Por Maurício Assuero
Não estamos falando apenas da situação do presidente Temer. Estamos falando sobre a situação econômica do país que não tem condições de se reerguer com essa crise moral que se revelou no Brasil. Sem contar a quantidade de assessores diretos do presidente que saíram do governo a troca de ministros, ao comando do BNDES, a gente não sabe o que causa mais danos à economia. Temos um paciente oncológico com metástase. Essa é a realidade do Brasil atual.
A saída de Maria Sílvia do BNDES teve uma repercussão muito intensa no mercado porque a cada troca de comando, trocam-se as pessoas e que chega pode não ter a mesma simpatia de quem saiu. Isso vai minando a credibilidade e afetando negativamente a economia.
O mais incrível é que o presidente se agarra ao poder de uma forma tal que não pensa, em um momento sequer, no bem estar da sociedade. Seria muito mais fácil ele renunciar (Nixon nos Estados Unidos renunciou por muito menos, na verdade para não cair nas mãos de um juiz de primeira instância!), mas o Brasil não está acostumado a este tipo de comportamento. Jânio Quadros renunciou e o Brasil entrou num regime militar que só acabou em 1986.
Dilma, arrastou o Brasil a uma situação econômica calamitosa, mas só saiu do poder por conta de um processo de impeachment. Temer já foi bastante claro ao dizer que não renuncia. Rodrigo Maia recebeu 17 pedidos de impeachment, mas não será capaz de dar andamento a nenhum, nem mesmo ao da OAB que está muito bem sedimentado juridicamente. Adicionalmente, no próximo dia 06/06, o STE – Supremo Tribunal Eleitoral irá julgar a cassação da chapa Dilma-Temer, que nesta altura do campeonato vai julgar o destino de Temer. Isso inquieta o mercado, porque ele pode ser cassado. Mas, já há indicativos de que dois ministros poderão pedir vistas ao processo. Isso inquieta o mercado, porque Temer não tem a menor condição de comandar a recuperação econômica do país.
Acrescente-se que além da queda, o coice: o STF – Supremo Tribunal Federal autorizou a oitiva de Temer pela Polícia Federal. Então, a questão se envolve de um emaranhadode ações que só prejudicam a economia. Ninguém está interessado em dar andamento as questões econômicas porque agora se travam os conchavos para definir quem será o candidato a sucessão de Temer. Tem um monte de candidatos, mas nenhum deles tem propostas, porque chegamos na situação caótica de que muito pouco pode ser feito enquanto a imoralidade comandar o país. Gostaria muito de saber por que Temer acha que ele é a melhor opção para o Brasil.