Conheça 15 franquias que faturaram acima da média no 2º Tri

Conheça 15 franquias que faturaram acima da média no 2º Tri: A ABF apontou que o crescimento de 6,8%, porém, algumas redes superaram esse índice graças a estratégias de sucesso

O setor de franquias no Brasil registrou um crescimento nominal de 6,8% no 2º trimestre deste ano, no comparativo com mesmo período em ano anterior. O faturamento de abril a junho passou de R$ 35,180 bilhões para R$ 37,565 bilhões. Os dados integram a Pesquisa Trimestral de Desempenho do Franchising divulgada na semana passada pela ABF – Associação Brasileira de Franchising.

Entretanto, algumas redes de franquias acumularam resultados ainda mais positivos nesse período. Confira a seguir 15 exemplos de ações e estratégias de sucesso adotadas por algumas franqueadoras:

1 – Instituto Gourmet

O Instituto Gourmet que foi criado para inovar o mercado gastronômico e está no mercado desde 2014. Trata-se de uma escola de culinária que une a praticidade da cozinha dedicada à arte de cozinhar. Destinada aos interessados em ingressar profissionalmente na área gastronômica e para aqueles que fazem da cozinha um momento de descontração e hobby, a rede tem como diferencial formar profissionais com cursos de qualidade à preços acessíveis.A rede entrou para o franchising este ano e já conta com 10 unidades. Segundo Robson Fejoli, diretor do Instituto, com a inauguração de novas unidades o crescimento da rede chega a aproximadamente 249%. “Nosso objetivo é trabalhar a marca, torna- lá mais conhecida no mercado de culinária, gastronomia e franquias para assim conquistar novos franqueados”. Uma nova unidade da marca custa a partir de R$250 mil de investimento inicial.

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2 – Lojas Viggo

A rede Lojas Viggo, especializada em acessórios e calçados masculinos oriunda do Nordeste, acaba de fechar o semestre com o saldo positivo. Segundo o diretor de marketing e expansão da empresa, Diogo Oliveira, foram 35 mil itens vendidos no período, número 10% superior em comparação com 2016. O aumento do volume foi responsável por elevar, consequentemente, o faturamento do período em 14%, sendo que junho foi o mês de maior venda, registrando 15% de crescimento e sendo, só ele, responsável por 23% do faturamento do período.

“Os resultados deve-se ao nosso investimento em gestão comercial, bem como no investimento para alteração da arquitetura da loja, atualização do sistema CRM, marketing digital e promoções no PDV”, aponta o executivo. Desta forma, a expectativa da empresa é fechar 2017 com faturamento superior em 15% em relação ao ano anterior, quando faturou R$ 10,5 milhões.

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3 – Tia Sô Minidelícias

A rede de franquias Tia Sô Minidelícias, do setor de alimentação, cresceu no primeiro semestre deste ano 23,5%, em comparação com o mesmo período do ano passado – sendo que só no 2º trimestre cresceu 7,2%. “Investimos mais de R$ 80 mil na compra de máquina que produz salgados, bandejas de armazenagem, ralador industrial e bancada para preparo dos recheios. Mas não bastava aumentar a produção, precisávamos também de pessoas qualificadas. Contratamos quatro novos funcionários e hoje produzimos 500 mil unidades por dia”, explica a CEO da rede, Solange Belentani. A expansão da marca é outro destaque deste primeiro semestre do ano. A rede inaugurou 8 novas unidades este ano e outras 6 estão previstas até novembro. No plano de expansão, a rede visa fixar sua marca no estado do Paraná. A rede de franquias possui atualmente cerca de 42 unidades em funcionamento e requer um investimento médio de R$ 75 mil.

4 – Sterna Café

A Sterna Café apresentou crescimento financeiro de 16% no 2º trimestre de 2017, comparado ao mesmo período do ano anterior. A marca, atualmente com 11 unidades, tem um plano de expansão agressivo e quer chegar a 20 unidades até o final de 2017.

De acordo com Deiverson Migliatti, franqueador da rede, o crescimento superior da média se deve a ações pontuais com foco na satisfação do cliente. “Entre as ações adotadas para alcançar essa expansão saudável, está o investimento em marketing local, treinamento de equipe em todos os aspectos, busca continua pelos melhores produtos e monitoramento da experiência do cliente em nossas unidades, visando a satisfação do mesmo”, aponta.

O investimento total para novas franquias é de R$ 224.100 para o modelo loja e R$ 99.700 para o quiosque.

