Lei amplia oferta de vagas do Proupe para áreas do STEM+C

Governador Paulo Câmara assina edital de licitação da adutora de Serro Azul, em Palmares (49)

A partir do próximo ano, 60% das bolsas concedidas pelo Programa Universidade para Todos em Pernambuco (Proupe) serão destinadas às áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharias, Matemática e Computação (STEM+C). A medida foi oficializada nesta quarta-feira (18.10), com a alteração da Lei Estadual nº 14.430, de 30 de setembro de 2011, sancionada pelo governador Paulo Câmara, em solenidade no Palácio do Campo das Princesas. A mudança prevê ainda que, a partir de 2020, a oferta dessas vagas aumente para 70%. Além disso, um novo edital será lançado no próximo mês de novembro com expectativa de oferta de 1.200 novas bolsas. Criado há seis anos, o Proupe concede bolsas de estudo para alunos do Ensino Superior em autarquias municipais sem fins lucrativos.

“Com esse ato, a gente avança com relação à formação dos nossos alunos. Nós vamos priorizar mais a área de Exatas e dar a oportunidade também de ter uma reserva de vagas para os alunos com deficiência. E isso é uma inovação da Lei. Estamos reajustando o valor das bolsas, ou seja, entre 11% e 20% de reajuste, dependendo da faixa. Então, esse programa busca isso: juntar a necessidade de fortalecer as autarquias municipais com a nossa necessidade de formar cada vez melhores alunos para os desafios de ter um curso superior de qualidade e poder contribuir com o seu aprendizado, na formação de estudantes cada vez mais preparados em Pernambuco”, ressaltou Paulo Câmara.

O chefe do Executivo estadual anunciou, ainda, o lançamento de um novo edital em novembro. “Infelizmente, em 2016 e 2017, nós não conseguimos abrir vagas novas diante desse cenário econômico difícil, mas agora vamos abrir um novo edital. Estamos reformulando o programa, e eu acredito que isso fortalece muito as autarquias. Nós já estamos com 40% do quadro dessas autarquias com mestres e doutores. E isso mostra também o avanço que o programa tem possibilitado. Ao mesmo tempo, estamos conectados com os anseios do Estado”, salientou. Neste ano, estão sendo investidos R$ 9,7 milhões no programa pelo Governo de Pernambuco.

Visando estimular o desenvolvimento de novos talentos em áreas de importância estratégica para as economias criativa e digital, a nova Lei irá promover o aperfeiçoamento das competências técnicas e profissionais, de nível superior, nas áreas prioritárias (STEM+C). A reformulação do programa baseia-se na necessidade de preparar os pernambucanos para as transformações globais, assegurando condições para uma economia e sociedade digitais aptas a elevar a qualidade de vida e garantir o desenvolvimento econômico das gerações. A revisão do Proupe está prevista por lei, a cada cinco anos, contando com a participação de todos os atores envolvidos.

Além de priorizar os cursos das áreas STEM+C, a nova Lei do Proupe propõe estabelecer critérios acadêmicos efetivos para a seleção de alunos, com a nota mínima de 450 pontos no ENEM, e determinar critérios acadêmicos para vinculação e permanência das Autarquias Municipais de Ensino Superior no programa (mínimo de 33% de mestres e doutores), como explica a secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Informação, Lúcia Melo. “Nós vamos introduzir um elemento importante, que é o Enem, e que hoje já é algo consolidado, é o cartão principal, um passo importante para qualquer um entrar em uma instituição de Ensino Superior”, disse.

Ao criar limites para a dependência das Autarquias dos recursos estaduais (máximo de 40% do corpo discente), o programa irá estabelecer melhores mecanismos de governança, com uma maior abrangência e presteza na entrega de dados, e responsabilizar as Instituições de Ensino Superior (IES) pelas oportunidades de retorno social para os bolsistas – com oferta de atividades -, buscando excelência na educação em Pernambuco.

