Novo Protocolo garante tratamento de hepatite C

Todos as pessoas diagnosticados com Hepatite C contarão com tratamento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS), independentemente do dano no fígado. A atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas das Hepatites Virais foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (15/3). A ampliação da assistência faz parte da estratégia do Ministério da Saúde que visa atingir a meta de eliminar a enfermidade até 2030.

A universalização do tratamento foi anunciada ano passado pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante a abertura da Cúpula Mundial de Hepatites 2017 – World Hepatitis Summit. O evento reuniu Ministros da Saúde, especialistas em saúde pública e ONGs para discutir a eliminação das hepatites virais em todo o mundo.

“Este é mais um passo que o Brasil dá para garantir amplo acesso ao tratamento de hepatites, compromisso assumido por esta gestão” enfatizou o ministro Ricardo Barros. A expectativa é tratar 657 mil pessoas nos próximos anos para hepatites virais. No caso da hepatite C, a expectativa é ofertar tratamento para mais 50 mil pessoas neste ano.

O novo documento atualiza a ampliação do tratamento, diminuindo o tempo e melhorando a qualidade da assistência, na medida em que proporciona menos efeitos colaterais. Com o novo protocolo, o Ministério amplia o tratamento a todos os pacientes, permitindo inclusive alternativas para aqueles que não tiverem obtido a resposta virológica em tratamentos anteriores.

O protocolo também traz novas indicações de tratamento, como nos casos de coinfecção hepatite B e C que serão priorizados, independente do grau de fibrose; ampliação do acesso aos pacientes com Hemoglobinopatias e outras anemias hemolíticas, hemofilia e outras coagulopatias hereditárias que acentuam a evolução da lesão hepática.

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NOVOS MEDICAMENTOS
Também foi publicada hoje no Diário Oficial, a incorporação de novas de terapias para Hepatite C com genótipo 1 e 4, que inclui os medicamentos elbasvir + grazoprevir e ledispavir + sofosbuvir. Além de serem drogas com a mesma eficácia, são mais modernas e provocam menos efeitos colaterais. A incorporação também impacta na ampliação da oferta, já que, de acordo com as avaliações realizadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), esses medicamentos possuem custo menor.

Também foram incorporados métodos não invasivos para avaliar fibrose e indicação de tratamento imediato: APRI e FIB4 como primeira escolha. Antes era necessário biópsia hepática ou elastografia que comprovassem o grau de fibrose F3 ou F4 ou F2 há mais de 3 anos.

O novo protocolo possibilita também o tratamento para casos recém-diagnosticados com doença hepática avançada. Antes era necessário que o paciente apresentasse duas cargas virais com intervalo de 6 meses para que comprovasse a hepatite crônica , independente do grau de fibrose. Outra novidade é a extensão do tratamento de 12 para 24 semanas para os casos de Genótipo 3 com cirrose. Isso se deu devido aos resultados insatisfatórios do tratamento de 12 semanas.

Também são indicados ao tratamento, pacientes F2 diagnosticado por elastografia há mais de 3 anos. Antes, o paciente portador de lesão hepática fibrose F2 tinha acesso ao tratamento caso apresentasse biópsia há mais de 3 anos. Atualmente o paciente que tiver o diagnóstico de F2 através da elastografia também terá acesso ao tratamento. Outra indicação contemplada no novo protocolo são os portadores de genótipo 5 e 6. Não havia até 2015 – data do último protocolo – casos identificados do genótipo 5 e 6 no nosso Sistema de Gerenciamento de Ambiente Laboratorial (GAL).

Ministério inicia Campanha de Prevenção de Acidentes do Trabalho

O adoecimento ocupacional e as quedas do trabalho em altura serão o foco da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CANPAT), que será realizada pelo Ministério do Trabalho em todo país a partir de abril. “A novidade para 2018 é que, diferente dos anos anteriores, a campanha se estenderá por todo o ano, com o intuito de firmamos uma cultura de prevenção contínua contra acidentes do trabalho”, ressaltou o ministro interino do Trabalho, Helton Yomura, que participou na segunda-feira (19), em Brasília, de reunião sobre o tema com vários parceiros do governo e da sociedade civil.