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5 – Next Academy

A rede oferece treinamento esportivo para atletas, plataforma de suporte educacional com aulas fora do currículo escolar tradicional, curso de inglês online e capacitação para bolsas de estudo nos Estados Unidos de até 100% em universidades.

No 2º trimestre a marca teve um crescimento de 11,57% em faturamento e 17,65% em número de franquias. “Focamos nossa estratégia no digital e na nossa força comercial. Tanto no crescimento das unidades quanto no interesse de novos franqueados. E utilizamos as técnicas mais usadas nas maiores empresas americanas, em especial do Vale do Silício nos EUA. Além de uma franqueadora, com foco no futebol e educação, estamos nos especializando cada vez no mundo da tecnologia”, esclarece Bruno Pessoa, sócio da empresa. Com isso, o investimento inicial para novos franqueados é a partir de 150mil.

6 – Arena Baby

A Arena Baby, rede de brechó infantil no mercado desde 2015, tem como princípio ensinar pais sobre o consumo consciente de roupas e itens de bebês e crianças. Para isso, a rede reinventou o brechó vendendo produtos novos e seminovos, além de implantar o conceito de que o cliente leva produtos que a criança já não usa mais e gera créditos que vale como dinheiro, para a compra de outras mercadorias.

Dessa forma inovadora, a empresa surpreendeu o mercado e fatura em média R$ 2 milhões e 200 mil por ano com suas três unidades. E assim, no 2º trimestre atingiu um faturamento 30% superior. O investimento inicial para novos franqueados é de R$ 250 mil.

7 – Academia Washington Franchising

A rede é uma escola de inglês com mais de 50 anos no mercado que, com quase 70 unidades distribuídas em todo território nacional, cresceu cerca de 31% no 2º trimestre. “Implementamos um programa especial de captação de alunos nas unidades, chamado Mais Matrículas, que planeja e orienta ações comerciais dos franqueados. Além disso, inauguramos sete novas unidades no início de 2017”, Siddhartha Costa, CEO da rede.

O investimento para abrir uma franquia da Academia Washington Franchising fica entre R$ 54 mil e R$ 110 mil, dependendo do tamanho da cidade onde a franquia será aberta.

8 – Oh My Dog!

Fundada em 2012, a Oh My Dog!, rede de franchising especializada em hot dogs, cresceu 25% em número de lojas no 2º trimestre de 2017, totalizando 8 unidades. Para esse resultado, a rede decidiu que era o momento de uma expansão nacional e ir além da região Nordeste.

“Para essa fase da expansão foi necessário reestruturar o fornecimento e a cadeia de suply e assim ficamos preparados para todas as outras lojas que surgiram. Nosso crescimento foi bem orgânico e natural. Aproveitamos a baixa dos juros para iniciar a nova fase de expansão, trouxemos novidades no cardápio e nossos executivos foram apresentar a empresa, cardápio e operação em shoppings”, conta Jorge Kubrusly, sócio fundador da Oh My Dog!

Além disso, a marca investiu em equipe e no relacionamento com candidatos e franqueados, visando conhecer os hábitos de consumo de cada região. A empresa planeja finalizar o ano com 30 lojas, que requerem investimento inicial de R$95mil.

9 – MChicken

MChicken está no mercado desde 2015 na cidade de Marilia e em 2016 iniciou seu processo de expansão. Hoje tem possui 16 franquias espalhadas em quatro estados (São Paulo, Minas, Goiás e Santa Catarina) e pretendem chegar a 50 unidades até o final do ano. O investimento total é entre R$180 e R$250 mil.

Segundo Erika do Val, da franqueadora, a venda de franquias foi um sucesso pois obteve um retorno excelente com isso, o crescimento atingiu 66% no faturamento no 2°trimestre. “Estamos muito felizes, superando todas as expectativas. Nossas ações no Marketing são através das redes sociais”, esclarece.

10 – Bidon

A Bidon Corretora de Seguros, rede de franquias que foi lançada em setembro do ano passado e já soma 105 franquias pelo Brasil todo, tem como uma das principais razões desse sucesso de crescimento rápido, o valor do investimento, de pouco mais de R$10 mil. E para continuar nesse ritmo acelerado de crescimento, a rede tem o objetivo de chegar a 200 unidades até o fim do ano.

De acordo com o diretor executivo da rede, Henrique Mol, a franquia vem obtendo um crescimento mensal de 20% no faturamento, com uma média de 15 novos franqueados por mês. “Atribuímos este crescimento a ótima imagem que a rede vem desempenhando exclusivamente aos nossos franqueados, visto que no momento da compra da franquia o candidato tem livre acesso a contato com franqueados da rede’”, diz.

