O uso do alumínio pelo setor da construção civil deve crescer nos próximos anos. Essa é a tendência apontada pelos participantes do painel que discutiu o tema durante o 8º Congresso Internacional do Alumínio. O Congresso, que acontece até o dia 5 de setembro no São Paulo Expo, na capital paulista, é promovido pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL)
Mediado pela arquiteta Magda Reis, consultora da ABAL, o painel contou com a participação de Vera Fernandes Hachich, sócia-gerente da Tesis; de Carlos Borges, vice-presidente de Qualidade e Tecnologia do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi); de Marcelo Barbosa, vice-presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea); de Mauricio Linn Bianch, diretor de construção da Cidade Matarazzo; de Fernando Simom Westphal, diretor da Ene Consultoria; e de Luiz Henrique Ceotto, sócio-consultor da Certiphic Engenharia de Valor.
Ceotto afirmou que o Brasil deve seguir uma tendência que se verifica nos principais mercados de construção no mundo, em que o uso do alumínio está disseminado. “Lá fora, a oferta de produtos é muito grande”, diz ele. “Aqui, devemos ingressar em uma nova fase de desenvolvimento. Se soubermos usar os componentes e a alta produtividade da mão de obra, poderemos elevar a aplicação do metal”, analisou.
Marcelo Barbosa lembrou de projetos de seu escritório de arquitetura, que têm no alumínio um elemento de uso intenso. “Recorremos ao alumínio nas estruturas complementares, nos revestimentos e na caixilharia. E o mercado ainda tem muito a evoluir”, aposta. Essa evolução passa, segundo os palestrantes, pela aproximação dos diversos segmentos de ambos os mercados: da construção civil e do alumínio. “Os representantes dos dois mercados precisam conversar. O grande desafio é transformar essa cadeia em uma cadeia de valor. O alumínio tem um importante papel como elemento construtivo e como elemento transitório”, avalia Ceotto.
Magda Reis lembrou que a ABAL já atua buscando sinergia e cooperação entre as duas pontas do mercado: produtores e fabricantes de produtos de alumínio e o setor de construção. E que esse trabalho vai se intensificar.