Alta dos preços dos combustíveis provoca aumento de 4,3% nos custos industriais com energia, informa CNI

Os custos da indústria brasileira com energia subiram 4,3% no último trimestre de 2017 em relação ao terceiro trimestre, com o ajuste sazonal. O aumento foi puxado pela alta de 11,1% do óleo combustível, provocada pela evolução dos preços internacionais do petróleo. Além disso, o preço da energia elétrica teve uma alta de 2,8%, informa o Indicador de Custos Industrial, divulgado nesta segunda-feira, 19 de março pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Conforme o estudo trimestral, os custos com energia e com os produtos intermediários nacionais e importados foram os responsáveis pelo aumento de 1,6% no indicador de custos industriais do último trimestre de 2017 na comparação com o período imediatamente anterior, descontados os efeitos sazonais. O indicador de custos com intermediários domésticos subiu 3% e o de intermediários importados cresceu 3,7% no período. A CNI observa que, mesmo com aumentos expressivos, a energia e os insumos importados têm participação menor no custo da indústria.

O indicador de custos com pessoal subiu 0,5% no quarto trimestre de 2017 em relação terceiro, na série com ajuste sazonal. No entanto, as quedas de 7,6% dos custos com capital de giro e de 1,2% no custo tributários compensaram os outros aumentos, analisa a CNI. Com o aumento de 1,6% no último trimestre, o indicador de custos industriais fechou 2017 com um crescimento de 0,6% na comparação com 2016. Foi o segundo menor aumento desde 2007, quando o indicador começou a ser calculado, e só ficou à frente da queda de 1,9% nos custos registrada em 2009.

“O baixo crescimento dos custos em 2017 derivou tanto de um crescimento mais moderado nos custos com pessoal e com intermediários domésticos quanto da queda do custo com intermediários importados e com capital de giro”, diz o estudo.

Entre os componentes do custo de produção, o que mais subiu em 2017 foi o custo com pessoal, que teve um aumento 3,8% frente a 2016. O custo com energia aumentou 3,4% e, o com bens intermediários, 1,1%. O custo tributário caiu 0,4% e o de capital de giro recuou 20,9%.

LUCRO E COMPETITIVIDADE – O estudo da CNI mostra ainda que, enquanto os custos industriais subiram 0,6%, os preços dos produtos manufaturados aumentaram 1,6% no mercado interno em 2017 frente a 2016. Com isso, as empresas conseguiram recompor as margens de lucro, mas continuaram perdendo competitividade diante dos importados.

Enquanto os custos industriais subiram 0,6%, os preços dos produtos manufaturados importados caiu 7,7% em reais. O preço dos produtos manufaturados no mercado dos Estados Unidos também diminuíram 6,2%.

Mercado automobilístico brasileiro tem retomada no interesse e no potencial em 2018

carros

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a retomada de crescimento da indústria automobilística foi uma constante no primeiro bimestre de 2018. A produção e o licenciamento de autoveículos registraram crescimento de dois dígitos de janeiro até março. Nos dois primeiros meses do ano, 431,6 mil veículos foram produzidos no Brasil. O número corresponde a uma alta de 15% em comparação com o mesmo período de 2017, o que representa um impacto positivo para o setor.

Embora os números apontem aumento, para o professor de finanças do ISAE – Escola de Negócios, Antônio Jorge Martins, a retomada do interesse e do potencial de mercado automobilístico brasileiro ainda é um grande desafio. Principalmente pelo fato das novas gerações terem cada vez menos pretensão de adquirir o próprio veículo, as empresas devem buscar a modernização e a adaptação às novas demandas. Por outro lado, isso pode vir a trazer um aumento de valores. “Os setores que possuem evolução tecnológica tendem a apresentar crescimento real dos preços praticados, por conta da necessidade de amortizar os investimentos tecnológicos em um prazo cada vez menor e tendo em vista a constante evolução”, explica.

De acordo com Martins, a preocupação atual da sociedade se volta para a mobilidade como um todo deixando de se engajar, necessariamente, no senso de propriedade. “Para dispormos dessa mobilidade total, a tendência é de crescimento do número de empresas que possam oferecer tais serviços, pois a mobilidade se voltará para as mais diversas camadas da sociedade que hoje possuem dificuldades de locomoção, como idosos e crianças”, comenta.

