Temer: força tarefa é criada para investigar frigorífigos alvos da Carne Fraca

Na abertura da reunião com cerca de 40 representantes de países importadores de carne brasileira, o presidente Michel Temer anunciou hoje (19) maior rigor na fiscalização dos frigoríficos do país. Temer ressaltou que problemas descobertos pela Operação Carne Fraca são pontuais, que a carne produzida e exportada pelo país é de qualidade e que o governo determinou celeridade nas auditorias que serão feitas nos estabelecimentos envolvidos no esquema criminoso.

“Quero fazer um comunicado de que decidimos acelerar o processo de auditoria nos estabelecimentos citados na investigação da Polícia Federal. Na verdade, são 21 unidades, no total, três dessas unidades foram suspensas e todas as 21 serão colocada sob regime especial de fiscalização a ser conduzida por força tarefa do Ministério da Agricultura”, anunciou Temer.

Para o presidente, as empresas flagradas no esquema de “maquiagem” de carne estragada é um “mínimo” diante do total de plantas frigoríficas do país.  “É importante sublinhar que dos 11 mil funcionário do Ministério da Agricultura, apenas 33 estão sendo investigados e das 4.837 unidades sujeitas a inspeção federal, delas, apenas 21 estão supostamente envolvidas em irregularidades. Fazemos essa comunicação para que os senhores, acompanhando o que estamos fazendo a partir de ontem, possam lançar esse comunicado aos seus países, governantes para tranquiliza-los no tocante ao noticiário que se deu nesses últimos dias”, disse aos representantes de países importadores de carne brasileira.

Temer considerou o assunto como urgente e, para atestar a confiança no produto brasileira, o presidente convidou os diplomatas para uma churrascaria.  “Queremos convidar a todos para, quando saímos daqui, quem puder aceitar, vamos todos a uma churrascaria para comer a carne brasileira”, disse o presidente.

Proendividados homologa mais de R$ 355 mil em acordos na Semana do Consumidor

Durante a Semana do Consumidor, realizada de 13 a 17 de março, as unidades do Recife e de Caruaru do Programa de Tratamento de Consumidores Superendividados (Proendividados) do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) homologaram aproximadamente 355,5 mil reais em acordos durante audiências de conciliação. Foram 44 resoluções de conflitos firmadas entre consumidores em situação de superendividamento e empresas credoras. No total, houve 426 atendimentos e 123 audiências realizadas.

No Recife, o montante acordado foi de 46 mil reais, como resultado de 25 acordos obtidos em 52 audiências de conciliação. Durante os cinco dias de mutirão na Capital, 373 atendimentos foram prestados à população que buscou o serviço.

Em Caruaru, o número foi de 71 audiências realizadas, com 19 acordos que resultaram em 309,4 mil reais homologados. Em três dias de atividades, 53 pessoas procuraram atendimento na Unidade do Interior. A equipe do Proendividados de Caruaru também realizou ações educativas em comunidades locais.

O evento, no Agreste, foi encerrado com palestra voltada para estudantes e abordou, além do superendividamento, temas como o direito ao crédito e o endividamento das famílias, destacando aspectos econômicos relacionados ao direito. Participaram da atividade os juízes Breno Duarte e Marupiraja Ramos Ribas, coordenadores do Programa Proendividados do Sistema de Resolução Consensual de Conflitos, no Recife e em Caruaru, respectivamente.

Para o juiz Breno Duarte, a ação “é uma oportunidade muito interessante de reintegrar pessoas no mercado de consumo. Através dessa iniciativa, conseguimos regularizar algumas situações e, assim, também evitamos o sobrecarregamento do Poder Judiciário”, afirmou. O objetivo do Programa é buscar soluções, de forma amigável, para conflitos que envolvam consumidores em situação de superendividamento. A ação foi organizada pelo Sistema de Resolução Consensual e Arbitral de Conflitos do TJPE.

Armando Monteiro vai a São Lourenço da Mata nesta segunda (20)

O senador Armando Monteiro (PTB) vai ao município de São Lourenço da Mata, Região Metropolitana, nesta segunda-feira (20), dando continuidade à série de visitas institucionais aos municípios pernambucanos. O líder petebista vai se encontrar com o prefeito Bruno Pereira e vereadores da cidade e se colocar à disposição para colaborar com o desenvolvimento da cidade.

