A economia compartilhada e seu papel no desenvolvimento

A nova forma de pensar a economia! Assim que está sendo chamado o conceito que cerca a economia compartilhada. Empresas como Airbnb, Uber, DogHero são pioneiras nesse segmento moderno e em expansão.

Mas você sabe o que é a Economia Compartilhada?

Esse conceito de economia foi inserido por alguns entusiastas da tecnologia logo após a crise econômica de 2008, e veio para dar início a um novo modelo de consumo, onde, no lugar de comprar, as pessoas preferem alugar, pegar emprestado ou compartilhar. O atual cenário, onde tudo pode ser compartilhado, é integralmente oposto aos valores da sociedade de consumo, que até então, era voltado à acumulação de bens. O modelo social e econômico, fundamentado na Economia Compartilhada, é um conceito colaborativo de recursos humanos, físicos ou intelectuais.

E para que serve?

A economia compartilhada serve para ampliar o acesso a serviços por meio de um modelo de consumo sustentável e colaborativo. O modelo visa à otimização de recursos já existentes, colocando-os para consumo compartilhado, no lugar da produção e compra de um novo produto. De uma forma clara, a economia compartilhada gera redução de custo para quem consome e se torna uma fonte de renda para quem fornece os serviços.

Por exemplo, alguém que possui apartamento vago, ou até mesmo apenas um quarto, o proprietário pode disponibilizar o espaço por um preço mais acessível pelo AirBnb.

O Futuro da economia compartilhada

Estima-se que ainda mais empresas se aventure pelo conceito de Economia Compartilhada, e procure se adaptar ao novo mercado. A montadora alemã Mercedes-Benz, recentemente começou a oferecer carros em um sistema similar ao que já é usado em sites de compartilhamento, por um preço consideravelmente menor do que o de um aluguel. “Compartilhar é o novo possuir”, diz a marca.

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que 89% dos brasileiros que já experimentaram alguma modalidade de consumo colaborativo e ficaram satisfeitos com o serviço. De acordo com o levantamento, o recurso mais utilizado no pais são os de caronas e aluguel de casas ou apartamentos por temporada

De acordo com as estimativas da PWC (Pricewater House Coopers) a Economia Compartilhada deve movimentar cerca de US$ 335 bilhões mundialmente até 2025. Segundo o economista Luiz Alberto Machado, é a substituição da posse pelo uso. Ele diz que não é preciso mais adquirir, dá para fazer tudo utilizando o que o outro já possui e que fica ocioso a maior parte do tempo. “A tendência é muito forte e deverá se solidificar cada vez mais, apenas um bom processo de regulamentação poderá aparar arestas e permitir a convivência pacífica entre as atividades tradicionais e as decorrentes dos sistemas de compartilhamento” Diz o economista.

Luiz Machado comanda o Podcast “Economia não morde”, onde ele discorre por diversos assuntos. No primeiro episódio, ele tratou sobre o presente e futuro da economia compartilhada, o episódio está disponível nas principais plataformas digitais.

Tanto para Machado, quanto para outros entusiastas da economia e tecnologia, o futuro é o consumo compartilhado. Econômico, ambiental e social.

Sobre Luiz Alberto Machado

Luiz é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Mackenzie, com mestrado em Criatividade e Inovação pela Universidade Fernando Pessoa, em Portugal. Dedicou-se à atividade acadêmica e à consultoria. É diretor da SAM – Souza Aranha Machado Consultoria e Produções Artísticas – consultor da Fundação Espaço Democrático e conselheiro da FEI – Fundação Educacional Inaciana “Pe. Sabóia de Medeiros” – e da Fundação Brasil Criativo.

Palestrante nas áreas de Economia, Criatividade, Inovação E Economia Criativa, é autor dos livros: Como enfrentar os desafios da carreira profissional (2012) e Das quadras para a vida (2018), esse segundo título escreveu em conjunto com seu filho Guga Machado. Jogou basquete por vários anos no Pinheiros, Sírio, Palmeiras e Paulistano, além das seleções paulistas e brasileira nas categorias menores.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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