Deve-se levar em conta, também, o aumento do compartilhamento de veículos, presente de forma constante no panorama atual. Para o professor, por conta disso, o setor automotivo tende a concentrar seus esforços na prestação de serviços, deixando de focar exclusivamente em produtos. “A estratégia dos fabricantes do setor caminha para desenvolver os pilares de conectividade, design e motorização, sendo que a preocupação deste último item se volta para sustentabilidade como a eliminação de combustíveis fósseis e para a economia. Quanto a conectividade, que tende cada dia mais a ser um diferencial, o ‘top’ deste pilar representará o carro e caminhão autônomo”, completa o especialista.

Chocolate sem exageros

Pois é, o ano realmente está voando, o carnaval mal passou e a Páscoa já vem batendo na porta, e junto com ela, as infinitas ofertas de chocolates e doces, não muito saudáveis, para presentear e consumir. A nutricionista e Pedagoga Fabiana Pedrosa, da Tia Cantinas + Saudáveis – responsável pela alimentação do Colégio Motivo – alerta para a enorme variedade de ovos de Páscoa disponíveis no mercado, alguns podem ser mais saudáveis do que outros. “O ideal seria consumir o chocolate que tem 100% de cacau, ou mais próximos disso. Querendo outras opções, a guloseima poderia ser acrescida de oleaginosas ou flocos de arroz”, explica. A matéria-prima do chocolate, o cacau, além de ser uma fonte rica de energia, pela composição de carboidratos, possui também altas taxas de fósforo e vitamina C, o que o torna eficaz reforço para o sistema imunológico. “Além disso, é um poderoso antioxidante, por ser rico em flavonoides”, acrescenta a nutricionista.

Por isso, o maior percentual de cacau – e consequente menor percentagem de açúcar e leite – é benéfica. Os recheios tendem a deixar o ovo ainda mais calóricos. Fabiana sugere substituir o ovo de Páscoa com percentual de cacau menor do que o sugerido, por outro ingrediente de sabor semelhante e com propriedades nutricionais mais interessantes, a exemplo dos ovos de Páscoa de alfarroba. “Na cantina do Motivo oferecemos o bombom de cacau, o brigadeiro de macaxeira, o docinho de cenoura, e o muffin de beterraba com cacau, que são bem aceitos pelas crianças”, diz. O importante é escolher o ovo de Páscoa ideal e aproveitar a ocasião sem exageros.

Receita:

OVO DE PÁSCOA DE ALFARROBA

*ALFARROBA Naturalmente doce, a alfarroba dispensa o uso de açúcar na fabricação de seus produtos. É uma ótima alternativa ao chocolate, pois além de não conter estimulantes como cafeína e teobromina, ela é rica em vitaminas e minerais. Em 100g do produto você encontra 303mg de cálcio, 633mg de potássio e 126mg de fósforo, além de outros minerais como ferro, zinco e as vitaminas E, B6 e B12.

Rende 6 ovinhos

*Chama as crianças para fazer com você. A receita é bem fácil

Ingredientes:

100g de alfarroba Compre duas barrinhas de alfarroba, de 50g cada.

1 panela;

2 bowls (pelo menos uma das vasilhas deve ser de vidro, para ir em banho-maria);

*Para esta receita, sugiro o formato da forma dos ovinhos de Páscoa pequenos, no material de acetato com molde de silicone.

Modo de preparo:

Corte a alfarroba em pedaços pequenos. assim ajuda a derreter mais fácil.

Coloque a alfarroba numa vasilha de vidro e derreta em banho-maria mexendo sem parar.

Espere o alfarroba esfriar um pouco e preencha as forminhas.

Para retirar o ar e assentar a alfarroba derretida, dê leves batidinhas com o fundo da forma em uma superfície lisa.

Leve à geladeira por 3 ou 4 horas.