Nos encontros, Armando buscará conhecer a agenda prioritária do município de formar a contribuir para viabilizar recursos e destravar obras e projetos importantes para São Lourenço da Mata junto ao Congresso Nacional e ao governo federal. A passagem do petebista terá início com a visita ao prefeito Bruno Pereira, na sede do Executivo municipal, às 8h30.

O presidente estadual do PTB, deputado estadual José Humberto Cavalcanti, e demais lideranças políticas acompanham a comitiva do senador a São Lourenço da Mata.

Com milhares de nordestinos, Lula, Dilma e Humberto inauguram transposição

Uma visita histórica, emocionante e marcada pela imensa gratidão e muito carinho do povo nordestino. É assim que o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), definiu o que ocorreu, na tarde deste domingo (19), em Monteiro, na Paraíba, com a visita dos ex-presidentes Lula e Dilma para comemorar a chegada da água no Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, com 217 km de extensão.

Milhares de pessoas de diversas regiões do Nordeste acompanham o que é chamado por Humberto e pelos cidadãos de Monteiro de inauguração popular da maior obra hídrica da história do Brasil. Uma carreata percorreu 170 km entre Campina Grande e Monteiro, local escolhido pelos ex-presidentes para a visita.

A ida de Lula e Dilma à cidade do Cariri paraibano mobilizou os nordestinos, dezenas de parlamentares e governadores, que foram juntos com os ex-presidentes à beira d’água e se concentraram no centro de Monteiro para ouvir a fala deles. Por onde passaram na estrada, Lula e Dilma receberam mensagens de carinho da população.

“Eles peçam a Deus pra eu não ser candidato. Porque se eu for é pra ganhar”, avisou Lula diante de uma multidão que gritava o seu nome. De acordo com Humberto, que participou de todo o evento histórico, o empreendimento era uma promessa secular que só virou realidade graças ao empenho de Lula, que decidiu iniciar o projeto em 2007, e de Dilma, que continuou a executá-lo sem deixar que a crise econômica o paralisasse.

Em discurso diante diante dos milhares de cidadãos no centro de Monteiro, representando o Senado, Humberto afirmou que essa era a verdadeira inauguração do Eixo Leste da Transposição. “O povo sabe e é por isso que está aqui. Esse governo golpista veio na semana passada com uma comitiva de parlamentares de partidos como o PMDB, o PSDB, o DEM e o PPS, que sempre foram contra a obra. É muita cara de pau de Temer”, criticou Humberto, para delírio da plateia presente.

Para o líder da Oposição, o povo nordestino reconhece a verdadeira paternidade e maternidade do projeto e, por isso, deu uma grande demonstração de apreço por Lula e Dilma. “Enquanto os golpistas diziam que a obra não sairia do papel, no momento que a água chega querem ser os primeiros a surfar. Mas a população do Nordeste sabe quem tornou esse sonho em realidade”, declarou o parlamentar.

Ele ressaltou que, durante os governos do PT, a região sempre foi prioridade em tudo, com políticas públicas que melhoraram a condição de vida do povo como nunca antes na história do Brasil. “Nosso governo foi o primeiro que realmente enfrentou a seca no Nordeste. O povo sabe disso e é por isso que quer a volta do maior presidente de todos os tempos deste país: Lula”, discursou.

Assim que os Eixos Lesto e Norte da Transposição forem concluídos, o empreendimento vai beneficiar mais 12 milhões de pessoas em 390 cidades de quatro Estados.

 

Fagner Fernandes comemora adoção de 40 animais

O vereador Fagner Fernandes e sua equipe comemoram os resultados obtidos com a segunda campanha de adoção de animais, “Amigo não se compra”, realizada na manhã deste domingo (19), na área externa da Associação dos Moradores dos bairros Boa Vista I e II.

O evento que foi realizado em comemoração ao Dia dos Animais, celebrado na última terça-feira (14) teve por objetivo presentear os animais com a possibilidade de terem um lar. Ao todo foram expostos 55 animais, entre cães e gatos, adultos e filhotes, desse total, 40 animais foram adotados.