“Possuímos uma estrutura já consolidada, mas precisávamos de um fortalecimento como esse para retomar o Proupe com força total. Esse programa é, para nós, uma política pública exitosa. Nós não conhecemos nenhum estudante que tenha cursado um curso superior em qualquer uma das autarquias que não tenha tido a sua vida transformada”, declarou o presidente da Associação das Instituições de Ensino Superior do Estado de Pernambuco (Assiespe), Antonio Habib.

Participaram da solenidade também o secretário estadual de Educação, Fred Amâncio; o secretário da Casa Civil, Nilton Mota; o presidente do Conselho Estadual de Educação de Pernambuco, Ricardo Chaves Lima; o presidente da Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE), Abraham Sicsu; o reitor da Universidade de Pernambuco (UPE), professor Pedro Falcão; e os deputados estaduais Lucas Ramos, Roberta Arraes e Claudiano Martins Filho.

Com Temer, BNDES deve ter o pior ano da década, afirma Humberto

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O governo Temer é responsável pelo pior ano da década do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Nos primeiros nove meses de 2017, o desembolso da instituição somou R$ 50 bilhões, ante os R$ 62,2 bilhões no mesmo período de 2016. Se mantiver o mesmo ritmo, o banco deverá fechar o ano com menos de R$ 70 bilhões emprestados, número somente superior aos R$ 64,9 bilhões de 2007.

Para o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT), os números mostram que o governo age na contramão para garantir a retomada da economia brasileira. “O BNDES financia projetos importantíssimos que ajudam o desenvolvimento do nosso País. Numa época de crise, o banco deveria ter uma relevância maior ainda e ajudar a fomentar projetos que estimulem a economia, gerem empregos. Mas o governo Temer dá às costas à instituição”, afirmou.

Segundo dados do próprio banco, todas as fases do processo de crédito apontaram recuo, inclusive as consultas. Na comparação com o mesmo período de 2016, os atendimentos caíram 12%, as aprovações também tiveram baixa de 12%, enquanto que os enquadramentos recuaram 9%.

“É preciso fazer a roda da economia girar novamente. Mas o governo Temer parece ignorar os dados que se acumulam sobre os milhões de desempregados do País e o aumento da pobreza. Não faz absolutamente nada para mudar a situação. Segue apenas preocupado em salvar a sua própria pele em meio ao lamaçal de denúncias de corrupção”, disse Humberto.

Caruaru recebe workshop sobre gestão das academias de ginástica

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O Brasil é o segundo colocado no ranking dos países que mais investem em academias no mundo. Sendo assim, aumenta a exigência do público que procura o serviço destes espaços. Isso é reflexo do crescimento do número de adeptos a um estilo de vida saudável, levando esses estabelecimentos a se estruturarem de acordo com as necessidades apresentadas pelo cenário do mercado fitness.

Em Caruaru, apesar dos espaços públicos disponíveis para a prática de exercícios, é grande a procura pelas academias. Consequentemente, os profissionais responsáveis pelos estabelecimentos devem saber lidar com estratégias para se destacar no mercado regional, uma vez que 35 academias estão em funcionamento hoje na cidade.

Dentro deste contexto, a Acic, através da Câmara Setorial das Academias de Ginásticas realiza, no dia 21 de outubro, a segunda edição do Work Fitness que será no Armazém da Criatividade, em Caruaru. O evento é uma parceria com o Sebrae, e tem a finalidade de desenvolver o empreendimento das academias da região e fornecer propostas para elaboração de estratégias para os desafios da administração na área.

Neste ano, o evento traz o gestor em academias e assessor estratégico de grandes empresas, Almeris Armiliato, que fornece curso sobre os desafios ligados à aderência e fidelização dos clientes, liderança e comunicação na área. Na sua primeira edição, o workshop contou com o consultor Luis Amoroso, diretor e superintendente da Monday Academia, em São Paulo, que abordou estratégias de marketing, vendas e retenção de finanças dentro do ramo.