Para saber se está bom, é só testar se estão soltando facilmente

*Desinforme, cubra com papel alumínio e embrulhe com papel celofane de sua preferência, fechando o ovo de Páscoa com duas fitinhas coloridas.

Agora é só esconder tudo no domingo para a caça aos ovos! Boa Páscoa !!!

ARTIGO — Gracias a Brasil

Maurício Rands

Muchas gracias por parte de los venezolanos a los brasileños que han ayudado, abierto las puertas y acogido a los venezolanos, les han dado su mano, les han dado su comida. Gracias a Brasil por lo qué han hecho por los venezolanos’. Este foi o agradecimento que ouvimos da fotógrafa venezuelana durante a Missão OEA-Itamaraty que esteve na fronteira na semana passada. Pablo, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), reitera a importância do reconhecimento formal de que a Venezuela se encontra em crise humanitária. Incrível. Para que reconhecer o óbvio? Como a Venezuela não o faz, alguns organismos internacionais se defrontam com dificuldades para viabilizar uma ajuda maior. Mesmo assim estão fazendo um trabalho inacreditável. E querem fazer mais. ACNUR, OIM, FUPAD, OEA, OPAS, Fraternidade, Igrejas, etc. Sem eles, os milhões de migrantes e refugiados venezuelanos estariam em condições ainda mais precárias.

O Governo do Brasil tem feito muito. A crise humanitária que se agudiza em Boa Vista e Pacaraima, em Roraima, é avassaladora. Boa Vista tem cerca de 300 mil habitantes. Em poucos meses, recebeu um contingente de mais de 10% de sua população. Natural que os serviços de assistência, saúde e educação estejam assoberbados. O Presidente Temer criou uma coordenação interministerial para centralizar as ações e recursos. Em 2/3/2018, editou a Medida Provisória n° 823, que abriu um crédito extraordinário em favor do Ministério da Defesa no valor de R$ 190 milhões para “assistência emergencial e acolhimento humanitário de pessoas advindas da República Bolivariana da Venezuela”. Com esses recursos, o Exército está construindo e reformando abrigos, e fornecendo-lhes equipamentos e mantimentos. Em ritmo acelerado porque as chuvas começam em um mês. Os abrigos estão em variados graus de organização. O pior, o Tancredo Neves, tem esgoto a céu aberto, corredor do pó e violência. Os banheiros, imundos. Outros já estão mais organizados. Caso dos dedicados apenas aos índios (Warao e Eñapa), como Pintolândia (700 pessoas) e Casa de Passagem de Pacaraima (500). Apesar de estarem em abrigos um pouco melhor, esses indígenas sofrem de muitas doenças. No último, p. ex, já existem 5 casos de AIDS, e outros tantos de tuberculose, sarampo e catapora.

Nossa missão da OEA que esteve em Roraima viu cenas impressionantes. De dedicação de voluntários e organismos internacionais. De servidores públicos brasileiros, militares e civis, empenhados em assistir aos venezuelanos. Com vacina, exames médicos, comida, gestão de abrigos e documentação para vistos de residência ou de refugiado. Testemunhamos um sentimento genuíno de solidariedade e de superação de dificuldades. Inclusive das burocráticas. Como foro de todo o continente, a OEA pode auxiliar o diálogo e a informação sobre o fenômeno. A OEA e sua fundação operativa (Fundação Panamericana para o Desenvolvimento – FUPAD) está contribuindo no reforço ao governo brasileiro e às demais instituições nacionais e internacionais, públicas e privadas. Inclusive com a construção de unidades de saúde e escolas. A OEA está igualmente se envolvendo no esforço de captação de doações e de viabilização de programas para que os venezuelanos no Brasil tenham oportunidades de geração de renda, inclusive interiorizando-se para outros estados. Nossa missão pôde testemunhar que não são poucos os migrantes com potencial de requalificação.

Conversamos com pessoas de todos os níveis de formação: de pedreiros, profissionais de saúde, de segurança a engenheiros, radiologistas, membros da guarda nacional e outros. Todos querem trabalho. O Brasil está sendo reconhecido como um país que tem uma das leis de migração mais avançadas do mundo, a Lei 13.445/2017, proposta pelo Ministro Aloysio Nunes. Essa solidariedade internacional do país diante de uma crise humanitária das proporções da venezuelana vai aumentar ainda mais o conceito brasileiro no concerto das nações abertas.

Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Alepe visita lixões e aterros sanitários de PE a partir desta ​ terça (20)

Estima-se que por dia são depositadas a céu aberto em Pernambuco 4,4 toneladas de lixo. Nesse sentido, o levantamento feito pelo Tribunal de Contas de PE em 2017, divulgado em fevereiro deste ano, aponta que 114 municípios do Estado (62%) descumprem a Lei Nº 12.305/2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a qual trata da destinação correta dos resíduos sólidos, através, entre outros pontos, da eliminação dos lixões, que deveriam ter sido encerrados até agosto de 2014.

Também de acordo com levantamento apresentado pelo TCE, de agosto de 2014 até 20 de fevereiro de 2018, já foram despejados no meio ambiente cerca de 5,7 milhões de toneladas de lixo – o suficiente para ocupar mil campos de futebol. Segundo o estudo, 51 municípios (27,7%) depositam os resíduos de forma correta, em aterros sanitários, enquanto que 10,3% das cidades operam com aterros controlados. Dados do Tribunal apontam ainda que Pernambuco vai precisar de ao menos nove anos e quatro meses para acabar com os lixões, se mantido o ritmo de implantação dos aterros sanitários dos últimos dois anos.

Baseado em dados como esses e nos impactos ambientais, bem como, nos riscos à saúde, atrelados à destinação incorreta do lixo, o deputado estadual Zé Maurício, à frente da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMAS) da Alepe, propôs visitas periódicas aos principais aterros sanitários e lixões do Estado, a fim de identificar in loco o tratamento dado aos resíduos sólidos em PE. A primeira delas está prevista para terça-feira (20/03) ao Centro de Tratamento de Resíduos (CTR Candeias), que recebe os resíduos provenientes de Jaboatão, Recife, Cabo de Santo Agostinho, Moreno, São Lourenço da Mata e Vitória de Santo Antão.

“Desde 2017, vimos promovendo debates no âmbito da CMAS, com personalidades e instâncias relacionadas à destinação correta dos resíduos sólidos, para tentarmos chegar a uma solução viável para o problema”, aponta Zé Maurício. “Além dos catadores, recebemos membros da Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), prefeitos de alguns municípios pernambucanos, como o de Toritama (que teve seu lixão desativado no último mês de dezembro); profissionais que atestaram o potencial de geração de energia através do lixo, comprovada em outros países; órgãos como a CPRH, que os mostrou a importância do ICMS Socioambiental para a destinação correta dos resíduos; e profissionais como o Sr. Laércio Queiroz, que nos demonstrou a relevância do investimento em consórcios intermunicipais para a resolução dessa questão”, detalha o parlamentar.

Segundo o deputado, as visitas – que devem acontecer até junho na Região Metropolitana do Recife, Agreste, Sertão e Zona da Mata – representam o reconhecimento do real impacto desses espaços para população e das iniciativas que já vêm implementadas para o problema. “Elas (as visitas) contribuirão para posteriormente realizarmos audiências públicas, com os principais entes envolvidos na gestão dos resíduos sólidos em Pernambuco, na perspectiva de ajudar na construção de uma política sustentável e sustentada de manejo desses materiais no Estado”, pontua.

Riqueza natural ameaçada

Localizada no Bairro de San Martin na zona oeste do Recife, a Lagoa da Boa Ideia será visitada pela Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMAS), no dia seguinte à visita ao CTR Candeias (21 de março), vistos os impactos ambientais relatados na área – tida como Área de Preservação Permanente, por abrigar um olho d’água – como a presença de resíduos sólidos e esgoto sanitário. Em razão desses e outros problemas, como o crescimento do consumo de drogas no local e o aterramento de espaços da Lagoa para a construção de estacionamento, conforme apontado pelo Movimento Amigos da Lagoa da Boa Ideia – MALBI, que articula a revitalização da área, a visita buscará verificar os problemas in loco para a realização de audiências públicas e a mobilização dos entes envolvidos para a regularização da situação na Lagoa.