11 – Flyworld

A Flyworld é rede de agências de viagens que conta com mais de 40 unidades no Brasil. No primeiro semestre de 2017, a rede cresceu 24,3%. Levando em consideração o segundo trimestre, o crescimento foi de 9,52%.

Trata-se de uma franquia barata, com baixo investimento inicial, que atua em dois modelos: o home based e o ponto físico. A Flyworld está chegando a 46 unidades e a meta é manter o crescimento percentual do primeiro semestre agora no segundo, levando a marca para estados em que a rede ainda não está presente, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

12 – Piticas

A Piticas cresceu cerca de 18,84% no 2º trimestre, sendo que começou o ano com 230 unidades e hoje está com 300 unidades no Brasi. A maioria das novas unidades foram abertas no interior dos estados e na regiões Norte e Nordeste.

“A Piticas foca muito na expansão interna de franqueados que já possuem lojas e assim conseguimos assegurar melhor a qualidade das operações. Nós traçamos um plano de expansão para cada franqueado da rede e assim hoje fazemos nossa expansão 80% interna, com apenas 20% de franqueados novos”, comenta Felipe Rossetti, fundador da empresa.

O investimento inicial para novas unidades gira em torno de R$160 mil, já incluindo estoque inicial.

13 – Acqio Franchising

Rede atuante no mercado desde 2015, Acqio Franchising atua no segmento de pagamentos eletrônicos de cartão de débito e crédito através de equipamentos POS (WiFi e GPRS). O crescimento da rede no 2° Trimestre comparado com o mesmo período no ano anterior foi de 25%, com faturamento de aproximadamente R$8 milhões no período, além de 51 novos franqueados.

“Para o segundo semestre o objetivo é fechar o ano de 2017 com 710 unidades ativas que representam um crescimento de 49,4% em relação ao mesmo período do ano passado”, indica Kawel Lotti, CEO da rede. Segundo ele, o crescimento é atribuído aos investimentos em campanhas de TV nacional, mídias sociais e a satisfação dos franqueados – que indicam novos empreendedores.

Atualmente a rede possui 580 unidades distribuídas em todo o país, com investimento inicial para novos franqueados de R$7.490.

14 – PremiaPão

No franchising em 2015, a rede de franquias PremiaPão conta atualmente com 230 unidades e divulga marcas e produtos diretamente para o público alvo. Durante o 2º trimestre deste ano a rede obteve 77 novas unidades franqueadas e o crescimento é atribuído à maturação da empresa que atualmente está sólida e consolidada no mercado.

“Nossa expectativa de faturamento para este ano é de R$5 milhões e neste segundo semestre pretendemos crescer 20% em comparação ao ano passado”, comunica Raphael Mattos, diretor executivo da PremiaPão. O investimento inicial para novos franqueados é de R$6.000 à R$14.000.

15 – DrogaVET

A DrogaVET, empresa do ramo de farmácias de manipulação veterinária no Brasil, está com planos de quase dobrar seu número de unidades até o fim de 2018. Para alcançar a meta, a rede, que hoje conta com 34 unidades em funcionamento, prevê iniciar 6 operações até o fim deste ano. “A estratégia da DrogaVET é estar, prioritariamente, nas principais capitais do Brasil e em localidades com mais de 200 mil habitantes ou com demandas específicas por atendimento veterinário”, pontua a coordenadora de expansão da rede, Viviane Delponte.

“É um plano agressivo num mercado em maturação, mas acreditamos em nosso pioneirismo, inovação e qualidade, aliados ao cuidado que temos no atendimento ao consumidor”, ressalta a sócia-fundadora e farmacêutica, Sandra Schuster.

Ex-governador do DF, Joaquim Roriz enfrenta diabetes, amputação de perna e não reconhece amigos

O ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC), de 81 anos, tem dificuldades para reconhecer os pessoas do seu círculo, segundo amigos e ex-assessores que o visitaram nas últimas semanas. Ele está instalado em uma sala grande de sua casa no Park Way, em Brasília. Lá, recebe cuidados médicos e de outros profissionais de saúde, auxiliado por uma gama de equipamentos.
Os problemas de saúde de Roriz não se limitam ao diabetes, que o levaram a ter uma perna amputada em 30 de agosto. Amigos dizem que ele sofre com dificuldades relacionadas ao coração e à coluna vertebral. Tem sessões diárias de diálise para os rins. O ex-governador se locomove com cadeira de rodas.