Esta edição do workshop tem como patrocinadores o Polo Caruaru, o Centro Universitário Asces/Unita e a Toolfit, empresa de consultoria para gestão de academias. O evento pretende atingir os empresários da área, gerando conhecimento e despertando novas fórmulas para estruturação destes espaços de práticas saudáveis.

Do lixo ao luxo

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Há mais de 50 anos, surgia em Curitiba a GS Fibras Naturais, uma das principais empresas brasileiras do mercado de mobiliários Premium. Já consolidada no Brasil e em outros países do mundo, entre eles os Estados Unidos, a empresa resolveu inovar e criou uma linha ecológica exclusiva, com móveis desenvolvidos artesanalmente com corda ecológica, produzidas a partir da reciclagem de garrafas PET.

O PET (Poli Tereftalato de Etileno) é um plástico utilizado tradicionalmente em garrafas de refrigerantes, aguas e sucos. Mesmo com a aparência frágil, ele é de difícil degradação, o que acaba gerando grandes problemas para o meio ambiente. Por outro lado, sai matéria-prima pode passar por uma limpeza especial e ser reaproveitada para a criação de outros produtos. Pensando no bem do Planeta, a GS Fibras Naturais foi a primeira empresa brasileira a fabricar uma linha inteira de móveis com cordas PET, que utiliza em sua fabricação 100% de material proveniente de garrafas PET recicladas. Para produzir 1kg de corda PET, são tiradas da natureza 20 garrafas PET de 2 litros.

“Derivado do poliéster, o PET apresenta um alto grau de resistência, além de ter baixa elasticidade, o que o qualifica como um dos melhores materiais para utilizar na fabricação de cordas para amarração. Nossas cordas são testadas em laboratórios e possuem laudo técnico que atestam sua capacidade à ruptura, indicado qual é seu limite e garantindo um produto de qualidade para o consumidor”, explica Vitor Stival, diretor da GS.

No total, a Linha PET da GS Fibras Naturais apresenta quase 50 peças exclusivas, entre elas o Puf Rosembaum, desenvolvido pelo designer Marcelo Rosenbaum, peça que recebe 60 garrafas PET em sua produção. Outros destaques da linha, disponíveis em várias cores, ficam por conta da das cadeiras Cottagge e Sarah; das poltronas Catarina, Cozumel, Gala, Sunshine, Umbrella, Lacada e Princess; dos pufs Max e Audi; da mesa de centro Val; e da espreguiçadeira Polo.

“Todas essas peças são montadas manualmente para garantir a máxima qualidade. Além das cordas ecológicas, nossos produtos são desenvolvidos com madeiras licenciadas, tudo para garantirmos a sustentabilidade dos nossos produtos e, principalmente, para contribuirmos para um mundo melhor para todos”, completa Vitor.

Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho da empresa curitibana, que está presente nas principais multimarcas do país, acesse o site www.gsmoveis.com.br.

Programa de mestrado de universidade britânica alia estudo à experiência profissional

No Reino Unido, o brasileiro pode combinar mestrado com trabalho na sua área de estudo. A BPP University, universidade inglesa de ponta e com taxa de empregabilidade de 96%, oferece em alguns dos seus programas de mestrado o módulo Professional Development Practice (PDP). Esse módulo prepara o aluno para a carreira escolhida, com o objetivo de aumentar sua empregabilidade.

O programa tem 18 meses (12 meses de curso e seis meses de experiência profissional), sendo realizado na BPP Business School, em Londres, e funciona da seguinte forma: os alunos passam 12 meses estudando de acordo com o cronograma do mestrado escolhido (que pode ser o MSc Accounting and Finance, MSc Management, MSc International Marketing ou International MBA) e cursam, no mesmo período, o Professional Development Practice, que complementa as habilidades profissionais adquiridas no mestrado.

Entre as atividades realizadas neste módulo estão: simulações de entrevistas, desenvolvimento de plano de carreira, elaboração de currículo e portfólio, orientações sobre a utilização de redes sociais como mecanismo para exibir habilidades profissionais, discussões sobre temas como empreendedorismo e inteligência emocional, contato com órgãos e redes de profissionais, entre muitas outras.

Iskender Bogubaev, do Casaquistão, participante do programa e atualmente assistente administrativo na Insure-London LLP, diz que “o curso é planejado de um modo que prepara o aluno para o ambiente de trabalho e ajuda a rápida adaptação. O curso oferece habilidades e conhecimentos que o aluno certamente usará quando começar a trabalhar”.

Depois da conclusão dos 12 meses, os coordenadores do módulo viabilizam três entrevistas de emprego para o aluno, de acordo com as áreas pelas quais ele demonstrou interesse. Não há garantias de que o aluno conseguirá a vaga, mas a BPP University dá todo o auxilio necessário para que o estudante esteja preparado na hora do processo seletivo.

Dentro do PDP o aluno conta com o suporte do time de Desenvolvimento Profissional, uma equipe formada para apoiar o aluno na pesquisa, seleção de vaga, processo de candidatura e preparação para a entrevista.
Diana Vergara, colombiana que participou do programa e está atualmente trabalhando na Bloomberg, contou com o apoio do Time de Desenvolvimento Profissional.

“Desde que comecei o processo de encontrar um trabalho, o time tem sido de grande ajuda. Eu fiz uma apresentação e o time me orientou. Eles me treinaram para a entrevista, e ofereceram dicas para eu conseguir a vaga”, disse Vergara.

Mayte Ruiz, também colombiana, estagiária de European Sales, destaca as lições mais importantes: “A lição mais valiosa é que seremos para sempre estudantes. Não tenha medo se uma vaga de emprego parece intimidadora ou se você acha que não está totalmente preparada para a vaga, porque a experiência de trabalho é o melhor aprendizado”.

Feira e bolsas de estudos

Representantes da BPP University estarão presentes na UK Universities Fair, evento que reunirá instituições de ensino superior do Reino Unido em São Paulo (28/10), e no Rio de Janeiro (31/10). Uma excelente oportunidade para conversar diretamente com a BPP University sobre o módulo PDP e os outros cursos oferecidos pela instituição.

O PDP é uma oportunidade excelente para aqueles que querem incrementar a aprendizagem obtida no mestrado, tornando a experiência muito mais completa e aumentando suas chances de conseguir boas vagas no futuro.
Para os programas de mestrado, a BPP University está oferecendo uma oportunidade imperdível. Alunos que completarem sua inscrição até o dia 31/10 terão até £700 (cerca de R$ 2.880,08) de desconto nos valores dos cursos de MSc e MBA.

Para mais informações sobre os requisitos, assim como as documentações necessárias, entre em contato com as representantes da BPP University no Brasil através do e-mail: braziladmissions@bpp.com ou pelo telefone (11) 4081 – 1041.

Acordo PMDB-PSDB para livrar Aécio e Temer incluiu retorno da escravidão, diz Humberto

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Revoltado com a portaria de Temer (PMDB) que “revoga a Lei Áurea e reinstitui o trabalho escravo no Brasil”, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), afirmou que a medida, comemorada pela bancada ruralista e que humilha o Brasil internacionalmente, foi tomada em troca de votos para livrar “a cara do bandido-geral da República” na Câmara e tem de ser denunciada na Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Para o senador, é absolutamente aterrador a ilimitada capacidade do governo para a prática de crimes de toda natureza e atos de extrema perversidade, que surpreendem até mesmo seus aliados próximos.

Humberto lamentou que a portaria tenha feito o país deixar de ser referência, tão rapidamente, na luta contra a escravidão pela Organização Internacional do Trabalho e se tornado exemplo negativo ao mundo. Ele ressaltou que a própria secretária nacional de Cidadania de Temer, Flávia Piovesan, que preside a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, pediu a revogação da iniciativa.

Humberto contou que leu na BBC uma entrevista dela, “que tem reconhecidos serviços prestados à área de direitos humanos e aceitou integrar esse governo cretino, segundo ele, por talvez achar que pudesse oferecer algo a ele”.

“Ela diz que ficou perplexa e surpresa com a publicação do documento e que ele simboliza retrocessos inaceitáveis na luta pela prevenção, erradicação e fiscalização do trabalho escravo e viola frontalmente a Constituição, o Código Penal e os tratados de direitos humanos ratificados pelo Brasil”, observou.

O parlamentar espera que a secretária, que vai assumir, em breve, uma cadeira na Corte Interamericana de Direitos Humanos, possa denunciar internacionalmente essa atrocidade. “Limpe a sua biografia e ajude o Estado brasileiro a revogar a imundície que representa esse ato escravocrata”, pediu.

O líder da Oposição ainda conclamou os auditores fiscais do trabalho a não cumprir as determinações “ilegais” previstas na portaria, que “atentam contra a dignidade humana e não fazem justiça a quem expõe a própria vida para libertar seres humanos escravizados”.

“Tudo está sendo entregue para preservar a cabeça de Temer. Ele prometeu R$ 200 milhões em emendas para o PSDB livrar a cara dele no Senado e recompensar o PMDB lá na Câmara com apoio ao empastelamento da segunda denúncia da PGR. Desse grande acordo, faz parte a restauração da escravidão”, declarou.

Professores, que terá Programa de Residência Pedagógica com 80 mil vagas em 2018

O Ministério da Educação (MEC) lançou a Política Nacional de Formação de Professores nesta quarta-feira, 18. Inédita no país, a política abrange desde a criação de uma Base Nacional Docente até a ampliação da qualidade e do acesso à formação inicial e continuada de professores da educação básica. Só no Programa de Residência Pedagógica, o MEC vai ofertar 80 mil vagas a partir do próximo ano e serão investidos cerca de R$ 2 bilhões.

“A boa formação de professores é fundamental e tem um impacto direto dentro da sala de aula, principalmente, na questão da qualidade do ensino e do aprendizado das crianças e jovens nas escolas de educação básica do Brasil”, destaca o ministro da Educação, Mendonça Filho. “Um dos compromissos do MEC é valorizar o papel do professor e, ao mesmo tempo, iniciar essa valorização a partir da formação, com qualidade e reconhecimento. A residência pedagógica é um caminho que vai facilitar a amplitude do conhecimento prático profissional e a melhora da qualidade do ponto de vista de lecionar dentro da sala de aula”, completou.

A Residência Pedagógica faz parte da modernização do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e traz novidades, como a formação do estudante do curso de graduação, que terá estágio supervisionado, com ingresso a partir do terceiro ano da licenciatura, ao longo do curso, na escola de educação básica. O objetivo principal é a melhoria da qualidade da formação inicial e uma melhor avaliação dos futuros professores, que contarão com acompanhamento periódico. O programa tem como requisito a parceria com instituições formadoras e convênios com redes públicas de ensino.

Integração – A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, fez uma apresentação da nova política de formação e destacou a importância da qualidade do professor na melhoria do aprendizado. “Precisávamos de uma política nacional de formação de professores que fosse capaz de olhar não só para frente, mas também de melhorar os programas em andamento, buscando formas de integrá-lo, tendo em vista as mudanças na política educacional desde o início da atual gestão do ministro Mendonça Filho”, analisou, concluindo: “Pesquisas indicam que a qualidade do professor é o fator que mais influencia a melhoria do aprendizado. Isso significa que, independente das diferenças de renda, de classes sociais e das desigualdades existentes, a qualidade do professor é o que mais pode nos ajudar a melhorar a qualidade da educação”.

