Abortos recorrentes podem estar ligados a miomas

Poucos eventos ligados à gravidez causam tanto desamparo e impotência do que saber que você vai se tornar mãe para, em seguida, sofrer um aborto espontâneo. Surpreendentemente, a perda do bebê nos primeiros meses de vida é algo comum: 15% das futuras mamães poderão passar por isso.

No entanto, estatísticas mostram que se a primeira gravidez terminou em um aborto, há mais ou menos 14% de chance de a gravidez seguinte não ser bem-sucedida novamente. Depois de dois abortos espontâneos, as chances de ter um terceiro praticamente dobram, ficando em torno de 26%.

O aborto recorrente ou habitual é aquele que ocorre por três vezes, de forma consecutiva, antes de 20 semanas de gestação. Entre 1% a 2% das mulheres sofrem abortos recorrentes.

Extração do mioma reduz chance de abortos recorrentes

A medicina está longe de fechar todas as causas dos abortos recorrentes, porque apenas em metade dos casos é possível identificar uma origem específica para o problema. Sabe-se com certeza absoluta, por exemplo, que anormalidades nos cromossomos estão entre as causas. Alguns problemas no útero, entre eles miomas, pólipos e disfunção hormonal também estão ligados à condição.

A boa notícia é que a remoção cirúrgica de miomas que distorcem a cavidade do útero foi capaz de reduzir o risco de aborto no segundo trimestre de gravidez a zero. Foi o que mostrou um estudo publicado na revista Human Reproduction.

“Alguns tipos de mioma nascem na parede uterina. Ao crescerem, eles podem distorcer a cavidade do órgão. São os chamados miomas intramurais, uma das causas de infertilidade”, comenta Dr. Edvaldo Cavalcante, cirurgião ginecológico.

Foi a primeira vez que se encontrou evidências de que esse tipo de mioma está entre as causas de abortos habituais. Sabia-se que eles estavam associados aos abortos espontâneos, mas não recorrentes. O estudo estimou, ainda, que a prevalência de miomas em mulheres com abortos recorrentes chega a 8,2%.

Miomectomia preserva o útero

A miomectomia é a técnica cirúrgica utilizada para preservar o útero em mulheres que desejam engravidar. Ela pode ser realizada por meio de técnicas minimamente invasivas, com menos riscos, menor custo e recuperação mais rápida.

Entre as técnicas utilizadas estão a videolaparoscopia, videohisteroscopia ou ainda a miomectomia por cirurgia robótica, esta última indicada para casos mais complexos ou mais delicados, que necessitam de alto detalhamento e precisão.

Dois projetos de Pernambuco são selecionados no edital ‘Elas nas Exatas’

Fundo ELAS, Instituto Unibanco, Fundação Carlos Chagas e ONU Mulheres anunciaram os dez projetos selecionados pelo II Edital Gestão Escolar para Equidade: Elas nas Exatas, lançado em novembro de 2017, e que serão desenvolvidos ao longo de 2018 em escolas públicas de Ensino Médio. As propostas selecionadas visam atuar para incentivar a inserção das meninas nas áreas de ciências tecnológicas e exatas, por meio da promoção da equidade de gênero e do reconhecimento da escola como um espaço estratégico e importante na promoção dessa transformação.

As iniciativas selecionadas são provenientes de oito estados brasileiros – Rio Grande do Sul (três projetos), Pernambuco (dois), São Paulo, Goiás, Pará, Mato Grosso e Paraíba – e envolvem diversas áreas e capacitações, tais como: robótica, programação e desenvolvimento de games e aplicativos, construção de protótipos de geração de energia elétrica, aulas e debates sobre história de mulheres cientistas, observações astronômicas, oficinas de mídias digitais e software livre, experimentos com plantas medicinais, entre outros (ver resumo dos projetos abaixo).

De Pernambuco foram selecionados três projetos. Da cidade de Tacaratu foi escolhido o projeto LabElas: mídias digitais e software livre na Escola Estadual Indígena Pankararu Ezequiel, da Associação das Mulheres Indígenas Guerreiras de Pankararu (AMIGP), que irá desenvolver oficinas de mídias digitais e software livre para meninas indígenas com capacitação na produção de rádio-documentários, podcasts, fanzines. Outro projeto selecionado, Sou mulher, sou negra, serei exatas!!!, do Conselho Escolar Professor Severino Pessoa de Luna, município de Chão de Alegria, pretende despertar o gosto pelas ciências por meio de histórias de mulheres negras cientistas.

