Temer quer explicações convincentes de Jucá

Do Estadão

O presidente em exercício, Michel Temer, afirmou que espera explicações convincentes do ministro do Planejamento, Romero Jucá, para decidir se o manterá ou não no cargo, depois da revelação de uma conversa dele com o ex-senador Sérgio Machado, sugerindo um pacto para deter a Operação Lava Jato.

“Estou avaliando toda a história para saber se ele permanecerá ou não no Ministério e aguardarei as explicações do ministro. Ele precisa dar explicações convincentes sobre o caso e deve dar uma entrevista agora para falar sobre o assunto”, afirma Temer.

O presidente disse ainda que reafirma seu apoio à Operação Lava Jato. “Repito o que tenho dito: a Lava Jato tem meu total apoio e continuará tendo”, garantiu.

Berzoini: Gravação demonstra verdadeira razão do golpe

O ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da presidente afastada Dilma Rousseff, Ricardo Berzoini, afirmou, hoje, que a revelação dos diálogos entre o ministro do Planejamento, senador licenciado Romero Jucá (PMDB-RR), e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado “demonstra a verdadeira razão” do que chamou de “golpe praticado contra a democracia”.

“O objetivo é frear a [operação] Lava Jato. O objetivo é empurrar para debaixo do tapete as investigações”, disse Berzoini, que é ex-presidente do PT e integrava o ministério de Dilma até o seu afastamento, no último dia 12. A declaração foi feita em vídeo publicado na página da presidente afastada no Facebook, no fim da manhã.

Gravados de forma oculta e divulgados em reportagem da “Folha de S.Paulo”, os diálogos entre Machado e Jucá ocorreram semanas antes da votação na Câmara que desencadeou o impeachment de Dilma. As conversas somam 1h15min e estão em poder da PGR (Procuradoria-Geral da República). Em entrevista coletiva no início da tarde, Jucá disse que nunca agiu para paralisar a Lava Jato e que não vê motivos para sair do governo.

Para Berzoini, o diálogo não deixa dúvidas. “Mostra um pretendente a ser ministro do golpe conversando com uma pessoa que estava sendo investigada, e eles tentando tramar para encontrar no impeachment a forma de refrear as investigações e a apuração dos crimes praticados. O povo brasileiro tem o direito de saber tudo sobre essas gravações, e não é possível admitir que um diálogo como esse não seja efetivamente investigado a fundo”, acrescentou o petista.

“É um escândalo, é uma vergonha. É um produto do governo golpista de Eduardo Cunha, Michel Temer e Romero Jucá. É algo que precisa ser investigado com profundidade, e precisamos imediatamente exigir a demissão de Romero Jucá e a investigação da relação de Michel Temer com esse diálogo”, concluiu Berzoini.

Jucá se reuniu no Jaburu com Temer, Renan e Padilha

Antes de conceder entrevista coletiva, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, reuniu-se com o presidente em exercício, Michel Temer, no Palácio do Jaburu, segundo fontes. Também participaram do encontro o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Temer vai ainda nesta segunda-feira, 23, ao Senado para pedir pressa na aprovação do projeto de lei que reduz a meta fiscal do governo central em 2016 para um déficit de até R$ 170,5 bilhões. Jucá é o principal negociador do governo no Congresso para essa matéria.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o ministro Jucá foi flagrado em ligação telefônica com o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado falando em um suposto pacto para deter a operação Lava Jato.

Temer é aconselhado a afastar Jucá após gravações

Da Folha de São Paulo

O presidente interino, Michel Temer, está sendo aconselhado por sua equipe que a melhor saída é o afastamento temporário do ministro Romero Jucá (Planejamento) do governo depois que foi divulgada gravação em que ele sugere um pacto para deter a Operação Lava Jato.

Segundo a Folha apurou, a tendência é o ministro Romero Jucá, ainda hoje, depois de dar entrevista à imprensa, pedir seu afastamento do governo para se defender. A única hipótese de ele ficar no posto é se as explicações do ministro forem capazes de afastar qualquer crise no governo, o que é considerado difícil por sua equipe.

À Folha o presidente Michel Temer disse que tomará uma decisão entre hoje e amanhã, mas reafirma seu “compromisso com as investigações da Operação Lava Jato, que fez um bem ao país”, acrescentando que, se “houver embaraços pela frente, eles serão retirados”.

“Quero destacar a importância da Lava Jato, um movimento que surgiu das ruas e as ruas precisam ser prestigiadas”, afirmou o presidente interino à reportagem.

“Se houver embaraços pela frente, estes embaraços serão retirados”, acrescentou Temer. Segundo o presidente, ficou “estabelecido que ele [Jucá] vai dar as explicações” e que ele irá “avaliar hoje à noite, amanhã de manhã”, o que fará. Com isto, o peemedebista quer dar espaço para seu ministro se explicar.