Na oportunidade, 37 animais, pertencentes a moradores do bairro foram beneficiados com vermifulgação e descarrapatização, de forma gratuita.

As campanhas de adoção de Animais “Amigo não se compra” são realizadas em parceria com protetores de animais, que têm a oportunidade de expor os animais que estão em acolhimento temporário. Neste evento, Fagner contou com a participação de 15 protetores da causa animal.

Para Fagner Fernandes, o ato de adotar é de suma importância, com ele todos saem ganhando. “O adotante ganha um amigo, o animal ganha um lar seguro, cuidados adequados e muito carinho e os protetores, que podem acolher novos animais, que se encontra em estado de vulnerabilidade”, pontuou o vereador.

Empresas apostam em quiosques para ganhar mercado

A migração das redes de franquias para regiões com um menor número de habitantes é cada vez maior. Com a saturação dos centros metropolitanos as marcas optam por desenvolver um plano de expansão que contemple cidades menores, porém em crescimento e com grande potencial econômico, mas pouco exploradas.

De olho nessas praças, as redes têm desenvolvido modelos de negócio compactos, adequados para estas praças com um menor número de habitantes, o que torna o investimento mais barato. Um formato que se destaca entre os demais são os quiosques. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), em 2016 houve um crescimento de 5,4% de redes que aderiram ao modelo.

O sucesso tem explicação. O modelo possui menor valor inicial para implantação, se comparado a uma loja tradicional, não exige obra de adequação, o que torna os custos de instalações e manutenção menores, e ainda tem a vantagem de não pagar “luva” (taxa cobrada pelos shoppings centers pelo ponto comercial).

Como parte da estratégia para entrar no mercado de franchising, a nova rede Crazy4Mugs especializada em presentes criativos como canecas e copos, surge como opção enxuta para quem quer investir no próprio negócio. “Os quiosques estão em locais de passagem e facilitam a visualização dos itens que comercializamos que são muito visuais. O consumidor pode observar de perto os produtos da rede em versões únicas, divertidas e temáticas”, completa.

Segundo o empreendedor, o quiosque é modular e, portanto se adequa a qualquer espaço disponível nos shoppings. O investimento varia entre R$ 88 mil e R$ 100 mil e a meta da rede é fechar 2017 com 25 unidades comercializadas e 2018 com 75 unidades. Em cinco anos, a previsão é de chegar a 250 pontos.

Outra rede que aposta no negócio enxuto é a Sóbrancelhas, rede referência em embelezamento do olhar e da face. A marca foi a pioneira em implantar quiosques de franquias no segmento de sobrancelhas e hoje 40% de unidades são neste modelo. “Optamos por esta inovação para pulverizar a marca em muitas regiões em um curto espaço de tempo. Não perdemos a qualidade, os quiosques são projetados para um bom aproveitamento do espaço dando a possibilidade de atendimentos simultâneos. São bem iluminados, possuem monitores interativos, vitrine personalizada para exposição dos produtos e o valor menor que uma loja tradicional”, completa Luzia Costa, fundadora da Sóbrancelhas. O investimento é de R$ 116 mil, e a marca espera aumentar o número de quiosques em até 40% em 2017.

ARTIGO — Como ter sucesso na gestão de uma rede de franquias

Por Thiago Rufino

O sistema de franchising é uma realidade já consolidada no Brasil, a cada ano que passa o segmento só aumenta e as feiras e eventos do setor recebem novas marcas prontas e formatadas. Mas, o que poucas pessoas que estão querendo entrar nesse mercado percebem é que existem muitos desafios na gestão do negócio, embora se tenha um número considerável de empreendedores querendo investir em sua marca, o coordenar uma rede de franquias é algo bem mais complexo do que gerenciar algumas unidades próprias.

Ter uma boa ideia, abrir uma loja piloto de sucesso que comprove que o negócio é realmente bom e procurar uma boa consultoria para formatar o modelo da franquia e ajudar no processo de franqueabilidade. Tudo isso é parte do caminho necessário para ter uma rede de franquias de sucesso, mas tem mais pontos chaves que precisam ser observados e levados em consideração, principalmente depois que a rede cresceu em tamanho e número de unidades.