Entre os escolhidos também há um projeto que será conduzido em uma escola quilombola: Akotirene Kilombo Ciência, desenvolvido em escola da comunidade quilombola de Triunfo (RS).

No total, foram inscritos no edital 113 propostas de escolas e organizações de 18 estados brasileiros, além do Distrito Federal (Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe).

“Estamos muito satisfeitas de poder viabilizar oportunidades em escolas públicas para que meninas das cinco regiões do Brasil se aproximem e se apaixonem pelas ciências exatas”, diz KK Verdade, coordenadora executiva do Fundo ELAS.

“Este edital busca fomentar práticas de gestão escolar e pedagógicas que, ao reconhecer a existência de uma cultura que reflete as discriminações da nossa sociedade, quebra estigmas e promove equidade em favor das jovens, ampliando suas possibilidades de realizar quaisquer escolhas – neste caso, no campo das exatas. A sólida capacidade técnica das pareceristas decidiu por dez projetos que representam todo o país, privilegiando uma diversidade de contextos para além de regiões metropolitanas. Estamos satisfeitos com o resultado pois permitiu aliar a agenda de equidade de gênero à étnico-racial”, afirma Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco.

“A busca por editais como o ELAS nas Exatas mostra a importância de trabalharmos com gênero nas escolas. Colaborar com as escolas para a equidade na educação, desconstruir preconceitos de gênero contribui para a autonomia das jovens mulheres em suas escolhas profissionais. As mulheres têm muito o que contribuir para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia brasileiras”, argumenta Sandra Unbehaum, da Fundação Carlos Chagas.

Participaram do comitê de seleção conselheiras do Fundo ELAS e especialistas das áreas de direitos das mulheres, da educação e das ciências exatas. Os projetos foram avaliados segundo critérios como: pertinência em relação à proposta definida pelo edital, adequação da metodologia e da aplicação dos recursos, viabilidade técnica, amplitude dos efeitos na comunidade escolar, inovação, ações comunicativas, impacto social local, promoção de diálogos com a sociedade e potencial de replicabilidade.

Confira os projetos selecionados:

Akotirene Kilombo Ciência

Organização: Instituto COMPaz

Triunfo/RS

· Projeto vai promover oficinas e palestras nos campos da Astronomia, Biologia e Química, com experimentos com plantas medicinais e observação do céu noturno, além de rodas de conversa sobre mulheres nas ciências, envolvendo alunas da escola parceira e da comunidade quilombola local.

Energéticas

Organização: Cientistas do Pampa

Uruguaiana/RS

· Projeto vai promover rodas de conversa sobre mulheres nas ciências exatas, visitas a laboratórios científicos, capacitação de grupos de meninas para construção de protótipos de geração de energia elétrica a partir do aproveitamento da energia solar e participação na feira de ciências da cidade.

LabElas: mídias digitais e software livre na Escola Estadual Indígena Pankararu Ezequiel

Organização: AMIGP – Associação das Mulheres Indígenas Guerreiras de Pankararu

Tacaratu/PE

· Projeto visa oferecer oficinas em mídias digitais e software livre para meninas indígenas, capacitando-as na produção de rádio-documentários, podcasts, fanzines, etc, para que, empoderadas no uso de tecnologias, reconheçam seus talentos e oportunidades nas áreas de produção digital, tecnologia e comunicação, livres de estereótipos de gênero e raça.

GTE – Grêmio Tecnológico d’Elas

Organização: Associação REDECA

Franco da Rocha/SP

· Projeto visa articular a gestão escolar e o grêmio estudantil em atividades como palestras de mulheres que atuam profissionalmente nas áreas de exatas e tecnologias, oficinas práticas focadas em programação de microcontroladores e robótica e oficinas de desenvolvimento de games e aplicativos.

Investiga Menina!

Organização: Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado

Goiânia/GO

· Projeto vai promover ações coletivas para o benefício da comunidade escolar, visando proporcionar experiências e informações sobre as contribuições das mulheres para a criação de recursos científicos e tecnológicos. Serão desenvolvidos Objetos Virtuais de Aprendizagem (OVAs) sobre história de mulheres cientistas contemporâneas, intervenções pedagógicas com rodas de conversa e vivências interculturais em que as estudantes terão contato com cientistas e pesquisadoras.

Projeto ProgrAmazonas

Organização: Associação Fab Lab Belém

Belém/PA

· Projeto vai oferecer cursos teóricos e práticos de programação (Python, Arduino e Programação web – HTML, CSS e JavaScript) ministrados por mulheres para mulheres, discussões sobre o papel da mulher na tecnologia e palestras sobre a atuação feminina no desenvolvimento de tecnologias na região amazônica.

