O preço da cesta básica subiu em 16 das 17 capitais brasileiras analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2019.
Segundo a supervisora de preços do Dieese, Patrícia Lino Costa, os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos mostram que os alimentos são o principal gasto das famílias.
“É um resultado que preocupa por conta do peso que estes alimentos têm para as famílias de baixa renda. A gente observou um crescimento do preço da carne bovina, que a gente já vem noticiando isso ao longo dos últimos meses, mas que auxiliou nesse aumento da cesta anual, quando se compara dezembro com dezembro, e também o feijão. Mais uma vez o feijão, principalmente o grão carioquinha, impacta no valor da cesta básica”, comenta.
A única capital analisada em que o custo da cesta básica caiu foi Aracaju, onde o acumulado em 12 meses foi negativo (-1,89%).
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente, revelou que as altas mais expressivas entre dezembro de 2018 e dezembro de 2019 ocorreram em Vitória (23,64%), Goiânia (16,94%), Recife (15,63%) e Natal (12,41%). Já a menor alta foi registrada em Salvador, onde o preço da cesta subiu 4,85%.
Segundo o Dieese, com base na cesta mais cara do país, o valor do salário mínimo em dezembro, necessário para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 4.342,57, ou seja, 4,35 vezes o mínimo em vigor no ano passado, que era de R$ 998.