Índices como o do último Censo da Educação, divulgado em 2016, demonstram que, dos 2.196.397 professores da educação básica do país, mais de 480 mil só possuem ensino médio e mais de 6 mil, apenas o ensino fundamental. Cerca de 95 mil têm formação superior, sem cursos de licenciatura. Apenas 1.606.889 possuem formação em licenciatura, porém, muitos desses não atuam em sua respectiva área de formação.

Os princípios da Política Nacional de Formação de Professores consistem na maior colaboração entre União, redes de ensino e instituições formadoras; maior articulação entre teoria e prática em cursos de formação de professores e domínio sistêmico da BNCC, além de uma visão sistêmica e articulação entre instituições formadoras e escolas de educação básica. As mudanças partiram de um diagnóstico preocupante: desempenho insuficiente dos estudantes, baixa qualidade da formação inicial dos professores no país, um histórico de currículos extensos com ausência de atividades práticas e estágios curriculares sem planejamento e sem vinculação com as escolas.

Melhorias – Para a vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Maria Cecília Amendola, este é o primeiro passo para uma grande mudança na educação brasileira. “É um sonho de consumo dos gestores que tocam as redes de ensino”, declarou. “O professor sai da universidade e, quando entra na sala de aula, não sabe o que fazer. Tenho certeza que essa política vai, daqui a um tempo, refletir muito nos resultados dos estudantes das proficiências de português, de matemática e de todas as áreas do conhecimento. ”

Marcelo Costa, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) da regional do Centro-Oeste, destaca o diálogo que essas instituições têm tido com o MEC. “Hoje conseguimos perceber a concretização desse diálogo, principalmente, no que diz respeito a residência pedagógica, que vai estreitar o diálogo entre as universidades e as redes de ensino municipais e estaduais”, explica. “A formação de professores – primeira e segunda licenciatura – e a formação de gestores vai qualificar os profissionais que atuam na educação básica do país. Isso é muito importante. ”

A Política Nacional de Formação de Professores também inclui a criação da Base Nacional de Formação Docente. Essa base, que vai nortear o currículo de formação de professores no país, terá em sua proposta a colaboração de estados, municípios, instituições formadoras e do Conselho Nacional de Educação (CNE). Além disso, o MEC abrirá uma consulta pública para ouvir opiniões de especialistas e educadores de todo o Brasil no início de 2018.

Flexibilização do ProUni – A Política Nacional de Formação de Professores vai flexibilizar as regras para bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni) para o preenchimento de vagas ociosas. A partir do próximo ano, os professores que desejam fazer uma segunda formação em cursos de licenciatura poderão entrar no programa sem a comprovação de renda. O mesmo vai acontecer para o público geral interessado. Essa política de incentivo partiu do diagnóstico segundo o qual, das 56 mil bolsas para cursos de licenciatura, 20 mil estão ociosas. Para concorrer a uma dessas vagas, os interessados deverão participar de uma segunda chamada após a seleção regular.

Formação continuada – A partir de 2018, o MEC também vai reservar 75% das vagas da Universidade Aberta do Brasil (UAB) para a formação de professores que cursem seu primeiro ou segundo curso de licenciatura. A estratégia faz parte da política de continuidade da retomada da UAB, que não ofertava vagas desde o ano de 2014 e que, só em 2017/2018, oferece 250 mil vagas. O objetivo é investir, ainda, na ampliação de cursos de mestrado profissionalizante, abrangendo todas as áreas e componentes curriculares da BNCC. Serão oferecidos mestrados profissionais para professores de educação básica, cursos de especialização e o aumento da cooperação internacional nessa formação.

Empreendedorismo feminino cresce 34% em 14 anos, aponta pesquisa

Nos últimos 14 anos, o empreendedorismo feminino cresceu 34%, de acordo com uma pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com o Sebrae. As mulheres brasileiras conseguiram criar novos negócios na mesma proporção que os homens, sendo que mais de 7,9 milhões de mulheres abriram empresas. Elas também passaram a atuar em outros setores, que antes eram conhecidos por serem dominados por homens, como a área de tecnologia, segundo uma pesquisa feita pelo Linkedin, entre 2008 e 2016 aumentou para 18% o número de mulheres que ocupam cargos de liderança no setor de tecnologia.

Lecivânia Martins se enquadra nesse perfil, ela é cofundadora do grupo Docsystem – empresa líder no desenvolvimento de software de Gestão de Documentos, Conteúdo e Processos -, primeira empresa genuinamente brasileira a oferecer o sistema ECM (conjunto de tecnologias usadas para gerir o ciclo de vida da informação não estruturada dentro de uma empresa). “Eu comecei vendendo computadores, depois tive uma escola de informática, em seguida passei a trabalhar com softwares, pois enxerguei na área de TI uma oportunidade de crescer profissionalmente”, comenta Lecivânia. A empreendedora que atua há mais de 15 anos no setor, foi responsável por implementar projetos em grandes grupos, como Hospital São Camilo, Hospital do Câncer e na rede Unimed.

Segundo a pesquisa do GEM, as mulheres investem mais em capacitação e têm mais acesso à informação, o que ajuda na construção de empresas mais sólidas e lucrativas. “As mulheres têm algumas características que as favorecem, percebemos que em nossa empresa, elas são muito focadas, produtivas e responsáveis, e têm mais jogo de cintura na hora de lidar com o cliente”, acrescenta Lecivânia.

Para a especialista Sônia Sacramento, da S2R Assessoria Empresarial, a participação feminina em áreas que antes não tinham tanto interesse representa uma quebra de paradigma fundamental para o crescimento do setor. “A mulher tem uma visão mais flexível e consegue gerenciar problemas com mais facilidade, e quando esse trabalho é feito em conjunto com o homem, que também tem características bem peculiares, ambos conseguem aumentar a produtividade e gerar excelentes resultados para a empresa”, comenta.

Sobre

Sônia Sacramento – mestre em Administração de Empresas e pós-graduada em Gestão Empresarial, pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), graduada em Administração, diretora da S2R Assessoria Empresarial com mais de 30 anos de atuação em empresas de pequeno e médio porte e startups.

Lecivania Martins – formada em Administração de Empresas desde 2002, é Co-Fundadora do Grupo DocSystem. Especialista no planejamento, desenvolvimento e implementação de sistemas voltados para a transformação digital e automatização de processos de negócios. A empreendedora Iniciou sua carreira no setor de consultoria para implantação de sistemas de ECM (Enterprise Content Management) há 15 anos e foi responsável por implementar projetos em grandes grupos como Rodobens, Klabin Segall (agora PDG), dentre outros. Participou ativamente da histórica transformação digital pela qual tem passado a sociedade brasileira nos últimos anos, junto com Laudemir Valente fundou em 2006 a primeira empresa do Grupo DocSystem, com foco em desenvolvimento e implantação de sistemas de ECM (Enterprise Content Management) e BPM (Business Process Management). Atualmente o grupo possui três produtos diferentes, todos voltados para a gestão empresarial, inclusive um BI (Business Intelligence), e atua fortemente no mercado brasileiro, América Latina e recentemente abriu seu primeiro escritório no Estados Unidos, de onde pretende atender a outros países.

Brasil fecha mais de 700 mil empresas em dois anos

Recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de Pesquisa (IBGE), aponta que pelo segundo ano consecutivo o Brasil registrou um saldo negativo de empresas formais. Somente em 2015, 713,6 mil foram fechadas, enquanto 708,6 mil empresas novas entraram no mercado.