Sou mulher, sou negra, serei exatas!!!

Organização: Conselho Escolar Professor Severino Pessoa de Luna

Chã de Alegria/PE

· Projeto pretende, através da divulgação de histórias de mulheres negras cientistas, despertar o gosto pelas ciências exatas, oferecendo também aulas de Matemática, Química, Física, oficinas de Robótica, visitas técnicas a laboratórios de universidades locais para as meninas e um seminário.

Gurias nas exatas

Organização: Meninas na ciência

Porto Alegre/RS

· Projeto vai promover oficinas de robótica, observações astronômicas, visitas à universidade com debates, palestras sobre ciências abertas à comunidade, exposições itinerantes, formações para professores/as sobre estereótipos de gênero, além de produção de material informativo sobre ciência e gênero.

Lugar de Mulher

Organização: Associação de Pais e Mestres da Escola Estadual Lino Villachá

Campo Grande/MT

· Projeto vai realizar oficina de fotografia, técnica conectada com conhecimentos de física, ótica, mecânica, matemática, proporcionalidade, geometria. A fotografia também será usada como uma ferramenta para abordar questões como autoestima e representação. Serão realizados ainda um grupo de estudos de ciências e matemática preparatório para Olimpíadas de exatas, formação de professores e visitas a universidades.

Engenheiras da Borborema

Organização: Mulheres na Engenharia: IEEE/UFCG

Campina Grande/PB

· Projeto visa promover oficinas práticas de eletrônica, informática, energias renováveis e programação, cine debate e rodadas de palestras sobre mulheres nas ciências, visitas técnicas e capacitação de professores/as sobre novas didáticas para as exatas.

Saiba mais sobre o ELAS nas Exatas e conheça os projetos apoiados na primeira edição do edital: http://www.fundosocialelas.org/elasnasexatas/. Acompanhe as atividades dos projetos apoiados no Facebook e no Twitter do ELAS nas Exatas.

Sobre os Parceiros

Instituto Unibanco – O Instituto Unibanco, fundado há 35 anos, é uma das instituições responsáveis pelo investimento social privado do Itaú-Unibanco. É uma organização sem fins lucrativos que atua com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade da educação pública no Brasil. Com foco na melhoria dos resultados de aprendizagem e na produção de conhecimento sobre o Ensino Médio, dedica-se a elaborar e implementar, gratuitamente, soluções de gestão – na rede de ensino, na escola e na sala de aula – comprometidas com a capacidade efetiva das escolas públicas de garantir o direito à aprendizagem de todos os estudantes.

ELAS Fundo de Investimento Social – O ELAS Fundo de Investimento Social (Fundo ELAS) investe na promoção dos direitos humanos e no protagonismo das mulheres por meio de concursos de projetos e do desenvolvimento de habilidades de organizações sociais. Desde 2000, o Fundo ELAS apoiou mais de 380 grupos de mulheres jovens e adultas em todas as partes do Brasil, por meio de 22 concursos de projetos. Apoia grupos que trabalham para promover a independência econômica, o empreendedorismo econômico, o acesso à educação, a prevenção da violência contra mulheres e meninas, a defesa de direitos, o acesso à saúde, a inclusão às novas tecnologias de informação e comunicação, a arte e cultura, a preservação do meio ambiente e da biodiversidade, o respeito à diversidade étnica, racial, sexual, geracional e o acesso das meninas e mulheres aos esportes.

Fundação Carlos Chagas – A Fundação Carlos Chagas (FCC) há 50 anos é dedicada à pesquisa na área de educação e à avaliação de competências cognitivas e profissionais. Seu Departamento de Pesquisas Educacionais desenvolve um amplo espectro de investigações interdisciplinares, voltadas para a relação da educação com os problemas e perspectivas sociais do país. Além dos estudos em avaliação educacional foram constituídos outros eixos de pesquisa: “Educação Infantil: políticas e práticas”; “Políticas e Práticas da Educação Básica e Formação de Professores e Representações Sociais, Subjetividade e Educação”; “Gênero, Raça/Etnia e Direitos Humanos”. A FCC destaca-se pelo desenvolvimento de Programas pioneiros no enfrentamento das desigualdades de gênero e raciais com incentivo para pesquisa.

