Do Congresso em Foco
O líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), anunciou que vai interpelar judicialmente o ex-senador e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Em conversa gravada com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgada nesta quinta-feira (26), Machado diz que não existe “um cara mais corrupto” do que Pauderney.
“Como que você tem cara de pau, Renan, aquele cara Pauderney que agora virou herói. Um cara mais corrupto que aquele não existe, Pauderney Avelino”, disse o ex-senador. “Pauderney Avelino”, reforçou Renan.
Segundo o deputado amazonense, as declarações de Machado mostram o “desespero de alguém que dificilmente escapará da Operação Lava Jato. “Nunca conversei com Machado, mas ele, numa atitude desesperada, tenta atacar a minha honra e denegrir minha carreira política. Minha resposta a este ataque é manter-me firme no projeto de reconstrução do país, além de acionar a Justiça para que Machado prove o que disse”, escreveu Pauderney em seu perfil no Facebook.
Também citado por Sérgio Machado e Renan, o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), disse que nunca tratou de Lava Jato com os dois peemedebistas. “Sobre a citação do meu nome em diálogo divulgado pela imprensa, afirmo que nunca tive nenhuma conversa com Renan Calheiros nem com Sérgio Machado em que o assunto Lava Jato tenha sido sequer mencionado. A menção ao meu nome não faz o menor sentido uma vez que eu e o meu partido sempre defendemos e continuaremos a defender as investigações conduzidas pela operação”, disse Agripino, por meio de nota à imprensa.
O presidente do Senado também negou ter tentado interferir nas investigações da Lava Jato e orientado, por meio de um emissário, a defesa do então senador Delcídio do Amaral (MS), antes de tomar conhecimento que o ex-petista o implicara em sua delação premiada.
“Quanto ao caso do ex-senador Delcídio do Amaral, o senador lembra que acelerou o processo de cassação no plenário às vésperas da votação do impeachment. O desfecho do processo de cassação é conhecido, foi público e a agilização do processo foi destaque em vários jornais. Na fase do Conselho de Ética opinou com um amigo do ex-senador, mas disse que o processo não podia ficar parado, como não ficou”, diz o comunicado divulgado pela assessoria do peemedebista.