Selecionei seis passos fundamentais para uma boa gestão de rede, confira abaixo:
#1 Plano de Expansão – Esse talvez esse seja o mais importante de todos. Saber quais os passos dará em direção ao crescimento e novas unidades. Para a franquia ter sucesso ela precisa de um plano de expansão claro e bem definido. O crescimento em espiral sempre é o mais recomendável, pois assim será mais fácil dar o suporte para as franquias.

#2 Plano de Marketing – Ser conhecida e reconhecida pela cliente final. Este é um dos princípios para que a rede de franquias seja sustentável ao médio e longo prazo. Com um plano de marketing estruturado e pensado para levar o cliente até os pontos de venda a franqueadora faz com que as unidades atinjam seus resultados mais rápidos.

#3 Logística – Esse ponto é fundamental, pois entregar os produtos e insumos é parte do processo de manter a unidade funcionando e vendendo. Além de ser também um dos principais requisitos para a padronização da rede. Se a logística não for bem pensada e executada com certeza a franqueado terá a dificuldade no abastecimento das franquias e consequentemente problemas com a imagem da rede. No Brasil alguns produtos são muito regionais e não conseguem atender de forma ampla, e com isso inviabiliza um plano de expansão mais agressivo.

#4 Desenvolvimento de produtos – Diferenciais e exclusividade são peças chaves esse quesito. IO mercado é muito dinâmico e o consumidor cada dia mais exigente. É necessário sempre acompanhar as tendências e estar antenado ao que o cliente final busca. Porém, na hora de desenvolver novos produtos a franqueadora não se perder e pra isso precisa estar atenta ao seu DNA e missão.

#5 Departamento de operações – Ter dentro da franqueadora um departamento capaz de conseguir implantar em cada unidade tudo que a diretoria pensar no estratégico. Este departamento é responsável pelo relacionamento entre a franqueadora e as franquias e também pelo suporte ao franqueado. Por este motivo o profissional para está função precisa ter muita habilidade no trato pessoal, muito conhecimento técnico para que as franquias consigam crescer economicamente, além de gerir a equipe de consultoria de campo que é responsável em manter os padrões e procedimentos da franqueadora.

#6 Consultoria de Campo – O time de consultores precisa ter experiência relevante para fazer com que as franquias desenvolvam período a período. Este profissional tem que disseminar as boas práticas na rede de franquias, ser capaz de fazer análises financeiras assertiva, enxergar possibilidades de aumento de faturamento no mercado que a franquia está inserida, entre outras tarefas cruciais que mantenham a rede franqueadora em crescimento.

Vale à pena destacar que o motivo que uma rede de franquias não consegue se consolidar está exatamente em não fazer uma gestão de rede de franquias de forma profissional e eficiente. Ter um Diretor e um Gerente de Operações faz toda a diferença, estes profissionais são pontos chaves que ao desdobrar as estratégias, saberão onde são os “gargalos” da operação e terão o diagnóstico do porque as unidades não estão atingindo seus resultados.

Muitas redes de franquias são geridas por seus fundadores, em alguns casos essas pessoas não estão capacitadas ou não conseguem agir de forma não emocional nas decisões da empresa.
Ser uma rede de franquias de sucesso depende 100% de como será feito a gestão. Quanto mais profissional, mais chances de crescer e sobreviver frente a concorrência. de sucesso.

“Dou uma nota muito baixa ao governo Paulo Câmara”, critica senador

Armando Monteiro 2

A afirmação acima é do senador Armando Monteiro (PTB) que foi entrevistado esta semana pelo Jornal VANGUARDA. Cotado para ser um dos candidatos ao Palácio do Campo das Princesas, em 2018, o petebista criticou o governo Paulo Câmara (PSB) bem como comentou, dentre outros assuntos, a respeito do início de governo da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB).

Pedro Augusto

Jornal Vanguarda —- O senhor foi derrotado nas urnas para Paulo Câmara em 2014 e desde então vem dando sequência ao seu mandato no Senado. Se o senhor pudesse dar uma nota para o governo Câmara, qual seria ela e por quê?