Com a ressaca da divulgação de áudio em que Romero Jucá fala em pacto para deter o avanço da Operação Lava Jato, o governo Michel Temer começou a avaliar desde a noite de domingo (22) os impactos de uma eventual saída do cargo do ministro do Planejamento.

A avaliação de governistas e aliados é que o episódio passa uma “péssima imagem de partida” da gestão interina e afeta discurso do presidente em exercício de que deixará a Operação Lava Jato transcorrer normalmente.

Na tentativa de solucionar a primeira crise do novo governo, o presidente interino se reuniu nesta manhã com os ministros Jucá e Eliseu Padilha (Casa Civil) e com o assessor especial Moreira Franco.

Em conversas ocorridas em março passado, e reveladas pela Folha, o ministro sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos.

Gravados de forma oculta, os diálogos entre Machado e Jucá ocorreram semanas antes da votação na Câmara que desencadeou o impeachment da presidente Dilma Rousseff. As conversas somam 1h15min e estão em poder da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Senador vai pedir cassação de mandato de Jucá

O senador Telmário Mota (PDT-RR) vai ingressar no Conselho de Ética do Senado com pedido de cassação do mandato do senador Romero Jucá (PMDB-RR), licenciado para ocupar o ministério do Planejamento.

O pedido terá como base gravações de uma conversa, de posse da Procuradoria Geral da República, entre Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado na qual o ministro fala num pacto para deter as ações da Lava Jato. As transcrições da conversa foram divulgadas pela Folha de S.Paulo. Jucá e Machado são investigados na operação.

O regimento do Conselho de Ética do Senado permite no seu artigo 16 que “poderão ser diretamente oferecidas, por qualquer parlamentar, cidadão ou pessoa jurídica, denúncias relativas ao descumprimento, por Senador, de preceitos contidos no Regimento Interno e neste Código”.

Jucá diz que não se referia à Lava Jato em conversa

O ministro do Planejamento, Romero Jucá, negou que tentou interferir para deter as investigações da Operação Lava Jato junto ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Hoje, o jornal Folha de S. Paulo divulgou uma conversa em que Jucá sugere a existência de um pacto para obstruir a operação, dizendo que é preciso “estancar sangria”.

“Não me referia à Lava Jato. Falava sobre a economia do país e entendia que o governo Dilma tinha se exaurido. Entendia que o governo Temer teria condição de construir outro eixo na política econômica e social para o país mudar de pauta”, disse Jucá em entrevista à rádio CBN, na manhã desta segunda-feira.

O peemedebista confirmou que esteve com Machado, pessoalmente em sua casa e no seu gabinete, e classificou os trechos da conversa divulgada como “frases pinçadas”. “Eu defendo e o Michel (Temer) também que haja aceleração da investigação para delimitar quem é culpado e quem não é culpado, quais são os crimes, quais políticos envolvidos ou não, porque hoje, ao ser mencionado alguém, parece que todo mundo tem o mesmo tipo de envolvimento, mas não é verdade. O Ministério Público, quando diz que é citado, coloca uma nuvem negra”, falou Jucá.

O ministro também disse defender o trabalho do juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da operação em primeira instância, em Curitiba, mas disse que o magistrado tem atitudes “duras”. Na conversa com Machado, Jucá classifica Moro como “Torre de Londres”, local na Inglaterra onde ocorriam execuções e torturas. “Acho que em alguns momentos ele age com dureza, que tem criado esse tipo de pressão e às vezes envolvem pessoas que têm nada a ver e são mencionadas”, falou se referindo às delações premiadas.

Na conversa divulgada pelo jornal, Machado pede apoio para que as ações que tramitam contra ele no STF, em Brasília, não fossem enviadas para a vara do juiz Sérgio Moro, em Curitiba. “Eu acho que a gente precisa articular uma ação política”, disse Jucá em um dos trechos.

Segundo o ministro, que é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal, ele tem todo o interesse que o Ministério Público faça as investigações de forma mais rápida possível. “Quero investigação, tenho cobrado rapidez. Não me sinto confortável em ser citado como investigado. Perpetua essa nuvem sombria sobre a classe política”.

STF

Jucá também negou ter falado com ministros do STF. “Tenho conversado sobre realidade econômica do País, construir saídas para o Pais crescer. Supremo tem papel importante para julgar rapidamente as investigações”

Esquema Aécio

Na conversa, Machado fala sobre o “esquema do Aécio” citado. Jucá afirmou que o ex-dirigente da Transpetro citava a articulação que ajudou eleger o senador do PSDB como presidente da Câmara.