ONU Mulheres – Criada em 2010, pela fusão de quatro organizações da ONU com um sólido histórico de experiência em pesquisa, programas e ativismo, a ONU Mulheres é a liderança global em prol das mulheres e meninas. A sua criação, fruto do esforço conjunto dos Estados membros e de ativistas dos direitos das mulheres, foi aplaudida no mundo todo e proporciona a oportunidade histórica de um rápido progresso para as mulheres e as sociedades. A ONU Mulheres trabalha com as premissas fundamentais de que as mulheres e meninas ao redor do mundo têm o direito a uma vida livre de discriminação, violência e pobreza, e de que a igualdade de gênero é um requisito central para se alcançar o desenvolvimento. Para isso, enfoca sua estratégia em cinco áreas prioritárias: (1)Aumentar a liderança e a participação das mulheres; (2) Eliminar a violência contra as mulheres e meninas; (3) Engajar as mulheres em todos os aspectos dos processos de paz e segurança; (4) Aprimorar o empoderamento econômico das mulheres; (5) Colocar a igualdade de gênero no centro do planejamento e dos orçamentos de desenvolvimento nacional.

Sociedade Brasileira de Pediatria divulga cuidados que devem ser tomados na vacinação de crianças e de adolescentes contra a febre amarela

Os pais, cuidadores e pediatras devem estar preparados para a vacinação de crianças e adolescentes em áreas de risco para a febre amarela. É preciso estar atento aos riscos de efeitos adversos, aos critérios para receber o insumo e aos cuidados a serem observados no recebimento de doses fracionada. Esses e outros alertas constam de documento preparado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por meio de seus Departamentos Científicos de Infectologia e de Imunizações.

O texto ressalta, por exemplo, que o uso de doses fracionadas da vacina de febre amarela pode ser feito em crianças a partir de 2 anos de idade, desde que não apresentem condições clínicas especiais. Naquelas com idades inferiores a essa, a SBP defende que seja aplicada a dose padrão. O mesmo vale para o caso de crianças que forem fazer uma viagem internacional, cujo destino seja um país que exija o Certificado Internacional de Vacinação para ingresso.

ESTUDOS – O cuidado recomendado pelos pediatras decorre do fato de que não há estudos do uso dessa dosagem para crianças menores de dois anos, gestantes e pessoas imunocomprometidas, que, portanto, deverão receber a dose padrão. “É importante reconhecer que ainda existem lacunas importantes em relação ao uso de doses fracionadas da vacina de febre amarela, como por exemplo, duração da proteção oferecida; imunogenicidade em populações específicas – crianças menores de 2 anos, gestantes e indivíduos que vivem com HIV; incidência de eventos adversos; e experiência com aplicação subcutânea de doses fracionadas com outras vacinas além da vacina 17DD de Biomanguinhos”, cita o documento.

A campanha de vacinação com utilização da dose fracionada será realizada entre o fim de janeiro e o início de março em determinados municípios dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, conforme pactuação com as equipes responsáveis pelas vigilâncias epidemiológicas locais e avaliação de risco realizada conjuntamente com o Ministério da Saúde. Para aumentar ainda mais a segurança de pacientes e familiares, a Sociedade Brasileira de Pediatra destaca alguns pontos que devem ser observados na hora de receber a dose no posto de saúde.

INTERFERENCIA – Um dos itens que merecem atenção é o recebimento de diferentes vacinas ao mesmo tempo ou um no curto período. De acordo com os pediatras, para evitar interferência na proteção conferida pelas vacinas, a vacina para febre amarela não deve ser administrada simultaneamente com a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela) em crianças menores de 2 anos de idade.

“Para crianças que não receberam a vacina para febre amarela nem a tríplice viral ou tetra viral, a orientação é que recebam a dose da vacina febre amarela e agendem a vacina tríplice viral ou tetra viral para pelo menos 30 dias depois. As demais vacinas do calendário podem ser administradas no mesmo dia que a vacina febre amarela”, explica o presidente do Departamento Científico de Imunizações, dr Renato Kfouri.

MEDICAÇÕES – Dentre outros grupos que não devem ser imunizados contra a febre amarela estão os das crianças com menos de seis meses de idade; e o das pessoas que fazem uso de medicações anti-metabólicas ou medicamentos modificadores do curso da doença (Infliximabe, Etanercepte, Golimumabe, Certolizumabe, Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe, Natalizumabe, Canaquinumabe, Tocilizumabe, Ritoximabe e outros terminados com MOMAB, XIMAB, ZUMAB ou UMAB). A regra também se aplica para os transplantados de órgãos sólidos e indivíduos com doença oncológica em quimioterapia e ou radioterapia.

