Wagner Gil
A semana foi marcada por posse dos novos governadores e o presidente da República, além de seus vices. A mudança na política, através do voto e no conceito de administração, faz parte do processo democrático.
Desde a promulgação da Constituição de 1988, tivemos dois presidentes que tiveram seus mandatos interrompidos através de processo de impeachment, que se desenrolou no Congresso Nacional. O primeiro foi Fernando Collor de Melo e, há dois anos, Dilma Rousseff, que foi retirada depois de um doloroso processo de desgaste político de seu governo.
Desde então, o país mergulhou numa profunda crise econômica, política e ética, vendo algumas lideranças nacionais serem acusadas de corrupção, presas e condenadas, inclusive o ex-presidente Lula, considerado uma das maiores referências da Esquerda no mundo. Por mais que Michel Temer tentasse, seu governo não agradou e ele deixou o Palácio do Planalto com o maior índice de impopularidade da história.
Agora, com um presidente eleito pelo voto dos brasileiros ocupando o cargo máximo do Poder Executivo no país, a esperança surge de uma forma diferente. É a primeira vez que a extrema direita chega ao poder através do voto. O presidente Jair Bolsonaro mudou um pouco seu discurso de campanha e fala em governar para todos, inclusive para as minorias, que tanto ele criticava.
Algumas atitudes preocupam, como, por exemplo, mudar a embaixada do Brasil em Israel, de Telaviv para Jerusalém, bem como procurar se alinhar aos principais regimes de direita e também ao presidente norte-americano Donald Trump.
No entanto, no campo econômico, as esperanças são bem maiores, já que a equipe está sendo comandada pelo superministro Paulo Guedes. Gerar emprego, reduzir os gastos públicos e cortar na própria ‘carne’ são as determinações do novo ministro da Economia.
Combater a corrupção também tem sido o foco da atual gestão. O ministro Sérgio Moro, que ganhou notabilidade mundial por conduzir a Operação Lava Jato e condenar o ex-presidente Lula, garante que vai atacar o coração da corrupção e focar nos patrimônios dos corruptos para trazer de voltar o que foi usurpado do Estado Brasileiro.
Passado o calor das eleições, agora é torcer e cada cidadão brasileiro fazer a sua parte para que o país dê certo. O Brasil crescendo, todos ganham.