Defesa

De acordo com o advogado de Jucá, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, a conversa entre Jucá e Machado foi “totalmente republicana”. Ele alega que o peemedebista jamais teve a intenção de interferir nas investigações sobre o esquema de corrupção em contratos da Petrobras. Segundo Kakay, “juridicamente” não há “nenhuma gravidade. Em 1h15 de conversa, aquilo é o que virou notícia? Isso não nos preocupa em nada”, disse.

Ronaldo Caiado pede afastamento de Romero Jucá

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) defende o afastamento imediato do ministro do Planejamento, Romero Jucá.

Semanas antes da votação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff na Câmara, em março, Jucá sugeriu em conversas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma “mudança” no governo resultaria em um pacto para “estancar a sangria” atribuída à Operação Lava-Jato.

“O governo Dilma é um exemplo claro de perda de confiança da população por deixar que problemas individuais contaminassem o governo”, disse Caiado.

Olimpíadas Rio 2016 é tema de concurso eM Gravatá

Dez estudantes do Ensino Fundamental II, da rede municipal de ensino, receberam os certificados de participação do Concurso de Poesia Olimpíadas Rio 2016, realizado pela Secretaria municipal de Educação. Participaram da iniciativa, alunos do 8º e 9º anos que, em suas escolas, apresentaram produções textuais criadas com o apoio dos respectivos professores. Ao todo, dez escolas participaram do concurso. As dez melhores poesias foram certificadas e premiadas nesta sexta-feira (20), no auditório da Educação, localizado na Rua Dr. Régis Velho, 156, no bairro do Cruzeiro.

Na ocasião, o gestor de Gravatá, Mário Cavalcanti, esteve acompanhado dos secretários municipais, do deputado Estadual, Waldemar Borges, e do secretário estadual de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral. Representantes da Academia de Letras e Artes de Gravatá, Wilma Monteiro e Anchieta Antunes, respectivamente, também prestigiaram o evento.

As dez poesias produzidas pelos estudantes foram encaminhadas à Academia de Letras e Artes de Gravatá para avaliação. Os autores das três melhores receberam os seguintes prêmios: 1º lugar, um tablet, 2º lugar, uma mochila com material escolar, e 3º lugar, um fone de ouvidos e um kit multimídia com pendrive e adaptadores. Os premiados foram: Ewerton da Silva, da Escola Francisco Galdino Chaves, Larissa Maria Catarina dos Santos, da Escola Edgar Nunes Batista, e Hilana Lima da Cunha, da Escola Municipal da Serra.

Para o gestor do município, Mário Cavalcanti, esta iniciativa é uma oportunidade única para a vida dos estudantes. “Não é todo dia que temos um evento tão importante como os jogos olímpicos em nosso país. Gravatá será contemplada no próximo dia 31 deste mês com a passagem da Tocha Olímpica. Se esse ato irá acontecer novamente em Gravatá a gente não sabe, então, nesse momento histórico, realizar um trabalho com o tema é de grande valor e aprendizado para os nossos estudantes”, destacou.

O secretário estadual de Planejamento e Gestão do Estado, Danilo Cabral, também falou sobre a importância de estimular a produção de textos com base no cotidiano. “Com muita alegria tive a oportunidade de presenciar esta premiação aos estudantes de Gravatá. Na minha carreira, tenho um histórico na Educação quando, em 2007, fui secretário estadual, no Governo Eduardo Campos. Por isso, acompanhar os estudantes tendo a chance de mostrar o talento deles, enquanto produtor de texto é muito gratificante. Todos estão de parabéns pela iniciativa e participação”, destacou.

“O nosso objetivo foi de estimular os estudantes para a pesquisa e o aprofundamento no grandioso evento que o nosso país sedia, que são os jogos olímpicos, além da própria produção textual que enriquece ainda mais o aprendizado. Estamos felizes com a participação dos alunos que se esforçaram e produziram lindas poesias”, disse a secretária de Educação, Maria Ângela Andrade.

PASSAGEM DA TOCHA OLÍMPICA EM GRAVATÁ: Na terça-feira (31), a chama olímpica passará por Gravatá. O evento terá início pela Via Local da BR-232, nas proximidades do Terminal Rodoviário. O percurso tem continuidade pela Rua do Norte, em seguida, Rua Estácio de Sá, Rua João Pessoa (em frente à Estação do Artesão), Rua Cleto Campelo (em frente à Prefeitura), de onde segue passando pelo Memorial Gravatá, Igreja Matriz, Ponte do Comércio, Avenida Agamenon Magalhães com destino ao Parque da Cidade, situado na Rua Joaquim Souto, bairro Nossa Senhora das Graças, local onde acontece uma breve cerimônia. O Parque da Cidade será, portanto, o ponto principal de toda a estada da Tocha na cidade. Lá, a chama permanece por 15 minutos. Nesse período, autoridades, estudantes e grupos culturais participarão da solenidade de celebração.