Yomura destacou que o Ministério vai realizar eventos em todos os estados, com foco em datas específicas, como o 1º de maio, o Dia D de Inclusão de Pessoas com Deficiência e outras datas importantes para a Inspeção do Trabalho, como o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (27/07) e o Dia Nacional de Segurança e Saúde nas Escolas (10/10). “Queremos o engajamento de todos para que consigamos alcançar as metas e atividades previstas na campanha este ano”, enfatizou.

A diretora do Departamento de Saúde e Segurança do Ministério do Trabalho, Eva Patrícia Gonçalves Pires, chama a atenção para os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) demonstrando que as incapacitações e danos à integridade física dos trabalhadores decorrentes de acidentes e doenças do trabalho representam 4% do PIB, o que ultrapassa o valor de R$ 200 bilhões /ano somente no Brasil.

“A Canpat 2018 foi pensada de forma coletiva, junto com instituições apoiadoras, sejam parceiros institucionais ou associações relacionadas aos profissionais. Contamos ainda com o apoio de confederações de empregadores e centrais de trabalhadores, além de profissionais da área de segurança e saúde no trabalho no país”, salientou a diretora.

Entre as várias ações desenvolvidas na campanha deste ano, serão realizados estudos e diagnósticos envolvendo questões de segurança e saúde, a exemplo de acidentes e adoecimentos, temas da campanha. Dados da OIT de 2013 mostram que, do total de acidentes e doenças do trabalho observados em outros países, as doenças ocupacionais representam, em média, 84% desse número.

Já no Brasil, o número de Comunicações de Acidentes de Trabalho – CAT correspondentes a doenças ocupacionais é inferior a 2% do total, o que remete à necessidade de uma real verificação e estudo da questão. “Isso não quer dizer que os trabalhadores não adoecem, mas sim que os números, seja em vista da grande subnotificação e pela invisibilidade da doença do trabalho, não estão refletindo a realidade”, explica Eva.

Segundo a diretora, acidentes com trabalho em altura são frequentes e muitos prejudiciais no Brasil, tanto que o fato motivou a publicação de uma norma específica em 2012: a Norma Regulamentadora nº 35. “Mesmo assim, quedas de trabalho em altura ainda persistem em segundo lugar em óbitos por acidentes do trabalho típicos com CAT registrada, o que justifica a urgência em massificar o tema”, avalia.

Estratégia – Durante a campanha de 2018, o Ministério pretende publicar diversos materiais que serão distribuídos, como cartilhas sobre trabalho em altura e a NR-35, direcionado a pequenas empresas; cartilha sobre manutenção em fachadas; manual consolidado explicativo sobre a NR-35; Guia de Procedimentos da Inspeção do Trabalho (Manual de Fiscalização do trabalho em altura) e ainda cartilha sobre adoecimento ocupacional, que buscará orientar trabalhadores e empregadores sobre o tema.

Além disso, serão produzidos cartazes, banners e folhetos, que serão distribuídos pelas Superintendências Regionais nos estados e também por meio digital, numa extensa divulgação do tema nas redes sociais e nos sites dos parceiros. No link da Escola Nacional da Inspeção do Trabalho, via página do Ministério, todo o material da campanha estará livre para download ao público em geral.

A Canpat 2018 será iniciada em abril e finalizada só em outubro. Nesse período, o Ministério vai realizar vários eventos em todo país. “Entre os eventos estão previstos a realização de palestras de conscientização para país e alunos nas escolas, o lançamento do Prêmio de Frase e de Redação Escolar relacionados à Prevenção de Acidentes do Trabalho, destinados aos estudantes do ensino fundamental e médio e, paralelamente, a realização de operativos de fiscalização e seminários estaduais sobre conscientização”, frisou.

“Todo dia é dia de luta para mulher”, afirma Laura

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Ao falar no ato de premiação do concurso literário para mulheres idosas, na segunda, 19, à tarde, para um público feminino de 2 mil pessoas, Laura Gomes, líder da bancada do PSB na Alepe, enalteceu a capacidade de superação das participantes e observou que “além da vitória desse momento outras conquistas serão obtidas porque todo dia é dia luta da mulher em busca do respeito à sua dignidade embora seja longo o caminho a percorrer até vivermos tempos de igualdade para todos e todas”.

O concurso foi promovido pela Secretaria Estadual da Mulher, em parceria com entidades da sociedade civil, mobilizando mulheres acima dos 60 anos em todo o Estado. A premiação foi prestigiada pela secretária da Mulher, Sílvia Cordeiro, pelo governador Paulo Câmara e ocorreu no Teatro Guararapes, premiando dez concorrentes nas categorias de conto e poesia.

