ARTIGO — Expectativas

Maurício Assuero

O novo governo chega com a promessa de fazer o Brasil voltar a crescer. Segundo o Ministro da Casa Civil, OnyxLorezoni, cada ministro tem 50 propostas para colocar em prática. Se isso for verdade, ficaremos felizes que o Brasil mude rapidamente. No meu entendimento, chega de falzer em campanha, em candidato. Desde ontem o Brasil tem seu 38º presidente empossado e a hora é de falar em governo, em governabilidade.

Não resta dúvida que a grande expectativa da população, do mercado, é com a condução da política econômica. Há coisas prioritárias para se tratar. A primeira é o controle do déficit. Segundo Paulo Guedes isso veria com a redução do estado (e com reforma administrativa) mediante um roteiro ousado de privatizações. Esperemos que seja assim. Muito se fala de reforma previdenciária (é bom lembrar que desde o dia 31/12 temos novas regras para aposentadoria) como se esta fosse o único problema. Então, nesse sentido alguns cortes devem ser implementados de modo que se volte a falar, com mais contundência, em superávit primário.

Na outra ponta tem a questão da arrecadação. Não se melhora a arrecadação gerando imposto. Isso é burrice. O aumento da atividade econômica é uma forma bem mais elegante de se fazer isso, mas precisamos mostrar ao investidor que estamos dispostos a abrir mão de ativos, rentáveis. E que estes não sejam vendidos com empréstimos do BNDES, mas com dinheiro vivo depositado no caixa do Tesouro Nacional (pode ser em parcelas).

Outra questão fundamental é a economia regional e dentro desse contexto destaco o Nordeste. Temos Pernambuco, Bahia e Ceará como as maiores economias da região. Temos um forte apelo no setor de turismo que gera renda e emprego e queremos fortalecer, sem dúvida, este segmento. No entanto, precisamos mesclar nossas economias com alternativas e a tecnologia é a grande ferramenta. A geração de energia através de projetos de eólica e solar tem tido uma aceitabilidade muito boa aqui na região. Hoje, há linhas de crédito com juros baixos que financiam a adoção de energia solar em residências. Se as empresas adotarem essa prerrogativa, teremos uma redução de custos extraordinária.

O novo governo chega com todas as opiniões internacionais contrárias. O presidente foi divulgado com todos os adjetivos negativos possíveis e imagináveis, um deles de que ela nazista e facista e nesse sentido surpreendeu seu encontro com Netanyahu, onde promessas de projetos e parceiras para o Nordeste foram discutidas. Assim, considerando que tudo tem custo, mas avaliar qual o custo do Brasil com esse novo governo.

Vamos em frente!

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *