ARTIGO — Demissão voluntária

Por Maurício Assuero

Em meio a tanto absurdo proposto pelo governo, não se pode deixar de comentar o programa de demissões voluntárias que pretendem, pasmem!,atingir 5 mil funcionários públicos e economizar R$ 1 bilhão por ano. Primeiro que essa quantidade é insignificante diante da real necessidade do governo. Segundo, porque o governo não está atingindo quem merece. Não que um PDV seja algo absurdo de se implantar, e o governo até tem razão na tentativa, mas o que choca é que a economia que o governo pretende poderia ser muito mais eficiente se ele, Temer, tivesse coragem, brio, hombridade, para demitir 5 mil funcionários – que não produzem absolutamente nada – que ganham tubos de dinheiro porque são indicações políticas dessa cambada de ladrões que dão sustentação ao um presidente que é reprovado por 95% da população!

Como se sabe, o grande sonho de quem está em algum cargo no governo é ser indicado para compor o conselho de administração de alguma estatal. No mínimo, R$ 8 mil reais a mais de gratificação e por benevolência estas pessoas são conselheiros de várias empresas ao mesmo tempo fazendo com que seu salário dobre e, em alguns casos, triplique. O governo 11.650 cargos na função DAS – Direção e Assessoramento Superior que geram um custo de R$ 878.090.538,13 (calculei com base nas informações do Portal da Transparência) e não estamos colocando aqui as demais funções comissionadas. Caminhos para reduzir o déficit sem a necessidade de aumentar impostos existem e são factíveis através de redução desses custos absurdos.

A proposta de Temer para o PDV é simples: 1,25 salário por ano trabalhado livre de INSS e imposto de renda. Um professor universitário com 20 anos de emprego e salário de R$ 15 mil levaria R$ 375 mil, mas vamos considerar que este é um grande pesquisador, uma pessoa de renome internacional. Vamos sair ganhando? Imagine os médicos dos diversos hospitais federais do Brasil aderindo a um programa dessa natureza… teremos uma segunda versão do Programa Mais Médicos?

Não há dúvida que no serviço público há pessoas que imaginam viver no paraíso sem o risco de desemprego e pouco se importam em dar andamento as questões essenciais, mas não se pode generalizar. Há pessoas comprometidas e que agem de forma a atender as necessidades da população. Temer é um fantoche que vai ser mantido no cargo apenas porque é subserviente. Imagino o orgulho que o filho pequeno terá dele, no futuro, quando essa lama que cobre os pés d

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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