A deputada também observou que o prêmio, denominado Anita Paes Barreto, homenageou uma educadora de “sensibilidade social”, ex-secretária de Educação de Arraes e que foi presa na Ditadura acusada de subversão. Para Laura Gomes isso denota as históricas barreiras ao empoderamento feminino, que, todavia, não impediram conquistas e ações afirmativas. “Não serão assassinatos covardes, preconceitos, discriminações e violências morais e físicas que impedirão nossa marcha no rumo de um mundo melhor e mais justo”, declarou a socialista.

Museu Itinerante chega em Caruaru

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Com o objetivo de difundir a arte e a história de Pernambuco, o projeto Um Museu Itinerante, apoiado pelo FUNCULTURA, está em sua segunda edição levando cultura para o interior do Estado. O público poderá conhecer um pouco do rico acervo da coleção de obras do Museu do Estado de Pernambuco – MEPE, por meio de reproduções fotográficas das principais obras presentes no Museu, além de vídeo.

No período de 20 de março a 1º de abril, o projeto ficará no Museu Memorial de Caruaru. Antes, a exposição passou pelas cidades de Goiana e Limoeiro. O encerramento da segunda edição do projeto acontece em Recife, no próprio Museu do Estado de Pernambuco, em Recife, de 04 a 15 de abril.

“Expandir o acesso do público ao acervo do Museu do Estado de Pernambuco é um dos desafios desse projeto e acredito que estamos conseguindo realizá-lo com muito êxito. As pessoas têm recebido a exposição com muito interesse, ampliando seus conhecimentos sobre a história e a cultura do nosso Estado”, explica o produtor cultural e coordenador da exposição, Otavio Barros.

O público poderá conhecer um pouco mais da história do Estado, sua memória e arte, além das relações através do tempo com outras culturas. O material da exposição é composto por reproduções fotográficas de peças do acervo físico do MEPE, além de apresentação em vídeo com o histórico do MEPE e suas coleções e a produção de um catálogo e cartilha (exemplares também em braile) para auxiliar professores no trabalho de arte educação.

A primeira edição do projeto “Um Museu Itinerante” ocorreu em 2009, também incentivado pelo FUNCULTURA, onde percorreu seis municípios (Surubim, Gravatá, Caruaru, Jaboatão do Guararapes, Igarassu e Recife), contemplando cerca de 10 mil visitantes, realizando capacitação dos professores e extensão do trabalho educativo nas escolas estaduais.

ACERVO – Atualmente, a coleção do Museu do Estado de Pernambuco – MEPE, considerada um referencial para a arte e a história pernambucana, é composta por mais de 15 mil peças, divididas nas seguintes coleções: Carlos Estevão de Oliveira (arqueologia, arte indígena e etnográfica), Liceu de Artes e Ofícios (mobiliário estilo pernambucano), Brás Ribeiro (arte decorativa), Lívio Xavier (ex-votos), Afro-brasileira, Iconografia pernambucana e a de pinturas e desenhos enriquecida através dos Salões de Arte de Pernambuco.

Armando destaca trabalho de Mendonça à frente do MEC

SENADOR ARMANDO MONTEIRO EM ALMOÇO/REUNIAO NA FIEPE

Ao participar do projeto “FNDE em Ação”, iniciativa do Ministério da Educação (MEC), no município de Gravatá, na segunda-feira (19), o senador Armando Monteiro (PTB-PE) destacou o trabalho realizado pelo ministro Mendonça Filho à frente da pasta. Armando listou iniciativas realizadas durante a gestão de Mendonça no MEC, como a reforma do Ensino Médio, a mudança na Base Nacional Curricular, entre outras ações. No evento, que reuniu diversos prefeitos, o ministério anunciou a liberação de R$ 85 milhões para a construção de escolas, creches, quadras, mobiliário, equipamentos e aquisição de novos ônibus escolares.

“Hoje há uma compreensão no Brasil de que o maior desafio é o da educação. Qualquer que seja a dimensão da vida do País, seja na área social ou econômica, nós vamos encontrar sempre na raiz desses problemas a questão da educação”, afirmou Armando Monteiro. O senador pernambucano também ressaltou o trabalho desenvolvido pelo MEC em Pernambuco, ao estabelecer parcerias com municípios para o desenvolvimento da educação em todas as regiões do Estado.