Roriz é considerado o maior cacique político do Distrito Federal, unidade que governou por quatro mandatos, sempre em meio a polêmicas. Em 2007, seis meses após ter assumido uma cadeira no Senado, renunciou para não ser cassado, após se envolver no escândalo do Banco Regional de Brasília (BRB).

A denúncia contra ele por formação de quadrilha e desvio de dinheiro público prescreveu na Justiça do Distrito Federal no começo deste ano. Assim como ele, outros dois réus foram beneficiados com a medida por causa da idade: o ex-diretor do Banco Regional de Brasília (BRB) Tarcísio Franklin de Moura e o doleiro Georges Kammoun. Todos eram alvos da Operação Aquarela, que apontou desvio de mais de R$ 400 milhões dos cofres do BRB entre 2004 e 2007.

Mesmo após a renúncia no Senado Joaquim Roriz não abandonou a política. Em 2010 tentou voltar ao governo do DF, mas foi barrado em primeira instância pela Lei da Ficha Limpa, ainda por causa da renúncia no Senado. Temendo ser derrotado no Supremo Tribunal Federal, retirou sua candidatura e emplacou, em seu lugar, sua esposa, Weslyan Roriz. Ela foi ao segundo turno e perdeu para Agnelo Queiroz (PT).

Roriz assumiu o GDF pela primeira vez em 1988, nomeado pelo então presidente José Sarney. Entre 15 de março e 29 de março de 1990, foi ministro da Agricultura e Reforma Agrária no governo Collor. O ex-governador, natural de Luziânia (GO), tem duas filhas na política: a ex-deputada federal Jaqueline Roriz e a deputada distrital Liliane Roriz (PRTB). Assim como o pai, as duas também enfrentam acusações criminais.

Polícia Federal prende em casa ex-deputado foragido há mais de um ano

Considerado foragido pela Justiça desde março de 2016, o ex-deputado estadual de Rondônia Marcos Donadon foi preso pela Polícia Federal no fim da tarde dessa sexta-feira (9). Ele foi capturado em um lugar inusitado: a sua própria residência em Porto Velho. Marcos é casado com a deputada estadual Rosângela Donadon.

Os crimes atribuídos a Marcos Donadon foram descobertos em 2006 na Operação Dominó, que investigou desvios na Assembleia Legislativa de Rondônia e resultou na prisão de 20 pessoas ligadas aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Segundo a denúncia, cerca de R$ 70 milhões foram desviados por meio de contratos fraudulentos.

Marcos é irmão do ex-deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO), preso no exercício do mandato em 2013, para cumprir pena de mais de 13 anos de prisão. Natan foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) também pelas irregularidades na Assembleia Legislativa.

O ex-deputado estadual foi condenado por crimes de peculato e formação de quadrilha. Ele presidiu a Assembleia entre 1995 a 1999. Foi condenado a 19 anos e cinco meses de prisão por formação de quadrilha e peculato – pena reduzida em 2015, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), para 13 anos e 11 meses.

Os processos contra Marcos Donadon e demais réus da Dominó foram julgados em 2008, mas os acusados recorreram. A decisão, porém, foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do estado. Em março do ano passado, com base no entendimento do Supremo de que as prisões podem ser decretadas após condenação em segunda instância, a Justiça determinou a prisão definitiva dos acusados.

O ex-deputado estadual, porém, não se apresentou nem foi localizado pelos policiais. Ele não foi o único foragido. Em abril deste ano o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Rondônia e a Polícia Federal localizaram e prenderam a ex-deputada Ellen Ruth Cantanhede Salles Rosa.

Família unida

Como mostrou o Congresso em Foco em 2016, a família Donadon tem sérios problemas com a Justiça. Os irmãos Marcos, Melkizedeck e Natan e os primos deles Ângelo e Marlon estão impedidos de disputar qualquer cargo público. Todos foram barrados pela Lei da Ficha Limpa.

Eles foram condenados em segunda instância pela Justiça por vários crimes contra a administração pública quando ocupavam cargos como prefeito, vereador, deputado ou mesmo dirigiam instituições estatais em Rondônia. Desde que chegaram a Rondônia, vindos do Paraná, em 1973, os Donadon exercem o poder de fato nas cidades de Vilhena e Colorado do Oeste, no Sul do estado.

Joesley, Saud e Miller entregam passaporte

A defesa do grupo J&F protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um ofício que coloca à disposição os passaportes do empresário Joesley Batista e do ex-diretor de Relações Institucionais da holding Ricardo Saud. A defesa do ex-procurador Marcello Miller também colocou os documentos dele à disposição.