Outros dados:

Devido ao não-cumprimento PNRS, foi criado nacionalmente o Projeto de Lei 2289/2015, que solicita a prorrogação dos prazos de extinção dos lixões para 2021, mas ainda não foi analisado pelo Poder Legislativo;

5,6 toneladas de lixo/dia vão para aterros sanitários em PE;

Pernambuco dispõe de 10 aterros sanitários licenciados, número abaixo do considerado ideal pelo Plano Estadual de Resíduos Sólidos para atender às necessidades da população, que seria de 54 aterros;

Os municípios que despejam os resíduos de forma ambientalmente adequada, ou que estão com o local de destinação final em fase de licenciamento junto à CPRH, recebem uma importante parcela do ICMS Socioambiental, que, em muitos casos, cobre totalmente as despesas com operação e manutenção desses locais;

Somente em 2017, foram repassados R$ 54 milhões às prefeituras, referentes ao ICMS Socioambiental (Lei Estadual nº 11.899/2000) – que distribui parte dos recursos financeiros do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre municípios cumpridores de metas na área ambiental;

Para facilitar o descarte regular do lixo, foram criados consórcios no Estado, que atendem a mais de um município, como o que reúne Cabo de Santo Agostinho, Recife, Moreno e o Jaboatão dos Guararapes, que compartilham o aterro sanitário de Jaboatão.

Páscoa incrementa as vendas de 58% do setor de confeitaria

SEBRAE_Páscoa_Anke

Desde o dia 9 de março, o perfil da A Doce Alemã nas redes sociais ganhou um novo integrante nas fotos e posts. O coelhinho Pascoal, feito de macaron recheado com brigadeiro, é o protagonista da edição especial de Páscoa da empresa de tortas alemãs. Há dois anos e meio no mercado, a empresária Anke Weise aguarda um incremento de 70% nas vendas de tortas no período.

“Em 2017, vendi 40 tortas desta edição especial. Este ano, deve ficar em 65”, planeja a empresária, que prepara pessoalmente as tortas alemãs e recebe encomendas pelas redes sociais e whatzapp. “As edições de datas festivas têm muita saída, principalmente no Natal. Mas a Páscoa costuma representar um volume maior de vendas”, comemora.

Assim como Anke Weise, os pequenos negócios do ramo de Confeitarias e Docerias identificam na Páscoa uma oportunidade de incremento no faturamento. Para 58% dos que atuam no setor, o período marcado pelos ovos de chocolate corresponde à uma das festividades que mais impulsionam o mercado. Foi o que constatou a pesquisa Pequenos Negócios de Confeitaria e Doceria, realizada pelo Sebrae com 3.843 empresários do setor.

“Apesar do apelo lúdico e infantil, a Páscoa não é direcionada apenas às crianças. Representa uma oportunidade para os empresários conquistarem e fidelizarem novos clientes, apresentando produtos inovadores e bom atendimento. O cliente satisfeito com a entrega certamente volta depois do feriado para fazer novas encomendas”, ressalta o especialista em empreendedorismo do Sebrae, Enio Pinto.

A pesquisa do Sebrae também apresentou o perfil dos empresários de Confeitarias e Docerias. Assim como a confeiteira da A Doce Alemã, os empreendedores do setor trabalham em casa (90%) e têm até 4 anos de negócio (69%). De acordo com o estudo, 83% dos pequenos negócios de doces vendem sob encomenda, por meio de redes sociais, email e telefone.

O carro-chefe dos empresários do setor é o bolo artístico (43%), seguido dos doces (25%). Apesar da demanda crescente de clientes que buscam produtos de baixa caloria ou adaptados para dietas de diabéticos e celíacos, 79% dos empreendedores ainda não atuam com produtos sem açúcar, glúten ou lactose. “Identificamos um grande mercado a ser explorado pelos pequenos negócios. Quem conseguir desenvolver bolos, tortas e doces de qualidade para estes consumidores, certamente terá ganhos em competitividade”, pondera a analista de Indústria do Sebrae, Mayra Viana.