“Eu sou testemunha de que todos os pleitos que dizem respeito a Pernambuco, de todos os atores políticos, independentemente de partidos, o ministro sempre teve a compreensão de essa é uma agenda suprapartidária. E a todos acolhia, recebia e dava posição. Você, Mendonça, fez muito por Pernambucano. Fez parcerias com os municípios e com o governo do Estado. Esse grande encontro foi um tributo e justo reconhecimento ao trabalho que realizou”, encerrou.

Artistas da Paixão de Cristo são tietados no aeroporto

Tonico Pereira C Foto Felipe Souto

Os artistas do elenco da temporada 2018 da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, Rita Guedes (Madalena), Tonico Pereira (Anás) e Kadu Moliterno (Pilatos), foram tietados pelos fãs ao desembarcarem na tarde desta segunda-feira (19) no aeroporto internacional do Recife.

Depois de almoçarem em uma churrascaria, eles seguiram para o município do Brejo da Madre de Deus, a 180 km da capital pernambucana, para iniciar os ensaios do espetáculo que começa no próximo sábado, dia 24 e vai até o dia 31.

Também estão no elenco os atores Renato Góes (Jesus), Fabiana Pirro (Maria), Victor Fasano (Herodes), Nicole Balhs (Herodíades).

Está será 51ª temporada da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. A cidade-teatro possui uma arrojada cenografia que reproduz lugarejos, ambientes e prédios da Jerusalém dos tempos de Jesus, como o Templo, Fórum Romano, o Palácio de Herodes e o Monte do Calvário. Além disso, um rico figurino e efeitos especiais de última geração completam a grandiosidade do espetáculo.

Ao todo, 450 atores e figurantes atuam no espetáculo sob a condução dos diretores artísticos Carlos Reis e Lúcio Lombardi. Em meio século de história, aproximadamente 3,8 milhões de expectadores já assistiram ao espetáculo. Mais informações: http://www.novajerusalem.com.br/.

Custos da indústria sobem 1,6% no último trimestre de 2017, diz CNI

Os custos da indústria brasileira com energia subiram 4,3% no último trimestre de 2017 em relação ao terceiro trimestre, informou nesta segunda-feira (19) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O aumento foi puxado pela alta de 11,1% do óleo combustível – provocada pela evolução dos preços internacionais do petróleo –, e da alta de 2,8% da energia elétrica.

Os custos com energia e com os produtos intermediários nacionais e importados foram os responsáveis pelo aumento de 1,6% no indicador de custos industriais do último trimestre de 2017 na comparação com o período imediatamente anterior, descontados os efeitos sazonais. O indicador de custos com intermediários domésticos subiu 3% e o de intermediários importados cresceu 3,7% no período.

Segundo a CNI, o indicador de custos com pessoal subiu 0,5% no quarto trimestre de 2017 em relação ao terceiro. No entanto, as quedas de 7,6% dos custos com capital de giro e de 1,2% no custo tributários compensaram os outros aumentos.

Com o aumento de 1,6% no último trimestre, o Indicador de Custos Industriais fechou 2017 com um crescimento de 0,6% na comparação com 2016. Foi o segundo menor aumento desde 2007, quando o Indicador começou a ser calculado, e só ficou à frente da queda de 1,9% nos custos registrada em 2009.

Entre os componentes do custo de produção, o que mais subiu em 2017 foi o custo com pessoal, que teve aumento de 3,8% frente a 2016. O custo com energia aumentou 3,4% e, o com bens intermediários, 1,1%. O custo tributário caiu 0,4% e o de capital de giro recuou 20,9%.

Lucros

O estudo da CNI mostra ainda que, enquanto os custos industriais subiram 0,6%, os preços dos produtos manufaturados aumentaram 1,6% no mercado interno em 2017 comparado a 2016. “Com isso, as empresas conseguiram recompor as margens de lucro, mas continuaram perdendo competitividade diante dos importados”, diz a CNI.

Enquanto os custos industriais subiram 0,6%, os preços dos produtos manufaturados importados caiu 7,7% em reais. O preço dos produtos manufaturados no mercado dos Estados Unidos também caiu 6,2%.

Atividade econômica cai 0,56% em janeiro

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Atividade econômica recuo 0,56% em janeiro na comparação com dezembro, mas cresceu 2,97% em relação a janeiro de 2017     Arquivo/Agência Brasil

A atividade econômica iniciou o ano em queda. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central (BC) na internet, o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) registrou retração de 0,56% em janeiro, comparado a dezembro.