Armando Monteiro – Independentemente do resultado de 2014, e fazendo uma análise que se centra apenas na avaliação dos resultados apresentados pelo governo, eu lamentavelmente não poderia deixar de dar uma nota muito baixa. Isso tudo decorre da constatação de que há uma sensação de que Pernambuco conduz mal as políticas públicas em áreas essenciais. Nós temos um quadro muito difícil na segurança pública, que vem se agravando mais e mais. As respostas do governo têm-se revelado respostas débeis. O quadro da saúde em Pernambuco é muito preocupante. Foi feito no Estado um ajuste fiscal e financeiro ao preço da supressão, eliminação e redução da oferta de serviços públicos essenciais, como, por exemplo, na área da saúde. Nós temos um problema sério de obras descontinuadas e obras que não foram sequer iniciadas. Vamos falar do Arco Metropolitano, vamos falar da frustração do Complexo de Itaquitinga, que até hoje essa questão não foi resolvida. Os BRTs, os corredores de ônibus. Obras hídricas importantes que não foram ainda concluídas. E uma sensação que existe hoje em Pernambuco de que, no plano nacional, o Estado perdeu o protagonismo. Veja que os projetos de Pernambuco não foram contemplados no elenco de projetos prioritários no PPI do Governo Federal. Então, há, por exemplo, projetos e ações na área hídrica que têm recebido aporte de recursos menor do que outros Estados da federação. Pernambuco também perdeu voz, perdeu peso no plano nacional. Infelizmente, faço esse registro e, em decorrência de tudo isso, dou uma nota muito baixa ao governo.

JV — Na última eleição para o Governo do Estado, o senhor acabou fechando coligação com o PT. Nesta próxima que se aproxima – em 2018 – os rumores são pelo menos até agora de que o seu partido, o PTB, não esteja no mesmo palanque do Partido dos Trabalhadores. O senhor vê com naturalidade essa migração para outras coligações?

AM – Eu vejo com naturalidade porque, de resto, os partidos devem ter absoluta liberdade de construir e de formar alianças em razão das circunstâncias que envolvem cada pleito. Eu tenho e tive uma aliança com o PT. Nós somos aliados no plano estadual porque somos partidos que estamos postados no campo de oposição. Não há nenhuma razão, a priori, para que a gente não possa estar juntos no futuro, mas nós não estamos limitados. O nosso campo de alianças não se limita a um único partido e numa única direção. Nós podemos sim, em função de um projeto e de uma agenda que venha a se definir, compor com outras forças que tenham compromisso de oferecer um projeto alternativo a Pernambuco. Porque esse projeto do PSB está esgotado. Então, quaisquer forças que possam se somar nesse processo, no sentido de que Pernambuco possa viabilizar um projeto alternativo, nós teremos no PTB liberdade para discutirmos, sem nenhum tipo de patrulhamento e sem exclusão, a priori, de nenhuma força.

JV — Em 2018, o senhor será um dos candidatos ao Palácio do Campo das Princesas?

AM – Se eu vier a ser convocado por setores e forças expressivas, e se essas forças entenderem que o meu nome aglutina, reúne e que pode, efetivamente, liderar essa frente, eu estou à disposição – se convocado for. No entanto, eu quero dizer que o compromisso maior que tenho nesse momento não é com uma candidatura e um projeto pessoal, mas eu tenho firmemente o compromisso de contribuir para que Pernambuco possa dar curso a um novo projeto para o Estado. Uma nova proposta político-administrativa. Um novo desenho para que Pernambuco assuma uma nova agenda no futuro, que seja, ao mesmo tempo, capaz de garantir que o Estado retome a sua posição de dinamismo e de liderança.

JV —- Caso o senhor seja candidato, qual será uma das principais bandeiras que serão levantadas durante a montagem de seu programa de governo?
AM – Evidentemente a bandeira central de qualquer proposta tem que ser a melhoria dos serviços públicos, qualificar os serviços públicos, que é isso que a cidadania exige. Serviços públicos de melhor qualidade, mais eficientes. E no plano econômico, estimular e poder fazer que Pernambuco seja um ambiente bom para que as empresas operem e seja um Estado que estimule, receba e atraia investimentos. Pernambuco tem uma vocação empreendedora e nós precisamos fazer a nossa economia cada vez mais pujante. Eu acho que qualquer proposta tem que aliar o compromisso de oferecer um ambiente econômico que garante o crescimento do Estado, em articulação com os programas federais, que garante investimentos estruturantes e prioritários na área de infraestrutura, e, ao mesmo tempo, que possa garantir maior eficiência na prestação dos serviços públicos essenciais.