No caso de mulheres moradoras de área com transmissão ativa da febre amarela e que estiverem amamentando criança menor de 6 meses de idade, pode ser administrada uma dose fracionada. No entanto, o aleitamento materno deve ser suspenso por 10 dias após a vacinação. Não se recomenda a vacinação de mulheres nessas condições, residentes em áreas sem transmissão ativa da febre amarela.

REAÇÕES – A SBP lembra ainda que crianças e adolescentes, bem como adultos, com história de reação alérgica grave ao ovo e a gelatina, podem receber a vacina após avaliação médica e em ambiente com condições de atendimento de urgência/emergência. Mulheres em idade fértil vacinadas devem evitar a gravidez até 30 dias após a vacinação. Em textos com uma síntese sobre o tema, distribuídos aos pediatras (material disponível no site da entidade), é possível ver todas as recomendações dos especialistas sobre o tema.

No documento, a SBP informa ainda que a vacina febre amarela é, de maneira geral, bem tolerada. Segundo os especialistas, a partir do terceiro ou quarto dia da vacinação, observa-se em aproximadamente 2% a 5% dos vacinados sinais como febre, dor de cabeça, dores musculares, entre outros sintomas.

“Eventos adversos graves (reações anafiláticas, doença viscerotrópica e doença neurológica) foram raramente associados à vacina. No Brasil, entre 2007 e 2012, foram relatados aproximadamente um evento adverso grave em cada 250 mil doses administradas. Nos Estados Unidos, entre 2000 e 2006, o sistema de vigilância de eventos adversos após vacinas (VAERS) identificou uma taxa de 4,7 eventos adversos graves para cada 100 mil doses de vacina distribuídas”, traz a síntese.

PERNAMBUCO: Conab aprova projetos de mulheres agricultoras e indígenas

A superintendência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Pernambuco aprovou dois projetos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que envolvem investimentos de cerca de R$ 72 mil e com vigência por dois anos a partir de 2017.

Os recursos vão beneficiar a Associação Comunitária do Sítio Serrinha, de Lagoa do Ouro, e a Cooperativa de Agricultura Familiar Indígena de Assentados (Coodapis), de Tabira, na região sertaneja do estado, todas integradas totalmente por mulheres. A associação vai fornecer 90 toneladas de produtos como batata-doce, melancia e feijão-de-corda. A cooperativa, 8 toneladas de polpa de frutas orgânicas (caju, manga, acerola, umbu e goiaba).

Os recursos são do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) que, no PAA, serão utilizados no mecanismo de Compra com Doação Simultânea (CPR-Doação), que garante renda ao agricultor que não tem como escoar o seu produto a um preço justo, além de beneficiar a quem mais precisa, aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade.

Os produtos serão doados ao Banco de Alimentos do Sesc de Pernambuco, do bairro de Curado, e ao Conselho Regional de Assistência Social (Cras), que os distribuirão a 128 mil pessoas inscritas com o perfil de insegurança alimentar ou nutricional do estado.

Brasil terá 11,3 mi de crianças acima do peso em 2025, segundo OMS

A Organização Mundial da Saúde estima que globalmente há pelo menos 41 milhões de crianças entre 0-5 anos obesas ou com sobrepeso, e prevê ainda que se o cenário atual continuar o número saltará para 70 milhões em 2025 – só no Brasil 11,3 milhões. A agência também aponta que a obesidade e o sobrepeso estão ligados a mais mortes mundialmente que a desnutrição e baixo peso.

Crianças e adolescentes com sobrepeso têm maiores chances de se tornarem adultos obesos. Os dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam que 20% da população brasileira sofre com a obesidade. Pensando neste cenário, o portal back-to-school.deals, pertencente ao Global Savings Group, plataforma de descontos online presente em mais de 25 países, desenvolveu um infográfico com ideias de lanches saudáveis para as crianças levarem à escola. Quanto mais cedo a educação alimentar estiver presente no dia-a-dia, melhor para a saúde.

Dicas gerais: seja paciente ao oferecer alimentos saudáveis às crianças, que podem precisar degustar até 15 vezes o mesmo alimento antes de se acostumarem. Além disso, as crianças sentem o gosto amargo mais acentuado nas verduras e legumes, por isso, o truque está em oferecer as verdinhas de várias formas: refogadas, cozidas, com molho de soja (shoyu), molhos para saladas, etc.

Seja o exemplo: não adianta forçar as crianças a terem hábitos alimentares saudáveis se em casa elas não veem isso acontecer. Em casa, ofereça frutas picadas e descascadas, facilite a degustação dos pequenos e os incentive e experimentar novos sabores. Com certeza ir à feira, descascar e preparar tudo dá muito mais trabalho que simplesmente ir ao supermercado comprar um monte de guloseimas. Mas escolha a 1ª opção. Sua saúde agradece.