Os pedidos ocorrem após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir à Corte a prisão do empresário e do ex-executivo, no fim da noite de ontem (8). Janot também pediu a prisão do ex-procurador Marcelo Miller. As prisões foram solicitadas ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF.

O pedido de prisão foi motivado por suspeitas, levantadas em gravações, de que os delatores teriam ocultado à Justiça informações sobre crimes. As gravações foram disponibilizadas pelos próprios delatores, como parte do acordo de colaboração.

A PGR deduz também que a atuação de Miller não foi neutra, já que ele trabalhava na procuradoria no período das negociações e deixou o cargo para ingressar em um escritório de advocacia de defesa da J&F.

Em nota, a defesa do ex-procurador também informou que disponibilizou o passaporte de Marcello Miller e entrou com requerimento para que o pedido de prisão seja rejeitado. No requerimento, os advogados pedem ainda que a defesa seja ouvida antes da decisão do ministro Edson Fachin. Na nota, assinada pelos advogados André Perecmanis e Paulo Klein, a defesa voltou a criticar o pedido de prisão dizendo estranhar que tenha sido apresentado no mesmo dia em que Miller prestava depoimento na Procuradoria da República no Rio de Janeiro.

 

Desigualdade de renda no Brasil não caiu entre 2001 e 2015, revela estudo

O crescimento da renda da população mais pobre no Brasil nos últimos 15 anos foi insuficiente para reduzir a desigualdade. Segundo estudo divulgado nesta semana pela equipe do economista Thomas Piketty, famoso por propor a taxação dos mais ricos para reduzir as disparidades na distribuição de renda, a maior parte do crescimento econômico neste século foi apropriada pelos 10% mais ricos da população.

De acordo com o estudo, conduzido pelo World Wealth and Income Database, instituto codirigido por Piketty, a fatia da renda nacional dessa parcela da população passou de 54,3% para 55,3% de 2001 a 2015. No mesmo período, a participação da renda dos 50% mais pobres também subiu 1 ponto percentual, passando de 11,3% para 12,3%. A renda nacional total cresceu 18,3% no período analisado, mas 60,7% desses ganhos foram apropriados pelos 10% mais ricos, contra 17,6% das camadas menos favorecidas.

A expansão foi feita à custa da faixa intermediária de 40% da população, cuja participação na renda nacional caiu de 34,4% para 32,4% de 2001 a 2015. De acordo com o estudo, a queda se deve ao fato de que essa camada da população não se beneficiou diretamente das políticas sociais e trabalhistas dos últimos anos nem pôde tirar proveito dos ganhos de capital (como lucros, dividendos, renda de imóveis e aplicações financeiras), restritos aos mais ricos.

“Ao capturar pouco ou nenhuma parte da distribuição da renda de capital e ao não capturar muitos dos frutos da política social diretamente, a faixa intermediária ‘espremida’ poderia ser um produto das elites que a quer botar em competição com a faixa inferior [de renda]”, destacou o estudo, assinado pelo economista Marc Morgan.

O estudo classificou a manutenção da desigualdade no Brasil como “chocante”, principalmente se comparada com outros países desenvolvidos. “É digno de nota que a renda média dos 90% mais pobres no Brasil é comparável à dos 20% mais pobres na França, o que apenas expressa a extensão da distorção na renda no Brasil e a falta de uma vasta classe média”, ressalta o levantamento. Em contrapartida, o 1% mais rico no Brasil ganha mais que o 1% mais rico no país europeu: US$ 541 mil aqui, contra US$ 450 mil a US$ 500 mil na França.

Metodologia

O levantamento exclui transferências de renda. Considerando o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada, a participação dos mais pobres teria encerrado 2015 em 14%, mas a evolução da renda dos 10% mais ricos permaneceria inalterada. No entanto, o salário mínimo, as aposentadorias e pensões e o seguro-desemprego estão incluídos no cálculo.

Segundo o World Wealth and Income Database, as transferências sociais foram retiradas do levantamento para facilitar a análise da estrutura da economia. Essa medida, conforme a equipe responsável pelo estudo, permite estimar quanto da renda nacional vem do capital e quanto vem do trabalho.

Para chegar à distribuição da renda nacional, os autores usaram dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que analisa o padrão de vida e a renda das famílias mais pobres. Os dados sobre a parcela mais rica da população vieram de informações sobre a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, enviados pela Receita Federal com a preservação do sigilo fiscal dos contribuintes.