Na comparação com janeiro de 2017, houve crescimento de 2,97%, de acordo com os dados sem ajustes já que a comparação é entre períodos iguais.

Em 12 meses encerrados em janeiro, houve expansão de 1,2% nos dados sem ajustes. O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.

O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
Mas o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), –  a soma de todas as riquezas produzidas no país -, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Marinha colombiana resgata 40 imigrantes ilegais

A Marinha colombiana interceptou nas últimas horas uma embarcação em águas do Caribe e resgatou 40 imigrantes ilegais procedentes de Bangladesh, Cuba, Índia, Nepal e Paquistão, informou nesta segunda-feira  (19) a instituição. A informação é da Agência EFE.

A operação foi realizada no setor “Punta Reserva”, situado na área geral de Turbo, no departamento de Antioquia (noroeste).

O grupo de 40 estrangeiros foi transportado às instalações da Guarda Costeira de Urabá, onde os imigrantes receberam atendimento médico e posteriormente foram postos à disposição da Agência de Migração, acrescentou a Marinha em comunicado.

Neste ano, 192 migrantes foram resgatados no Golfo de Urabá pela Marinha colombiana.

Em uma operação realizada na semana passada em Turbo, as autoridades revistaram 20 hotéis, onde detectaram 200 migrantes ilegais.

Também na semana passada, a Marinha colombiana interceptou uma embarcação no Oceano Pacífico e recuperou 24 imigrantes ilegais procedentes de Angola, Camarões, República Democrática do Congo e do Equador.

Moro critica possibilidade de revisão da prisão em segunda instância pelo STF

O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, determinou nesta segunda-feira (19) o cumprimento imediato da pena do ex-vice-presidente da construtora Engevix Gérson Almada, condenado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro a 34 anos e 20 dias de prisão em regime fechado.

Ele é acusado de ter pago mais de R$ 15,2 milhões em propina a ex-diretores da Petrobras para viabilizar a contratação de obras em ao menos quatro refinarias da estatal petroleira, incluindo as unidades de Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Comperj, no Rio de Janeiro. A prisão foi decretada após o empresário ter esgotado todos os recursos interpostos na segunda instância, via Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).

Segundo determinação do juízo, Almada deve se apresentar nesta terça-feira (20) na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Depois, será transferido para o Complexo Médico Penal em Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense, onde estão os demais presos da Lava Jato. O magistrado ressaltou que o recurso especial de Almada no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ainda não julgado, não tem efeito suspensivo para evitar a prisão.

No despacho que determinou a detenção de Gérson Almada, o juiz Sérgio Moro criticou a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) rever a decisão que autorizou, em 2016, o cumprimento da pena após condenação em segunda instância. A revisão pode ser incluída na pauta do STF por meio de um recurso protocolado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pretende suspender sua condenação a 12 anos e um mês de prisão na ação penal do tríplex do Guarujá (SP).

“Uma eventual alteração seria desastrosa para os avanços havidos recentemente em prol do fim da impunidade da grande corrupção no Brasil, avanços estes, aliás, talvez iniciados de maneira mais incisiva, com o julgamento pelo plenário do Supremo Tribunal Federal da Ação Penal 470 [Mensalão], em 2012, e que prosseguiram com investigações e ações penais relevantes, incluindo a presente, nos anos seguintes, conforme reconhecido inclusive internacionalmente”, afirmou o magistrado.

Sérgio Moro acrescentou que a prisão em segunda instância “acaba com o faz de conta das ações penais que nunca terminam, nas quais o trânsito em julgado é somente uma miragem e nas quais a prescrição e impunidade são realidade”. Ainda de acordo com Moro, a “presunção de inocência não deve ser interpretada como um véu de ignorância que impede a apreensão da realidade, nem como um manto protetor para criminosos poderosos, quando inexistir dúvida quanto a sua culpa reconhecida nos julgamentos”.

Ao dizer que espera que a jurisprudência do Supremo não seja revista, o juiz Sérgio Moro citou nominalmente, em um aceno elogioso, os ministros Rosa Weber, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Marco Aurélio e Ricardo Lewandovski, integrantes do STF que tendem a votar pela contra a prisão em segunda instância, com base na tese constitucional de que os réus só devem cumprir a pena após o trânsito em julgado das ações penais.