Já ouviu a expressão “comer com os olhos”? Prepare um lanche colorido e atrativo, que além de despertar a curiosidade, desperta a vontade de experimentar sabores novos. E lembre-se: quanto mais colorida a refeição, mais saudável. Varie na decoração.

Ensino de idiomas ganha novas metodologias

ingles

Sem dúvida alguma, ser fluente em um segundo idioma é um diferencial no currículo. Em um mundo globalizado é muito comum que profissionais do mais variados segmentos precisem estar em contato com pessoas de outras nacionalidades em alguma reunião, ou fazendo negócios. Pensando em colocar os alunos de idiomas em contato com situações específicas, o Centro Europeu, uma das principais escolas de idioma e profissões da América Latina, tem realizado diversas aulas em lugares fora do “habitat natural”.

A ideia é ensinar o aluno de forma produtiva e focada nas experiências positivas. Segundo Ronaldo Cavalheri, diretor geral do Centro Europeu, foram desenvolvidas várias atividades complementares que tiram os alunos da sala de aula e os fazem circular em um ambiente criativo e estimulante. “Conectamos os alunos a outros universos que permitem aprimorar o idioma aprendido e ainda desenvolver outras habilidades relacionadas a gastronomia, moda, fotografia, artes entre outras que são de expertise da instituição, que possui estrutura adequada para isso”, explica Ronaldo.

O ambiente criado para este tipo de ação, contribui e muito para que esta metodologia tenha sucesso. A multiculturalidade possibilita a integração e o andamento das diversas atividades na instituição. Como por exemplo, aprender italiano em uma aula prática de pizza dentro do programa “Sabor na Ponta da Língua”, aprimorar o inglês em uma oficina de fotografia, ou até mesmo praticar o francês em um ateliê de moda, discutindo os grandes nomes do segmento. “Para os alunos é uma grande oportunidade de praticar a conversação, pois as aulas acontecem no idioma, além de aprimorar o vocabulário em diferentes áreas. Também destacamos o fato de explorar atividades que desenvolvem a criatividade do aluno que é essencial em qualquer área de atuação”, explica Ronaldo.

O fato das aulas serem práticas, e contarem com uma interação diferenciada, faz com que a aceitação entre os alunos seja satisfatória. Ou seja, todas as aulas práticas têm contado com um grande número de participantes, o que estimula a interação e a troca de experiências. “A aceitação por parte dos alunos é muito positiva, pois as aulas são totalmente práticas e prazerosas possibilitando o aprendizado de forma efetiva e natural e ainda agregando conhecimentos em áreas muito convidativas”, finaliza Ronaldo.

É necessário integrar!

integrar

*Ana Regina Caminha Braga

Para que a pessoa com deficiência aprenda, ela precisa ser integrada ao meio e ao convívio social. E a escola tem um papel fundamental nessa integração, já que o professor entra com a função de reabilitador. É papel do docente integrador elaborar atividades que atendam e incluam o aluno com deficiência dentro de suas habilidades e limitações.

No entanto, para isto acontecer passamos por um movimento no qual a criança com deficiência, muitas vezes, foi inserida numa escola, instituição ou lugares para adquirir novas aprendizagens longe de casa, do convívio da família, dos colegas e da sociedade. Por esta razão, é importante refletir se nos dias atuais colocar a criança ou um adulto longe de sua realidade vai de fato contribuir para a sua aprendizagem, porque considera-se que o ser humano precisa vivenciar conflitos e com as pessoas com deficiência não é diferente. Elas precisam aprender a lidar com as diversas situações da vida.

No âmbito educacional quando a integração escolar é abordada de maneira a considerar o aluno como um sujeito que independente das suas limitações e deficiências. Uma questão relevante de se considerar é que inserir na sala de aula um aluno com necessidades especiais sem oportunizar estratégias que possam contribuir para o seu aprendizado pode comprometer as aquisições futuras ou estagnar o processo. Portanto, a integração pela integração sem colocar a frente desta atitude uma objetividade acaba não atingindo o ponto crucial da integração escolar.

Os alunos com necessidades especiais precisam ter as mesmas condições de aprender dos demais alunos. O primordial é que a criança/aluno com deficiência tenha a oportunidade de participar e aprender na escola e no meio social de maneira significativa, para que as experiências sejam vividas e divididas com os seus parceiros de aprendizagem, ou seja, amigos, colegas e professores. Independente da condição e comprometimento que o aluno tenha, é o professor que precisa acompanhar suas atividades e direcionar os passos dados ou que é adequado orientá-lo.