Para acrescentar a participação do capital e as rendas não tributáveis, o estudo usou as Contas Econômicas Integradas, de 2000 a 2014, e as Contas Nacionais Trimestrais do IBGE de 2015. Juntando as três bases de dados, os economistas elaboraram a série histórica dos últimos 15 anos da renda nacional com a participação de cada faixa de renda da população.

Dividendos

A inclusão das contas do IBGE permitiu aos pesquisadores estimar os impactos sobre a economia da isenção de Imposto de Renda sobre lucros e dividendos, em vigor desde 1995. De acordo com o estudo, a desigualdade na renda do trabalho (de quem ganha salários) diminuiu de 2001 a 2015, mas esse efeito pode ser mascarado por profissionais autônomos que recorrem a instrumentos como participação nos lucros e distribuição de dividendos para pagarem menos impostos.

“Num contexto em que lucros distribuídos são isentos de Imposto de Renda, enquanto as rendas mais altas do trabalho são taxadas com a alíquota máxima de 27,5%, esse tipo de comportamento não pode ser descartado, especialmente como parece ser comum entre os brasileiros envolvidos em atividades autônomas”, destacou o estudo.

Para ex-diretor da Aneel, leilão de usinas da Cemig levará a aumento de tarifas

Se o leilão das usinas hidrelétricas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) for realizado nos termos atuais, o valor do megawatt-hora (MWh) vai subir. Essa é a avaliação de Nelson Hubner, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entre 2009 e 2013. Atualmente, ele é presidente do conselho de administração da Light e também integra o conselho de administração da Cemig.

Hubner deu as declarações no 22º Congresso Brasileiro de Economia, que se encerrou ontem (8) em Belo Horizonte. Para ele, os leilões serão vantajosos para a empresa que vencer a concorrência porque os custos serão repassados à energia elétrica. Por outro lado, o leilão seria mau negócio para a sociedade e poderia trazer impactos negativos para a economia brasileira. “O melhor caminho é um acordo entre o governo e a Cemig que ponha fim à questão. Pode por condições para um e para outro, dividir os lucros e os prejuízos. Num acordo, ganham os dois lados”, disse.

O governo federal pretende fazer o leilão de quatro usinas – Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande – no próximo dia 27 e espera obter ao menos R$ 11 bilhões, montante considerado importante pelo Planalto para equilibrar as contas públicas. De acordo com o edital, os vencedores da concorrência assumirão o controle das hidrelétricas por 30 anos.

A Cemig opera as hidrelétricas atualmente, mas as concessões encerram-se este ano. A companhia mineira tenta evitar o leilão de três das quatro usinas: Jaguara, São Simão e Miranda. Ela alega que os contratos em vigor contêm uma cláusula que garante a renovação automática por 20 anos.

Atualmente, o leilão está suspenso. A Justiça Federal concedeu uma liminarpedida por um advogado sem vínculo com a Cemig, para quem os R$11 bilhões pedidos pelo governo federal estão abaixo do valor real das usinas. A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e espera derrubar a decisão.

Sebrae lança artesanatos com selo de indicação geográfica

Artesanatos de oito regiões brasileiras que receberam os primeiros selos de indicação geográfica (IG) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) podem ser vistos gratuitamente pelo público na exposição Feito Aqui, aberta esta semana no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (Crab), na Praça Tiradentes, região central do Rio de Janeiro. A mostra permanecerá aberta até 18 de novembro.

A coordenadora do projeto de Indicações Geográficas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional), Hulda Giesbrecht, ressaltou que a indicação geográfica traz um diferencial e torna o produto mais competitivo.

“O produto recebe o selo porque é produzido de acordo com uma descrição, com um regulamento de uso. Além de vir daquela região, ele tem uma qualidade específica que o diferencia dos demais produtos da mesma natureza que, às vezes, também são fabricados na mesma região”, explicou Hulda. Ao destacar essa qualidade, acrescentou Hulda, a indicação geográfica agrega valor, aumenta a competitividade do produto e traz desenvolvimento à região.

Seleção

Segundo Hulda, a seleção dos produtos artesanais que poderiam ser protegidos pelo selo de IG foi um movimento natural. O Sebrae divulgou o conceito de indicação geográfica, as regiões com produtos representativos procuraram o órgão. “A partir daí, o que nós fizemos foi aplicar um diagnóstico para verificar se as regiões atendem os critérios colocados pelo INPI”, disse.

Identificado o potencial das regiões, o Sebrae orientou os artesãos sobre o processo, ensinando-os a obter os documentos necessários, a levantar evidências, a descrever corretamente os produtos e a medir a qualidade deles. “A gente ajuda nesse processo até levar ao INPI, que analisa a documentação e faz o reconhecimento”. Hulda reforçou que outras regiões com artesanato típico podem pedir apoio do Sebrae para obterem a classificação.