JV — As articulações já foram iniciadas? Como está sendo esse processo de formação de alianças? O eleitor pernambucano poderá observar alguma surpresa quanto a sua coligação?

AM – Eu acho que nós não temos ainda à vista a definição de coligações nesse momento. Mas eu vejo com muita satisfação que existem forças que estão se descolando do campo governista, forças que eu hoje situo como independentes e que podem perfeitamente se somar para que possamos, juntos, construir esse projeto alternativo para o Estado. Com esses setores, eu me disponho a promover um diálogo permanente, sem personalismos estreitos e sem colocar os interesses estritamente político-partidários à frente.

JV —- De que forma o senhor está avaliando o início de governo da prefeita Raquel Lyra (PSDB) e como o seu mandato no Senado já está contribuindo para com a gestão municipal?
AM – Os sinais que a prefeita vem emitindo, que decorrem nessa fase menos de obras e mais de posturas administrativas que estão sendo reveladas, são muito auspiciosos. Sinaliza para uma gestão moderna, criativa, transformadora e creio que a prefeita vem se movimentando muito bem. E aqui em Brasília o nosso gabinete está à inteira disposição. Já tivemos a oportunidade de nos reunir com a prefeita. Recebemos a indicação das principais demandas e estaremos aqui não apenas contribuindo para destravar algumas liberações de convênios já celebrados anteriormente, como também de apresentar emendas de nossa autoria. Tanto emendas individuais como, evidentemente, até uma articulação junto à própria bancada, para que a gente possa ajudar viabilizar projetos importantes para Caruaru.

JV — Já existe conversações com o grupo Lyra para uma possível formação de aliança em 2018?

AM – Eu tenho dito que há um interlocutor importante nesse processo em Pernambuco que é o ex-governador João Lyra, que alia experiência e espírito público. É uma liderança madura, que tem uma compreensão histórica do processo de Pernambuco e com a qual venho permanentemente fazendo avaliações sobre o quadro local e, evidentemente, discutindo a perspectiva de construção de alianças para o futuro.

JV —- Quanto ao governo Temer, ele está se saindo pior do que a encomenda, o senhor visualiza pontos positivos a serem destacados?

AM – Há ainda dificuldades no plano político, que são notórias, mas nós temos indiscutivelmente que reconhecer que, na gestão da economia, o governo tem definido um rumo correto. Eu destaco pontos positivos porque acho que a gente precisa ter uma atitude construtiva. Alguns resultados começam a aparecer. E tudo indica que nós estamos criando condições para que a economia retome o crescimento. Para isso, nós estamos atuando aqui no Senado para ajudar essa agenda de recuperação da economia brasileira. E acho também que o governo tem revelado um compromisso muito firme com essa agenda de reformas que o País precisa promover. Devo reconhecer que o governo tem tido um bom diálogo com o Congresso Nacional.

Imposto de Renda pode ser cobrado em cartório

O contribuinte que deixa de pagar o Imposto de Renda (IR) ou o paga em atraso pode ter a Certidão da Dívida Ativa (CDA) enviada para protesto. O protesto de título é a forma mais rápida e segura para a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) recuperar os valores. Por meio do serviço, regulamentado por Lei e oferecido por cartórios em todo o país, a PGFN recuperou, até abril deste ano, mais de R$ 1,4 milhão. A pretensão é recuperar cerca de R$ 1,5 bilhão para os cofres públicos. “As entidades públicas têm tido um retorno muito bom na recuperação de dívidas por meio do protesto de títulos”, diz a presidente do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos – seção Pernambuco (IEPTB-PE), Isabella Falangola.

Além da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, os Conselhos de Medicina Veterinária e de Economia utilizam o protesto de títulos. As prefeituras também encontraram nesse serviço a melhor maneira para recuperar dívidas do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). “As prefeituras do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Gravatá, Araripina e Petrolina apostam no protesto de títulos para receber dívidas. E o processo é bastante eficaz e rápido. Enquanto ações judiciais costumam demorar cerca de oito anos para serem solucionadas, no protesto de títulos o prazo de resolução é bem mais rápido”, explica Isabella Falangola.