*Ana Regina Caminha Braga (anaregina_braga@hotmail.com) é escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar

UNINASSAU leva serviços gratuitos para Toritama

uninassau

A UNINASSAU Caruaru, em parceria com a Prefeitura de Toritama, irá realizar, na próxima terça-feira (30), um mutirão de serviços gratuitos. O evento ofertará à população serviços de aplicação dentária de flúor, avaliação nutricional, serviços farmacêuticos e fisioterápicos e atividades lúdicas voltadas ao curso de Serviço Social. A ação será realizada na Rua João Chagas, Centro, às 8h.

No dia 31 de janeiro, a UNINASSAU, também em parceria com a Prefeitura local, irá realizar o Vestibular Programado. O programa prevê descontos de até 30% nas mensalidades aos servidores do município. O vestibular irá acontecer na Escola Protázio Soares, localizada no Centro da cidade, às 19h. As inscrições são gratuitas e feitas presencialmente na hora da prova, devendo o candidato levar apenas documento de identificação com foto.

“A Instituição cumpre seu papel de responsabilidade social ao levar esses serviços importantes para a cidade de Toritama, em parceria com o poder público municipal, ao mesmo tempo que proporciona seus alunos aliarem teoria e prática, visto que são eles mesmo que organizam tudo isso, com a supervisão dos profissionais da casa”, ressaltou a Diretora da Faculdade, Aislane Belo.

Serviço

Evento: Serviços gratuitos em Toritama (PE)
Data:30/01
Horário: 8h às 12h
Local: Rua João Chagas, Centro, ao lado da Igreja Católica
Evento: Vestibular programado gratuito
Data: 31/01
Horário: 19h
Local: Escola Protázio Soares, Centro, Toritama

CARNAVAL – Vacina contra febre amarela deve ser aplicada 10 dias antes da viagem

O Ministério da Saúde reforça a orientação de vacinação contra a febre amarela para todos os viajantes que irão visitar alguma área de recomendação de vacina. Para garantir a proteção, a dose deve ser aplicada com, pelo menos, 10 dias de antecedência à viagem, tempo necessário para o organismo produzir os anticorpos contra a doença. Integram a Área com Recomendação de Vacinação cidades de 20 estados e o Distrito Federal. Para quem vai se deslocar no período do Carnaval para uma dessas áreas, a recomendação é buscar a imunização até o fim de janeiro.

Os casos de febre amarela registrados no país permanecem no ciclo silvestre da doença, ou seja, a febre amarela é transmitida apenas pelos mosquitos encontrados no ambiente silvestre, dos gêneros Haemagogus e Sabethes. O último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942. Portanto, os cuidados devem ser redobrados para os viajantes que se deslocarem para zonas rurais e áreas de mata.

Para garantir a vacinação de quem vai viajar para essas regiões, o Ministério da Saúde distribui, mensalmente, doses da vacina para todas as unidades da federação. Desde 2017 até o momento, foram encaminhadas cerca de 57,4 milhões de doses da vacina. Para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia foram enviados cerca de 48,4 milhões de doses da vacina febre amarela, com objetivo de intensificar as estratégias de vacinação de forma seletiva, sendo 18,3 milhões (SP), 10,7 milhões (MG), 12 milhões (RJ), 3,7 milhões (ES) e 3,7 milhões (BA).

DOSE ÚNICA – É importante lembrar que quem já tomou a vacina ao longo da vida não precisa repetir a dose. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema da dose única, recomendado desde 2014 pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Estudos comprovaram que uma dose é suficiente para proteger durante toda a vida.

A vacina para a febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença, e confere proteção entre 90% e 98%, além de ser reconhecidamente eficaz e segura. Entretanto, assim como qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos.

Para algumas populações, a vacina é contraindicada, como pessoas com alergia grave ao ovo; portadores de doença autoimune; pacientes em tratamento com quimioterapia/radioterapia; crianças menores de seis meses de idade e pessoas que vivem com HIV/Aids (com contagem de células CD4 menor que 350 células/mm3). Para essas pessoas, a prevenção pode ser feita com uso de repelentes e roupas de manga comprida, além de evitar locais com evidência de circulação do vírus.