Atualmente, 55 produtos brasileiros receberam o selo de indicação geográfica do INPI, entre os quais café, queijo, cachaça, frutas e, de artesanato, os oito produtos que a exposição Feito Aqui apresenta.

Peças

A mostra reúne artesanato em capim dourado da Região do Jalapão, no Tocantins, primeiro produto artesanal a receber o selo de IG do INPI, em agosto de 2011; panelas de barro de Goiabeiras (ES), primeiro bem cultural registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial em 2002 e que conquistou o selo de IG do INPI em outubro de 2011, e peças artesanais em estanho de São João del Rei (MG), que obtiveram o selo de IG em fevereiro de 2012.

Os demais produtos com identificação geográfica são opalas preciosas e joias artesanais de Pedro II (PI), com selo obtido em abril de 2012; têxteis em algodão colorido de Campina Grande (PB), com selo concedido em outubro de 2012; renda irlandesa da região de Divina Pastora (SE), com certificação concedida em dezembro de 2012; renda renascença do Cariri Paraibano (PB), que ganhou o selo em setembro de 2013, e bordado filé da Região das Lagoas Mundaú–Manguaba (AL), com selo obtido em abril de 2016.

Potencial

De acordo com Hulda Giesbrecht, o Sebrae está avaliando outros produtos artesanais em diversos estados, como Alagoas e Minas Gerais, para levantar o potencial e ajudar na estruturação do pedido de reconhecimento como IG. “O Brasil tem um potencial muito grande para artesanato”, ressalta. Para a coordenadora do projeto, o grande desafio hoje é fazer com que o conceito de IG seja conhecido pela sociedade e pelo mercado e espalhe-se pelo país.

Hulda comparou o trabalho ao que ocorreu até recentemente com a certificação de produtos orgânicos. “As pessoas não sabiam o que eram produtos orgânicos, que benefícios tinham desses produtos. Hoje, eles têm uma disseminação cada vez maior, até porque têm o selo do produto orgânico”. A certificação é uma evidência da origem desse produto para a compra pelos consumidores. A indicação geográfica, no entanto, é um conceito muito conhecido na Europa, mas ainda novo no Brasil. “A gente está nesse processo de disseminar esse conceito para que as pessoas possam conhecer”, comenta.

Temer discute ajuste fiscal e reforma da Previdência após almoço com ministros

O presidente Michel Temer reuniu-se hoje (9) com alguns ministros para debater a agenda econômica a ser implementada nos próximos meses. De acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, um dos participantes da reunião, o governo decidiu retomar agora, “com toda a ênfase”, a discussão que trata da aprovação da reforma da Previdência Social no Congresso Nacional.

Meirelles disse que é “fundamental” que se aprove as mudanças na Previdência neste ano para que o Brasil entre em 2018 com a reforma feita, o que aumentará a confiança na recuperação econômica. Na opinião do ministro, será possível concluir a votação da reforma em outubro, mesmo com o atual cenário político que o Brasil vive.

“A agenda da reforma da Previdência e de outras reformas econômicas vai muito além de um governo, de um determinado momento do país. Está claro que, a manter a presente trajetória fiscal, o Brasil terá problemas importantes e sérios nos próximos anos”, declarou o ministro. Para Meirelles. os parlamentares que pretendem concorrer nas eleições de 2018 e participar do governo em 2019 são os maiores interessados na aprovação da reforma da Previdência neste ano.

Segundo o ministro, a situação fiscal demanda preocupações, mas existe um grande grau de confiança no mercado expresso pela alta das bolsas e pela queda do câmbio e dos juros. “A gente pressupõe que as reformas fundamentais estão sendo aprovadas e que o teto de gastos está sendo implementado, mas evidentemente, para que isso se consolide, a reforma da Previdência é fundamental”, advertiu.

Ajuste fiscal

O ministro Henrique Meirelles informou que as medidas provisórias relativas ao ajuste fiscal ainda não têm data para serem publicadas. “Essas medidas estão sendo processadas, e eu não tenho a informação do dia especifico que serão editadas”, informou. Para cumprir a meta de déficit primário (resultado negativo nas contas do governo desconsiderando os juros da dívida pública) de R$ 159 bilhões em 2018, o governo pretende antecipar a cobrança de Imposto de Renda dos fundos exclusivos de investimento, adiar os aumentos de salário dos servidores públicos por um ano e aumentar, de 11% para 14%, a contribuição dos servidores federais para a Previdência do serviço público.