Páscoa, chocolate e saúde

Tradicionalmente, no período entre meses de março e abril, aumenta significativamente o consumo de peixes, vinhos, chocolate e aperitivos pascais, devido a simbologia da data. Trocar a carne vermelha pelo peixe é bastante saudável, porém com a grande procura por peixes antes e durante a Semana Santa, é preciso ficar atento para não acabar comprando peixes de má qualidade. “A escolha e o preparo dos peixes ou frutos do mar exigem cuidados essenciais para evitar o risco de intoxicação”, afirma a nutricionista Stella Bezerra, do Hospital Jayme da Fonte.

Na hora de escolher o pescado, é importante observar se as guelras estão limpas, vermelhas e brilhantes e se o corpo está firme e limpo, sem areia, plástico, moscas, etc. Os olhos também não devem estar opacos, secos ou murchos, observar se o cheiro é característico do produto, assim como a forma de acondicionamento é correto em lugar limpo e sob refrigeração. Depois de comprados, também é fundamental ter o cuidado com o armazenamento e a preparação. A nutricionista ressalta ainda o excesso no consumo de doces, vinho e alimentos à base de leite de coco durante o período da Semana Santa, podem contribuir para o aumento da ingesta calórica, sobrecarregando o organismo.

Stella também lembra que o consumo de chocolate durante o período que antecede a Páscoa costuma, por vezes, sair do controle. Pesquisas já vêm mostrando que o produto pode, sim, fazer bem à saúde, uma vez que possui compostos capazes de promover a sensação de bem-estar, além de ofertar antioxidantes e reduzir os riscos de doenças cardiovasculares, mas é importante salientar que estes benefícios dependem da qualidade do chocolate consumido. Para adultos e crianças, conforme explica a profissional, o consumo excessivo de chocolate pode gerar inconvenientes como diarreia, náuseas e má digestão. O consumo excessivo um longo prazo de forma constante, podem levar ao aumento colesterol, triglicérides e da glicemia, além de contribuir para o aumento do peso corporal.

O recomendado, lembra Drª Stella, é comer um pouco de chocolate por vez, preferindo a versão amarga com alta concentração de cacau e redução de açúcares, evitando porções acima de 30g/dia, assim como versões de ovos de páscoa recheados.

O segredo manter os cuidados básicos é consumir tudo com moderação para aproveitar a festa da Paixão de maneira saudável.

SERVIÇO:
Hospital Jayme da Fonte
www.jaymedafonte.com.br
Endereço: Rua das Pernambucanas, 167, Graças
Fone: (81) 3416.0000

Páscoa 2018 deve aumentar empregos nos setores de indústria e varejo

Por André Romero

A Páscoa é um desses eventos que sacodem o mercado. São inúmeras contratações para vagas temporárias, que vão da indústria ao comércio por todo o país. No comércio, ações promocionais aumentam as vendas, mostrando que os investimentos não são só no chão de fábrica. Quando falamos de um país que se recupera de uma crise econômica severa, a melhora e otimismo são motivo de comemoração,.

A maioria das empresas que produz alimentos para a data já começou a se mobilizar desde outubro do ano passado. A montagem de ovos, bombons e outras guloseimas não pode esperar o ano começar. E não falamos apenas do segmento de chocolates. A indústria de peixes tem grande movimento também. Os mais de 172,2 milhões de católicos do país costumam consumir carne branca na época.

Em fevereiro, começam as contratações mais focadas nas redes de comércio. Estoquistas, repositores, promotores, gerentes, são inúmeros cargos chamados para lidar com um potencial aumento de 10%, em comparação a 2017, na arrecadação de Páscoa. As vendas vinham piorando nos últimos anos, mas 2018 se mostra otimista, sobretudo pela desaceleração da crise. A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) é quem traz os números.

A variedade deve focar em bolsos de tamanhos diferentes. Já são 130 novos produtos lançados, 10 a mais do que no ano passado, mas ainda menor do que em 2016 (147). No ano passado, foram produzidas 9 mil toneladas de chocolate para o período, algo em torno de 36 milhões de ovos. No ano anterior, o número foi de 14,3 mil tonelada, e em 2015, 19,7 mil toneladas. Os números vêm decrescendo nos últimos anos e só teremos certeza da recuperação de 2018 no final da época de vendas. Por enquanto, trata-se apenas de um potencial de melhora.

