Adolescentes da Funase contribuem com a elaboração de programa

Vinte adolescentes das Casas de Semiliberdade (Casem) e dos Centros de Atendimento Socioeducativo (Case) da Funase participaram de oficinas de mobilização, no auditório da sede da instituição, conduzidas por representantes da Escolha de Conselhos. A missão dos adolescentes foi a de contribuir com a construção do Plano Decenal de Direitos Humanos da Criança e do Adolescente de Pernambuco, que vem sendo trabalhado desde março do ano passado.

Os adolescentes foram convidados a compartilhar os problemas que os inquietam, fazer reflexões e sugerir soluções. Já foram ouvidas crianças e adolescentes de várias regiões do Estado, entre eles quilombolas, indígenas, ribeirinhos, homossexuais e portadores de deficiência. “Esse é um documento que vai nortear todas as políticas das crianças e dos adolescentes do Estado. A ideia é ouvir esses grupos sociais que muitas vezes são marginalizados, não participam das discussões da política”, disse Aniervson Santos, responsável pela condução da oficina.

Durante esse encontro eles debateram temas como transporte, saúde, alimentação, segurança e educação. A adolescente J.M., de 17 anos, se sentiu importante e honrada por poder contribuir com esse trabalho. “Não importa o pouco que colaborei, senti que foi muito importante e me trouxe mais conhecimento. Eu me interesso por todo tipo de atividade que vá me beneficiar lá fora. E com essa oficina vamos ajudar ainda outros jovens que vão fazer uso desse plano decenal”, destacou.

Segundo a Escola de Conselhos, o plano pretende ser regionalizado e descentralizado, com essas características da diversidade, da pluralidade desse público. “A proposta é fazer um documento que seja possível de ser lido por eles e por meio do qual eles se reconheçam. A proposta é de trazê-los para fazer parte dessa construção política, que parece algo inacessível. Mas todos nós fazemos política o tempo todo”, destacou Aniervson Santos. A expectativa é a de que esse documento seja finalizado ainda neste primeiro semestre, quando será entregue ao Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-PE), que ficará responsável por todas as deliberações necessárias para então começar a ser aplicado.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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