a favor quanto contra o seguimento do pedido.

Nas regiões, por exemplo, a concentração percentual a favor do pedido de afastamento da presidente foi maior no Sudeste, Sul e Centro-Oeste e menor no Norte e Nordeste. As três primeiras dessas regiões tiveram 78,21% (SE), 80,51% (S) e 82,92% (CO) de votos favoráveis. No Norte e no Nordeste, 70,76% e 56,29%.

Já os votos contrários ficaram com 21,22% no Sudeste, 18,18% no Sul, 17,07% no Centro-Oeste, 26,15% no Norte e 40,39% no Nordeste.

Estados
Em relação aos estados, os votos contrários ao impeachment foram maiores na Bahia (59,46%), no Ceará (55%) e no Amapá (57,14%). No Piauí, dos dez votos, metade foi a favor e metade contra. Houve equilíbrio ainda no Maranhão, onde 55,56% votos foram a favor da autorização para julgamento da presidente e 44,44% foram contra.

Nos estados com maiores colégios eleitorais, as diferenças entre as posições foram maiores em São Paulo (81,43% sim e 18,57% não), Minas Gerais (77,36% sim e 22,64% não), Rio de Janeiro (75,56% sim e 24,44% não) e Rio Grande do Sul (73,33% sim e 26,67% não). Na Bahia, houve maioria pelo não (59,46%) em relação ao sim (40,54%).

Já nos estados com menores colégios eleitorais, portanto menos deputados votantes, as diferenças foram maiores em Rondônia (100% sim), Roraima (87,5% sim e 12,5% não) e Tocantins (75% sim e 25% não). No Amapá, 57,14% dos votos foram não e 42,86% sim. No Acre, meio a meio.

Impeachment: agora é com o Senado

Com o sinal verde dado neste domingo (17) pela Câmara dos Deputados para abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o futuro do mandato presidencial está agora nas mãos dos 81 senadores.

Nesta segunda-feira (18), o processo será enviado ao Senado e no dia seguinte (19) lido no plenário da Casa. Ainda na terça-feira, os líderes partidários deverão indicar os 42 parlamentares que vão compor a comissão que analisará o assunto no Senado, com 21 titulares e 21 suplentes. A comissão tem prazo de 48 horas para eleger o presidente e o relator. Por causa do feriado de 21 de abril, nesta quinta-feira, isso deverá ocorrer somente na segunda-feira (25).

Os integrantes da comissão especial serão definidos conforme a proporcionalidade dos partidos ou dos blocos partidários. A partir daí, o colegiado terá dez dias para apresentar um relatório pela admissibilidade ou não do processo de impeachment. O que ainda não está claro é se são dias corridos ou dias úteis. O parecer será votado na comissão e independentemente do resultado também será apreciado pelo plenário do Senado. Em ambos os casos, a votação será por maioria simples.

Afastamento

Caso aprovada a admissibilidade do processo pelo Senado, o que deve ser decidido entre os dias 10 e 11 de maio, a presidenta Dilma Rousseff será notificada e afastada do cargo por um prazo máximo de 180 dias, para que os senadores concluam o processo. O vice-presidente da República, Michel Temer, assume o posto. Mesmo se for afastada, Dilma manterá direitos como salário, residência no Palácio da Alvorada e segurança. Nesse período, ela fica impedida apenas de exercer suas funções de chefe de Estado.

Instrução processual

Nesta etapa, o processo voltará à comissão especial para a fase de instrução. É aí que a presidenta terá até 20 dias para apresentar sua defesa. A comissão analisará todos os elementos para o impedimento e a defesa de Dilma Rousseff. Também serão juntados documentos, provas, mas, para isso, não há prazo definido em lei.

Um novo parecer com as conclusões, com base no que for reunido, será votado na comissão especial e no plenário da Casa, também por maioria simples. Se aprovado mais esse parecer a favor do impeachment, o julgamento final do processo será marcado. A sessão, no Senado, será presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa última votação, feita apenas no plenário do Senado, é preciso dois terços dos votos para que o impedimento seja aprovado. Ou seja, 54 dos 81 senadores.

Dúvidas

O processo de impeachment de Dilma Rousseff chega ao Senado em meio a uma série de dúvidas sobre o que determina a legislação e o regimento interno a respeito de prazos processuais.

Até terça-feira (19), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deverá reunir os líderes dos partidos e consultar o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, sobre o rito do processo na Casa. A opinião de Lewandowski é considerada fundamental para que o rito não seja questionado judicialmente por partidos. A expectativa é que a partir daí o calendário de tramitação no Senado sofra alterações.

O próprio início da participação do presidente do STF no julgamento é motivo de dúvidas. Em 1992, o ministro Sydney Sanches, que presidiu a condução do processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, assumiu o comando do processo no Senado a partir de sua admissibilidade. Agora, a avaliação é que o presidente do Supremo lidere o processo apenas no dia do julgamento.

Outra dúvida diz respeito a composição da comissão que avaliará previamente a admissibilidade do processo. Ainda não está definido se o presidente e o relator da comissão serão designados, como tradicionalmente, respeitando a maior bancada, ou se haverá eleição.

O prazo que a comissão teria para apresentar um relatório e votá-lo também é motivo de questionamentos. Diferentemente da Câmara, que considerou 10 sessões plenárias, a previsão em lei é de dez dias no Senado. Não está claro, entretanto, se serão contados dias corridos ou úteis.

Eduardo Cunha vai entregar processo de impeachment no Senado, nesta terça (19)

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que vai telefonar para o presidente de Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para levar pessoalmente o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff já nesta segunda-feira (19). Após a aprovação da admissibilidade da denúncia contra Dilma pelo Plenário da Câmara, o caso segue para análise no Senado “o mais rápido possível”.

Ao todo foram 57 horas de sessões para discutir e votar o parecer da Comissão do Impeachment. “Vou ligar para o presidente Renan para ver se eu consigo combinar um horário para levar até pessoalmente”, disse Cunha em entrevista coletiva após o encerramento da sessão de votação. O presidente da Câmara destacou a necessidade que o processo tenha celeridade também na Casa julgadora. Para Cunha, “um desfecho é muito importante”, seja ele qual for.

“O país passa por sérias dificuldades, a presidente perdeu as condições de governabilidade faz tempo. Perdeu todo e qualquer escrúpulo nesse feirão que foi feito para tentar comprar votos de qualquer maneira e chegou ao fundo do poço. Agora o Brasil precisa sair do fundo do poço”, declarou o peemedebista. “Nós fizemos a nossa parte, respeitando a Constituição e o regimento, para conduzir com toda isenção o processo”, completou.

Cunha disse que não se sentiu constrangido por ter sido alvo de críticas por parte de deputados na hora da votação. “O que há é uma contestação política achando que ia criar algum constrangimento que impedisse que a votação continuasse ou que eu fosse simplesmente comprar a briga. Obviamente que eu não iria”, afirmou o presidente da Câmara, investigado pela Operação Lava Jato.

Bruno Araújo foi o voto 342 pró-impeachment

Veio de Pernambuco o voto 342, que selou a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff neste domingo (17). Às 23h06, o deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) jogou a pá de cal no processo de impedimento de Dilma. Aos gritos de “eu sou brasileiro, com muito orgulho e muito amor”, Bruno anunciou: “Quanta honra o destino me reservou”. Em seguida, anunciou sim ao impeachment. Ele mencionou o orgulho por Pernambuco.