Muito dessa percepção vem do que diz respeito às contratações. Ainda são valores menores do que dos anos anteriores, mas a queda foi bem menor. São 23 mil vagas de trabalho temporário estimadas, de outubro de 2017 a março deste ano. Em 2017 e 2016, foram abertas 25 e 29 mil vagas, respectivamente. A queda na quantidade ocorreu, mas foi bem menor.

Essa é uma época que movimenta a economia, que gera empregos, que demanda ações criativas do varejo. É uma época onde o país começa a se movimentar a todo vapor. É um período que dita crescimento, já que é chave para, inclusive, ditar tendências de investimentos e ações, sobretudo de comércio para o resto do ano. Há uma grande colaboração entre RH e varejo nesse período, e quem ganha é o país.

Que 2018 trará bons números, não tenho a menor dúvida. Devemos ter a Páscoa da recuperação. Pode ser um pensamento otimista, mas não é um pensamento baseado em especulação, e sim em observação de potenciais mercados que alavancam a economia. A nós, resta torcer e trabalhar pela volta dos bons ventos.

Oficina de ovos de Páscoa no Caruaru Shopping

O curso é gratuito e será ministrado pela chef Elaeny Melo

O Caruaru Shopping estará realizando, nesta quinta-feira (22), a Oficina Empreendedora de Ovos de Páscoa. O curso, que é gratuito, será ministrado pela chef Elaeny Melo e acontecerá às 15h, no lounge próximo à Praça de Alimentação Gourmet.

O conteúdo da oficina abordará a diferença entre chocolate nobre e fracionado e a forma correta de uso de cada um; derretimento, temperaturas e temperagem, bem como decorações, recheios e dicas de embalagem.

Cada aluno receberá uma apostila com receitas de recheios, que poderá usar durante o ano inteiro em sua produção. “A oficina é ideal para quem quer ganhar uma renda extra neste período ou mesmo para quem quer apenas ficar por dentro de como se faz um ovo de Páscoa para presentear amigos e familiares”, disse Elaeny Melo, que é especialista em confeitaria e dá cursos por todo o Brasil.

EUA abrem prazo para empresas buscarem isenções das tarifas de aço e alumínio

O governo dos Estados Unidos abriu nesta segunda-feira (19) um prazo para que as empresas estrangeiras busquem isenções das tarifas sobre aço e alumínio, a polêmica medida anunciada pelo presidente Donald Trump para proteger a “indústria doméstica”. A informação éda Agência EFE.

Trump assinou em 8 de março a lei para impor uma tarifa de 25% às importações de aço e de 10% às de alumínio, mas isentou Canadá e México, com os quais os EUA atualmente renegocia o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), e abriu essa possibilidade a outros países.

“Estes procedimentos permitirão que o governo afine estas tarifas para assegurar que protejam a segurança nacional e minimizem o impacto indevido sobre as indústrias americanas”, afirmou Wilbur Ross, secretário de Comércio, em comunicado.

A previsão era que as tarifas começassem a ser aplicadas a partir de sexta-feira, dia 23 de março, duas semanas depois da promulgação por parte de Trump. O processo de apresentação de solicitações para conseguir a isenção levará até 90 dias.

A decisão do governo americano provocou uma enorme repercussão internacional diante do temor que desencadeie uma guerra comercial.

A União Europeia (UE) criticou as medidas protecionistas e afirmou que poderia aplicar decisões similares a produtos americanos como resposta às tarifas ao aço e ao alumínio.

Pouco depois da assinatura, Trump advertiu à UE que se prepare para as tarifas, e afirmou que se Bruxelas tomar represálias se encarregará de ampliar as tarifas a outros produtos europeus.

Na terça-feira viajará para Washington Cecilia Malmström, a comissária europeia de Comércio, para debater com funcionários do governo americano, entre eles o secretário Ross, a possibilidade de isenções para o aço e o alumínio.