392 mil famílias perdem direito ao Bolsa Família por pendências no cadastro

Correio Braziliense

O número de beneficiados pelo Bolsa Família — programa de transferência direta de renda — encolheu no último mês. O Ministério do Desenvolvimento Social cancelou o registro de 392 mil famílias. Agora, 13.772.904 pessoas recebem o auxílio de R$ 177,71. Segundo a pasta, “inconsistências cadastrais” motivaram a maior parte dos desligamentos. Apesar de expressivo, o número é considerado “normal”. O governo federal estima gastar R$ 28,2 bilhões com o pagamento do benefício.

A flutuação, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), ocorre em virtude dos processos de inclusão, exclusão e manutenção de famílias. “As exclusões estão relacionadas aos procedimentos de averiguação e revisão cadastrais, fiscalização, desligamentos voluntários, descumprimento de condicionalidades ou superação das condições necessárias para a manutenção dos benefícios”, explicou a pasta, em nota. No DF, mais de 80 mil pessoas recebem o auxílio.

O MDS divide os beneficiários em grupos para que a base de dados seja atualizada em média a cada 24 meses. Os participantes têm prazo para notificar o nascimento ou morte de um parente, a contratação trabalhista e outras informações que determinam a continuidade do pagamento.

Em abril, 671.933 mil famílias tiveram o benefício cancelado e outras 268.302 mil famílias foram incluídas no programa. Até março, 14.165.038 beneficiários recebiam o complemento de renda. “Há nove meses consecutivos, a fila de espera para entrada no programa está zerada”, conclui o texto.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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