O protesto de títulos para as entidades públicas segue o mesmo trâmite do realizado por pessoas físicas e jurídicas. Após apontada a CDA, o cartório envia uma intimação para o endereço do devedor, que tem três dias úteis (contados da data do recebimento) para efetuar o pagamento. Feito o pagamento, o valor recebido fica à disposição do credor no 1º dia útil seguinte à quitação. Caso não seja pago no prazo legal, o título será protestado e só poderá ser pago diretamente ao credor que, após o recebimento, deverá entregar o instrumento de protesto ou declaração de anuência para que o devedor procure o cartório e solicite o cancelamento do protesto.

“O protesto é de conhecimento público e somente é cancelado quando a dívida for quitada”, esclarece a presidente do IEPTB-PE. Ter um título protestado implica em algumas restrições, pois os cadastros dos cartórios são captados pelos órgãos de proteção ao crédito, ficando o devedor impedido de, por exemplo, solicitar financiamentos e empréstimos, abrir contas bancárias e solicitar cartões de crédito.

Aplicativo

O Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil oferece um serviço que permite saber se há um título protestado em seu nome ou de sua empresa, em cartórios de todo o país. A consulta pode ser feita por meio de aplicativo gratuito para celular ou no site http://pesquisaprotesto.com.br/ Além de poder consultar o próprio cadastro, o diferencial é a consulta de CPF e CNPJ de terceiros.

Setor de serviços puxou criação de empregos em fevereiro

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

A criação de 35.612 postos formais de trabalho em fevereiro foi puxada pelo setor de serviços, informou o coordenador de Estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães. Ele também ressaltou que o emprego aumentou em três das cinco regiões do país: Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado esta semana pelo presidente Michel Temer e pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

Na distribuição por setores, os serviços foram responsáveis pela geração de 50.613 empregos com carteira assinada em fevereiro, seguidos pela administração pública (8.280), pela agropecuária (6.201) e pela indústria de transformação (3.949). O serviços industriais de utilidade pública – que inclui estatais de água e de energia – gerou 1.108 postos de trabalho no mês passado. Os setores que mais demitiram do que contrataram foram o comércio (-21.194), a construção civil (-12.857) e a indústria extrativa mineral (-488).

De acordo com o coordenador do Ministério do Trabalho, os números mostram o início da recuperação do emprego. Em relação ao setor de serviços, ele destacou que, apesar de a educação tradicionalmente puxar a criação de vagas em fevereiro, diversos subsetores apresentaram reversão da tendência e passaram a contratar mais do que demitir, como os de alojamento, de alimentação, de manutenção e os ligados à área da saúde.

Em relação à agropecuária, Magalhães citou a safra de soja e as culturas permanentes de frutas como principal fator para a criação de empregos em fevereiro. Na administração pública, ele citou a contratação temporária nas prefeituras e nos governos estaduais. Apesar de o comércio ter continuado a registrar perdas de postos de trabalho, ele ressaltou que o comércio varejista criou 2.430 vagas no mês passado, o que, segundo ele, indica início da retomada econômica.

Na comparação por regiões, o Sul puxou a criação de empregos em fevereiro, com 35.422 novos postos de trabalho, seguido pelo Sudeste (24.188) e pelo Centro-Oeste (15.740). Somente o Nordeste (-37.088) e o Norte (-2.730) registraram perdas.

Segundo o coordenador do Ministério do Trabalho, o desempenho do Sudeste foi puxado pela recuperação da indústria em São Paulo e Minas Gerais. No Sul e no Centro-Oeste, ele atribuiu a criação de empregos à agricultura e à indústria. A redução do emprego no Nordeste, explicou, é sazonal e deve-se ao fim do ciclo da colheita da cana-de-açúcar.

Na comparação por estados, São Paulo liderou a criação de empregos, com 25.412 novas vagas, seguido de Santa Catarina (14.858) e Rio Grande do Sul (10.602). Os estados que mais cortaram postos de trabalho no mês passado foram Pernambuco (-16.342), Alagoas (-11.403) e Rio de Janeiro (-8.172).