Caso esteja repercutindo o tema, sugiro como fonte Leonardo Castelo, fudador e presidente da Ecoville, primeira franqueadora de produtos de limpeza no país. O empreendedor, que iniciou seu negócio na rua por meio de uma humilde Kombi carregada de produtos de limpeza nos bairros de Joinville, hoje, comanda a primeira franqueadora do segmento de limpeza e conservação, com 142 lojas em operação em todo país e mais de 235 unidades vendidas.

Leonardo está à disposição para análise do cenário, além de falar com propriedade sobre os percalços enfrentados nesta caminhada e quais os métodos para driblar as dificuldades e conquistar sucesso.

27º Feteag aborda a Africanidade de 18 a 29 de outubro

Black Off_CRÉDITO JANOSCH ABEL

As cidades de Caruaru e Recife vão poder apreciar teatro da melhor qualidade, e de caráter internacional, tendo como norte o tema da “Africanidade”. O 27º Festival de Teatro do Agreste (FETEAG), realizado pelo grupo Teatro Experimental de Arte (TEA), com patrocínio da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru, será realizado de 14 e 29 de outubro, oferecendo espetáculos de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, Alagoas e São Paulo, além de provocações cênicas que chegam da Alemanha, Suíça, Itália e, especialmente, da África.

A programação, totalmente gratuita, conta com palestras, workshops, debates, seminários e oficinas, e ocupará não só casas de espetáculos, mas também espaços completamente alternativos, como casas e apartamentos residenciais, salões e associações de moradores de bairros periféricos e de distritos da zona rural de Caruaru. Se em 2016 o Festival propôs o tema “Corpos Fluidos”, abordando os limites entre teatro, dança e performance, desta vez, toda a relação cultural herdada da África permeia a 27ª edição.

“O tema deste ano, Africanidade, trata da herança cultural negra presente na nossa sociedade, como uma das bases da formação do Brasil como Nação. O evento busca abordar temas complexos como preconceito e identidade, através dos espetáculos selecionados e dos debates promovidos. Tudo vem na perspectiva de problematizar tais questões, pois primeiramente somos um festival de teatro. Queremos é romper ‘caixinhas’ e discutir, fugindo do patrulhamento ideológico”, explica Fábio Pascoal, produtor executivo do FETEAG.

Além de toda a programação, alunos de escolas da rede municipal de ensino da capital do Agreste serão levados a apreciar as peças infantojuvenis, na Mostra Estudantil de Espetáculos. O evento conta, ainda, com a Mostra Nacional/Internacional de Espetáculos Adultos (inclusive com sessões descentralizadas por bairros e zona rural de Caruaru) e um seminário sobre o tema Africanidades, Cultura e Resistência, que será realizado em diversos espaços da cidade de Caruaru, além de palestra e de workshop na UFPE (Recife). Os ingressos para os espetáculos nas duas cidades devem ser retirados na bilheteria dos teatros a partir de uma hora antes de cada sessão, mas é possível fazer reserva de entrada para a Mostra Profissional pelo site www.feteag.com.br. As inscrições para participar especificamente do espetáculo Brasil Em Casa: Home Visit Caruaru também devem ser feitas antecipadamente pelo site oficial do evento.

O 27º FETEAG conta com patrocínio da Prefeitura de Caruaru, através da Fundação de Cultura e Turismo (FCTC), incentivo do Funcultura e apoio da Caixa Econômica Federal, Goethe Institut (Alemanha), Prohelvetia (Suíça), Institut François (França), SESC Pernambuco e Prefeitura do Recife. “Apoiar um festival como esse é apoiar a arte, a cultura e ajudar a proliferá-las na nossa cidade é nossa missão”, finaliza Lúcio Omena, presidente da FCTC. A abertura do festival será nesta quarta (18), no Recife, às 20h, no Teatro Apolo, com a encenação de Black Off, da África do Sul. Em Caruaru, a abertura será feita na quinta (19), também às 20h, no Teatro Rui Limeira Rosal, com a peça angolana Amêsa. A programação completa pode ser conferida no site www.feteag.com.br.