Outros grupos devem ser vacinados somente se estiverem em áreas de risco, e antes devem ser avaliados por um serviço de saúde para definir se há necessidade de vacinação. É o caso das gestantes, mulheres que estão amamentando, idosos, pessoas que vivem com HIV; pacientes que já terminaram o tratamento com quimioterapia/radioterapia e pessoas que fizeram transplante.

Por isso, a orientação é que a população siga rigorosamente as orientações do Calendário Nacional de Vacinação e mantenha a caderneta de vacinação atualizada, que deve ser guardada junto aos demais documentos pessoais.

No caso de perda da caderneta, o Ministério da Saúde recomenda ao cidadão que procure o posto de saúde onde habitualmente recebe as doses para resgatar o histórico de vacinação e fazer a segunda via do documento. Caso isto não seja possível, a recomendação é colocar a vacinação em dia, de acordo com a faixa etária e demais indicações.

CAMPANHA – Na quinta-feira (25/01), começou a campanha para vacinação contra febre amarela em municípios dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com a utilização da dose fracionada. No estado da Bahia, a data será no dia 19 de fevereiro. Ao todo, 77 municípios adotarão a estratégia de fracionamento.

A adoção do fracionamento das vacinas é uma medida preventiva e recomendada pela OMS quando há aumento de epizootias (morte de macacos) e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional. A dose fracionada tem apresentado a mesma proteção que a dose padrão. Estudos em andamento já demonstraram proteção por pelo menos oito anos e novas pesquisas continuarão a avaliar após esse período.

Acic e instituições de Caruaru discutem formato de debates com candidatos das Eleições 2018

Acic

A Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic) realizou uma reunião com entidades e empresas de Caruaru. As Eleições 2018 foram o assunto discutido. O intuito é realizar um debate individualizado entre os candidatos e analisar se as ideais são compatíveis com as entidades que estiveram presentes na reunião. Pautas e temas serão discutidos com dois conceitos: o educacional, como uma forma de entender melhor a política do Estado e o mais importante, entender a política como uma forma de trabalho necessário para a sociedade; e principalmente o compromisso, para que atendam às necessidades da população.

“Todos nós trabalhamos com resultados, pautas, metas e prioridades, e é isso que a gente vai buscar. Que esse candidato tenha compromisso com a cidade, com o desenvolvimento. Essa é a formatação que estamos buscando com tantas entidades importantes para Caruaru, hoje, nesta reunião. Queremos ouvir todos os candidatos e conhece-los para fazer melhores escolhas. Esse evento será a oportunidade”, afirmou Ivânia Porto, presidente da Acic Mulher e organizadora do evento.

Os veículos de comunicação serão mobilizados e darão apoio a essa ação. Carlos Humberto, diretor executivo do Sistema Jornal do Commercio (SJCC) Interior, acredita que a iniciativa é muito produtiva. “Nada melhor do que a gente se unir para poder informar melhor as pessoas, provocar debates, pois sabemos da importância do Interior do Estado na economia circulante e também na decisão da eleição. O movimento vai possibilitar também aos candidatos e à população, para que entendam os anseios e que sejam esclarecidas as demandas, e cobrar o que a gente precisa para desenvolver ainda mais a região. Estou aqui há cinco anos e não lembro de nenhuma iniciativa dessa natureza de trazer as entidades num debate prévio, para que de forma organizada, façamos as cobranças e mobilizemos a cidade para as próximas eleições”, destacou.

Empresas importantes para o Polo de Confecções do Agreste marcaram presença durante a reunião. “O empresariado, o profissional liberal e a população como um todo, precisam que o Brasil avance do ponto de vista político. As pessoas que estão na política nos representando são frutos das nossas escolhas. Esse debate que a Acic está se propondo junto com as outras entidades, é uma forma de educar a população, inclusive os empresários, na forma de pensar e de votar”, lembrou Djalma Cintra Júnior, integrante do Conselho Deliberativo da Acic e superintendente do Polo Caruaru.

Estiveram presentes na reunião: representando a Acic, o presidente Pedro Miranda, Bernardo Filho, Djalma Cintra Júnior, Ivânia Porto, Wamberto Barbosa e Marco Sodré; Paulo Muniz, representando a o Centro Universitário Tabosa de Almeida (Asces-Unita); Andrerson Porto, a Fiepe; Manoel Santos, o Movimento Polo Caruaru; Felipe Sampaio, a OAB Seccional Caruaru; Alberes Lopes, o Sindloja Caruaru; Willame Souza e Geraldo Jorge, a TV Asa Branca; e Carlos Humberto, Diego Barbosa e Diego Martinelly, representando a TV Jornal Interior.