As declarações do ministro Meirelles foram feitas à imprensa após almoço no Palácio do Jaburu com o presidente Michel Temer. Também participaram do almoço os presidentes da Câmara, deputado Rodrigo Maia; do Senado, senador Eunício Oliveira; os ministros da Justiça, Torquato Jardim; da Secretaria-Geral, Moreira Franco; da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, e da integração Nacional, Helder Barbalho.

Meirelles disse que a reunião teve dois momentos: o almoço e o debate da agenda econômica. Segundo o ministro, além dele e de Temer, os ministros Moreira Franco e Antonio Imbassahy participaram das discussões das medidas para a economia.

Fachin envia para primeira instância denúncia contra Lula, Dilma e Mercadante

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou para a primeira instância da Justiça Federal em Brasília a denúncia apresentada na última quarta-feira (6) contra os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Aloizio Mercadante. Ele contrariou pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que queria que o julgamento ocorresse no Supremo.

Lula e Dilma são acusados por obstrução de Justiça no episódio da nomeação do ex-presidente como ministro-chefe da Casa Civil, em março do ano passado. Segundo Janot, há indícios de que a indicação ao cargo por Dilma tenha servido para evitar que o ex-presidente tivesse a prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro.

Mercadante foi incluído na denúncia por ter sido flagrado em gravação com um assessor do ex-senador Delcídio do Amaral. Na conversa, o ex-ministro ofereceu apoio financeiro e jurídico a Delcídio para que ele desistisse do acordo de delação premiada.

Com a decisão de Fachin, a denúncia contra Lula, Dilma e Mercadante será analisada por um único juiz federal em Brasília, ainda não definido. Caberá ao magistrado decidir se abrirá processo criminal contra os três, tornando-os réus, ou se arquivará o caso.

Falta de vínculos

Janot tinha pedido que a ação permanecesse no STF por entender que a nomeação de Lula para a Casa Civil estava relacionada a outra denúncia, de formação de organização criminosa, apresentada na terça-feira (5). Além de Lula e Dilma, seis membros do PT foram denunciados nessa ação, que só tramita no Supremo porque a senadora Gleisi Hoffmann, uma das acusadas, tem foro privilegiado.

Apesar dos argumentos de Janot, Fachin informou não ver ligação suficiente para manter a segunda denúncia no Supremo. Sem foro privilegiado, Lula, Dilma e Mercadante podem ser julgados em primeira instância.

Arquivamento

Mais cedo, Fachin tinha arquivado inquérito contra Dilma, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e dois ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Dilma e Cardozo eram suspeitos de terem nomeado o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marcelo Navarro em 2015 para atrapalhar o andamento da Operação Lava Jato. Fachin atendeu ao pedido de Janot, que informou não ter encontrado indícios de favorecimento e havia pedido o arquivamento da investigação. O nome do ministro do STJ Francisco Falcão também constava desse inquérito.

ADM PE Vence Regional Nordeste de Bocha

Terminou na tarde deste sábado (09) o Campeonato Regional Nordeste de Bocha Paralímpica realizado em Caruaru. Em dois dias de competição o evento reuniu 64 atletas, 9 clubes, 7 cidades e 4 estados, nas disputas que aconteceram na quadra do Campus II da ASCES UNITA. O campeonato classificou os 3 atletas mais bem colocados nas 4 classes para a Copa Brasil de Pares e Equipes, e para o Campeonato Brasileiro Individual que irão acontecer em São Paulo nos meses de outubro e dezembro, respectivamente.

Pernambuco terá representantes nas quatro classes das competições nacionais. Os campeões do estado foram: Elielton Elan Paz da Silva, da UFPE, que venceu na Classe BC1; Hemerson Rafael da Silva, da ADVISA e Andressa Vitória de Oliveira, da UFPE, ambos pela Classe BC2; Alice Ribeiro da S. de Souza, da ADM, pela Classe BC3; e na Classe BC4, que só deu pernambucano, teve Ivanildo Pereira de Souza e Ricardson Reinaldo de Oliveira Silva pela ADM, e Luiz Carlos do Nascimento, representando a UFPE.

A realização do campeonato ficou por conta da Associação Nacional de Deporto para Deficiente (Ande) e contou com a organização da Associação de Pessoas com Deficiência de Caruaru (Apodec). A Asces Unita apoiou a iniciativa com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Caruaru, através das Gerências de Esportes e a de Direitos Humanos, por meio da Coordenadoria de Promoção das Pessoas com Deficiência.